quinta-feira, dezembro 22, 2016

Desligados da realidade

Ainda esta semana numa empresa falei sobre este tema para demonstrar como os políticos estão desligados da realidade porque, quando falam em desemprego, pensam logo em fábricas fechadas, ou seja, desemprego industrial. A realidade, como já descrevi aqui no passado, é bem diferente:
"No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 405 933 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 68,6% tinham trabalhado em atividades do sector dos “serviços”, com destaque para as “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio”; 25,8% eram provenientes da “indústria”, com particular relevo para a “Construção”; ao sector “agrícola” pertenciam 4,6% dos desempregados."
Outro exemplo do desligamento da realidade, por a considerarem um bloco monolítico que é apenas o que vemos nos media:
"O aumento do salário mínimo nacional (SMN), dos 530 para os 557 euros, terá reflexos diretos e indiretos em "cerca de 40%" dos trabalhadores das IPSS, cerca de 100 mil pessoas - num universo de 250 mil -, disse ao DN Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS). A "ameaça [de despedimentos], no futuro, existe sempre", admitiu."
Trecho retirado da Informação Mensal do Mercado do Emprego, publicado pelo IEFP, relativo ao mês de Novembro de 2016.

BTW, apesar da descida do IVA, o desemprego no sector "Alojamento, restauração e similares" cresceu 14,3% em cadeia. E as promessas da AHRESP?

BTWII, o texto sobre as IPSS e o SMN é um caso clássico de uma mentalidade que felizmente muitas PME já ultrapassaram, nem uma palavra sobre produtividade.

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