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terça-feira, novembro 07, 2023

Para reflexão

"Felix Lange, a Swedish software designer, currently head of product at a Portuguese housing start-up, also arrived in Lisbon in 2016 looking for a change.

After the 10-year period he is still not sure of what he is going to do. "I think if I'm going to move it's not going to be because of the end of my NHR statute. That won't be the decisive factor."

"However, I did calculate the tax rate I would have if I didn't have the NHR statute and it would feel weird for me to pay more taxes in Portugal than those I used to pay in Sweden," he adds."

Trecho retirado de "Portugal's tech boom challenged by tax change"


sábado, maio 28, 2022

Pensamento mágico

Li há dias no JN, "Empresas não usaram apoios para contratar":

"As empresas portuguesas não utilizaram os incentivos disponibilizados, através de fundos comunitários, para a contratação de profissionais altamente qualificados, disse, ontem, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, no âmbito do debate "O futuro da Europa e os Jovens Sustentabilidade, ação climática, transformação digital e emprego", que teve lugar na Faculdade de Economia do Porto.

"No início do Portugal 2020, os avisos [dos concursos] ficavam desertos. As empresas não concorriam para ter 50% de apoio, durante três anos, para contratar, por exemplo, um doutorado, em que o valor de referência eram 3400 euros. Ou um licenciado, em que o valor de referência era muito acima dos 2000 euros. E porquê? Porque achavam que eram valores muito elevados. Portanto, temos um problema de cultura nas empresas, e temos de enfrentá-lo", afirmou a governante"

Ponham-se no lugar de uma empresa ... por que há-de fazer sentido contratar um doutorado?

Isto faz-me lembrar as discussões que tenho nas empresas por causas dos planos de formação criados para auditor ver. Por que é que uma empresa racional há-de dar formação aos seus trabalhadores? A formação é uma ferramenta para ajudar a atingir um objectivo. Se não há objectivo qual o propósito da formação?

Ponham-se no lugar de uma empresa ... por que há-de fazer sentido contratar um doutorado?

Isto é uma espécie de pensamento mágico ao estilo do "If you build they will come" tipíco dos governos.

Poderá fazer sentido contratar um doutorado como uma ferramenta para executar uma estratégia de subida na escala de valor. Se não há necessidade de subida na escala de valor, por que há-de fazer sentido contratar um doutorado?

Isto é ao nível da brincadeira das garagens de 2010: "mas se Fátima Campos Ferreira descobre... vamos ter um Prós & Prós a fazer lobby para que o governo lance uns estímulos a fundo perdido para a construção de garagens"

domingo, julho 12, 2020

Torrar dinheiro de contribuintes

E quando o empreendedor é o estado... a decidir com o dinheiro dos bolsos dos contribuintes... estão a ver o perigo?
"Num país que dispõe já de 7.000 MW de potências intermitentes com FIT para um consumo de apenas 3.900 MW no vazio, o hidrogénio é a nova desculpa para se instalarem mais 2.000 MW de novas potências solares intermitentes com FIT. É o mundo ao contrário!

Em vez de se estancar o problema não atribuindo mais FIT a potências intermitentes, e fazendo com que o mercado se ajuste às disponibilidades de eletricidade aos melhores preços, promovem-se ainda mais potencias intermitentes com FIT para se resolver o problema das FIT através do hidrogénio.
...
Mesmo não estando disponível nenhuma tecnologia competitiva para produzir hidrogénio através da eletrólise da água, o documento que esteve em consulta pública aponta desde já para um investimento de 7.000 milhões de euros (!!!), e numa primeira fase este hidrogénio destinar-se-á exclusivamente ao mercado interno." (fonte)
Pois:
“One of us was shown a paper written by a well-known macroeconomist with considerable experience in central banks and finance ministries. The model showed that an inflation objective would be met, given the model, if the central bank announced today what interest rates would be at different dates for several years ahead. 25 The author of the paper was asked ‘So what insight do we gain from this model?’ The answer was that the numbers derived from the model should be the policy. That answer begins to make sense only if the economist believed that his model described ‘the world as it really is’. But a small-world model does not do that; its value lies in framing a problem to provide insights into the large-world problem facing the policy-maker and not in the pretence that it can provide precise quantitative guidance. You cannot derive a probability or a forecast or a policy recommendation from a model; the probability is meaningful, the forecast accurate or the policy recommendation well founded only within the context of the model .

Other disciplines seem more alive to this issue. The bridge builder or the aeronautics engineer, dealing with a much more firmly established body of knowledge, will wisely be sceptical of a quantitative answer which is not consistent with his or her prior experience. And our own experience in economics is that the most common explanation of a surprising result is that someone has made an “error. In finance, economics and business, models never describe ‘the world as it really is’. Informed judgement will always be required in understanding and interpreting the output of a model and in using it in any large-world situation.”

Trechos retirados de “Radical Uncertainty” de John Kay e Mervyn King

quinta-feira, junho 21, 2018

Desabafo

Num desabafo pouco habitual neste blogue que se quer optimista.

Receio que Portugal no médio prazo se torne novamente num país ideal para o low-cost e as respectivas estratégias eficientistas:


E a Roménia... meu Deus!!!

Recordo as instituições extractivas de Acemoglu e imagino 44 anos de perseguição normanda saqueadora, comparando com o tenho visto nos últimos anos sobre o alojamento local.

sábado, fevereiro 25, 2017

"calçar os sapatos do outro"

É muito difícil calçar os sapatos do outro e procurar ver o mundo sob a sua perspectiva.

Por exemplo, foi muito fácil dizer mal dos finlandeses no tempo da troika sem cuidar perceber a crise tremenda que estavam, e estão, a viver, tendo eles de fazer sacrifícios que por cá consideramos inconstitucionais.

Um outro exemplo é o pensamento mainstream nos media e inteligentsia portuguesa acerca do sistema fiscal irlandês para as empresas. Até lhe chamam uma offshore plantada em plena UE. O que dirão essas sumidades acerca desta offshore em pleno Portugal "Suécia queixa-se a Centeno das condições dadas aos reformados"?

Por isto, encontramos comunidades de holandeses na zona de Tábua, de franceses um pouco por todo o país, de ...

É um bom investimento, dinheiro gasto capilarmente na base da economia. Por exemplo, na zona entre Tábua e Arganil há um restaurante modesto no meio do nada, usado por trabalhadores e que conheço por motivos profissionais há quase 15 anos. Durante 12 anos, sempre que lá fui nunca tive fila e havia mesas vazias apesar da freguesia regular. De há 3 anos para cá, ao almoço, fila e mais fila (se chover) por causa de uma comunidade de holandeses reformados que escolheu aquele restaurante para almoçar praticamente todos os dias.

BTW, a notícia da queixa não liga muito em com outra notícia do mesmo jornal "Suécia queixa-se de receber demasiado dinheiro em impostos"


quinta-feira, dezembro 22, 2016

Imprensa amestrada

16 de Dezembro de 2016, "Governo garante 1300 empregos com apoio a seis empresas" e quem olha para o título fica com a ideia que vão ser criados 1300 postos de trabalho. No entanto, lendo o texto:
"Ao todo, o governo segura no país 1800 postos de trabalho, a maioria a norte - 525 são novos empregos e outros 800 são postos de trabalho já existentes e que agora ficam assegurados de forma mais duradoura."
Oh, wait! afinal só vão ser criados 525 postos de trabalho. Como uma das empresas beneficiada é a Eurocast que vai iniciar a actividade de raiz em Estarreja com 170 trabalhadores, as outras 5 empresas vão criar 355 postos de trabalho. Depois, aquele trecho " que agora ficam assegurados de forma mais duradoura." parece que são empresas com poucas vantagens competitivas. Sem o apoio do Estado não sobreviveriam com a dimensão actual. Dá que pensar.

21 de Dezembro de 2016, "Governo aprova investimento de 85 milhões em fábrica da Altri". E serão criados ...
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11 postos de trabalho!

E quantos serão criados na Celbi?

Por isto é que ao longo dos anos aprendi a dar pouca importância a estas empresas como criadoras de emprego. Como criadoras de emprego são muito fracas e ineficientes. Por cada milhão de euros de investimentos criam muito poucos postos de trabalho e o efeito cascata da distribuição de riqueza é muito baixo. Estou a pensar numa micro-empresa que facturará cerca de 500 mil euros em 2016 e que acrescentou 3 novos postos de trabalho, tudo sem apoios comunitários.

Por favor, não usem a criação de emprego como argumento para estas benesses fiscais.

BTW, quantos trabalhadores dos serviços irão aproveitar estes postos de trabalho?

terça-feira, junho 14, 2016

Get a life!

"Ryanair has come under attack for deciding to close its base near Oslo - a move that is expected to result in the loss of 1,000 jobs - after Norway introduced a new tax on air passengers.
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The Norwegian prime minister has accused the Irish budget airline of attempting to "dictate" policy, after the carrier announced it will scrap its base at Oslo Rygge airport - 66 kilometres from the Norwegian capital - in October and axe 16 routes, meaning its traffic in the country will fall by 50pc."
Uma empresa não concorda com a decisão de um governo legítimo. Legitimamente decide abandonar esse país!
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Não faz greve, não queima pneus, não exige subsídios, não faz chantagem, simplesmente fecha a operação e sai. Deixando a oportunidade para outra empresa servir a Noruega.
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E agora é que passa por mau da fita?
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Devo ser eu que, como anónimo da província, não consigo ver o filme.
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Trecho retirado de "Ryanair attacked over Oslo base closure"

Lc: 9,5

quarta-feira, dezembro 02, 2015

Impostagem é impostagem, ponto.

Para quem escreveu "Acredito, não gosto, preferia, não creio." ler "Cobrar mais impostos para investir é ideia de Stiglitz para Portugal crescer" é recordar os que acham que impostagem pela esquerda é virtuosa e pela direita é tóxica.Nesta linha "A cadeira do poder".
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Impostagem é impostagem, ponto.
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E que evidências temos nós de que o Estado invista melhor do que os seus cidadãos?

domingo, agosto 16, 2015

Acerca dos ecossistemas

Acerca de um tema que tratamos aqui no blogue há anos, os ecossistemas.


Um pormenor, ao minuto 33 quando Jim Moore fala sobre o choque da inovação, dos novos modelos de negócio, com o esquema dos estados para impostar a actividade económica. Recordar:



terça-feira, julho 21, 2015

Acerca da dimensão das empresas (parte II)

Parte I.
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Recordar o recente "Dimensão e especialização no Estranhistão":
"""o facto de a grande maioria delas [PME de construção] ser de carácter regional, o que provou que tinham a dimensão adequada e, por isso, conseguiram sobreviver; e porque eram e são empresas especialistas, que estão focadas em nichos de mercado"."
E comparar com "Só especulo"...
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Confesso que até eu me surpreendo com a minha taxa de acerto de previsões... mas não há magia, é só fazer as contas da estratégia.
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Por isso, sorrio ao ler "Ces entrepreneurs qui ne veulent pas grandir":
"Or, derrière ces ETI,[entreprises de taille intermédiaire]  il y a un enjeu central. En matière d’emploi notamment. « Seules 5 % des entreprises françaises ont plus de 10 salariés, alors qu’elles sont 10 % au Royaume-Uni, 18 % en Allemagne, 24 % aux Etats-Unis. Si nous arrivions à 10 % d’entreprises de plus de 10 salariés, on pourrait créer 400 000 emplois net »,[Moi ici: Como se fosse só aumentar e pronto! E o mercado não muda? E o tipo de gestão não muda? E a proposta de valor não tem de mudar? E o propósito de uma empresa é mesmo criar emprego? Em vez de querer copiar modelos estrangeiros melhor fariam em seguir o exemplo austríaco, mais vale um pássaro na mão...]
...
[Moi ici: O Cortes acha que sou eu que sou esquisito com esta história dos impostos] Facilité dans l’acte de création d’entreprise, dynamisme du capitalrisque et dispositifs fiscaux avantageux aident les nouveaux venus, relève l’étude. Mais c’est après que le bât blesse. La moitié de ces sociétés ont disparu au bout de cinq ans ! Pourquoi ? Sans surprise, charges trop lourdes et complexité administrative sont les bêtes noires des petits patrons
...
[Moi ici: Cá está o caso referido na parte I] Autre épouvantail : les seuils sociaux. Celui des 50 salariés à partir duquel l’entreprise doit se doter d’un comité d’entreprise (CE) et d’un comité hygiène, sécurité et conditions de travail (CHSCT) – désormais regroupés au sein de la délégation unique du personnel (DUP) – est jugé redoutable. « Il y a deux fois plus d’entreprises de 49 que de 50 salariés », note M. Andrès. A l’Insee, on relativise ce constat, en soulignant que les entreprises ont tendance à se « couper » en entités juridiques plus petites afin
de contourner les seuils.
...
La course à la croissance se heurte aussi aux difficultés de management que suscite un changement d’échelle.
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« Croître signifie revoir l’organisation de la société, déléguer une partie du management, donc se remettre en cause »
...
[Moi ici: O tal, desapareçam, saiam da frente, não atrapalhem]  « les petits patrons n’attendent pas d’aides ou de subventions. Juste de ne pas être freinés par des contraintes démotivantes. »"

sábado, junho 06, 2015

Alimento para reflexão

"In this paper, we propose a model in which the effects of taxation on growth are highly non-linear. Taxes have a small impact on long-run growth when taxes rates and other disincentives to investment are low or moderate. But, as tax rates rise, the marginal impact of taxation on growth also rises. This non-linearity is generated by heterogeneity in entrepreneurial ability. In a low-tax economy, the ability of the marginal entrepreneur is relatively low. So, increasing the tax rate leads to the exit of low-ability entrepreneurs and to a small decline in the growth rate. In a high-tax economy the ability of the marginal entrepreneur is relatively high. So, increasing the tax rate leads to the exit of high-ability entrepreneurs and in a large decline in the growth rate."
Agora, é só decidir onde estamos colocados, como país.
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Trecho retirado das conclusões de "Non-linear Effects of Taxation on Growth" de
Nir Jaimovich e Sergio Rebelo (Março de 2015)

sábado, maio 23, 2015

Mirtilhos, proximidade e normandagem

Que timing!!!
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De manhã fui à Biobaga, em Avanca, comprar mirtilhos (variedades Camelia e Palmeto). 
As groselhas ainda precisam de mais 2 ou 3 semanas:
Dá-me um gozo tremendo comprar directamente ao produtor um produto biológico e local!
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"If you’re looking for the next organic on a broad scale, better to look toward local local. It is a designation that has become so appealing to consumers that in some ways it is surpassing the popularity — although not yet the dollar value — of organics.
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The authenticity halo around organic and natural has begun to fade, and local foods and beverages are poised to surpass them as a symbol of trust and transparency. ... local is no longer merely a bridge between organic and natural; local now speaks to consumer desires for a food system with integrity.
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With its connotations of community, economy and environmental stewardship, local offers compelling narratives that include small-scale production and closer, reciprocal relationships with food producers. These authentic stories have become a major part of the shopping, cooking and eating experience for consumers — a key aspect of the movement toward fresh, less processed food. Although some local products may carry prices that put them out of reach for many people, consumers in all segments are turning toward local to help them resolve their confusion and uncertainty surrounding organic certifications and the claims of the organic marketplace. People believe in the integrity of local producers and small farmers, seeing them as deeply invested in the quality of their products."
Claro que aqueles que um dia serão chamados de "os totalitários do século XXI", "equivalentes aos totalitários do século XX" e que, tal como aqueles gozam do apoio da maioria da população, preferem outro mercado... "O saque normando"

terça-feira, abril 21, 2015

Curiosidade do dia

Li "É para “pensar à grande” que o PS quer o investimento público" e tentei concentrar-me na única coisa boa, a quarta bancarrota e a nova vinda da troika.
"João Jesus Caetano foi buscar a exploração dos “recursos do mar” como o “desígnio” em que o país podia apostar. [Moi ici: Quer dizer, os empresários não investem, e uns cromos de gabinete estão dispostos a torrar dinheiro a impostar a contribuintes futuros... fazem-me lembrar Cravinho a defender as SCUTS... ainda não se retratou]
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Mas a recuperação feita pelo sector têxtil e do calçado, através da ligação às universidades e centros de investigação, era a prova, para o economista da Universidade do Minho, de que esse era o caminho. [Moi ici: Isto é tão LOL!!! Agora os emplastros das universidades vêm, qual Mira Amaral, colar-se ao sucesso dos empresários "ignorantes"]
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 “O erro não está no investimento público feito em ciência e em educação. O erro está na insuficiência do nosso tecido empresarial em aproveitar” [Moi ici: Podem sempre nacionalizar as empresas e fuzilar os empresários. Esta gente não se enxerga?]

domingo, novembro 23, 2014

O monstro é imparável

Agora que anda por aí mais um choradinho dos "construtores de mundos perfeitos": é preciso uniformizar a fiscalidade das empresas em todo o espaço da UE.
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Alguns até defendem, em simultâneo, a existência de fiscalidade mais baixa para as empresas que se estabelecerem no interior... e não percebem a relação.
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Entretanto, o monstro cá do burgo continua na sua voracidade imparável.
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Segundo o relatório  "Paying Taxes 2015" da consultora PwC a média para a UE e EFTA é:

Nós por cá, país da periferia, país com poucos habitantes e baixo poder de compra, temos:

Conclusão, se uniformizarem a fiscalidade para as empresas na UE, a fiscalidade para as pessoas em Portugal ainda teria de crescer muito mais para compensar o alimento para o monstro, já que é inconstitucional reduzir a despesa do estadinho.
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No primeiro texto, encontro:
"O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal considera o valor elevado, tendo em conta a rentabilidade das empresas."
Este senhor, 9 em cada 10 vezes que aparece nos jornais é para pedir apoios, subsídios e benesses. A outra vez é para protestar contra a fiscalidade. Duh! De onde é que ele pensa que o dinheiro que ele pediu, para as outras nove, vem? Um verdadeiro jogador amador de bilhar.

terça-feira, novembro 11, 2014

Rumo à Sildávia? As tentações são muito fortes

A troika foi uma forma de cortar esta espiral viciosa rumo à Sildávia?
"Your country is falling apart. Unemployment and inflation are sky high. World war is on the horizon, and there are riots in the streets. But never fear: An election is coming up! The incumbent will be thrown out for his failed policies. And the challengers will surely have the bright new ideas the country needs to turn itself around.
Or will they? Perhaps amidst all this the confusion, the people will hand the reins of power over to irresponsible demagogues, and conditions will go from bad to worse. This worry is hardly far-fetched. When do the "crazies" start to get a serious political hearing? Only after a country is already going down the drain.
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If we look around the world, there is a lot of circumstantial evidence that bad performance is not self-correcting.
...
A society can get stuck in an "idea trap," where bad ideas lead to bad policy, bad policy leads to bad growth, and bad growth cements bad ideas.
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Once you fall into this trap, all it often takes is common sense to get out. But when people are desperate, common sense gets even less common than usual."
Recomendo a leitura completa de "The Idea Trap"

Recordar a Sildávia:


terça-feira, setembro 30, 2014

Sonhar acordado... ou delírio

Aproveitar isto, "Prada Finds No Good Deed Goes Unpunished" e atrair as marcas italianas de topo para se estabelecerem no paraíso fiscal português... ah se isto fosse a Irlanda!

O que me põe fora do sério

É comum ver na TV pessoas que, numa mesma frase, estão contra a redução do défice no orçamento do Estado e admiradas e contra a subida da dívida do mesmo Estado.
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Este é mais um exemplo "Empresários pedem ao PS apoios à criação de emprego". Primeiro vem o peditório ao papá-Estado:
"No topo das prioridades dos empresários contactados pelo Diário Económico, está o maior apoio às pequenas e médias empresas (PME) e, em particular, ao fomento da criação de emprego.
...
por incentivos ao reforço da competitividade e pela maior capacidade de atrair investimentos."
Depois, vem o pedido para baixar impostos:
"Outras medidas passam ainda pelo alívio da carga fiscal das empresas,"
E de onde vem o dinheiro para os apoios, os fomentos e os incentivos?
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É esta incapacidade para jogar bilhar como um profissional e prever as consequências do que desejamos que me põe fora do sério.

quarta-feira, agosto 20, 2014

O toque anti-Midas

"Depois a alquimia do crescimento. Como num prato de 5 estrelas. Junta-se conhecimento económico. Cria-se o centro da inteligência e competitividade. Mostra-se em dossiês de suporte. Juntam-se subsídios em vinha de alho. Apresentações bonitas a cores. Promotores e avaliadores com QI elevado. E temos a alquimia do costume. Défice em vez de crescimento. Sines fantasmagórico do século passado. Autoestradas vazias. Parques desportivos sem atletas. Endividamento das empresas públicas. Projetos de formação profissional vazios. Sempre com resultado negativo. Porque sempre fora dos mercados. E das necessidades dos consumidores. Não geram crescimento. E deixam enormes dívidas para o futuro. Que continuamos a pagar."

Trecho retirado de "A alquimia do crescimento"

quinta-feira, julho 10, 2014

“I Think the Government’s Likely to Collapse Under Its Own Weight.”

"We agree that this is very possible. Government is so large, so out of control, so unaccountable, and so expensive it is indeed likely to collapse one day. Less in a dramatic heap of rubble and more of a slow rusting rot. But perhaps a dramatic heap."
Trecho retirado daqui.


"Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado."
                                                                             Benito Mussolini

domingo, julho 06, 2014

E não sou eu que os critico.

A propósito de "CIP 'Não' a horas extra para encomendas das empresas":
""Há empresas que estão a recusar encomendas porque os trabalhadores se recusam a fazer trabalho suplementar", afirmou Rocha Novo, explicando que "o adicional" não é muito significativo, mas muitas vezes "determina a mudança de escalão e a perda do subsídio escolar"."
O que mais vejo é uma espécie de negociação/chantagem:
"- Vimos trabalhar, mas queremos receber por baixo da mesa!" 
E não sou eu que os critico, qualquer saxão chega um dia em que diz:
"- Basta!"