sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Aumentar o "producer surplus", o caminho menos percorrido (parte IV)

Parte Iparte II e parte III.
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Don Peppers brinda-nos com mais um interessante artigo "Explaining Customer Centricity With a Diagram" que julgo que também se enquadra na série "Aumentar o "producer surplus", o caminho menos percorrido" e até com "Uma comichão mental..."
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A certa altura Don escreve:
"the financial objective for a product-centric competitor is to maximize the value created by each product, while the financial objective for a customer-centric competitor is to maximize the value created by each customer."
A linguagem, julgo, IMHO, não é a melhor, aquele "each product" não se aplica ao valor unitário de um produto, aplica-se à quantidade total que é possível obter com a venda da soma de todas as unidades de uma referência (SKU). Quando se compete pelo preço e se elege a redução de custos como o vector fundamental para o negócio, procura-se quantidade, volume, market share para maximizar o retorno do agregado daquele SKU. Quando se sobe na escala de valor e se trabalha do cliente para trás, para a oferta, para o produto, aposta-se no aumento do valor percepcionado pelo cliente, por cada cliente. Assim, aposta-se na maximização do valor criado com cada unidade de SKU e não pelo seu agregado. O negócio não é quantidade, não é market share!
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Voltando ao artigo:
"A product-centric competitor focuses on one product at a time and tries to sell that product to as many customers as possible.
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A customer-centric competitor focuses on one customer at a time and tries to sell that customer as many products as possible."
Numa empresa "product-centric" a lógica é: temos este produto, a quem o podemos vender?
Numa empresa "customer-centric" a lógica passa por estudar a vida do cliente e ir desenvolvendo a relação, para ir criando uma sucessão de ofertas relacionadas com ele, com a sua vida, com as experiências que procura e valoriza.

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