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terça-feira, dezembro 27, 2016

É verdade, não é impunemente que se diz mal

Ao longo dos anos tenho usado a palavra impunemente em:

Impunemente foi a palavra que me veio à mente ao ler "O interior precisa de uma drástica mudança de imagem":
"Será possível atrair gente sem mudar a imagem do interior?
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Que imagem tem o interior? “Árvores a arder, casas ameaçadas, pessoas aos gritos, um ou outro crime”, arrisca Nuno Francisco, director do Jornal do Fundão. E serviços a fechar, mulheres de pele encorrilhada a trabalhar no campo, homens sentados à espera do fim. Não se esgota nisto, até pela crescente valorização da natureza, do património, da cultura, mas “é uma imagem redutora”, de perda, envelhecimento, despovoamento, isolamento. E isso não convida.
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O interior, aponta Ferrão, “tem alguma responsabilidade”. E pode ser boa ideia ter isso em conta em ano de eleições autárquicas. Há anos que o geógrafo ouve autarcas a dizer: “Se perdemos essa ideia de interior, perdemos o capital de queixa fundamental para reivindicar soluções.” E isto parece-lhe o reflexo de “uma mentalidade que evita que se construa futuro.[Moi ici: Gente habituada a depender dos outros e viciada em cortisol]
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“Embora as condições de vida e a qualidade de vida em muitos municípios do interior sejam muito melhores do que em muitos concelhos das áreas metropolitanas, o facto-chave na fixação de população é o emprego e isso não existe ou existe pouco. [Moi ici: Um SMN uniforme também não ajuda a criar emprego em territórios de baixa densidade populacional] A única maneira de romper este ciclo é com emprego produtivo associado às competências locais, que podem ser recursos naturais, mas também podem ser outras competências ou capacidades instaladas, nomeadamente instituições do ensino superior”, acredita."
Um amigo costuma dizer que uma feira franca semanal num concelho fazia mais pela economia local que muitas boas intenções envenenadas sem dolo.

segunda-feira, novembro 28, 2016

terça-feira, dezembro 23, 2014

Mudar de discurso

O calçado já o está a fazer há vários anos, o têxtil começou recentemente.
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Se os empresários de um sector, se os autarcas de uma região querem, seduzir:

  • quadros;
  • trabalhadores;
  • investidores;
  • habitantes; 
  • ...
Têm de começar por abandonar o discurso dos coitadinhos, dos apoios e subsídios, dos desgraçados e abandonados e, começar a contar histórias de sucesso. Têm de começar a usar a retórica para persuadir futuros comportamentos e pensamentos.
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sábado, julho 06, 2013

Agora, só precisam de aprender a dar valor ao que têm

Fico fascinado com estes relatos de um Portugal que longe do caminho mais percorrido, longe dos holofotes, longe das promoções das operadoras de comunicações móveis e das cervejeiras, teima em resistir:

E a verdade é que com a chegada da troika, com o consequente enfraquecimento da força da drenagem desertificadora do interior para as grandes cidades, com o progresso de Mongo e das suas tribos que procuram autenticidade, o pior já passou para o interior.
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Ouso especular que agora só precisam de ter orgulho e dizer bem da sua terra, ninguém quer ir viver para uma terra com má publicidade, gerada pelos seus próprios autarcas como força de pressão perante Lisboa. Agora, só precisam de aprender a dar valor ao que têm e a não tentar copiar os modelos do litoral.
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O futuro, não é a uniformização, o futuro é a diversidade e a adequação à realidade próxima.

terça-feira, junho 11, 2013

Ainda não está maduro

Animo-me com a leitura do título "“Olhem para o Interior! Não somos um problema, somos uma solução”".
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Depois, percebo que ainda não está maduro...
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Percebo isso quando leio:
"O presidente da Câmara de Miranda do Douro apela ao Governo que olhe para o interior como uma solução para a recuperação do país. “A recuperação do país não é apenas um conceito financeiro, não se faz apenas a partir de Lisboa, (Moi ici: Eheheh Eu cá penso de outra forma, a recuperação do país faz-se apesar de Lisboa) mas sim a partir de pequenas iniciativas e da aposta nos produtos endógenos”, defende o autarca em declarações à Renascença.
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mas para isso precisa do apoio do Governo, de modo a “fixar jovens e investimento”, refere o autarca."
Enquanto continuar a acreditar no apoio do Governo, deste ou do próximo, só demonstra que ainda não está maduro para a revolução.
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A revolução começa a fazer-se pelos que não esperam o apoio de ninguém,  até pelos que, desesperados, tentam, pela última vez, algo que parece pequeno, irrisório.
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Os que não esperam, tentam, não acreditam em gurus, não acreditam em professores ou consultores, tentam, amanham-se, fazem-se à vida e fazem germinar sementes onde mais ninguém acredita.
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BTW, pode não estar maduro mas já está no bom caminho da diferenciação e não da cópia do litoral:
"a partir de pequenas iniciativas e da aposta nos produtos endógenos
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a Terra Fria é grande nos produtos que tem, na qualidade que tem
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onde existem pequenos produtores e iniciativas
...
a região é um exemplo "ao nível agrícola, da produção animal, dos produtos cinegéticos e da cultura”"

quarta-feira, março 28, 2012

Outra vez, o regresso à terra

Lembram-se desta previsão fácil "O regresso à terra"... Outubro de 2008.
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Lembram-se de Maio de Novembro de 2011?
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Portanto, não é surpresa "Grécia: 1,5 milhões admitem trocar cidades pela terra". Pena que as autarquias do nosso interior, não futurizem, não cenarizem, não pensem estrategicamente, para lá de como sacar mais subsídios à UE ou ao governo... para umas rotundas.