segunda-feira, janeiro 02, 2017

Uma novela sobre Mongo (parte IX)

 Parte Iparte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VII e parte VIII.

Uns trechos sobre a explosão de diversidade, sobre a explosão de tribos, sobre o fim da massa uniformizadora.
"The curious thing about demographics is that they were actually shaped by the media, rather than the media reacting to what the demographics liked and believed in. The media loved the idea of demographics so much that they invented pet names for different groups to define them in neat, saleable clusters: the baby boomers, Generation X, Generation Y, the sea changers. They were all designed to simplify the selling process. The media shaped the demographics itself according to what it chose to expose the demographic to.
...
The probability of aggregating an audience was higher at that time because the media was part of the shaping process itself. The choice of what any demographic group would see was determined by a very thin line-up of media. They all aired the same types of program at roughly the same time. They all ran the same advertisements for the products they thought a demographic may buy, and the retailers would choose to only put those products with national advertising support on their shelves. The limited choice created the profile more than the attitude and desires of the people inside the profiles. It was also hard to escape the ‘norm’. [Moi ici: Recordar que foi a produção em massa que criou o mercado de massas e não o contrário] We all worked and went to school at normal and predictable hours. It was hard work just escaping the message. For want of a better term, people got brainwashed into fitting into their pre-defined demographic behavioural pattern. But this system is breaking down, and beyond age and a few limited geographic constraints, demographics is totally finished as a useful marketing tool."
O trecho que se segue é bem exemplificativo da realidade actual:
"How similar are teenagers who live in the same suburb, go to the same school, with the same ethnic origin profile, with the same average income who are also these different things: goths,[Moi ici: Nuno, era este grupo que nos falhou na conversa durante a viagem, os góticos]  punks, surfers, skaters, geeks, ravers, jocks, musicians, hipsters, preps, emos, gamers [insert your preferred teenager genre here]?
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Would any of these groups listen to the same music, wear the same clothes, hang out in the same places, eat the same food, read the same books or watch the same movies … let alone like the same brands?" 

domingo, janeiro 01, 2017

Curiosidade do dia

Isto cheira-me logo a trabalho encomendado. São capazes de imaginar o que teria sido a evolução da inflação em Portugal se tivéssemos mantido o escudo? São capazes de imaginar Sócrates com a impressora por sua conta?

Sou capaz de imaginar governos de esquerda e de direita pressurosamente a baixar a cotação do escudo para que as empresas portuguesas pudessem competir com a China ao longo da década passada, por exemplo. O euro foi uma ajuda dos céus para impedir a venezuelização acelerada do país.
"O euro foi um fator de destruição para a economia portuguesa, que deixou de ter instrumentos próprios para resolver as suas crises", considera Francisco Louçã, professor universitário. Para o ex-líder do Bloco de Esquerda, o euro foi benéfico para economias fortes, como a alemã, mas se mantiver o modelo atual, "é insustentável e não sobreviverá a outro crash financeiro".
Claro que este senhor preferia enganar os portugueses com a treta da ilusão monetária. O euro torna mais claros os erros que os governantes cometem.

BTW, acreditar que sem o euro a gasolina e o tabaco aumentariam menos é um filme que vai no Batalha.

Trecho retirado de "Custo de vida dos portugueses subiu mais do que os salários"

"learn the “art of questioning"

"Great strategists—and great business leaders—have to learn the “art of questioning.”
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The right questions should be neither too broad (“How do we save the world?”) nor too narrow (“How do we price the next new product?”). Rather, they should help managers stretch their thinking beyond the current boundaries of their day-to-day activities. Good practices abound. One is to have the leadership team engage in a strategic workshop to articulate and prioritize—but not debate—the key questions that the company will have to answer in the next three to five years. Another good approach is to ask the leaders of the business units to identify the most important questions that the center should be asking them—being clear that the business unit leaders will be judged on the quality of the questions that they propose. It’s important to limit the number of questions to two or three per business unit or department.
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Once the right questions are selected, the leadership team can let go, knowing that the teams are working on the right issues. The teams will design novel relevant analyses, amass new knowledge, and develop new recommendations. Question-driven strategic dialogue is inherently an iterative process—even when it occurs on an annual basis. One highly effective approach is known as the “W-shaped model,” and it begins with the center communicating the critical questions for the year to divisional and functional managers, who are charged to return with the answers, along with an update on progress against plan and a series of ideas—some bold and disruptive—for consideration. (See the left side of Exhibit 2.) After a constructive dialogue (shown at the middle of the W in the exhibit), the leadership team selects from among the options and sends management back to develop detailed plans, which are then discussed and approved in a second meeting."

Recordar o recente "Um exemplo de miopia na vida real" como exemplo do resultado de perguntas demasiado "estreitas".

Trecho retirado de "Four Best Practices for Strategic Planning"

Uma das minhas missões


Uma das minhas missões profissionais passa por pregar o Evangelho do Valor aos líderes das empresas.

A figura mostra o quanto essa missão é necessária e urgente.

Como se mede a produtividade?
Nota: A figura é de 2006 e hoje usaria outra linguagem. Uma empresa não produz valor. Uma empresa produz valor potencial. Valor é criado pelos clientes quando experienciam progresso na sua vida.

As respostas denunciam uma visão incompleta da produtividade. A produtividade de que os economistas e os engenheiros falam é uma herdada da Revolução Industrial e atingiu o seu apogeu no século XX, com a produção em massa, com a vantagem baseada na escala e crença na eficiência acima de tudo.

Nessa visão a produtividade resume-se a isto:

E como é que se aumenta a produtividade, como é que se aumenta a eficiência (nesta visão as palavras são sinónimas)?

  • reduzindo a burocracia e a ineficiência, simplificando procedimentos e processos. E voltamos aos anos 90 e à reengenharia e voltamos à Redsigma;
  • automatizando, para reduzir trabalhadores e/ou reduzir o tempo de ciclo;
Quando as empresas reconhecem que não têm competências internas para desenvolver as duas medidas anteriores, muitas recorrem à terceira:
  • investir em formação em liderança e gestão
Qual o risco deste investimento? O dessa formação ser dada por membros da tríade, gente com a cabeça no século XX. Basta recordar os profetas da desgraça que diziam em 2011 que as PME portuguesas só poderiam aumentar a sua competitividade se os salários baixassem. Outra designação que dou a essa gente é a de Muggles, gente que só conhece o poder das folhas de cálculo e que sonha com custos e não sabe nem pressente que existe a magia do valor. Gente que está tão concentrada naquele denominador da equação que nem percebe que a solução é o numerador:
Gente que não percebe que o truque, quando não se conseguem vender sapatos a 20€ por serem muito caros, é produzir outro tipo de sapatos e vendê-los a 230€ para outro tipo de clientes noutros tipos de canais ou com outros modelos de negócio.

Reparem se o modelo de aumento da produtividade for concentrado nos custos, no denominador, cada euro poupado terá de ser regateado para aumento de salários. No entanto, se o modelo de aumento da produtividade for concentrado no valor, no numerador, e tendo em conta o Evangelho do Valor, deixa de haver essa guerra do gato e do rato entre produtividade e salários.

Assim, respostas que me satisfariam passariam por exemplo por:
  • aumentar preços por subida na escala do valor;
  • desenvolver novos produtos/serviços;
  • desenvolver novos modelos de negócio;
  • aumentar a diferenciação;
  • ...
As respostas do artigo do jornal passam por manter constantes as saídas e alterar a forma de as produzir. A minha pregação convida os líderes a alterarem as saídas ou a mudarem a proposta de valor vendendo o mesmo produto noutros mercados.




Imagem retirada de "O que dizem os líderes sobre a economia, o Governo e as suas empresas"

Qual é a missão?

"When he was a high school student, one of his science teachers declared to the class, "Life is nothing more than a combustion process, a process of oxidation." Frankl jumped out of his chair and responded, "Sir, if this is so, then what can be the meaning of life?"
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As he saw in the camps, those who found meaning even in the most horrendous circumstances were far more resilient to suffering than those who did not. "Everything can be taken from a man but one thing," Frankl wrote in Man's Search for Meaning, "the last of the human freedoms — to choose one's attitude in any given set of circumstances, to choose one's own way."
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Now, over twenty years later, the book's ethos — its emphasis on meaning, the value of suffering, and responsibility to something greater than the self — seems to be at odds with our culture, which is more interested in the pursuit of individual happiness than in the search for meaning. ... But happiness cannot be pursued; it must ensue. One must have a reason to 'be happy.'"[Moi ici: Outra vez o tema da obliquidade. Outra vez o confundir objectivo com consequência]
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On the other hand, according to the  Center for Disease Control , about 4 out of 10 Americans have not discovered a satisfying life purpose. Forty percent either do not think their lives have a clear sense of purpose or are neutral about whether their lives have purpose. Nearly a quarter of Americans feel neutral or do not have a strong sense of what makes their lives meaningful.
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Research has shown that having purpose and meaning in life increases overall well-being and life satisfaction, improves mental and physical health, enhances resiliency, enhances self-esteem, and decreases the chances of depression. On top of that, the single-minded pursuit of happiness is ironically leaving people less happy, according to  recent research . "It is the very pursuit of happiness," Frankl knew, "that thwarts happiness."
Válido para pessoas e para empresas. Qual é a sua missão? Qual é a sua razão de ser?


Trechos retirados de "A Psychiatrist Who Survived The Holocaust Explains Why Meaningfulness Matters More Than Happiness"

Desafio



Objectivo para 2016 não alcançado.

Em 2014 foram 3892 Km
Em 2015 foram 4270 Km
Em 2016 foram 3416 Km

Apontemos então para 3900 km em 2017.

sábado, dezembro 31, 2016

Votos de um Bom Ano 2017

Faço votos de um Bom Ano de 2017 para todos.

Li uma vez um ditado francês que dizia mais ou menos isto: É bom que o marinheiro reze mas também convém que reme. Aprendi ainda no século passado que não é o que nos acontece que conta, é o que nós fazemos com o que nos acontece. Por isso, aconteça o que acontecer, espero que consigam apanhar o melhor lado da estória que se pode construir a partir daí.

E animem-se, os dias já estão a crescer.

E na sua empresa, alguém pensa em estratégia?

"Strategic planning is one of the least-loved organizational processes. Executives at most companies criticize it as overly bureaucratic, insufficiently insightful, and ill suited for today’s rapidly changing markets. Some even argue that strategic planning is a relic that should be relegated to the past and that organizations seeking to prosper in turbulent times should instead invest in market intelligence and agility.
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Although the diagnosis is largely right, the prescription is wrong.
More than ever, companies need to devote time to strategy. Nearly one-tenth of public companies disappear each year—a fourfold increase in mortality since 1965. And the life span of the average company has halved since 1970."
E na sua empresa, alguém pensa em estratégia?
Alguém a comunica?
Alguém monitoriza a evolução?

Hoje li este texto de Seth Godin "Shared Reality, Shared Goals".

Sem estratégia vamos andando e vamos indo. Sem estratégia não temos caminho, sem caminho não temos objectivos, não fazemos a mudança somos arrastados pelos eventos. Sem estratégia não temos caminhada comum.

Podemos ajudar?

Trecho retirado de "Four Best Practices for Strategic Planning"

Isto está tudo ligado

"If I inquired whether you were unhappy in, let’s say, the social arena, your natural tendency to hunt for confirmations rather than for disconfirmations of the possibility would lead you to find more proof of discontent than if I asked whether you were happy there. This was the outcome when members of a sample of Canadians were asked either if they were unhappy or happy with their social lives. Those asked if they were unhappy were far more likely to encounter dissatisfactions as they thought about it and, consequently, were 375 percent more likely to declare themselves unhappy.
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There are multiple lessons to draw from this finding. First, if a pollster wants to know only whether you are dissatisfied with something—it could be a consumer product or an elected representative or a government policy—watch out. Be suspicious as well of the one who asks only if you are satisfied. Single-chute  questions of this sort can get you both to mistake and misstate your position. I’d recommend declining to participate in surveys that employ this biased form of questioning."
Isto está tudo ligado.

Por que será que António José Teixeira e Ana Lourenço e um rol de comentadores transitaram para a RTP?

Trecho retirado de "Pre-Suasion: A Revolutionary Way to Influence and Persuade"


O factor principal é Mongo

A propósito de "High-tech sewing machines are bringing a century-old Massachusetts textile mill back to life".

Sinceramente, com base na minha experiência em Portugal, acredito que não é a automatização, não é a alta tecnologia que está a trazer estes postos de trabalho e estas empresas novas ao Ocidente. É claro que a alta tecnologia e a automatização ajudam. No entanto, acredito que o factor principal é Mongo:
"The new Massachusetts sporting apparel company, NoBull, calculated the cost of doing business in a place like Bangladesh versus Lawrence when deciding where to manufacture its shorts, sports bras and T-shirts; It chose to stay local, and went with 99Degrees to manufacture its products.
“Literally, we were up there [in Lawrence] yesterday working on development, taking a look at production. And it was an hour-and-15-minute drive,” says Marcus Wilson, a founder of NoBull. “Developing products or producing products in Asia, there’s a lot of time that’s spent with product just going back and forth for review. And here, it’s just a really quick process that moves very, very fast.
So, for example, if red stretch pants in size medium are hot this week, Wilson can get more to the store shelves quickly.
“We’re a rapidly growing startup and speed to market is critical for us,” says Wilson."
Rapidez, flexibilidade, pequenas séries.

Como prova dos nove, olharia para o preço unitário das peças à saída da fábrica e compararia com o preço unitário médio das peças feitas no estado há 30 anos corrigido com a inflação.

BTW, sintomático que o espaço onde isto agora se desenrola fosse em 1909 o da maior fábrica têxtil do mundo.

BTW 2, interessante o prémio do MIT. Foi o MIT que me ajudou a pôr consistência teórica a uma realidade que eu descobria no terreno no princípio da segunda metade do século XXI. Obrigado Suzanne Berger.

Uma provocação

Uma provocação que subscrevo passa por isto:
"The careful reader will note that I have not referenced advertising-based business models. This is a big topic in its own right (and I’ll try to cover it another blog post), but just to end with a provocation: I don’t believe advertising based business models will be sustainable in the Big Shift. Advertising is going to prove to be a less and less effective way to reach and engage with ever more powerful customers. As a result, we are ultimately going to have to figure out how to offer something of value that the customers will pay for themselves rather than continue to look to advertisers to foot the bill. This makes the search for new business models even more urgent."
Os métodos que resultavam com os broncos da economia baseada na massa. baseada no Normalistão vão resultar cada vez menos com as tribos do Estranhistão

Trecho retirado de "The Big Shift in Business Models"

sexta-feira, dezembro 30, 2016

Curiosidade do dia


Trecho retirado de "Saudades de Aznar"

Evolução dos modelos de negócio (parte I)

Em 2004 um projecto balanced scorecard fez-me despertar, fez-me ter consciência do potencial e importância dos ecossistemas da procura.
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Por isso, para mim, isto é muito claro:
"Business models in the past have been pretty simple. There was me, the vendor, and you, the customer. I provide you with products and services and you pay me for those products and services.
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That’s all changing. Increasingly, we are seeing the opportunity to mobilize others to deliver value to our customers. We are even finding ways to connect our customers with each other so that they can offer information and advice to each other. Platforms are becoming more and more central to value creation and value delivery.
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Platforms are great for customers. They offer customers far more choice and flexibility in moving from one product or service to another. As customers become more and more powerful and experience pressure to increase their own performance, they will see more value in accessing platforms that expand their array of choices.
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But, from a platform provider viewpoint, platforms definitely require an evolution of the business model. We need to be clear up front who will be paid for what. We also need to be clear about what services we will be providing to third party providers on the platform as well as to our customers directly. The economics certainly become more complicated."
Trecho retirado de "The Big Shift in Business Models"

Mongo e as micro-empresas

Outro sintoma associado à hipótese Mongo, o crescimento das micro-empresas:
"A tiny segment of U.S. manufacturing appears to be thriving—the one with no employees.
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A mix of technology, economic necessity and adventure is leading more Americans to found companies that plan to stay very small.
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The number of businesses classified as manufacturers with no employees has been rising steadily since the depths of the recession. The tiny operations often make food, craft beer, toiletries or other niche products. Their growth stands out in a sector that has been shedding workers for decades.
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U.S. food manufacturers with no employee but the owner nearly doubled from 2004 to 2014. One-worker beverage and tobacco makers expanded 150%. Such chemical manufacturers—a category that includes makers of soap and perfume—grew almost 70%.
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In all, there were more than 350,000 manufacturing establishments with no employee other than the owner in 2014, up almost 17% from 2004, according to the most recent Commerce Department data.
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[Moi ici: Segue-se um sublinhado dedicado a gente de Aveiro que sonha em criar uma livraria diferente] The work may use old-fashioned tools, but technology underpins the business. His website, built using Squarespace, allows him to reach customers in places like New York and Miami, markets that would have been more daunting to serve 25 years ago.
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“A big part of the reason why people are making money with it and pulling away from traditional jobs is the ease of selling on online platforms,” Mr. Hollows said.[Moi ici: Mas fazem-no também porque existe procura, porque a massa está a encolher e as tribos a crescer e a diversificarem-se.]
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[Moi ici: O que se segue é verdade mas será cada vez mais menos verdade porque há cada vez menos lugar para a massa, para o granel, para o impessoal] “We need those firms that are just a few folks,” said Jason Wiens, policy director at the Kauffman Foundation. “But we do need to encourage those gazelles, those fast-growing companies, because that’s where innovation and job creation come from in the economy.”"

Trechos retirados de "Big Growth in Tiny Businesses"

É tão fácil criar uma experiência

"True happiness comes from our memories — our experiences.
Psychologist Tom Gilovich studied the subject of happiness for decades and has concluded that experiences are more likely than material goods to lead to happiness
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happiness levels are equal when buying something or a traveling escapade, but memories of traveling resonate within us as we relish in the memories. Buying a new gadget or a new car will just become an everyday ordinary.
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An object will eventually become old or expired. Memories, however, stay engraved and bring us joy each time we remember the experience."
É tão fácil criar uma experiência.

Basta receber e tratar mal um cliente. Oh, wait!

Trechos retirados de "Science Explains Why You Should Prioritze Experiences Over Stuff"

"what we present first changes the way people experience what we present to them next"

"The highest achievers spent more time crafting what they did and said before making a request. They set about their mission as skilled gardeners who know that even the finest seeds will not take root in stony soil or bear fullest fruit in poorly prepared ground.
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the best performers also considered and cared about what, specifically, they would be offering in those situations. But much more than their less effective colleagues, they didn’t rely on the legitimate merits of an offer to get it accepted; they recognized that the psychological frame in which an appeal is first placed can carry equal or even greater weight.
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Besides, they were frequently in no position to tinker with the merits of what they had to offer; someone else in the organization had created the product, program, or plan they were recommending, often in fixed form. Their responsibility was to present it most productively. To accomplish that, they did something that gave them a singular kind of persuasive traction: before introducing their message, they arranged to make their audience sympathetic to it.
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There’s a critical insight in all this for those of us who want to learn to be more influential. The best persuaders become the best through pre-suasion—the  process of arranging for recipients to be receptive to a message before they encounter it. To persuade optimally, then, it’s necessary to pre-suade optimally. But how?
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In part, the answer involves an essential but poorly appreciated tenet of all communication: what we present first changes the way people experience what we present to them next."

Trechos retirados de "Pre-suasion"

quinta-feira, dezembro 29, 2016

Curiosidade do dia

A propósito da capa e do tema da revista Sábado:

É um festival, é um avatar de tudo o que está mal neste país.

Reparo na idade, gente velha e acabada que levou o país a 3 bancarrotas ainda não aprendeu, ainda não ganhou um pingo de humildade e continua a acreditar que têm a solução para uma suposta estratégia nacional. Gente que deve ter tido sonhos húmidos com o CyberSyn.

Como seria o nosso país se tivéssemos gente no poder com mais humildade, por exemplo, como Bloomberg:
"You don't get to be in charge, really. You can help set the table, and then get out of the way and let the village/city function the best you can."
Como não recuar à tentação nacional-socialista de 2008?

Reparo que são todos homens. As mulheres não têm voto na matéria?

Reparo que são todos lisboetas. Não há gente noutras zonas do país com voto na matéria?

Reparo que são ou foram todos funcionários públicos ou funcionários de instituições grandes. Dificilmente alguma vez respiraram o ar do empreendedorismo, ou da paixão, ou da dor de que tem skin-in-the game.

Alguém repara em mais características deste grupo?



Curiosidade do dia

"Further, in countries where wealth comes from rent seeking, political patronage, or what is called regulatory capture (by which the powerful uses regulation to scam the public, or red tape to slow down competition), wealth is seen as zero-sum. What Peter gets is extracted from Paul. Someone getting rich is doing so at other people’s expense. In countries such as the U.S. where wealth can come from destruction, people can easily see that someone getting rich is not taking dollars from your pocket; perhaps even putting some in yours. On the other hand, inequality, by definition, is zero sum.
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In this chapter I will propose that effectively what people resent –or should resent –is the person at the top who has no skin in the game, that is, because he doesn’t bear his allotted risk, is immune to the possibility of falling from his pedestal, exiting the income or wealth bracket, and getting to the soup kitchen."
Em relação ao primeiro sublinhado tive logo de desabafar no Twitter:


Em relação ao segundo sublinhado, como não recordar os tipos que vão estudar Filosofia para Paris ou beber piñacoladas numa praia tropical:
"Há os que, cumprida a comissão de serviço, recebem o seu e vão para uma praia beber piñacoladas e gozar o day-after. E há os que, ano após ano, distribuem a bosta e prestam contas das suas decisões."

Trecho retirado de "Inequality and Skin in the Game"


Muito mais do que seguir um guião

Esta semana alguém contava-me que uma empresa grande ainda não tinha definido os indicadores e metas para 2017 porque ainda não tinha o orçamento para 2017 terminado.

Ou seja, nessa empresa o orçamento é anterior à estratégia e às metas não financeiras. WEIRD!

Há muitos anos que assumi que um orçamento é a tradução em unidades monetárias do que será necessário para executar uma estratégia e quais os critérios de sucesso para avaliar essa estratégia ao longo do tempo e no final do período.

Executar um orçamento, tal como executar uma estratégia não deve ser simplesmente picar os itens de uma checklist.

Em "Executing Your Professional Strategy or a To Do List?" escreve-se acerca das estratégias profissionais pessoais mas podia ser sobre as empresas.
"Executing professional strategy starts with just that: a professional strategy.
A professional strategy is a roadmap from Here to There. And Beyond There.
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Generating a To Do list without taking the time to work on your professional strategy is just a lot of busy-ness and busy work.
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A professional strategy brings clarity to business and organizational chaos and catalyzes your understanding of the value of your contributions."

"Midsize companies can’t compete ... on scale"

"Companies with between $10 million and $1 billion in sales saw 6.3 percent revenue growth in first quarter 2016, compared to just 1.1 percent for the economy as a whole, according to the National Center for the Middle Market.
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Differentiation is key.
Midsize companies can’t compete with their large-cap counterparts on scale, so they need other ways to differentiate themselves. One way to do that, said Bala Ganesh, senior director of marketing for the US 2020 Team at UPS, is to offer a unique customer experience. “Just purely competing on price is impossible for smaller retailers,” Ganesh said. “You want to create unique products, a unique experience or some unique bundle not available from big box retailers.”.
One example might be to build a social community of like-minded consumers around a product offering, where the price of admission is a purchase or service subscription. [Moi ici: Uma tribo] Or bundle existing products and services in customized ways [Moi ici: Fugir do vómito industrial que só pensa em uniformidade] not available from larger outlets. “This is how they can hit above their average,” Ganesh added.
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Ganesh identifies five areas where midmarket companies must excel to play in the big leagues: product selection, a flawless web or mobile experience, shipping and delivery transparency, flexible pickup options and an easy return process. “This is what drives demand. The consumer buying journey doesn’t end after you click buy, and more and more retailers are recognizing that,” Bala said."
Trechos retirados de "How midmarket companies use tech to compete with the big guys"

"the relationship is the holy grail"

"Big data may be all the rage. But often, “little data” about a customer’s prior interactions is more useful in determining how to optimize the experience to make the next engagement or, increasingly, the next transaction more likely. The best way to get a meaningful understanding of your customer is to go directly to the source. A senior marketer at a beverage company said, “If [you] can form a direct relationship with the consumer, even if you can’t transact directly, the relationship is the holy grail.” To that end, blue-chip marketers like Gillette and Luxottica are emulating digital natives like Harry’s or Warby Parker, which sell directly to consumers in the same categories. Knowledge of site usage and consumption can lead companies to develop more granular segmentation and more effective targeting of messages."
Em linha com o que escrevemos aqui há anos sobre o big data. Sorrio só de pensar no algoritmo parvo do Booking.com

Trecho retirado de "The Marketer’s Dilemma"

“this product is not for you”

"If a consumer doesn’t see his job in your product, it’s already game over. Even worse—if a consumer hires your product for reasons other than its intended Job to Be Done, you risk alienating that consumer forever. As we’ll discuss more later, it’s actually important to signal “this product is not for you” or they’ll come back and say it’s a crummy product."
Quem tem coragem de assumir isto? Quem sabe quais são as encomendas mais importantes?

Trecho retirado de "Competing Against Luck".

quarta-feira, dezembro 28, 2016

Curiosidade do dia

Esta tarde ao passar junto à estação de metro da Trindade no Porto não resisti a tirar esta foto a uma tenda montada para venda de livros usados:


É claro que quem escolhe estas frases só obedece a critérios estéticos e não está preocupado com a adesão das mesmas à realidade.

Esta frase é típica daquela mentalidade de quem quer comer a fatia de bolo e mantê-la ao mesmo tempo.

Esta frase faz lembrar esta outra imagem:

Como se sustenta um modelo de negócio que tem o que a concorrência não tem, diferenciação, a preço competitivo, baixo preço?

Ontem alguém contava-me que pagou 50 euros por edição de "As Mil e Uma noites" mas que se tivesse de pagar 70 ou 80 pagava na boa.

Ou se tem os livros que mais ninguém tem e se trabalha para um nicho, ou se tem os livros mais baratos e trabalha-se para a massa. As duas as coisas ao mesmo tempo é que não.


"sinalizar a sua posição e tentar influenciar os seus concorrentes"

Ontem de manhã bem cedo li o título "Mondelez Portugal : "Preocupa-nos este desequilíbrio das vendas com promoção"" onde se encontra:
"Em Portugal, o peso das promoções nas vendas de bens de grande consumo duplicou entre 2011 e 2016, para 44%. No mesmo período, "as vendas não duplicaram", afirma o director da Mondelez Portugal. "Isto não é sustentável a longo prazo"."
Uma breve pesquisa permitiu-me chegar a este artigo de Fevereiro de 2016 "Promoções Atingem 41% das Vendas de Grande Consumo em Portugal no Último Ano"

A minha mente começou a interrogar-se: para quem é que o director da Mondelez Portugal está a falar?




Está a falar para os seus concorrentes.

A lei não permite que os concorrentes se juntem numa sala real ou virtual para negociar preços ou posições conjuntas perante a distribuição grande. Então, uma empresa grande, para tentar levar os outros a assumir uma posição semelhante, arranja estas entrevistas para sinalizar a sua posição e tentar influenciar os seus concorrentes a assumirem uma mesma posição perante a distribuição grande.

Uma novela sobre Mongo (parte VIII)

 Parte Iparte IIparte IIIparte IVparte Vparte VI e parte VII.
"The best average.
Mass retail by definition needed mass media to pull products from the shelf. It meant producers had to make the ‘best average’ (oxymoronic, I know) products they possibly couldaverage products for average people to support the price of the system. Pop culture could simply not support niche because niche is invisible and niche has no voice in a world defined by mass-media monologue. Big brands were created more by big budgets than by big ideas and amazing products. As marketers, the desire was for conformity of the masses. It made things easier and helped the balance sheet work."
Este é o mundo que estamos a abandonar. Este é o mundo dos Índices e Rankings uniformizadores. Este é o mundo que acaba com os big sellers e com os top-ten.

"Many companies fall into the trap of asking consumers"

"It’s assumed that ‘user experience’ is all about a beautiful screen and making sure the buttons are in all the right places. But that has almost nothing to do with getting the experience of using the software right—in the real world where clinicians use it. You can’t do design requirements in a conference room. You have to get out in the wild and live it.”
Many companies fall into the trap of asking consumers what about their current offering they could tweak to make it more appealing. Faster? More colors? Cheaper? When you start with the assumption that you’re just altering what you already have created, or relying on broader industry accepted category definitions, you may have already missed the opportunity to uncover the real job for consumers."
Trecho retirado de "Competing Against Luck".

À espera de um Trump que os salve

Ontem de manhã, em conversa com leitora do blogue, perguntou-me se nunca tinha tido problemas com os produtores de leite.

Mal eu sabia que de tarde iria encontrar "Produtores de leite reivindicam aumento do preço".

A verdade é que me passo mais com os jornalistas do que com os produtores de leite. Acho estranho um anónimo engenheiro da província, que nunca trabalhou no sector de lacticínios, saber mais sobre as estatísticas do sector e perceber as incongruências do que um jornalista, alguém que devia descobrir com um mínimo de preparação.

Reparem no lead do referido artigo:
"Os produtores saíram à rua diversas vezes este ano reclamando o regresso das quotas e contestando as importações e o que consideram ser "práticas comerciais abusivas"."
Como o artigo seria diferente se o jornalista da Lusa que redigiu o texto, perante o comunicado da Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), resolvesse abandonar a mera posição de megafone e fizesse o papel de mediador perguntando, por exemplo:

- Contestar as importações? Então quer dizer que os produtores portugueses devem deixar de exportar? (se calhar os produtores não perceberiam a ironia da pergunta, dado que fazem parte deste universo, querem para si o que não querem para os outros)

Sim, um jornalista que escreve sobre o leite deveria conhecer os dados publicados pelo Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral acerca do "Leite e Lacticínios". No índice, procurando "Comércio Internacional" é fácil ver como em 2015 Portugal importou 121 354 toneladas de leite. E exportou 216 091 toneladas de leite.

Portanto a Aprolep quer acabar com estas exportações?

Podem estar a pensar: Ah! Estas importações devem ser a preços muito competitivos, se calhar estamos perante vendas abaixo do preço de custo para tramar os portugueses.

A realidade ainda é mais interessante. Em "Leite e Lacticínios" é possível verificar que as exportações em 2015 foram feitas a um preço médio de 41 cêntimos e as importações a um preço médio de ... 60 cêntimos!!!

O referido Gabinete em Fevereiro de 2013 publicou uma Ficha de Internacionalização para o Leite e Lacticínios onde se podia ler:
"Análise Interna - Pontos Fracos
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1.Custos de produção elevados, em especial no Continente, relativamente aos existentes nos outros países produtores, nomeadamente, dos alimentos compostos (80-90%), o que retira capacidade de concorrência às nossas empresas;
...
2.Cultura empresarial que impede novas especificações e diferenciações para os produtos a exportar, em função da apetência e capacidade de valorização pelos consumidores nos mercados de destino;
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3.Pressão crescente ao nível da distribuição no sentido da margem negocial, a par do crescimento das quotas de mercado das marcas de distribuidor;
.
4.Exportações centradas em produto de baixo valor acrescentado, especialmente de leite a granel, o que explica os termos de troca desfavoráveis (com excepção de 2007), com preços médios de exportação do leite em natureza inferiores aos de importação (leite embalado)"
Esta radiografia deveria pôr qualquer estratega de cabelos em pé!!!

Como é possível querer prosperar ou até sobreviver com 1 + 4?

Com 1, qualquer opção estratégica teria de passar pelo inverso de 4 o que pressupõe como base de trabalho o inverso de 2.

Com 2 + 4 é claro que 3 é a consequência natural. E, por favor, não diabolizem a distribuição por causa de 3. O 3 só existe por causa da fraqueza gerada por 2 e por 4.

Claro que os governos e os activistas, Cristas e Capoulas, tratam os produtores como crianças e evitam dizer-lhes as verdades na cara e, por isso, irão definhando ano após ano até que um Trump qualquer, de esquerda ou de direita, venha impor um proteccionismo que proteja os que não querem evoluir.

terça-feira, dezembro 27, 2016

Curiosidade do dia

"No mundo, a globalização trouxe a liberdade de circulação dos factores económicos, mas não se aceitou fazer o ajustamento nos modelos de sociedade – a perda das posições sociais protegidas gerou naturais reacções populistas defensivas que pretendem reconstituir um passado que já não existe.
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A fadiga da globalização no centro hegemónico que são os Estados Unidos está a fazer nascer um mundo novo, para o qual não há mapas nem bússolas porque são as correntes da tecnologia que estão a transformar os modelos de sociedade e os modelos de desenvolvimento. Os fluxos vão dominar os espaços, os competitivos vão dominar os distributivos, os globalistas vão vencer os nacionalistas – mas não se sabe o que tem de ser ajustado para passar do velho para o novo."
Esta é a minha grande conclusão quando reflicto no desempenho competitivo do Portugal industrial:
Recordar "Competitividade? I rest my case!" e "Façam as contas comigo".

Portugal é um país que soube recuperar a sua competitividade depois do choque chinês, as empresas aprenderam a viver com o euro e estamos a caminho das exportações representarem 50% do PIB.

Então, por que é que o Estado continua sempre à beira do abismo financeiro?

Por que os políticos ainda não aprenderam a fazer o ajustamento da sua cartilha. Continuam a pensar como no tempo do escudo em que todos os erros de gestão recaíam sobre os portugueses mas de uma forma camuflada através da inflação e da ilusão monetária. Agora isso desapareceu e o ajuste dos erros é mais doloroso. No entanto, o problema não é do euro nem da globalização é dos políticos que elegemos, ou nem elegemos, e de sermos uma cambada de ignorantes que aceita sem questionar as "verdades" que nos impingem.

"Acerca das historietas das exportações"

Ainda no ano passado, pessoas que agora rejubilam com os números das exportações, tudo faziam para os menorizar.

Ao longo dos anos as exportações têm calado sucessivamente muitos ignorantes que pontuam no espaço político-mediático. Dois exemplos:

Em Novembro passado registei aqui a evolução do peso das exportações no PIB:
  • 21% em 1985
  • 31% em 2008
  • 40,6 em 2015
Agora, verifico as previsões do BdP deste mês de Dezembro:
  • 42% em 2016
  • 44% em 2017
  • 46% em 2018
  • 48% em 2019
E os gurus que dizem que não somos competitivos com o euro... 
"O abrandamento em 2016, que não deverá impossibilitar um novo ganho de quotas de mercado,"
Um país a ganhar quotas de mercado desde 2008!

"É o que te chateia, é o que te cria desconforto no trabalho"

Na semana passada em conversa com empresário sobre as actividades de melhoria que patrocina na sua empresa, apontei esta frase sobre como define melhoria na sua comunicação com os operários:
"O que é melhoria? É o que te chateia, é o que te cria desconforto no trabalho"
Logo na altura sorri ao ouvir a frase porque a associei logo a isto:
"I think I have as many jobs of not wanting to do something as ones that I want positively to do. I call them “negative jobs.” In my experience, negative jobs are often the best innovation opportunities."
Trecho retirado de "Competing Against Luck"

É verdade, não é impunemente que se diz mal

Ao longo dos anos tenho usado a palavra impunemente em:

Impunemente foi a palavra que me veio à mente ao ler "O interior precisa de uma drástica mudança de imagem":
"Será possível atrair gente sem mudar a imagem do interior?
...
Que imagem tem o interior? “Árvores a arder, casas ameaçadas, pessoas aos gritos, um ou outro crime”, arrisca Nuno Francisco, director do Jornal do Fundão. E serviços a fechar, mulheres de pele encorrilhada a trabalhar no campo, homens sentados à espera do fim. Não se esgota nisto, até pela crescente valorização da natureza, do património, da cultura, mas “é uma imagem redutora”, de perda, envelhecimento, despovoamento, isolamento. E isso não convida.
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O interior, aponta Ferrão, “tem alguma responsabilidade”. E pode ser boa ideia ter isso em conta em ano de eleições autárquicas. Há anos que o geógrafo ouve autarcas a dizer: “Se perdemos essa ideia de interior, perdemos o capital de queixa fundamental para reivindicar soluções.” E isto parece-lhe o reflexo de “uma mentalidade que evita que se construa futuro.[Moi ici: Gente habituada a depender dos outros e viciada em cortisol]
...
“Embora as condições de vida e a qualidade de vida em muitos municípios do interior sejam muito melhores do que em muitos concelhos das áreas metropolitanas, o facto-chave na fixação de população é o emprego e isso não existe ou existe pouco. [Moi ici: Um SMN uniforme também não ajuda a criar emprego em territórios de baixa densidade populacional] A única maneira de romper este ciclo é com emprego produtivo associado às competências locais, que podem ser recursos naturais, mas também podem ser outras competências ou capacidades instaladas, nomeadamente instituições do ensino superior”, acredita."
Um amigo costuma dizer que uma feira franca semanal num concelho fazia mais pela economia local que muitas boas intenções envenenadas sem dolo.

Um exemplo de miopia na vida real (parte II)

Recomendo vivamente a leitura da parte I.

Posso ser um anónimo consultor da província mas costumo falhar menos que os das empresas com muitos zeros antes da vírgula.
"Exoskeletons are wearable robots designed to move or strengthen limbs. Already, lower-body models help paralysis patients in clinics around the world. As long as the devices can continue to shed weight and cost, they should become common as replacements for wheelchairs within five years, says Homayoon Kazerooni, founder of two of the companies below."
Interessante e previsível que estes avanços sejam feitos por outsiders, Os gigantes do sector estão concentrados no produto, na solução, em vez de no JTBD. Imagino-os entretidos em jogadas de consolidação do mercado e em aperfeiçoamentos incrementais da herança.


Trechos retirados de "Robotic Exoskeletons Are Helping People Walk Again"

segunda-feira, dezembro 26, 2016

Curiosidade do dia

Um retrato de um povo que quer comer o bolo e ficar com ele ao mesmo tempo em "Portugueses querem mais Estado Social, mas não o querem pagar".

Boa ideia, os tansos dos alemães que nos sustentem!

Depois queremos ser independentes.

E além do estado social ainda há que considerar os normandos "Despesa com pessoal no Estado cresce 3,6% e afasta-se da meta anual"

Uma novela sobre Mongo (parte VII)

 Parte Iparte IIparte IIIparte IVparte V e parte VI.

"The point is, we’re slowly outsourcing left-brain logic to the CPU (central processing unit), not because knowing stuff isn’t important, but because putting things together in creative ways is more rewarding emotionally and increasingly more rewarding economically. Technology is creating the asset of human connection. The industrial age removed the necessity of lifting heavy objects; the technology age is removing our need to calculate stuff. It’s time we all embraced the human side of the revolution and stopped worrying about which skills may evaporate.
...
The major success factor for the pre-web modern marketing era was mass: mass manufacturing, mass consumption, mass machines, mass media, mass merchants. When you bundle all of these together in an organised fashion you end up with a mass pop culture. The system itself required pop-culture hits to be self-sustaining. The system needed and supported a macro pop culture. It didn’t support niche. What this means is that we had a set of tastemakers who decided what we liked: the television program managers, the magazine editors, the news curators, the retail buyers and the marketing managers. They would decide which alternatives we’d be given to choose from. They decided this by virtue of the fact that we had no way of knowing what else was available. If it wasn’t in our personal geography, we wouldn’t know about it. All the things we did know about were hokey and local, or the same thing our entire nation knew about because the tastemakers decided to make it, advertise it and pay the price to put it on the retailers’ shelves. Only the tastemakers could afford the reach that goes with mass. We got to choose one of the options available on the shelf. We got to choose one of the few shows on free-to-air television. The system didn’t support niche like it does now. The cultural phenomena that resulted from the system were powerful indeed.
...
Mass marketing was a selfish modality of marketing designed by and for the owners of capital, and not only financial capital, but mind capital. The average suburban dweller became everyone and no one. We had all loved and believed in average products with the edges rounded off."

"Client-focused, not client-run"

"Client-focused, not client-run.
Having so emphatically made the point that the client and client needs are central to the success of any enterprise, it is important to reinforce the point that client focus does not mean responding slavishly to whatever a client demands, nor just doing what a client asks. [Moi ici: E sem uma estratégia consciente, como é que uma empresa traça a linha entre a resposta que faz sentido e a outra?] The ultimate purpose of an enterprise is to create wealth, so there would be no point in responding to client demands that might result in bankruptcy.
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It’s more complex than that, however. As Steve Jobs, co-founder of Apple, says: ‘You can’t just ask customers what they want and then try to give that to them. By the time you get it built, they’ll want something new.’
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In some circumstances (particularly where new products or services are concerned) clients may not understand whether or not a particular offering will be of value to them. [Moi ici: E referir claramente para quem a oferta não se dirige. Para que ninguém se sinta enganado] In these situations the value proposition approach is far more powerful than old-style marketingspeak, because it enables a new offering to be expressed in terms of the value of the client experience that it will deliver.
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That’s the heart of this entire concept. Clients do not buy ‘things’. They buy the experiences that those ‘things’ are able to deliver."
Trechos retirados de "Creating and delivering your value proposition : managing customer experience for profit" de  Barnes, Helen Blake e David Pinder. Um livro que li em 2010 e que me redespertou curiosidade ao arrumar papéis em caixas para uma mudança.

O reshoring e Mongo are making indústria portuguesa great again.

Ontem no Porto deu-me para ler o JN, (a minha mãe voltou ao JN, depois de anos pelo Público e DN, porque diz que é um jornal que traz notícias, os outros só trazem opiniões).

Um artigo que me interessou foi este:

Fiz logo a "ponte" para:

  • a micro-empresa que este ano teve de recorrer ao trabalho temporário, contra sua vontade, porque não conseguia contratar ninguém;
  • a empresa grande portuguesa que auditei este ano e que me disse que contrata todos os que lhe batem à porta porque não há pessoal;
  • a pequena empresa do interior onde estava e apareceram dois jovens brasileiros sorridentes a pedir trabalho. Na semana seguinte já os vi a dar no duro.
Entretanto ontem à noite ao rever os artigos dos cadernos de Economia do Expresso que roubo a quem ainda tem pachorra para o comprar encontro no artigo "Invasão francesa chega ao Porto", de 17 de Dezembro último, a seguinte caixa:
"Os papéis inverteram-se: agora são as empresas que se promovem junto dos candidatos a emprego" 
O reshoring e Mongo are making indústria portuguesa great again.

Oiço agora na rádio que o primeiro-ministro falou de educação ... não ouvi mas desconfio que fez o papel que aquele treinador brasileiro desencorajava:
"Não tentem marcar o segundo golo antes do primeiro!"
Ainda há dias um inquérito concluía que uma percentagem elevada de jovens tinha mais qualificações do que aquelas que o seu emprego actual exigia.

BTW, é tão interessante o que o alinhamento de um jornal com a situação faz: agora que o partido no poder é aquele com que o Expresso alinha, os call-centers deixaram de ser um centro de exploração e passaram a ser algo de muito positivo.

Não esquecer!


No último número do semanário Expresso encontra-se o artigo "Em busca 
da janela 
mais evoluída 
do mundo"
"E, como conseguiu Bruno, em dois anos, tornar-se um cidadão do mundo e aceder a clientes tão sofisticados? Tornando-se íntimo de gabinetes de arquitectos de Paris, São Paulo ou Londres com actuação global que prescrevem os sistemas Hyline. Nesta cruzada, a parceria com o gabinete Saota, baseado na África do Sul, é um caso que arrebata pela influência que concede às redes sociais. O industrial pesquisava soluções e arquitectos, abordou um representante do gabinete que, para sua surpresa, lhe deu troco. A amizade digital conduziu a um convite para uma visita à base de Esposende. "Foi a viagem mais útil e benéfica que que alguma vez paguei", comenta Bruno. Ele próprio tem dificuldade em acreditar neste "conto de fadas" empresarial.
...
Na promoção externa, a primazia vai agora para a participação em feiras especializadas nas principais capitais"
Quantas vezes recomendo esta abordagem às PME? Não tem conta!
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Trabalhar o ecossistema da procura, trabalhar aqueles que influenciam ou mandam nos clientes.

Conhece o ecossistema da procura da sua empresa?

Talvez possamos ajudar a desenhá-lo, a criá-lo, a desenvolvê-lo.

sábado, dezembro 24, 2016

Feliz Natal


Feliz Natal para todos.


O Jesus que nos ensinaram tem muito de mito. Afinal o Novo Testamento não é um livro histórico.

Continuo a crer que por debaixo de toda a camada que Constantino e o império puseram sobre o Jesus que nos visitou está o Filho de Deus.

BTW, recomendo sempre a segunda lição da Teoria dos Jogos a quem tem medo de abandonar o poder absoluto da racionalidade

sexta-feira, dezembro 23, 2016

Curiosidade do dia

"Para quem considera que um objectivo prioritário da governação é ter contas equilibradas, como é o meu caso, a execução orçamental – atenção, não confundir com política orçamental – deste ano foi o melhor deste governo.
...
É uma boa notícia para o país, ainda que conseguida precisamente da forma que os partidos que suportam este governo tanto criticaram nos últimos anos: cortes de emergência na despesa do Estado, em áreas como a Saúde ou a Educação, e, como revela o INE, com um enorme corte no investimento do Estado: 28,4%.
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Que o consigam é óptimo. Que o façam contra tudo o que sempre apregoaram é uma questão que os próprios têm que resolver com as suas consciências. Que tenham, finalmente, chegado à conclusão que as boas contas não querem dizer que se está a matar o Estado é uma evolução que se saúda.
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Se tudo isto é ou não sustentável é uma história diferente. Depende no grau de crença de cada um na existência do Pai Natal."
Espero que o afectuoso não faça a vontade ao governo e lhe dê eleições antecipadas em 2017. Tenho curiosidade em ver até onde conseguem manter o pau do circo de pé.

Trechos retirados de "Com um Governo assim quem precisa de Pai Natal?"

"it is the situation and not the solution that drives the need for a job"

"Management guru Peter Drucker has said that "The customer rarely buys what the business thinks it sells him". Let’s see what this means by using the JTBD lens.
Consider this story:
A scuba centre advertised its dive-certification course in direct mailing lists purchased from diving magazines.
The assumed JTBD: an aspiring diver wanting to learn diving and having a certificate to prove it at the end.
But after gathering purchase stories from customers, the owner found that many were recently engaged couples planning wedding trips to the Caribbean.
The real JTBD: newlyweds wanting to spend quality time with each other by learning a new skill.
With this knowledge the owner advertised in bridal magazines and saw his classrooms filled during traditionally lull periods.
...
The reason people "rarely buy what the business thinks it sells them" is because it is the situation and not the solution that drives the need for a job. The newlyweds found themselves in a situation where the scuba centre was the best-fit solution for their job.
Note that there could have been substitute solutions—other solutions that could have been hired to do the same job, such as a skydiving centre—but scuba diving centre won, perhaps based on a set of success criteria the newlyweds had for the job."

Trechos retirados de "The Job-To-Be-Done Theory for designers"

"organizations need to learn to think and act like artists"

Outra tendência há muito identificada aqui no blogue e em linha com a metáfora de Mongo:
"Re-discover human potential, further human flourishing!
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It might just be that as intelligent machines increasingly remove routines from our lives — and will soon automate and virtualize many more complex tasks, as well — humanity in the twenty-first century is called upon to re-discover and express its full potential. This may include the mind-body connectedness that has been getting lost since the Industrial Revolution, along with more holistic approaches towards a future that will actually support human flourishing
...
Until just a few years ago, humanness and creativity in a world of commodity products (and services) was actually a risk. But in a world of global synchronicity with infinite variety and inevitable abundance (see music, films, travel, and very soon, banking and energy), creativity becomes a Must. As the arts have withered and started to mimic science, the rich irony of our new century is that organizations need to learn to think and act like artists in order to survive."
Como não recuar a:




Trechos retirados de "Why exponential technological change will need ‘exponential humanity‘"

"Each path is unique"

Simplesmente excelente:


Mongo, a explosão de diversidade, em todo o lado:
"Learning is the Work
Our basic approach to education is obsolete in an age of pervasive networks. Developing a standardized curriculum is completely inadequate to prepare for non-routine work and complex problem solving. One person, or group of experts, cannot decide that some minuscule percentage of knowledge is what we should teach everyone. Courses are like stock that is out of date as soon as it is published, while implicit knowledge is like flow, that requires constant interactions to make sense. There are no cookie-cutter recipes for non-routine or complex work. Each person and organization has to find its own path by seeking out information, making sense of it, and sharing it. Each path is unique."
O medo que isto deve meter a tanta gente que prefere ser "escravo" e não ter de arcar com as consequências das suas escolhas.

Ontem numa empresa alguém me dizia que quer pessoas que:

  • pensem e não se limitem a seguir as instruções; (intuição)
  • levantem questões, que questionem as tradições instaladas. (modelos mentais)

Imagem e trecho retirados de "from knowledge worker to master artisan"

Salvar o "brand value"

Lembram-se disto "Curiosidade do dia" e disto "raising the bar"?

Pois bem, foi com um sorriso que ontem, junto à ponte de Santa Clara em Coimbra, reparei nisto:
Faz todo o sentido, associar o Alvarinho premium a estes dois concelhos.

quinta-feira, dezembro 22, 2016

Curiosidade do dia

"A iminente descida da TSU para as empresas, como contrapartida para o aumento do salário mínimo nacional para os 557 euros, foi esta tarde justificada pelo primeiro-ministro com a necessidade de garantir que esse aumento "não afeta a criação de emprego" no futuro imediato."




Organizem-se!!!

Trecho retirado de "Descida da TSU visa garantir que aumento do salário mínimo “não afeta a criação de emprego”, diz Costa"

Imprensa amestrada

16 de Dezembro de 2016, "Governo garante 1300 empregos com apoio a seis empresas" e quem olha para o título fica com a ideia que vão ser criados 1300 postos de trabalho. No entanto, lendo o texto:
"Ao todo, o governo segura no país 1800 postos de trabalho, a maioria a norte - 525 são novos empregos e outros 800 são postos de trabalho já existentes e que agora ficam assegurados de forma mais duradoura."
Oh, wait! afinal só vão ser criados 525 postos de trabalho. Como uma das empresas beneficiada é a Eurocast que vai iniciar a actividade de raiz em Estarreja com 170 trabalhadores, as outras 5 empresas vão criar 355 postos de trabalho. Depois, aquele trecho " que agora ficam assegurados de forma mais duradoura." parece que são empresas com poucas vantagens competitivas. Sem o apoio do Estado não sobreviveriam com a dimensão actual. Dá que pensar.

21 de Dezembro de 2016, "Governo aprova investimento de 85 milhões em fábrica da Altri". E serão criados ...
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11 postos de trabalho!

E quantos serão criados na Celbi?

Por isto é que ao longo dos anos aprendi a dar pouca importância a estas empresas como criadoras de emprego. Como criadoras de emprego são muito fracas e ineficientes. Por cada milhão de euros de investimentos criam muito poucos postos de trabalho e o efeito cascata da distribuição de riqueza é muito baixo. Estou a pensar numa micro-empresa que facturará cerca de 500 mil euros em 2016 e que acrescentou 3 novos postos de trabalho, tudo sem apoios comunitários.

Por favor, não usem a criação de emprego como argumento para estas benesses fiscais.

BTW, quantos trabalhadores dos serviços irão aproveitar estes postos de trabalho?

Uma novela sobre Mongo (parte VI)

 Parte Iparte IIparte IIIparte IV e parte V.
"From products to platformsBeing able to thrive going forward is about removing the finality that comes with the launch mentality: not assuming that a product is finished when we deliver it to the market. Brands that survive the current reconfiguration of economics will understand that a product or service is a continuum of development, a continuum that people take from the company and invent the next stages of. Brands are evolving into platforms for audiences to perform with and upon. This is the human input that the industrial system didn’t allow or even want. What’s interesting is that what the brand evolves into with the creativity of outsiders is usually better than what the corporate committee would have decided on. It’s certainly more varied because instead of one-size-fits-all, it’s one-size-fits-one."
Não nos cansamos de defender isto há anos e mais anos: a explosão de tribos, a interacção, a co-criação, a decomoditização. Isto é Mongo, o Estranhistão.

Acerca do eficientismo



Recordar "Sobre a paranóia da eficiência e do eficientismo"

Desligados da realidade

Ainda esta semana numa empresa falei sobre este tema para demonstrar como os políticos estão desligados da realidade porque, quando falam em desemprego, pensam logo em fábricas fechadas, ou seja, desemprego industrial. A realidade, como já descrevi aqui no passado, é bem diferente:
"No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 405 933 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 68,6% tinham trabalhado em atividades do sector dos “serviços”, com destaque para as “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio”; 25,8% eram provenientes da “indústria”, com particular relevo para a “Construção”; ao sector “agrícola” pertenciam 4,6% dos desempregados."
Outro exemplo do desligamento da realidade, por a considerarem um bloco monolítico que é apenas o que vemos nos media:
"O aumento do salário mínimo nacional (SMN), dos 530 para os 557 euros, terá reflexos diretos e indiretos em "cerca de 40%" dos trabalhadores das IPSS, cerca de 100 mil pessoas - num universo de 250 mil -, disse ao DN Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS). A "ameaça [de despedimentos], no futuro, existe sempre", admitiu."
Trecho retirado da Informação Mensal do Mercado do Emprego, publicado pelo IEFP, relativo ao mês de Novembro de 2016.

BTW, apesar da descida do IVA, o desemprego no sector "Alojamento, restauração e similares" cresceu 14,3% em cadeia. E as promessas da AHRESP?

BTWII, o texto sobre as IPSS e o SMN é um caso clássico de uma mentalidade que felizmente muitas PME já ultrapassaram, nem uma palavra sobre produtividade.

quarta-feira, dezembro 21, 2016

Curiosidade do dia

"Para escolher entre alternativas, não basta selecionar uma e rejeitar a outra, é preciso mostrar que entre duas insustentabilidades não serve para nada escolher uma e deixar tudo o resto na mesma.
...
Quatro décadas depois, os comunistas portugueses pretendem abandonar o euro e reestruturar a dívida, como se ignorassem que isso destruiria as poupanças que os portugueses aplicaram em títulos de dívida e faria desaparecer dos balanços dos bancos as aplicações em dívida pública portuguesa. Destruídos os últimos vestígios de capital existente em Portugal, não poderia haver recurso ao Banco Central Europeu e não se poderia emitir novos títulos de dívida. Na borda do abismo, seria o passo em frente revolucionário."



Trechos retirados de "Próximo do abismo"

Do concreto para o abstracto e não o contrário (parte II)

No postal "Do concreto para o abstracto e não o contrário" escrevi:
"Tem, quase sempre, de partir daquilo que tem. Não tem a liberdade de ir à procura do próximo hit, porque isso exige recursos e uma cultura que normalmente não tem."
Interessante que o primeiro passo em  "Creating a Strategy That Works" seja "Commit to an identity"



"Fogo no rabo"

Em 2008, em "Schwerpunkt", usei um termo que uso nas empresas desde 2002: fogo no rabo.

Por vezes lido com empresas, empresas que não são grandes, empresas que deviam ser ágeis mas que têm um ritmo muito lento. Digo-lhes que lhes falta "fogo no rabo" para correrem a sério.

Em "Why CEOs Should Commit to Many Small Battles Instead of a Single Big One", aplicado às empresas grandes, apresenta-se um conselho sobre como fugir ao ritmo de mudança lenta das organizações grandes.
"As CEO, you can fight back by sponsoring micro battles — discrete, narrowly defined, customer-focused initiatives pursued by small cross-functional teams. Micro battles force everyone to behave like insurgents, focusing only on what’s essential to meet a narrow goal.
...
How? Consider a typical corporate goal: Grow sales of electric hand tools in Western Europe by 4%. That might encourage people to work harder, but it doesn’t require that anyone work differently or think outside their own department. A micro battle, by contrast, has a tightly drawn goal: “Let’s win 50% share in Western Europe of the do-it-yourself store business for mid-priced circular saws by displacing our main competitor.”
.
To win such a battle, you need a team made up of people who are closest to each market.
...
The team also needs people who provide crucial support—a supply chain expert, who can help drive down the cost of mid-priced saws, and a consumer insight expert, who understands consumer preferences for hand tools."
Claro que estas micro-batalhas têm de partir da orientação estratégica senão resultam em "much ado about nothing"

Uma novela sobre Mongo (parte V)

Parte Iparte IIparte III e parte IV.

"Most things from the industrial age were dead-end products. Dead-end products are those that arrive to the end purchaser in their final format. A price is paid and the benefit of the product is that it can be used as it is. Sure, we may be able to re-sell it, or even use it for an extended period of time, but it’s designed in a way that its primary purpose is to finish its lifecycle at that point.
.
But more than that, dead-end products are not intended to be reinterpreted, mashed up and released back into the market with our input. The time-saving devices of the industrialised world fit very much into this space. Time is saved because someone else did the hard work to prepare something for you. If you think about life preinternet, it was filled with dead-end products — packaged goods, fridges, cars, washing machines, sneakers, ducted heating, instant coffee, glossy magazines, sitcom television programs — all sit-backand- receive scenarios.
...
The world we live in now is about handing the brand back over to its rightful owners: the audience. Companies believe they own their brands, but in reality they don’t. A brand depends on those who purchase it for sustenance. If we stop feeding a brand, then the brand dies.
...
people are telling us is that they want to help create the things they use. There is a clear shift towards people preferring products that are not finished. They want products where they get involved in the making process. [Moi ici: Isto é Mongo, o reino da individualidade, da co-criação, da interacção] Everything from slow food to high-end technology is transitioning to the malleable marketplace."