quinta-feira, dezembro 29, 2016

"the relationship is the holy grail"

"Big data may be all the rage. But often, “little data” about a customer’s prior interactions is more useful in determining how to optimize the experience to make the next engagement or, increasingly, the next transaction more likely. The best way to get a meaningful understanding of your customer is to go directly to the source. A senior marketer at a beverage company said, “If [you] can form a direct relationship with the consumer, even if you can’t transact directly, the relationship is the holy grail.” To that end, blue-chip marketers like Gillette and Luxottica are emulating digital natives like Harry’s or Warby Parker, which sell directly to consumers in the same categories. Knowledge of site usage and consumption can lead companies to develop more granular segmentation and more effective targeting of messages."
Em linha com o que escrevemos aqui há anos sobre o big data. Sorrio só de pensar no algoritmo parvo do Booking.com

Trecho retirado de "The Marketer’s Dilemma"

“this product is not for you”

"If a consumer doesn’t see his job in your product, it’s already game over. Even worse—if a consumer hires your product for reasons other than its intended Job to Be Done, you risk alienating that consumer forever. As we’ll discuss more later, it’s actually important to signal “this product is not for you” or they’ll come back and say it’s a crummy product."
Quem tem coragem de assumir isto? Quem sabe quais são as encomendas mais importantes?

Trecho retirado de "Competing Against Luck".

quarta-feira, dezembro 28, 2016

Curiosidade do dia

Esta tarde ao passar junto à estação de metro da Trindade no Porto não resisti a tirar esta foto a uma tenda montada para venda de livros usados:


É claro que quem escolhe estas frases só obedece a critérios estéticos e não está preocupado com a adesão das mesmas à realidade.

Esta frase é típica daquela mentalidade de quem quer comer a fatia de bolo e mantê-la ao mesmo tempo.

Esta frase faz lembrar esta outra imagem:

Como se sustenta um modelo de negócio que tem o que a concorrência não tem, diferenciação, a preço competitivo, baixo preço?

Ontem alguém contava-me que pagou 50 euros por edição de "As Mil e Uma noites" mas que se tivesse de pagar 70 ou 80 pagava na boa.

Ou se tem os livros que mais ninguém tem e se trabalha para um nicho, ou se tem os livros mais baratos e trabalha-se para a massa. As duas as coisas ao mesmo tempo é que não.


"sinalizar a sua posição e tentar influenciar os seus concorrentes"

Ontem de manhã bem cedo li o título "Mondelez Portugal : "Preocupa-nos este desequilíbrio das vendas com promoção"" onde se encontra:
"Em Portugal, o peso das promoções nas vendas de bens de grande consumo duplicou entre 2011 e 2016, para 44%. No mesmo período, "as vendas não duplicaram", afirma o director da Mondelez Portugal. "Isto não é sustentável a longo prazo"."
Uma breve pesquisa permitiu-me chegar a este artigo de Fevereiro de 2016 "Promoções Atingem 41% das Vendas de Grande Consumo em Portugal no Último Ano"

A minha mente começou a interrogar-se: para quem é que o director da Mondelez Portugal está a falar?




Está a falar para os seus concorrentes.

A lei não permite que os concorrentes se juntem numa sala real ou virtual para negociar preços ou posições conjuntas perante a distribuição grande. Então, uma empresa grande, para tentar levar os outros a assumir uma posição semelhante, arranja estas entrevistas para sinalizar a sua posição e tentar influenciar os seus concorrentes a assumirem uma mesma posição perante a distribuição grande.

Uma novela sobre Mongo (parte VIII)

 Parte Iparte IIparte IIIparte IVparte Vparte VI e parte VII.
"The best average.
Mass retail by definition needed mass media to pull products from the shelf. It meant producers had to make the ‘best average’ (oxymoronic, I know) products they possibly couldaverage products for average people to support the price of the system. Pop culture could simply not support niche because niche is invisible and niche has no voice in a world defined by mass-media monologue. Big brands were created more by big budgets than by big ideas and amazing products. As marketers, the desire was for conformity of the masses. It made things easier and helped the balance sheet work."
Este é o mundo que estamos a abandonar. Este é o mundo dos Índices e Rankings uniformizadores. Este é o mundo que acaba com os big sellers e com os top-ten.

"Many companies fall into the trap of asking consumers"

"It’s assumed that ‘user experience’ is all about a beautiful screen and making sure the buttons are in all the right places. But that has almost nothing to do with getting the experience of using the software right—in the real world where clinicians use it. You can’t do design requirements in a conference room. You have to get out in the wild and live it.”
Many companies fall into the trap of asking consumers what about their current offering they could tweak to make it more appealing. Faster? More colors? Cheaper? When you start with the assumption that you’re just altering what you already have created, or relying on broader industry accepted category definitions, you may have already missed the opportunity to uncover the real job for consumers."
Trecho retirado de "Competing Against Luck".

À espera de um Trump que os salve

Ontem de manhã, em conversa com leitora do blogue, perguntou-me se nunca tinha tido problemas com os produtores de leite.

Mal eu sabia que de tarde iria encontrar "Produtores de leite reivindicam aumento do preço".

A verdade é que me passo mais com os jornalistas do que com os produtores de leite. Acho estranho um anónimo engenheiro da província, que nunca trabalhou no sector de lacticínios, saber mais sobre as estatísticas do sector e perceber as incongruências do que um jornalista, alguém que devia descobrir com um mínimo de preparação.

Reparem no lead do referido artigo:
"Os produtores saíram à rua diversas vezes este ano reclamando o regresso das quotas e contestando as importações e o que consideram ser "práticas comerciais abusivas"."
Como o artigo seria diferente se o jornalista da Lusa que redigiu o texto, perante o comunicado da Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), resolvesse abandonar a mera posição de megafone e fizesse o papel de mediador perguntando, por exemplo:

- Contestar as importações? Então quer dizer que os produtores portugueses devem deixar de exportar? (se calhar os produtores não perceberiam a ironia da pergunta, dado que fazem parte deste universo, querem para si o que não querem para os outros)

Sim, um jornalista que escreve sobre o leite deveria conhecer os dados publicados pelo Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral acerca do "Leite e Lacticínios". No índice, procurando "Comércio Internacional" é fácil ver como em 2015 Portugal importou 121 354 toneladas de leite. E exportou 216 091 toneladas de leite.

Portanto a Aprolep quer acabar com estas exportações?

Podem estar a pensar: Ah! Estas importações devem ser a preços muito competitivos, se calhar estamos perante vendas abaixo do preço de custo para tramar os portugueses.

A realidade ainda é mais interessante. Em "Leite e Lacticínios" é possível verificar que as exportações em 2015 foram feitas a um preço médio de 41 cêntimos e as importações a um preço médio de ... 60 cêntimos!!!

O referido Gabinete em Fevereiro de 2013 publicou uma Ficha de Internacionalização para o Leite e Lacticínios onde se podia ler:
"Análise Interna - Pontos Fracos
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1.Custos de produção elevados, em especial no Continente, relativamente aos existentes nos outros países produtores, nomeadamente, dos alimentos compostos (80-90%), o que retira capacidade de concorrência às nossas empresas;
...
2.Cultura empresarial que impede novas especificações e diferenciações para os produtos a exportar, em função da apetência e capacidade de valorização pelos consumidores nos mercados de destino;
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3.Pressão crescente ao nível da distribuição no sentido da margem negocial, a par do crescimento das quotas de mercado das marcas de distribuidor;
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4.Exportações centradas em produto de baixo valor acrescentado, especialmente de leite a granel, o que explica os termos de troca desfavoráveis (com excepção de 2007), com preços médios de exportação do leite em natureza inferiores aos de importação (leite embalado)"
Esta radiografia deveria pôr qualquer estratega de cabelos em pé!!!

Como é possível querer prosperar ou até sobreviver com 1 + 4?

Com 1, qualquer opção estratégica teria de passar pelo inverso de 4 o que pressupõe como base de trabalho o inverso de 2.

Com 2 + 4 é claro que 3 é a consequência natural. E, por favor, não diabolizem a distribuição por causa de 3. O 3 só existe por causa da fraqueza gerada por 2 e por 4.

Claro que os governos e os activistas, Cristas e Capoulas, tratam os produtores como crianças e evitam dizer-lhes as verdades na cara e, por isso, irão definhando ano após ano até que um Trump qualquer, de esquerda ou de direita, venha impor um proteccionismo que proteja os que não querem evoluir.

terça-feira, dezembro 27, 2016

Curiosidade do dia

"No mundo, a globalização trouxe a liberdade de circulação dos factores económicos, mas não se aceitou fazer o ajustamento nos modelos de sociedade – a perda das posições sociais protegidas gerou naturais reacções populistas defensivas que pretendem reconstituir um passado que já não existe.
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A fadiga da globalização no centro hegemónico que são os Estados Unidos está a fazer nascer um mundo novo, para o qual não há mapas nem bússolas porque são as correntes da tecnologia que estão a transformar os modelos de sociedade e os modelos de desenvolvimento. Os fluxos vão dominar os espaços, os competitivos vão dominar os distributivos, os globalistas vão vencer os nacionalistas – mas não se sabe o que tem de ser ajustado para passar do velho para o novo."
Esta é a minha grande conclusão quando reflicto no desempenho competitivo do Portugal industrial:
Recordar "Competitividade? I rest my case!" e "Façam as contas comigo".

Portugal é um país que soube recuperar a sua competitividade depois do choque chinês, as empresas aprenderam a viver com o euro e estamos a caminho das exportações representarem 50% do PIB.

Então, por que é que o Estado continua sempre à beira do abismo financeiro?

Por que os políticos ainda não aprenderam a fazer o ajustamento da sua cartilha. Continuam a pensar como no tempo do escudo em que todos os erros de gestão recaíam sobre os portugueses mas de uma forma camuflada através da inflação e da ilusão monetária. Agora isso desapareceu e o ajuste dos erros é mais doloroso. No entanto, o problema não é do euro nem da globalização é dos políticos que elegemos, ou nem elegemos, e de sermos uma cambada de ignorantes que aceita sem questionar as "verdades" que nos impingem.

"Acerca das historietas das exportações"

Ainda no ano passado, pessoas que agora rejubilam com os números das exportações, tudo faziam para os menorizar.

Ao longo dos anos as exportações têm calado sucessivamente muitos ignorantes que pontuam no espaço político-mediático. Dois exemplos:

Em Novembro passado registei aqui a evolução do peso das exportações no PIB:
  • 21% em 1985
  • 31% em 2008
  • 40,6 em 2015
Agora, verifico as previsões do BdP deste mês de Dezembro:
  • 42% em 2016
  • 44% em 2017
  • 46% em 2018
  • 48% em 2019
E os gurus que dizem que não somos competitivos com o euro... 
"O abrandamento em 2016, que não deverá impossibilitar um novo ganho de quotas de mercado,"
Um país a ganhar quotas de mercado desde 2008!

"É o que te chateia, é o que te cria desconforto no trabalho"

Na semana passada em conversa com empresário sobre as actividades de melhoria que patrocina na sua empresa, apontei esta frase sobre como define melhoria na sua comunicação com os operários:
"O que é melhoria? É o que te chateia, é o que te cria desconforto no trabalho"
Logo na altura sorri ao ouvir a frase porque a associei logo a isto:
"I think I have as many jobs of not wanting to do something as ones that I want positively to do. I call them “negative jobs.” In my experience, negative jobs are often the best innovation opportunities."
Trecho retirado de "Competing Against Luck"

É verdade, não é impunemente que se diz mal

Ao longo dos anos tenho usado a palavra impunemente em:

Impunemente foi a palavra que me veio à mente ao ler "O interior precisa de uma drástica mudança de imagem":
"Será possível atrair gente sem mudar a imagem do interior?
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Que imagem tem o interior? “Árvores a arder, casas ameaçadas, pessoas aos gritos, um ou outro crime”, arrisca Nuno Francisco, director do Jornal do Fundão. E serviços a fechar, mulheres de pele encorrilhada a trabalhar no campo, homens sentados à espera do fim. Não se esgota nisto, até pela crescente valorização da natureza, do património, da cultura, mas “é uma imagem redutora”, de perda, envelhecimento, despovoamento, isolamento. E isso não convida.
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O interior, aponta Ferrão, “tem alguma responsabilidade”. E pode ser boa ideia ter isso em conta em ano de eleições autárquicas. Há anos que o geógrafo ouve autarcas a dizer: “Se perdemos essa ideia de interior, perdemos o capital de queixa fundamental para reivindicar soluções.” E isto parece-lhe o reflexo de “uma mentalidade que evita que se construa futuro.[Moi ici: Gente habituada a depender dos outros e viciada em cortisol]
...
“Embora as condições de vida e a qualidade de vida em muitos municípios do interior sejam muito melhores do que em muitos concelhos das áreas metropolitanas, o facto-chave na fixação de população é o emprego e isso não existe ou existe pouco. [Moi ici: Um SMN uniforme também não ajuda a criar emprego em territórios de baixa densidade populacional] A única maneira de romper este ciclo é com emprego produtivo associado às competências locais, que podem ser recursos naturais, mas também podem ser outras competências ou capacidades instaladas, nomeadamente instituições do ensino superior”, acredita."
Um amigo costuma dizer que uma feira franca semanal num concelho fazia mais pela economia local que muitas boas intenções envenenadas sem dolo.

Um exemplo de miopia na vida real (parte II)

Recomendo vivamente a leitura da parte I.

Posso ser um anónimo consultor da província mas costumo falhar menos que os das empresas com muitos zeros antes da vírgula.
"Exoskeletons are wearable robots designed to move or strengthen limbs. Already, lower-body models help paralysis patients in clinics around the world. As long as the devices can continue to shed weight and cost, they should become common as replacements for wheelchairs within five years, says Homayoon Kazerooni, founder of two of the companies below."
Interessante e previsível que estes avanços sejam feitos por outsiders, Os gigantes do sector estão concentrados no produto, na solução, em vez de no JTBD. Imagino-os entretidos em jogadas de consolidação do mercado e em aperfeiçoamentos incrementais da herança.


Trechos retirados de "Robotic Exoskeletons Are Helping People Walk Again"

segunda-feira, dezembro 26, 2016

Curiosidade do dia

Um retrato de um povo que quer comer o bolo e ficar com ele ao mesmo tempo em "Portugueses querem mais Estado Social, mas não o querem pagar".

Boa ideia, os tansos dos alemães que nos sustentem!

Depois queremos ser independentes.

E além do estado social ainda há que considerar os normandos "Despesa com pessoal no Estado cresce 3,6% e afasta-se da meta anual"

Uma novela sobre Mongo (parte VII)

 Parte Iparte IIparte IIIparte IVparte V e parte VI.

"The point is, we’re slowly outsourcing left-brain logic to the CPU (central processing unit), not because knowing stuff isn’t important, but because putting things together in creative ways is more rewarding emotionally and increasingly more rewarding economically. Technology is creating the asset of human connection. The industrial age removed the necessity of lifting heavy objects; the technology age is removing our need to calculate stuff. It’s time we all embraced the human side of the revolution and stopped worrying about which skills may evaporate.
...
The major success factor for the pre-web modern marketing era was mass: mass manufacturing, mass consumption, mass machines, mass media, mass merchants. When you bundle all of these together in an organised fashion you end up with a mass pop culture. The system itself required pop-culture hits to be self-sustaining. The system needed and supported a macro pop culture. It didn’t support niche. What this means is that we had a set of tastemakers who decided what we liked: the television program managers, the magazine editors, the news curators, the retail buyers and the marketing managers. They would decide which alternatives we’d be given to choose from. They decided this by virtue of the fact that we had no way of knowing what else was available. If it wasn’t in our personal geography, we wouldn’t know about it. All the things we did know about were hokey and local, or the same thing our entire nation knew about because the tastemakers decided to make it, advertise it and pay the price to put it on the retailers’ shelves. Only the tastemakers could afford the reach that goes with mass. We got to choose one of the options available on the shelf. We got to choose one of the few shows on free-to-air television. The system didn’t support niche like it does now. The cultural phenomena that resulted from the system were powerful indeed.
...
Mass marketing was a selfish modality of marketing designed by and for the owners of capital, and not only financial capital, but mind capital. The average suburban dweller became everyone and no one. We had all loved and believed in average products with the edges rounded off."

"Client-focused, not client-run"

"Client-focused, not client-run.
Having so emphatically made the point that the client and client needs are central to the success of any enterprise, it is important to reinforce the point that client focus does not mean responding slavishly to whatever a client demands, nor just doing what a client asks. [Moi ici: E sem uma estratégia consciente, como é que uma empresa traça a linha entre a resposta que faz sentido e a outra?] The ultimate purpose of an enterprise is to create wealth, so there would be no point in responding to client demands that might result in bankruptcy.
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It’s more complex than that, however. As Steve Jobs, co-founder of Apple, says: ‘You can’t just ask customers what they want and then try to give that to them. By the time you get it built, they’ll want something new.’
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In some circumstances (particularly where new products or services are concerned) clients may not understand whether or not a particular offering will be of value to them. [Moi ici: E referir claramente para quem a oferta não se dirige. Para que ninguém se sinta enganado] In these situations the value proposition approach is far more powerful than old-style marketingspeak, because it enables a new offering to be expressed in terms of the value of the client experience that it will deliver.
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That’s the heart of this entire concept. Clients do not buy ‘things’. They buy the experiences that those ‘things’ are able to deliver."
Trechos retirados de "Creating and delivering your value proposition : managing customer experience for profit" de  Barnes, Helen Blake e David Pinder. Um livro que li em 2010 e que me redespertou curiosidade ao arrumar papéis em caixas para uma mudança.

O reshoring e Mongo are making indústria portuguesa great again.

Ontem no Porto deu-me para ler o JN, (a minha mãe voltou ao JN, depois de anos pelo Público e DN, porque diz que é um jornal que traz notícias, os outros só trazem opiniões).

Um artigo que me interessou foi este:

Fiz logo a "ponte" para:

  • a micro-empresa que este ano teve de recorrer ao trabalho temporário, contra sua vontade, porque não conseguia contratar ninguém;
  • a empresa grande portuguesa que auditei este ano e que me disse que contrata todos os que lhe batem à porta porque não há pessoal;
  • a pequena empresa do interior onde estava e apareceram dois jovens brasileiros sorridentes a pedir trabalho. Na semana seguinte já os vi a dar no duro.
Entretanto ontem à noite ao rever os artigos dos cadernos de Economia do Expresso que roubo a quem ainda tem pachorra para o comprar encontro no artigo "Invasão francesa chega ao Porto", de 17 de Dezembro último, a seguinte caixa:
"Os papéis inverteram-se: agora são as empresas que se promovem junto dos candidatos a emprego" 
O reshoring e Mongo are making indústria portuguesa great again.

Oiço agora na rádio que o primeiro-ministro falou de educação ... não ouvi mas desconfio que fez o papel que aquele treinador brasileiro desencorajava:
"Não tentem marcar o segundo golo antes do primeiro!"
Ainda há dias um inquérito concluía que uma percentagem elevada de jovens tinha mais qualificações do que aquelas que o seu emprego actual exigia.

BTW, é tão interessante o que o alinhamento de um jornal com a situação faz: agora que o partido no poder é aquele com que o Expresso alinha, os call-centers deixaram de ser um centro de exploração e passaram a ser algo de muito positivo.

Não esquecer!


No último número do semanário Expresso encontra-se o artigo "Em busca 
da janela 
mais evoluída 
do mundo"
"E, como conseguiu Bruno, em dois anos, tornar-se um cidadão do mundo e aceder a clientes tão sofisticados? Tornando-se íntimo de gabinetes de arquitectos de Paris, São Paulo ou Londres com actuação global que prescrevem os sistemas Hyline. Nesta cruzada, a parceria com o gabinete Saota, baseado na África do Sul, é um caso que arrebata pela influência que concede às redes sociais. O industrial pesquisava soluções e arquitectos, abordou um representante do gabinete que, para sua surpresa, lhe deu troco. A amizade digital conduziu a um convite para uma visita à base de Esposende. "Foi a viagem mais útil e benéfica que que alguma vez paguei", comenta Bruno. Ele próprio tem dificuldade em acreditar neste "conto de fadas" empresarial.
...
Na promoção externa, a primazia vai agora para a participação em feiras especializadas nas principais capitais"
Quantas vezes recomendo esta abordagem às PME? Não tem conta!
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Trabalhar o ecossistema da procura, trabalhar aqueles que influenciam ou mandam nos clientes.

Conhece o ecossistema da procura da sua empresa?

Talvez possamos ajudar a desenhá-lo, a criá-lo, a desenvolvê-lo.

sábado, dezembro 24, 2016

Feliz Natal


Feliz Natal para todos.


O Jesus que nos ensinaram tem muito de mito. Afinal o Novo Testamento não é um livro histórico.

Continuo a crer que por debaixo de toda a camada que Constantino e o império puseram sobre o Jesus que nos visitou está o Filho de Deus.

BTW, recomendo sempre a segunda lição da Teoria dos Jogos a quem tem medo de abandonar o poder absoluto da racionalidade

sexta-feira, dezembro 23, 2016

Curiosidade do dia

"Para quem considera que um objectivo prioritário da governação é ter contas equilibradas, como é o meu caso, a execução orçamental – atenção, não confundir com política orçamental – deste ano foi o melhor deste governo.
...
É uma boa notícia para o país, ainda que conseguida precisamente da forma que os partidos que suportam este governo tanto criticaram nos últimos anos: cortes de emergência na despesa do Estado, em áreas como a Saúde ou a Educação, e, como revela o INE, com um enorme corte no investimento do Estado: 28,4%.
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Que o consigam é óptimo. Que o façam contra tudo o que sempre apregoaram é uma questão que os próprios têm que resolver com as suas consciências. Que tenham, finalmente, chegado à conclusão que as boas contas não querem dizer que se está a matar o Estado é uma evolução que se saúda.
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Se tudo isto é ou não sustentável é uma história diferente. Depende no grau de crença de cada um na existência do Pai Natal."
Espero que o afectuoso não faça a vontade ao governo e lhe dê eleições antecipadas em 2017. Tenho curiosidade em ver até onde conseguem manter o pau do circo de pé.

Trechos retirados de "Com um Governo assim quem precisa de Pai Natal?"

"it is the situation and not the solution that drives the need for a job"

"Management guru Peter Drucker has said that "The customer rarely buys what the business thinks it sells him". Let’s see what this means by using the JTBD lens.
Consider this story:
A scuba centre advertised its dive-certification course in direct mailing lists purchased from diving magazines.
The assumed JTBD: an aspiring diver wanting to learn diving and having a certificate to prove it at the end.
But after gathering purchase stories from customers, the owner found that many were recently engaged couples planning wedding trips to the Caribbean.
The real JTBD: newlyweds wanting to spend quality time with each other by learning a new skill.
With this knowledge the owner advertised in bridal magazines and saw his classrooms filled during traditionally lull periods.
...
The reason people "rarely buy what the business thinks it sells them" is because it is the situation and not the solution that drives the need for a job. The newlyweds found themselves in a situation where the scuba centre was the best-fit solution for their job.
Note that there could have been substitute solutions—other solutions that could have been hired to do the same job, such as a skydiving centre—but scuba diving centre won, perhaps based on a set of success criteria the newlyweds had for the job."

Trechos retirados de "The Job-To-Be-Done Theory for designers"

"organizations need to learn to think and act like artists"

Outra tendência há muito identificada aqui no blogue e em linha com a metáfora de Mongo:
"Re-discover human potential, further human flourishing!
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It might just be that as intelligent machines increasingly remove routines from our lives — and will soon automate and virtualize many more complex tasks, as well — humanity in the twenty-first century is called upon to re-discover and express its full potential. This may include the mind-body connectedness that has been getting lost since the Industrial Revolution, along with more holistic approaches towards a future that will actually support human flourishing
...
Until just a few years ago, humanness and creativity in a world of commodity products (and services) was actually a risk. But in a world of global synchronicity with infinite variety and inevitable abundance (see music, films, travel, and very soon, banking and energy), creativity becomes a Must. As the arts have withered and started to mimic science, the rich irony of our new century is that organizations need to learn to think and act like artists in order to survive."
Como não recuar a:




Trechos retirados de "Why exponential technological change will need ‘exponential humanity‘"

"Each path is unique"

Simplesmente excelente:


Mongo, a explosão de diversidade, em todo o lado:
"Learning is the Work
Our basic approach to education is obsolete in an age of pervasive networks. Developing a standardized curriculum is completely inadequate to prepare for non-routine work and complex problem solving. One person, or group of experts, cannot decide that some minuscule percentage of knowledge is what we should teach everyone. Courses are like stock that is out of date as soon as it is published, while implicit knowledge is like flow, that requires constant interactions to make sense. There are no cookie-cutter recipes for non-routine or complex work. Each person and organization has to find its own path by seeking out information, making sense of it, and sharing it. Each path is unique."
O medo que isto deve meter a tanta gente que prefere ser "escravo" e não ter de arcar com as consequências das suas escolhas.

Ontem numa empresa alguém me dizia que quer pessoas que:

  • pensem e não se limitem a seguir as instruções; (intuição)
  • levantem questões, que questionem as tradições instaladas. (modelos mentais)

Imagem e trecho retirados de "from knowledge worker to master artisan"

Salvar o "brand value"

Lembram-se disto "Curiosidade do dia" e disto "raising the bar"?

Pois bem, foi com um sorriso que ontem, junto à ponte de Santa Clara em Coimbra, reparei nisto:
Faz todo o sentido, associar o Alvarinho premium a estes dois concelhos.

quinta-feira, dezembro 22, 2016

Curiosidade do dia

"A iminente descida da TSU para as empresas, como contrapartida para o aumento do salário mínimo nacional para os 557 euros, foi esta tarde justificada pelo primeiro-ministro com a necessidade de garantir que esse aumento "não afeta a criação de emprego" no futuro imediato."




Organizem-se!!!

Trecho retirado de "Descida da TSU visa garantir que aumento do salário mínimo “não afeta a criação de emprego”, diz Costa"

Imprensa amestrada

16 de Dezembro de 2016, "Governo garante 1300 empregos com apoio a seis empresas" e quem olha para o título fica com a ideia que vão ser criados 1300 postos de trabalho. No entanto, lendo o texto:
"Ao todo, o governo segura no país 1800 postos de trabalho, a maioria a norte - 525 são novos empregos e outros 800 são postos de trabalho já existentes e que agora ficam assegurados de forma mais duradoura."
Oh, wait! afinal só vão ser criados 525 postos de trabalho. Como uma das empresas beneficiada é a Eurocast que vai iniciar a actividade de raiz em Estarreja com 170 trabalhadores, as outras 5 empresas vão criar 355 postos de trabalho. Depois, aquele trecho " que agora ficam assegurados de forma mais duradoura." parece que são empresas com poucas vantagens competitivas. Sem o apoio do Estado não sobreviveriam com a dimensão actual. Dá que pensar.

21 de Dezembro de 2016, "Governo aprova investimento de 85 milhões em fábrica da Altri". E serão criados ...
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11 postos de trabalho!

E quantos serão criados na Celbi?

Por isto é que ao longo dos anos aprendi a dar pouca importância a estas empresas como criadoras de emprego. Como criadoras de emprego são muito fracas e ineficientes. Por cada milhão de euros de investimentos criam muito poucos postos de trabalho e o efeito cascata da distribuição de riqueza é muito baixo. Estou a pensar numa micro-empresa que facturará cerca de 500 mil euros em 2016 e que acrescentou 3 novos postos de trabalho, tudo sem apoios comunitários.

Por favor, não usem a criação de emprego como argumento para estas benesses fiscais.

BTW, quantos trabalhadores dos serviços irão aproveitar estes postos de trabalho?

Uma novela sobre Mongo (parte VI)

 Parte Iparte IIparte IIIparte IV e parte V.
"From products to platformsBeing able to thrive going forward is about removing the finality that comes with the launch mentality: not assuming that a product is finished when we deliver it to the market. Brands that survive the current reconfiguration of economics will understand that a product or service is a continuum of development, a continuum that people take from the company and invent the next stages of. Brands are evolving into platforms for audiences to perform with and upon. This is the human input that the industrial system didn’t allow or even want. What’s interesting is that what the brand evolves into with the creativity of outsiders is usually better than what the corporate committee would have decided on. It’s certainly more varied because instead of one-size-fits-all, it’s one-size-fits-one."
Não nos cansamos de defender isto há anos e mais anos: a explosão de tribos, a interacção, a co-criação, a decomoditização. Isto é Mongo, o Estranhistão.

Acerca do eficientismo



Recordar "Sobre a paranóia da eficiência e do eficientismo"

Desligados da realidade

Ainda esta semana numa empresa falei sobre este tema para demonstrar como os políticos estão desligados da realidade porque, quando falam em desemprego, pensam logo em fábricas fechadas, ou seja, desemprego industrial. A realidade, como já descrevi aqui no passado, é bem diferente:
"No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 405 933 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 68,6% tinham trabalhado em atividades do sector dos “serviços”, com destaque para as “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio”; 25,8% eram provenientes da “indústria”, com particular relevo para a “Construção”; ao sector “agrícola” pertenciam 4,6% dos desempregados."
Outro exemplo do desligamento da realidade, por a considerarem um bloco monolítico que é apenas o que vemos nos media:
"O aumento do salário mínimo nacional (SMN), dos 530 para os 557 euros, terá reflexos diretos e indiretos em "cerca de 40%" dos trabalhadores das IPSS, cerca de 100 mil pessoas - num universo de 250 mil -, disse ao DN Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS). A "ameaça [de despedimentos], no futuro, existe sempre", admitiu."
Trecho retirado da Informação Mensal do Mercado do Emprego, publicado pelo IEFP, relativo ao mês de Novembro de 2016.

BTW, apesar da descida do IVA, o desemprego no sector "Alojamento, restauração e similares" cresceu 14,3% em cadeia. E as promessas da AHRESP?

BTWII, o texto sobre as IPSS e o SMN é um caso clássico de uma mentalidade que felizmente muitas PME já ultrapassaram, nem uma palavra sobre produtividade.

quarta-feira, dezembro 21, 2016

Curiosidade do dia

"Para escolher entre alternativas, não basta selecionar uma e rejeitar a outra, é preciso mostrar que entre duas insustentabilidades não serve para nada escolher uma e deixar tudo o resto na mesma.
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Quatro décadas depois, os comunistas portugueses pretendem abandonar o euro e reestruturar a dívida, como se ignorassem que isso destruiria as poupanças que os portugueses aplicaram em títulos de dívida e faria desaparecer dos balanços dos bancos as aplicações em dívida pública portuguesa. Destruídos os últimos vestígios de capital existente em Portugal, não poderia haver recurso ao Banco Central Europeu e não se poderia emitir novos títulos de dívida. Na borda do abismo, seria o passo em frente revolucionário."



Trechos retirados de "Próximo do abismo"

Do concreto para o abstracto e não o contrário (parte II)

No postal "Do concreto para o abstracto e não o contrário" escrevi:
"Tem, quase sempre, de partir daquilo que tem. Não tem a liberdade de ir à procura do próximo hit, porque isso exige recursos e uma cultura que normalmente não tem."
Interessante que o primeiro passo em  "Creating a Strategy That Works" seja "Commit to an identity"



"Fogo no rabo"

Em 2008, em "Schwerpunkt", usei um termo que uso nas empresas desde 2002: fogo no rabo.

Por vezes lido com empresas, empresas que não são grandes, empresas que deviam ser ágeis mas que têm um ritmo muito lento. Digo-lhes que lhes falta "fogo no rabo" para correrem a sério.

Em "Why CEOs Should Commit to Many Small Battles Instead of a Single Big One", aplicado às empresas grandes, apresenta-se um conselho sobre como fugir ao ritmo de mudança lenta das organizações grandes.
"As CEO, you can fight back by sponsoring micro battles — discrete, narrowly defined, customer-focused initiatives pursued by small cross-functional teams. Micro battles force everyone to behave like insurgents, focusing only on what’s essential to meet a narrow goal.
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How? Consider a typical corporate goal: Grow sales of electric hand tools in Western Europe by 4%. That might encourage people to work harder, but it doesn’t require that anyone work differently or think outside their own department. A micro battle, by contrast, has a tightly drawn goal: “Let’s win 50% share in Western Europe of the do-it-yourself store business for mid-priced circular saws by displacing our main competitor.”
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To win such a battle, you need a team made up of people who are closest to each market.
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The team also needs people who provide crucial support—a supply chain expert, who can help drive down the cost of mid-priced saws, and a consumer insight expert, who understands consumer preferences for hand tools."
Claro que estas micro-batalhas têm de partir da orientação estratégica senão resultam em "much ado about nothing"

Uma novela sobre Mongo (parte V)

Parte Iparte IIparte III e parte IV.

"Most things from the industrial age were dead-end products. Dead-end products are those that arrive to the end purchaser in their final format. A price is paid and the benefit of the product is that it can be used as it is. Sure, we may be able to re-sell it, or even use it for an extended period of time, but it’s designed in a way that its primary purpose is to finish its lifecycle at that point.
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But more than that, dead-end products are not intended to be reinterpreted, mashed up and released back into the market with our input. The time-saving devices of the industrialised world fit very much into this space. Time is saved because someone else did the hard work to prepare something for you. If you think about life preinternet, it was filled with dead-end products — packaged goods, fridges, cars, washing machines, sneakers, ducted heating, instant coffee, glossy magazines, sitcom television programs — all sit-backand- receive scenarios.
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The world we live in now is about handing the brand back over to its rightful owners: the audience. Companies believe they own their brands, but in reality they don’t. A brand depends on those who purchase it for sustenance. If we stop feeding a brand, then the brand dies.
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people are telling us is that they want to help create the things they use. There is a clear shift towards people preferring products that are not finished. They want products where they get involved in the making process. [Moi ici: Isto é Mongo, o reino da individualidade, da co-criação, da interacção] Everything from slow food to high-end technology is transitioning to the malleable marketplace."

O volume é um indicador que afaga o ego

Recordar o Barclays ou o "Bigger isn't better. It's merely bigger." tudo de ontem antes de começar a ler "Coach, Kors & Kate: The Handbag Wars". Alguns excertos:
"Racing to the Bottom of the BagThe accessible luxury brands of Michael Kors, Kate Spade and Coach all mentioned in their investor calls the promotional activity in the department store channel in the second quarter of 2016. Each is attempting to mitigate exposure to this brand-eroding behavior with solutions.
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“this industry has evolved over the past few years to accelerated promotional activity. And we know that. That’s the absolute wrong thing to do for a business over the long term. And so we have put in fairly significant plans, declines in certain areas of the business, one of them obviously being wholesale.”
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Double-Digit Product Shipments Accompanied by Revenue Declines
Regarding the June quarter, Idol said, “The amount of promotional activity from many of the people who carry our line was at its all-time high, and we have to compete to be able to move our inventories during that period. When you do that, it just lowers your average order value, and you just can’t keep up with [it], even though our transactions, our conversion was up double-digit.”"
O volume é um indicador que afaga o ego e destrói valor.

terça-feira, dezembro 20, 2016

Curiosidade do dia

A propósito de "António Costa: “Emprego, emprego, emprego” é o objetivo", como não recordar este comentário:
"Como não recordar os políticos que começam por dizer que o objectivo é aumentar o emprego"
Em "Estratégia sempre antes dos objectivos"

Crash-test dummies


Por um lado:



Por outro:



Por fim, "Portugal será o primeiro a bater nos limites do BCE"

Cuidado!

"The beloved brand that walks away from integrity in order to chase mass.
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The engaged employee who gives up the craft in order to move up and become an unhappy manager instead...
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Bigger isn't better. It's merely bigger. And the mass market might want what the mass market wants, but that doesn't mean that it's your market."
Tantas e tantas empresas que vão no canto da sereia... acham que o Barclays é tolo.

Trecho retirado de "Tricked into playing the wrong game"

Será que ... ?

Isto, "Investimento de 1,5 milhões em unidade de processamento de pinhão em Grândola" julgo ser um bom exemplo do caminho que deve ser seguido em muitos concelhos do país, apostar nas vantagens competitivas autóctones e, depois, subir na escala de valor. Como refere Ricardo Hausmann, os macacos não voam, os macacos trepam às árvores.

Confesso, no entanto, que estranhei isto:
""O investimento em Grândola acabou por se dever a uma estratégia associada à localização da nossa matéria-prima, à capacidade e apoio da parte da Câmara Municipal de Grândola e também ao facto de estarmos próximos do porto de Sines, uma vez que a nossa empresa tem uma vertente virada para a exportação", explicou."
Será que vão tratar o pinhão como uma commodity que se transporta de barco por contentor como se fosse carvão, milho ou soja?

Se assim for é uma pena, muito dinheiro será deixado em cima da mesa.

Volume é vaidade, lucro é sanidade

"O britânico Barclays está a preparar-se para dizer a sete mil clientes para realizarem mais transacções com o banco ou procurarem outra instituição, de acordo com a Bloomberg. O objectivo desta medida é impulsionar as receitas.
...
O banco britânico lançou um novo sistema informático, o Flight Deck, que classifica cada cliente da sua unidade de "trading" de acordo com o retorno que gera para a instituição. Assim, o Barclays pode dar prioridade à relação com os clientes que são mais lucrativos e descartar aqueles que não dão grandes contributos para o retorno do banco, segundo a mesma fonte.
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A instituição financeira britânica eliminou, desde 2014, 17 mil clientes devido às regras mais duras no que diz respeito ao retorno de capital. Com este novo sistema agora implantado, mais sete mil clientes do Barclays podem ter de procurar uma nova instituição financeira, escreve a Bloomberg."
Quem lê estes trechos não pode deixar de sorrir e recordar marcadores que este blogue utiliza há quase uma década:

  • Stobachoff - aquele "classifica cada cliente da sua unidade de "trading" de acordo com o retorno que gera para a instituição" tem tudo a ver com a curva de Stobachoff
  • Clientes-alvo - um dos primeiros marcadores usados neste blogue. A importância de perceber para quem temos de trabalhar. Ao decidir deixar de trabalhar com 17 + 7 mil clientes não rentáveis a empresa percebe que não é o volume que interessa. Ao perceber que o mais importante é saber para quem não trabalhar (volto sempre a Hill e à magia de 2008), ao concentrar-se nos clientes-alvo há-de perceber que há um padrão nos JTBD e nos serviços prestados
  • Volume is vanity profit is sanity - frase usada aqui no blogue pela primeira vez em Julho de 2006. Como não recordar a empresa de calçado que me ensinou a metáfora da Arca de Noé em 2006.
Agora pensem nos outros bancos. O que dirão desta decisão?

segunda-feira, dezembro 19, 2016

Curiosidade do dia


"O indicador de confiança atingiu o valor mais alto desde Outubro de 2000. O valor mais alto em 16 anos. Ainda assim, o valor continua negativo (-10,5), mas em Setembro de 2015, o tal valor antes das legislativas, o indicador de confiança era ainda mais negativo (-11,2). Só para se ter uma ideia da evolução que se registou, a confiança dos consumidores bateu no seu ponto mais baixo de sempre, em Dezembro de 2012, estava o país em pleno programa de ajustamento: atingiu (-53,3)"


Quem salvará estes novos futuros lesados?

Trecho retirado de "A melhor sondagem vem dos consumidores"

Acerca da tríade

Há anos que escrevo aqui no blogue sobre a tríade. A primeira referência é de Outubro de 2011 embora o tema seja muito mais antigo, sem essa designação. O primeiro uso do marcador também é de Outubro de 2011.

O anónimo engenheiro da província aprendeu ao longo de quase 30 anos de contacto diário com as empresas que a maior parte das receitas da macroeconomia estão erradas, não funcionam e são desmentidas por pessoas que não têm estudos e dão a volta às situações que os membros da tríade julgam perdidas.

Por isso, como não sorrir perante "Management theory is becoming a compendium of dead ideas":
"The similarities between medieval Christianity and the world of management theory may not be obvious, but seek and ye shall find. Management theorists sanctify capitalism in much the same way that clergymen of yore sanctified feudalism. Business schools are the cathedrals of capitalism. Consultants are its travelling friars. Just as the clergy in the Middle Ages spoke in Latin to give their words an air of authority, management theorists speak in mumbo-jumbo.
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The gurus have lost touch with the world they seek to rule. Management theory is ripe for a Reformation of its own."
Mas o mais engraçado é que julgo que o autor apesar de ter razão em alguns pontos continua a partilhar do mesmo mindset daqueles que critica.

Para mim, o principal problema da tríade pode ser resumido na crença no eficientismo:


Em terra de cegos quem tem um olho é rei!

Vale mesmo a pena ler na íntegra "Where is Retail Headed?". Tive de me conter para não copiar tudo para aqui:
"“Forbes” tells us that shopping malls are being killed by online shopping and Nordstrom’s CFO says it’s only going to get worse.
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Do we want to shop in the real world, or not?
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The answer can be found in an old-fashioned notion: community.
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to create places where we want to explore, hubs to which we want to belong. This goes beyond being hobbled by our location.
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No, these intrepid A, A+ and A++ venues are creating a “shopping destination,” one that is ripe with excellent restaurants, clean and exciting movie theatres and chock-a-block with confident retailers staffed with professionals who encourage my odyssey of discovery. I enter to embark on an enchanted experience that leaves me feeling informed, indeed educated, and joyously lucky to have found what I was looking for, even when I didn’t quite know what I was looking for. It isn’t easy to deliver this experience, but hey, there is serious money to be made. Why is that? Because the experience transcends price. We’re no longer in the world of commoditized branded retail with its scripted sales pitches, bored staff and cluttered floors.[Moi ici: É horrível entrar numa loja e a funcionária simpática vir ter connosco para nos anunciar que a loja está com uma promoção de 20% até 26 de Dezembro... só confiam no preço para nos seduzir e convencer a comprar]
...
What we’re talking about is what we’ve probably experienced most often in a good wine shop, when the fellow behind the counter is actually obsessed by the varietals and producers. He’s the guy who cares about what you’re having for dinner and thinks there’s a beautiful marriage to be made. Remember that guy? He didn’t try to sell you an over-priced bottle, but rather gave you three choices at various price points with the knowledge that seemed informed by actual experience. He wanted you to have a great meal, a great experience. He wanted you to thrill your host, or celebrate your friend’s promotion. When was the last time you experienced that in any other setting? At a bike shop? At an art gallery? It happens in places where the people selling the goods love the goods."[Moi ici: Depois o autor lembra-nos que a maior parte dos vendedores é "just a warm body" sem paixão e sem formação sobre o que vendem e sobre como vendem]
Há anos que falo disto. O exemplo que dou não é de uma garrafeira nem de uma loja gourmet mas o de um funcionário da loja Valentim de Carvalho em Aveiro no Forum quando este abriu há mais de uma década e meia.

Podia ser sobre o calçado, ou o têxtil, ou o mobiliário, ou ...

Podia ser sobre o calçado, ou o têxtil, ou o mobiliário, ou ... agora sobre o leite, por exemplo, é que não.
"The marketplace disruption puts huge pressure on any merchant who merely created a commodity.
...
When you see it coming, there are only two choices:
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Run like hell to a new market, or,
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Move up, faster and more boldly than anyone thinks is rational."
Trecho retirado de "When your marketplace shifts

A experiência é a prenda

Na passada sexta-feira os meus amigos da Cascata de Números - Consultores convidaram-me para o jantar de Natal.

Pensei que se tratava de um jantar de Natal ...

Foi uma surpresa!!!

Foi uma experiência associada a um jantar de Natal.

Fomos recebidos num espaço interessante na margem do Douro em Gaia. Enquanto saboreávamos umas entrada e bebíamos um espumante de Alijó, o chefe surpreende-nos! Comunica-nos que teve um dia muito atarefado e que, por isso, não teve tempo de preparar o nosso jantar.

O que se segue saiu fora do guião dos jantares de Natal. O chefe dividiu-nos em equipas e qual programa Masterchef Australia, pôs cada equipa a preparar as entradas para o jantar e uma sopa de peixe. 4 equipas em 4 bancadas independentes, em saudável competição, concentradas em fazer bem, apreciar o momento e brincar com a situação e sempre com o espumante de Alijó por perto.

Quando chegámos à mesa estava criado o ambiente e o contexto para um jantar de Natal diferente e que nunca esquecerei.

Entretanto, ontem encontrei este texto "There's a science to gift giving -- experiences are better than material items":
"This holiday season consider giving an experience, new research shows it can foster stronger relationships than material items
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New research by Cindy Chan, an assistant professor in U of T Scarborough's Department of Management and the Rotman School of Management, finds experiential gifts are more effective than material gifts at improving relationships from the recipient's perspective.
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"The reason experiential gifts are more socially connecting is that they tend to be more emotionally evocative," says Chan, an expert on consumer relationships.
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"An experiential gift elicits a strong emotional response when a recipient consumes it--like the fear and awe of a safari adventure, the excitement of a rock concert or the calmness of a spa--and is more intensely emotional than a material possession."
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"People often struggle with the challenge of choosing what to give someone. If you want to give them something that will make them feel closer to you, give an experience.""
Escusado será dizer que os portobello com queijo de cabra gratinado e as vieiras cobertas com broa, alho e salsa feitos pelo meu grupo foram os vencedores da noite. (A toda a hora na cozinha imaginava que o Gordon Ramsey iria entrar e gritar, acerca das vieiras: "It's raw!!!")


Roubei esta foto do facebook de um dos amigos participantes:


Interessados na experiência podem procurar em www.dourum.pt recomendo vivamente.

domingo, dezembro 18, 2016

Curiosidade do dia

"A partir de Janeiro, o PCP vai estar na estrada a fazer uma campanha para debater as consequências da moeda única e a defender uma "libertação da submissão ao euro", anunciou esta tarde Jerónimo de Sousa, no final da reunião do comité central do partido. A essa campanha junta-se uma exigência de renegociação da dívida e também o controlo do sistema financeiro."
Renovo o meu pedido.

As pessoas não têm capacidade de abstracção e não passam de jogadores amadores de bilhar, quando pensam na próxima jogada não são capazes de imaginar as consequências dessa jogada nas jogadas que se seguirão. Por isso, a melhor forma de mostrar às pessoas o que é que o PCP propõe era criar um episódio especial de "Bem vindos a Beirais" sobre o day-after da saída do euro.

Seria muito andragógico, a evolução do preço da gasolina e dos carros novos, a evolução do preço do pão, o disparar da inflação. Depois, com ironia, podia-se ilustrar a ilusão monetária a funcionar com os aumentos dos salários em 15%, com as taxas de juro nos empréstimos par a habitação a 29%.

Pessoalmente contribuiria para financiar um episódio desses


"Comforting Lies" outra designação para "Afectos"

Trecho retirado de "PCP lança campanha para preparar Portugal para sair do euro"

Uma lição de humildade

Uma lição de humildade, nada de soluções gerais para problemas específicos e, nada de soluções talhadas na pedra desde o princípio:
"If most development challenges are considered ‘wicked’ problems, then countries dealing with fragility or conflict, let us call them Fragile and Conflict Affected Situations (FCAS) for now, most certainly embody the essence of the definition. In these ‘wicked’ situations, more than anywhere else, delivering tangible and timely results to citizens is critical. However, ... the only constant in development programming in FCAS is rapid and unpredictable change itself.
...
The literature is replete with case studies to support the notion that FCAS and other wicked development problems resist standardised responses. The growing movement of researchers and practitioners who now argue that development programmes need to be more sensitive to local needs and more adaptive to the hyper-dynamic environment is welcomed.
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In order to evolve this argument into concrete action, new adaptive tools and approaches are required. A starting point is that interventions should be designed with these four core principles in mind.
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Local solutions for local problems Pushing problem driven positive deviance Try, learn, iterate, adapt  Scale through diffusion.
Adaptive management seeks to better achieve desired outcomes and impacts through the systematic, iterative, and planned use of emergent knowledge and learning throughout the programme lifecycle. It involves reacting and responding quickly to changes in the political and socio-economic operating environment."

Trecho retirado de "What is Adaptive Management?"

Os riscos da estratégia (parte IV)

Parte I, parte II e parte III.

"When most of us think of disruption, innovative firms like Uber or Airbnb come quickly to mind. However, strictly speaking, Uber, for example, is not a disruptive innovation. Disruption describes a process whereby a smaller player with fewer resources is able to successfully challenge established incumbent businesses. They do so by targeting overlooked segments, offering more suitable functionality (frequently at a lower price). Incumbents typically ignore this move, and eventually new entrants move upmarket delivering the performance customers require, while preserving the advantages (chiefly lower cost) that drove their early success. Technically, Uber did neither of these, but that certainly hasn’t stopped it from forever altering the taxi industry.
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Rather than disruption, we could term the changes Uber and others are employing as “business model innovations,” but regardless of the terminology employed the fact remains, there are hungry (nay, starving) companies that you’ve never heard of,who are at this verymomentplotting to steal your market share. No industry is immune to this assault. Take shipping companies. They face a very unanticipated threat: 3D printing. As more manufacturers have the option to print parts and products in finished formonsite, shipments by air, sea, and roadway will plummet. It is estimated that as much as 41 percent of the air cargo business, 37 percent of ocean container shipments, and 25 percent of truck deliveries are vulnerable to 3D printing. Given the undeniable threat, it’s vital that organizations embrace agility and possess the ability to swiftly modify their business model based on new information."
Trecho retirado de "Objectives and Key Results: Driving Focus, Alignment, and Engagement with OKRs"

Uma novela sobre Mongo (parte IV)

Parte Iparte II e parte III.
"I hear a man’s words, and I see into his soul.
The words we use shape the values we have. They shape the values and belief systems of the societies we live in.
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The language used in corporate environments tells us much about the true value systems and culture of an organisation.
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ConsumersConsumer. What a terrible way to refer to a person or group of people. Even pond scum can be defined using the word ‘consumer’. It’s such a detached way to refer to people, it’s as if all that can be seen is a mouth, a set of teeth and a gut. And it’s a classic example of large corporations forgetting they’re doing business with real people who have emotions, dreams and aspirations by defining them as a kind of parasite of commerce. If it sounds ugly, we need look no further than the definitions of the word ‘consume’ as a reminder.
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Markets follow conversation The words we use are of vital strategic importance. It’s not just a matter of simple semantics. It has an important strategic impact on the way we approach the marketplace. As soon as any brand or company defines the people it sells its wares to as ‘consumers’ it impacts the overriding corporate culture. The rot sets in. It creates a cadre of behaviours that lead to poor business decisions. It’s a volumetric, non-human measure by nature, so it leads brands down a path where they want that faceless mass to buy and use more. It entices companies to build an infrastructure around serving masses and reducing input costs. This invariably leads to a corporate factory mindset where brands must sell more, prices must be reduced and market share must grow in volume terms. This leads to the inevitable death spiral of commoditisation and price focus. Defining people in this way stymies innovation. It creates an illusion of what a company should be doing in the first instance. It shifts the company focus onto the products they sell instead of the solutions they create. By defining people as the ‘absorbers’ of what is made, they’re hardly likely to find a better way to serve the needs of people. How can anyone possibly connect to and understand who they serve when those they serve are objectified into a product-usage behaviour?"
Trechos retirados de "The Great Fragmentation : why the future of business is small" de Steve Sammartino.

Um outro olhar

Há dias a propósito de:


Comentei no Twitter:
Em linha com uma opinião de anos. Recordar Abril de 2007:
"Assim, se a novidade tiver realmente potencial, a ALTEX pode estar a abrir, a pavimentar o caminho, para terceiros. Alguém no mercado, pode aperceber-se da vantagem tecnológica dos novos produtos da ALTEX, mas como não os desenvolveu, pode sentir e praticar um espírito de humildade, e aparecer à posteriori no mercado, com um produto parecido com o inovador, e um serviço diferenciador!!!"
Entretanto, ontem encontrei isto:
"we don’t believe there is any one right way to identify Jobs to Be Done. We’ve chosen to include here some ideas that may provide a different view through a jobs lens. As Amazon founder Jeff Bezos is fond of quoting, “Perspective is worth 80 I.Q. points.
...
A jobs lens changes what you see: the priorities and tradeoffs that customers are willing to make may look completely different, the competitive landscape shifts to a surprising cast of characters, and opportunity for growth appears where none might have seemed possible. Jobs are all around us, but it helps to know where to look and how to interpret what you find."
Trechos retirados de "Competing against luck"

sábado, dezembro 17, 2016

Curiosidade do dia

"Com uma certeza: quanto maiores forem as facilidades exigidas hoje, maiores serão os encargos futuros. A geração da bancarrota prepara-se para deixar uma triste herança aos que se seguem, a que chamamos “millennials”: recebem um país sem dinheiro e sem reputação."



Trecho retirado de "A triste herança deixada pela geração da bancarrota"

No caminho certo?

O título pode ser interessante "Portugal com o maior crescimento nas exportações para a UE" ... ou não.

Tudo depende de uma informação que o autor não colocou no texto. Como o jornal é mais um apoiante da situação, penso logo que estão a branquear algo. Por isso, desconfio que os dados a que o título se refere possam ser só relativos à evolução em cadeia.

Se os dados forem relativos à evolução em cadeia, é uma boa notícia mas será uma coisa pontual. Agora se os dados disserem respeito ao acumulado do ano de 2016, então, nesse caso a notícia é muito boa. Muito boa porque ilustra o quanto as nossas PME estão a trabalhar no sentido certo. O sentido da subida na escala do valor passa por trabalhar para os mercados com maior poder de compra, para os mercados mais exigentes.

Espero que a evolução em causa seja esta última.


Adenda: Já depois de planeada a publicação deste postal cheguei à fonte e o caminho é o certo:

Não sejas amarelo!

Parte I.
"Conformity
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For an individual to see opportunity instead of risk in transformation, another force presents itself: Conformity.
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Group pressure on the individual’s mind is powerful.
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So what do these biases mean for CEOs who need to effect change in their own organizations?
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First, CEOs need to understand that most transformation agendas are delayed or crippled by risk aversion, operating at the individual level. They are then compounded at the organization level, and reinforced by pressures to conform. By the time the organization recognizes the necessity for change, it is reactive and often too late. The business landscape is littered with failed companies that ended this way."

Trechos retirados de "How Loss Aversion and Conformity Threaten Organizational Change"

E os riscos da estratégia (parte III)

Parte I e parte II.

"Disruptive forces in manufacturing
In manufacturing, managing strategic risk takes on an increasing degree of urgency. With the sector in the midst of an era of unprecedented changes and challenges, technology and economic factors present new opportunities to create and capture value. Changing dynamics in the following areas can result in shifts in a manufacturer’s ability to deliver products, manage the supply chain, and serve customers in the traditional manner.
...
Customized demand. Changes in demand require more customization and personalization. In some cases, the customer is actually creating its own product.
...
Products. With smart manufacturing and connectivity on the rise, including the Internet of Things (IoT), sensors, controls, and man-to-machine and related interfaces and connections, products themselves are changing from “dumb” to “smart.” [Moi ici: É meter código nisso] Instead of simple products, manufacturers are delivering entire platforms or services throughout the life cycle of their manufactured goods.
...
Economics of production. Meanwhile, advanced manufacturing methods are changing the economics of production. Robotics can help lower production costs while time to market is shrinking. Where are the disruptors appearing? Additive manufacturing can eliminate traditional tooling used in conventional manufacturing techniques such as die casting, injection molding, and others in the value chain, reducing the number of assembly steps and parts, with “printed”— rather than assembled—parts.
Economics of the value chain. Intelligence and insights enabled by digital manufacturing are revolutionizing the economics of the value chain. This is eroding the value proposition for intermediaries and allowing direct customer engagement from the moment an order is placed through sourcing materials and customization— even after the product is delivered to the customer.
What is enabling the disruptors? Sensors and controls, wearables, and IoT, among other things."

E consigo?

"Drucker tells the story of three stonecutters who were asked what they were doing. “I am making a living” was the response of the first cutter. The second continued hammering as he answered, “I am doing the best job of stonecutting in the entire country.” Finally, the third answered confidently, “I am building a cathedral.”2 The third person is clearly connected to an overall aspirational vision, while the first is focused almost exclusively on providing a fair day’swork for a fair day’s pay. Drucker’s primary concern was with the second stonecutter, the individual focused on functional expertise, in this case being the best stonecutter in the county. Of course, exceptional workmanship is something to be esteemed and will always be important in carrying out any task, but it must be related to the overall goals of the business.
Drucker feared that in many instances, modern managers were not measuring performance by its contribution to the company, but by their own criteria of professional success."


Trechos retirados de "Objectives and Key Driving Focus, Alignment, and Engagement with OKRs" de Paul Niven e Ben Lamorté