"We can only know ourselves by acting in the world.” This evokes the Taoist idea of “the way”"
E imediatamente na minha mente fez-se uma conexão com um pequeno artigo do FT que me ocupava a mente desde o passado dia 17 de Abril, " Unassuming Japanese EV groups are unlikely winners in the AI boom":
"But ironically, this global AI arms race is now fuelling new growth in some of Japan's most overlooked sectors - not in software, but in the physical infrastructure that makes AI possible.
Companies that make precision motors and fans, once the backbone of Japan's industrial economy, have seen their fortunes waver in recent years. Many of these companies, such as Nidec, had been betting on electric vehicles, supplying motors and components for EV drivetrains, as a key growth driver.
Yet a slowdown in EV adoption, especially across Europe, has hit Nidec hard recently. With production cuts from carmakers and weaker demand, Nidec's automotive segment has suffered, reflected in a share price drop of more than a third over the past year. But as AI infrastructure scales, its extreme heat and power demands are fuelling global demand for cooling and power delivery - areas where these Japanese companies lead. And suddenly, the very companies that were struggling to find growth in EVs are back in demand."
- "You don't discover your true self by retreating into thought alone.
- You discover it by participating in life — but without forcing it.
- This means acting in harmony with the Way, not in opposition to it.
- Don't try to master life through excessive control or overthinking.
- Instead, engage with the world, observe its rhythms, respond with adaptability, and let your actions reveal who you are.
- Self-knowledge comes from being in motion, not from isolation.
So when you act — sincerely, attentively, without ego or resistance — you come to know your nature, and you recognise the Tao working through you.
Like a river: you understand it not by looking at a map, but by stepping in and letting it carry you."
E recordo "As oportunidades multiplicam-se à medida que são agarradas"
As oportunidades verdadeiramente transformadoras não se identificam apenas em relatórios de tendência ou em reuniões de planeamento estratégico — muitas vezes, elas surgem no próprio acto de fazer, de se manter activo, de continuar a operar com competência e visão de longo prazo. Visualizo agora um final de tarde de Dezembro em Felgueiras de há mais de 10 anos... pai e filho entretidos experimentando.
Estas empresas japonesas não previram o boom da inteligência artificial como um novo motor de crescimento. Estavam focadas em desenvolver componentes de precisão, motores e sistemas de arrefecimento — áreas que pareciam menos visíveis numa economia centrada em software e plataformas digitais. Mas foi precisamente essa persistência em fazer bem o que sempre fizeram, mesmo num contexto adverso, que as posicionou para aproveitar uma nova vaga de procura global.
Se tivessem recuado ou ficado à espera da “oportunidade perfeita”, talvez não estivessem hoje a fornecer componentes críticos para data centers e infraestruturas de AI em todo o mundo. Foi a acção contínua — a fidelidade ao fazer — que lhes abriu um novo caminho.
Num contexto industrial, isto significa que nem sempre é possível antecipar para onde vai o mercado, mas é possível estar preparado para responder, com capacidade técnica e adaptabilidade, quando ele mudar. Muitas vezes, aquilo que parece um declínio é apenas a preparação silenciosa para uma nova função no sistema económico — função essa que só se revela a quem continua em movimento.
E fico a pensar nos peditórios de apoios e subsídios ao governo de turno assim que se levantou o tema das tarifas...