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quarta-feira, maio 24, 2023

Fora do mainstream

Este postal foi escrito antes de ter publicado Consultor de empresas versus consultor do governo. Por isso, alguns links são repetidos em dias seguidos.

Há vários anos li James March sobre exploitation versus exploration, (recordo de 2008, Jongleurs (parte II) ), sobre a necessidade das empresas serem ambidestras. Lidar bem com as duas caixas na base da figura:

Agora leiam um pouco do mainstream sobre os salários baixos. No Sábado passado no Dinheiro Vivo podia ler-se em "Um país viciado em salários baixos":
"posso também afirmar que o nosso país é viciado em salários baixos. [Moi ici: Acho a afirmação incorrecta e injusta. As empresas no terreno só fazem o que lhes permitem fazer, se não fazem mais é porque não são obrigadas a isso, se não fazem mais é porque não sabem] Estamos todos acomodados a níveis de remuneração ridículos face ao potencial de criação de riqueza: as empresas estão acomodadas, [Moi ici: As empresas, como os outros seres vivos, estão sujeitas às pressões evolutivas, um bailado entre os factores internos e externos. Recordo, a economia é uma continuação da biologia. Se as condições externas o permitirem, podemos encontrar "crocodilos" que já existiam antes dos dinossauros e ainda cá estão, se as condições externas o permitirem as empresas não sentem pressão para evoluir, praticam exploitation e nenhuma exploration.] o Estado idem aspas e os trabalhadores também.
...
A verdade é que com o nível atual de criação de riqueza a margem para aumentar os salários é diminuta. 
...
A solução não passa por aumentar salários à custa dos lucros de hoje - até porque ninguém nos garante que esses lucros se mantenham no futuro. O desafio passa por aumentar de forma sustentável a geração de riqueza, aproveitando todo o potencial que possuímos. E isso não se consegue com decretos (do governo), greves (dos sindicatos) e oportunismo (das empresas).
...
Consegue-se, sim, com mais produtividade dos serviços públicos e maior competitividade das empresas. [Moi ici: A maior contribuição do Estado para o aumento da produtividade, e esta é uma opinião completamente fora do mainstream, passaria pelo fim dos apoios estúpidos que se limitam a subsidiar os custos de operação de empresas que de outra forma morreriam. Por exemplo, quando uma empresa recebe um apoio por dar formação aos seus trabalhadores essa formação na maioria das vezes é para apoiar a estrutura de custos da empresa. Há outros apoios ainda mais estúpidos, "No país do Chapeleiro Louco". A maior contribuição do Estado seria "deixar as empresas morrer". Claro que deixar as empresas morrer pressupõe criar as condições para que outro tipo de empresas apareça, aquilo a que chamo a receita irlandesa. Não criar estas condições e pressionar as empresas existentes a subirem para níveos de produtividade que nunca conseguirão atingir é suicídio tipico da mentalidade socialista]
...
Por outro lado, às empresas pede-se que sejam mais eficazes, acrescentando mais valor aos produtos e serviços que vendem, [Moi ici: Não esqueçam esta frase acabada de sublinhar. Olhem primeiro para a figura abaixo. Acham que conseguimos dar o salto que é preciso, na produtividade agregada do país, acrescentando mais valor aos produtos e serviços que já vendemos? Reparem neste título "Subida de salários superior à produtividade retira competitividade às empresas" retirado da capa do semanário Vida Económica da passada semana (imagem abaixo). Acham que o sector do calçado não tem trabalhado para acrescentar mais valor aos produtos e serviços que vendem? Claro que o têm feito e bem, não sei se alguém conseguiria fazer melhor. Agora pensem no preço máximo que estariam dispostos a dar por um par de sapatos de couro? E aí chegamos ao tecto de vidro da produtividade portuguesa. De vidro porque ninguém fala dele, não faz parte do mainstream. O problema não são as empresas que já existem e que dão o seu melhor para lidar com o ambiente. O problema são os mastins de Baskerville!!! O problema são as empresas que faltam, que não estão presentes no mercado. O problema são as empresas que se seguem na pirâmide dos Flying Geese não estarem por cá] assegurando níveis de produtividade que tirem partido efetivo da evolução tecnológica e, last but not least, adotando estratégias de marketing que conduzam à criação de marcas internacionalmente fortes."


 

Em Depois do hype: O mastim dos Baskerville! recordo as palavras de Ferreira do Amaral ... como é possível?

A sério, gostava que alguém fizesse um traçado com uma corda oferecida por Ariadne que mostrasse como é que com as empresas existentes seria possível fazer a transição.

BTW, como é que começam os bons livros sobre "pricing"? O preço não tem nada a ver com os custos, mas com o valor para o cliente-alvo.

Uma empresa em particular tem de pensar: quem são os meus clientes-alvo? O que é valor para eles? Quanto é que estão dispostos a pagar pela entrega dos meios que permitem ao cliente criar e percepcionar esse valor na sua vida? Qual é a dimensão potencial do mercado? Esse preço e esse volume sustentam que tipo de empresa e com que dimensão?

domingo, maio 14, 2023

Confundir efeito com causa (parte I)

Há dias, neste postal, Emprego, marketing e subida na escala de valor, escrevi algo que me tem martelado o cérebro:
"Parece que o ministro da Economia não percebe a pirâmide dos Flying Geese: "A questão dos salários é decisiva para o futuro dos trabalhadores e das empresas. Se tivermos salários baixos, a economia nunca se vai desenvolver. Esse problema está umbilicalmente ligado com algum esforço que tem vindo a ser feito para aumentar os salários""
Este trecho: "Se tivermos salários baixos, a economia nunca se vai desenvolver" ...

Será que ele pensa que se os salários aumentarem a economia desenvolve-se? Julgo que ele está a confundir efeito com causa. Por que a economia não se desenvolve, não evolui, os salários continuam baixos porque não há produtividade que sustente o seu aumento. Os salários baixos são mais um sintoma de uma economia subdesenvolvida do que a causa direta de sua falta de crescimento.

Qualquer empresa tem uma estratégia, mesmo que a própria gestão de topo não tenho consciência dela. Uma estratégia bem sucedida assenta num alinhamento interno. Recordo: Alinhamento das operações com a estratégia (Março de 2011).

Recordo também o tema da competitividade, uma empresa pode ser competitiva e estar a empobrecer progressivamente, Não, não pode ser uma repetição do que já se faz (Agosto de 2022).

O que acontece quando o contexto muda?
O que acontece quando se tem de aumentar a produtividade? Recordo Marn e Rosiello e Simon e Dolan e o Evangelho do Valor.
A empresa portuguesa-tipo, do sector transaccionável, não tem hipóteses se se põe a competir pela eficiência e essa é a reacção fácil e instintiva.

Subir na escala de valor implica apostar na "exploration"

Continua.

quarta-feira, agosto 31, 2022

Há mais do que uma subida de preços

Ando a ler um livro interessante sobre a subida de preços, "Selling the Price Increase" de Jeb Blount.
“No matter if you are involved in a broad price increase campaign or selling a price increase to a targeted account, your mission is to get the highest prices you can, AND retain your customer and orders.”
Uma preocupação que corre ao longo dos primeiros 9 capítulos, os que já li, é a de como conseguir aumentar preços sem que os clientes:
"Argue you out of it.
Negotiate it down.
Refuse to pay it.
Stop ordering.
Leave you for a competitor."

Acho bem que as pessoas nas empresas leiam livros deste tipo para aprenderem a "vender" melhor os aumentos de preços. No entanto, estes não são os aumentos de preços sobre os quais costumo escrever aqui no blogue. Enquanto este livro é sobre aumentar preços sem perder clientes, o desafio do país é aumentar os preços, mas trabalhando para outro tipo de clientes-alvo.

Quando comparamos a produtividade média do país com a da UE vêmos um fosso que não se ultrapassa com aumentos mixirucas dos preços. No entanto, aumentos de relevo só se conseguem quando se oferece em contrapartida muito mais valor potencial. Quantas empresas conseguem dar esse salto de mais valor potencial? Poucas, muitas poucas.

Já escrevi aqui várias vezes sobre a Flying Geese Theory:

No fundo, é quando as empresas incumbentes deixam de poder competir com os recém-chegados não concorrentes, como referem Maliranta e Taleb. O que acontece em culturas como a portuguesa? Os incumbentes pedem aos governos de turno apoios que atrasam a transição necessária para a sociedade subir na escala de valor.

segunda-feira, agosto 22, 2022

Volume é vaidade, lucro é sanidade - again

Ontem por volta das 12h15 na CNN Portugal ouvi estes números acerca do turismo em São Miguel, Açores:

  • O número de dormidas cresceu 500% face ao período homólogo de 2021 
  • As vendas dessas dormidas cresceram 200%
A minha reacção no Twitter foi: Nunca mais aprendem!

Eu: Imaginem a pressão sobre a ilha decorrente de aumentos sucessivos do número de turistas.

Tótó: Mas os açorianos têm direito a ganhar com a beleza natural da ilha.

Eu: Sim, mas se aumentarem os preços, se criarem escassez, conseguem ganhar mais enquanto se estraga menos e, ao mesmo tempo, valorizam mais a experiência do turista.

Tótó: Mas se aumentarmos os preços os turistas deixam de vir.

Eu: Se aumentarem os preços, com menos turistas, mais do que compensam o que hoje ganham em volume, e gastam menos recursos, precisam de menos mão de obra.

Tótó: Mas temos de democratizar o turismo nos Açores?

Eu: Querem fazer dos Açores um local tão popular, tão popular que ninguém lá vai?

Recordo os postais acerca dos pescadores que aprenderam o que fazer com a sardinha - Uma evolução interessante

Recordar Volume é vaidade, lucro é sanidade.

BTW, reflectir sobre "Cláudio Martins: há clientes estrangeiros que “não compram vinhos portugueses porque são superbaratos”"

segunda-feira, agosto 15, 2022

Produtividade - escala vs preço

"Luís Miguel Ribeiro lembra que Portugal tem o grande desafio da (baixa) produtividade para ultrapassar, destacando que esse fator está proporcionalmente ligado à dimensão das empresas. "Se não for através de processos de cooperação, ou eventualmente de aquisição ou fusão, num caso ou noutro, é muito difícil às microempresas implementarem processos que levem a mais inovação, que possam melhorar a produtividade e o valor acrescentado produzido. O ganho de escala é, e será cada vez mais, um fator decisivo na competitividade das nossas empresas, e, por isso é que este trabalho de mudança de cultura e de mentalidades, e de alerta para os desafios, é cada vez mais visto pelos empresários de forma aberta e disponível, porque percebem que é este o caminho que temos de fazer", frisa o responsável."
Ontem em "Tudo para dar resultados no terreno ..." voltei a repetir pela enésima vez "aquilo que funciona para as empresas grandes muitas vezes não funciona para as empresas pequenas e médias".

"O ganho de escala é, e será cada vez mais, um fator decisivo na competitividade das nossas empresas" ... portanto, o factor decisivo para o aumento da produtividade é o aumento da escala?

Este é o exemplo típico que ilustra como é perigoso pensar que uma empresa pequena é uma versão pequena de uma empresa grande. Empresas grandes e empresas pequenas trabalham para servir diferentes tipos de clientes, segundo propostas de valor diferentes.

Este blogue acredita noutra alternativa para o aumento da produtividade: a subida na escala de valor!
“One of the reasons that I hated price increases and believed that I was betraying my customers is that I didn’t understand basic business fundamentals. I didn’t understand that price increase campaigns are far more effective at generating profit and free cash flow than increasing top-line revenue through sales volume increases or acquiring new customers.
Nothing else in the business-to-business sales arsenal protects the health of your company like price increases. They protect the enterprise during inflationary periods, produce capital for investment in growth, help improve quality and service delivery, boost stock prices, and protect jobs.
The payoff for price increases is massive. They can drop through as much as 400 percent more profit as increases in sales volume. For example, a 1 percent increase in sales volume, will produce 3.3 percent in profit. However, a 1 percent increase in price, when sales volume remains stable, delivers an 11.1 percent increase in operating profit."[Moi ici: A minha velha descoberta sobre quem era afinal o burro]
Trecho retirado de "Selling the Price Increase" de Jeb Blount.



sábado, agosto 13, 2022

"The Value Of Selling Value"

"Your company needs you to sell more at higher prices. Your family needs you to work less while bringing home bigger paychecks. Your community needs you to work less so you can participate more. And, you want more time and money for your hobbies. Imagine, if you could win more deals, faster, at higher prices, then all these things could happen.

It's possible! It's possible because you likely have a HUGE gap in your selling toolkit. Ninety-nine percent of businesspeople I speak with don't really understand value. This problem is almost universal. Yet salespeople, more than anybody else, benefit by deeply understanding buyer perceived value.

...

Every purchase happens exactly the same way. The buyer looks at the price of a product and compares it to the value they expect to receive. If the prospect doesn't purchase, it's for one of two reasons: the price was too high, or they didn't perceive enough value. You can probably lower your price enough to get them to purchase, but that's not why you're in business, or in sales. The key is helping the buyer perceive more value."

Este tema é importante para se chegar ao quadrante de ouro:

E quem está no negócio tem de trabalhar para o fazer. E vejo pouco, muito pouco trabalho sistemático para o fazer. De entre as poucas empresas que trabalham sistematicamente para aumentar preços a maioria aposta em torneios de braço-de-ferro. 

Claro que não é disso que estamos aqui a falar.

Agora imaginem esta predisposição para não trabalhar para o aumento de preços, conjugada com inflação elevada, falta de mão de obra, e voracidade fiscal.

Ao escrever "esta predisposição para não trabalhar para o aumento de preços" recordei a noite em que morreram as ilusões de Cavaco

A forma como se está num negócio depende do pensamento dos donos do capital. Há empresas que são geridas como o aproveitamento de uma oportunidade limitada no tempo. Há empresas que são geridas como um terreno agrícola, pretende-se passá-las a descendentes sem prejudicar as hipóteses desses descendentes. Há empresas que sobrevivem, um ponzi mais ou menos longo à espera de rebentar.

Quem gere uma empresa como um terreno agrícola, num país pequeno e aberto como Portugal, só tem um caminho, trabalhar para ser uma joalharia. Pode não ser o maior, pode não ser o mais rentável no curto-prazo, pode ... 

Trechos retirados de "Selling Value: How to Win More Deals at Higher Prices" de Mark Stiving. 

sexta-feira, agosto 12, 2022

Exportações no 1º semestre de 2022

Exportações no 1º semestre de 2022 e comparação homóloga com 2019 e 2021.


Em relação a 2021, em cerca de 99 categorias só 3 evidenciam variação homóloga negativa.
Em relação a 2019 o mesmo desempenho positivo. O sector exportador já está acima do pré-pandemia.

Da próxima vez que ouvirem as queixas das cerâmicas ou das têxteis, lembrem-se destes números de crescimento das exportações. O mais provável é estarem a vender e a perder dinheiro. Não se esqueçam dos que pedem subsídios ao governo, impostos nossos, para subsidiar as suas exportações, porque não conseguem subir os preços. Cada vez mais o país do Chapeleiro Louco.

BTW, exportações a crescerem mais depressa para fora da UE do que intra UE.

quarta-feira, agosto 10, 2022

A surpresa ...

Organização interna superior à média permitindo entrega na data combinada. 

Produto com qualidade de acabamento.

Produto com design superior. 

Aumento da procura por causa da alteração de contexto que vivemos.    

Aumento das vendas em mais de um terço face ao período homólogo.


A surpresa ...

Preço médio cerca de 30% abaixo da média do sector.

Uma das minhas preocupações reside na importância de subir na escala de valor. No entanto, o cenário descrito acima é anterior a esse desígnio.

terça-feira, agosto 02, 2022

Não, não pode ser uma repetição do que já se faz

Depois de ler Erik Reinert e os seus "The Visionary Realism of German Economics: From the Thirty Years' War to the Cold War" e "How Rich Countries Got Rich and Why Poor Countries Stay Poor" percebi a armadilha da competitividade sem produtividade:
Quando lanço o desafio de criar o objectivo de "aumentar o preço médio" ... raramente é bem recebido.

Aumentar o preço médio não pode ser o resultado de um braço de ferro com os clientes:


Quando olho para o que algumas empresas se propõem fazer para aumentar o preço médio o que vejo é uma repetição das actividades já incluídas num ou mais processos existentes.

Não, não pode ser uma repetição do que já se faz. E penso em Segmentar como deve ser e Configurar como deve ser.

sábado, outubro 30, 2021

Subam os preços!

Vivemos tempos que eu nunca pensei viver. Parece que voltamos ao tempo em que a oferta é menor do que a procura. Ontem estive numa empresa que está a triplicar as vendas de 2020 e 2020 tinha sido melhor do que 2019. Outra, está a ser inundada de pedidos de clientes novos de Espanha. A minha reacção instintiva foi: subam os preços!!! 

E o que senti em resposta foi um olhar de receio: 

"Reasons not to raise prices.

Most businesses will go through extreme measures to delay or avoid raising prices. There are several reasons for this:

...

Competitive pressure

In hyper-competitive markets with ample supply, raising prices may drive away customers. This is common in transportation, hospitality, and commodities. However, if your industry is currently experiencing supply shortages, you are more likely to lose market share from product shortages than from price increases. In that case, you are better off governing demand through price increases.

...

Fear

The #1 reason small businesses do not raise prices is fear. People are uncomfortable with change, and altering pricing is a big change. Pricing is more than a financial decision: pricing changes your brand, marketing, operations, and sales. It alienates some customers and attracts others. To change pricing is so scary, most businesses will go years between price adjustments.

How price increases impact your business.

Pricing affects nearly every part of your business. Small price increases of less than 5% may not cause much disruption

...

Your branding shifts to a premium focus.

With higher prices, you signal to the market your goods or services are higher quality than the competition. Your marketing needs to shift to embrace this positioning. 

...

You lose cheap customers.

Every business has customers who expect a lot but want to pay little. Raising your prices naturally weeds out the cheap customers, saving your customer service and sales team many headaches! The downside is you might also weed out a small business customer you love to work with who now can no longer afford your brand.

Operations shifts from volume-focus to quality-focus. [Moi ici: Esta é, talvez, a mudança mais difícil de entranhar... recordar os anfíbios]

Low-price businesses are focused on volume and efficiency. High-price businesses are focused on quality, timeliness, and experience. To meet the expectations of your new premium customers, you will need to shift your staff's focus. [Moi ici: Eu concentrar-me-ia mais nos decisores, antes de ir aos operacionais

...

Should you raise your prices?

The right pricing strategy will depend on your business and your industry. I recommend performing a full competitive pricing analysis to determine the best course of action. If you do not have the time or resources for a full pricing analysis, here's a rule of thumb:

If there are shortages in your industry, you should raise prices."

BTW, não pretendo passar a mensagem, julgo que este blogue com quase 20 anos é testemunha disso, de que a relação entre fornecedor e cliente/consumidor tem de ser uma guerra, mas o mindset da imprensa é a favor dos clientes/consumidores. Recordar o que recomendo aos agricultores: deixar de pensar que existem para aliviar a fome no mundo, ninguém lhes paga por isso.

Trechos retirados de "Why it's Time to Think About Raising Your Prices"

sábado, setembro 19, 2020

Para reflexão

 "Given how much our culture depends on finding out what’s new, it’s surprising that few have figured out how to be smart about it. If you’re a creator, the truth remains what the truth has been ever since Yahoo tried to sort the web by hand: the best way to make a hit is to build something for the smallest viable audience and make it so good that people tell their peers."

Trecho retirado de "Who is good at discovery?

sábado, agosto 29, 2020

A caminho da Sildávia, portanto.

Na passada quinta-feira, Camilo Lourenço moderou mais uma conversa do MEL Talks, deste feita com João Duque. O objectivo era falar sobre a formação de salários em Portugal, sobre como sair da espiral dos baixos salários e como analisar a questão do salário mínimo.

Confesso que estranhei a direcção inicial imposta pelo discurso de João Duque para a conversa, e na qual Camilo Lourenço embarcou: salários e catequese. Sim, tinhamos um académico de economia a proferir julgamentos sobre a enormidade que ganham futebolistas e artistas. Enfim, conversa de taxista. Até que Jorge Marrão entra para impor algum discurso racional e falar da procura e da oferta.

Comecei a ouvir a conversa com uma ideia feita e cheguei ao fim com a mesma ideia.

A produtividade e os salários não sobem porque temos mais gente formada, ou doutorada ou com cursos profissionais. É a velha estória da caridadezinha (2008).

A produtividade não cresce porque fazemos bem ou melhor as coisas (isso são "peaners"), a produtividade cresce a sério é quando fazemos bem o que deve ser feito. E o que deve ser feito é radicalmente diferente do que estamos a fazer.

Tenho ouvido e lido muita coisa sobre o Plano Costa e Silva e uma das coisas que mais espécie me faz é a distinção entre estratégia e execução. Estou a recordar-me de um projecto onde estive envolvido há anos. Talvez por causa do meu voluntarismo, talvez por causa de má comunicação entre as partes (nem sempre a gestão de topo tem a coragem de assumir o que quer), eu entrei para o projecto decidido a fazer o que gosto: implementar um sistema de gestão da qualidade não para certificar, mas para ganhar dinheiro, para optimizar a rentabilidade da empresa focando-a na execução da estratégia. A empresa, soube-o mais tarde, só queria a certificação, a bandeira e o certificado. Resultado, desenhamos um sistema bonito, intelectualmente brilhante (OK, elogio em boca própria é vitupério), que permitiu que a empresa fosse certificada, mas que nunca gerou a mais valia prevista porque a empresa não tinha a motivação nem o know-how(?) para o usar.

Querer mudar top-down uma economia é cometer o mesmo erro que cometi nesse projecto. Admitamos que se consegue desenhar um programa brilhante (hipótese académica apenas, o mundo é demasiado complexo e volúvel para alguém ser capaz de conceber tal plano) quem é que o vai executar? Acham que são os mais formados?
Acham que as universidades ensinam a gerir empresas no mundo complexo em que vivemos? Vejam a SONAE, mal foge do negócio do preço, perde dinheiro.

No final da conversa João Duque brinda-nos com uma ilustração da ligeireza com que o mundo académico segue a micro-economia. Segundo João Duque o sucesso do calçado nos últimos anos foi baseado no desenvolvimento de marcas... de marcas? Come on! Quantas marcas ganham dinheiro? Quantas marcas ao fim de 5 anos ainda estão vivas? Desenvolver marca é uma forma de sacar dinheiro de projectos europeus, mesmo que bem intencionada, mas que morre quando acaba o financiamento. O que foi desenvolvido e bem foi a marca "Made in Portugal" para que marcas estrangeiras viessem para Portugal aproveitar a sua "uniqueness" da proximidade produção-consumo (rapidez, flexibilidade, qualidade). BTW, mas é outra conversa, esta uniqueness já se foi graças à Turquia, Roménia, Marrocos, Argélia, Tunísia, Bulgária, ...

A única maneira de salários e produtividade darem um salto é mudar de áreas de actividade. Quem segue este blogue pensará: Está a meter a pata na poça... os macacos não voam!

Sim, os macacos não voam, Hausmann tem razão.

Ou seja, e essa é a minha ideia feita, o salto de produtividade só pode ser conseguido com know-how e capital estrangeiro. A única coisa que há a fazer, algo de muito difícil num país socialista, agarrado à adicção da distribuição sem criação prévia de riqueza, é criar condições para que quem quiser investir cá tenha vantagens em o fazer, sem ter de as negociar com um Galamba qualquer.

Este investimento criaria as condições para o spill out que permitiria que projectos portugueses também subissem a sério na escala de valor.

Reparem neste exemplo irlandês:

Acham que os irlandeses são super? Não, basta terem a legislação e o contexto que atraiu investimento nas indústrias química e farmacêutica.

Até lá teremos esta cultura de sacar, de captar, de sifonar:

Ao qual criar riqueza não lhe assiste. Por isso, a caminho da Sildávia.

sábado, julho 25, 2020

A importância das margens

Quando escrevi a série "Quantas empresas?" procurei chamar a atenção para a urgência de aumentar margens, de subir preços. Não um aumento de preços numa negociação, num braço de ferro com os clientes, mas porque se sobe na escala de valor, porque se aumenta a diferenciação da oferta, porque se cria mais valor potencial para os clientes.

Normalmente, este tipo de aumento não se compadece com a empresa actual... e aí é que está um dos problemas: a dificuldade em encolher a empresa, a dificuldade em mudar de vida.

Algumas vezes é-me penoso visitar uma empresa. Um outsider consegue abstrair-se da espuma dos dias e, numa atitude racional, olhar para aquela azáfama e perceber que são como perús na antevéspera do Natal. E escrevo isto sem arrogância, até com algum melindre. Basta-me olhar para os produtos que fabricam, para o seu valor acrescentado, para a dependência das quantidades, quando o contexto é de encomendas mais pequenas e de salários mais altos. Por vezes ainda consigo identificar "pontos quentes" que poderiam ajudar a criar a empresa do futuro, mas implicariam uma de duas coisas: o encolhimento da empresa actual, ou a autonomização de unidade de negócio para se focar nesses "pontos quentes".

No entanto, para a maioria dos empresários isso é como pedir a um pai que mate um filho.

Entretanto, este texto, "Put Value Creation at the Center of Your Transformation", chama a atenção para a importância da focalização no aumento das margens:
"The COVID-19 pandemic has dramatically raised the stakes for corporate transformations. Many companies will need to launch a transformation to remain competitive, yet the risks associated with failure are now higher. Unfortunately, transformation outcomes vary widely; ... Our research shows that companies must accomplish three goals to create superior value from a crisis transformation: deliver near-term improvements to profit margins, strengthen the core operating and business models, and rigorously manage the change.
...
Margin improvement is measured as the average growth rate of the EBITDA margin over the three-year period.
...
But not all change can be measured in terms of financial performance and stock price movement. That’s where the third and most critical aspect comes in: transformations require rigorous execution and change management.
...
Set a clear vision, and keep the communication simple and straightforward. Getting all employees to have the same understanding of the vision and objectives for the transformation is crucial, and companies can accomplish this through clear and vivid communication.
...
Launch a formal, structured program. Because a large-scale transformation is complex and has multiple interdependencies, it can succeed only if it is structured as a formal program with well-defined work streams and initiatives."

quinta-feira, julho 23, 2020

"Pricing is an undervalued discipline"

"Even in a historic downturn, Buffett’s instinct is worth keeping in mind. Many managers underestimate the power of pricing, and the unanimous advice from pricing experts in this troubled economy is to price with courage and creativity. In businesses where demand has plunged, slashing prices may be a terrible idea—and it may not be necessary at all.
...
For the vast majority of businesses—those facing strapped customers and shrunken demand—the No. 1 imperative is to avoid cutting prices if at all possible, what experts in the field call “maintaining price integrity.” In the B2B world, “you get a lot of pressure back from your customers to reduce price, which can manifest itself as hesitancy to move forward with the purchase,” says Ron Kermisch, a Bain consultant who leads the firm’s global pricing practice. “Companies too quickly move to price as the lever, without really understanding what’s driving the customer hesitancy.
...
If you cut prices 20%, you have to sell 25% more units just to maintain revenue. In a severe downturn, how likely is that? And if a competitor matches your price cut, the pain will be much worse. The economics of every business are different, but McKinsey research has found that in a typical S&P 1500 company, a 5% price cut would have to spark a 19% volume increase just to pay for itself, and that hardly ever happens. Even if holding prices steady reduces sales and profits, price cuts may reduce them even more.

The long-term effects can be more harmful. Price cuts, even temporary ones, train customers to behave badly, always waiting for the next sale. Perhaps worse, they destroy brand equity."

domingo, julho 05, 2020

"If they can’t sell a price increase I don’t want them on my team"

Tanto por fazer a este nível nas empresas portuguesas.
"The best thing a salesperson can sell is a price increase. Pricing is so important – in fact, it is the most important profit lever. Pricing is one of the most fundamental aspects of any business – every company has to set prices for its products and services. If the world was a rational place, pricing management would be a core competence of every firm, but in reality it almost never is.

The beauty of pricing, and price increases in particular, for sales leaders is that it all drops straight through to the bottom line. As one recently remarked to me about her salesforce, “If they can’t sell a price increase I don’t want them on my team."

At the same time, we know that many salespeople hate even the thought of price-related customer conversations, let alone price increases."
Trecho retirado de "Can You Sell a Price Rise?

sábado, junho 27, 2020

Como se aumenta a produtividade por hora de trabalho?

"Portugal é o sétimo país da União Europeia com menor produtividade por hora de trabalho, divulgou este sábado a Pordata, num retrato ao tecido empresarial do país, a propósito do Dia das Micro, Pequenas e Médias Empresas.
...
Em termos de produtividade por hora de trabalho, face à média da UE27 (=100), Portugal é um dos países com menor produtividade (65% da média da UE27)”, revelou a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que analisou dados de 2018."
Uma batalha antiga neste blogue.

Como se aumenta a produtividade por hora de trabalho?

Falo de aumento a sério, não de migalhas. Como se aumenta a produtividade por hora de trabalho?

Aumentando os preços do que se vende.

Não façam, como eu, o papel de burros. Há um truque para subir preços sem perder clientes.

Recordar este postal de 2018 sobre o aumento de salários e o Evangelho do Valor!

 

segunda-feira, março 30, 2020

Em que lado do teste do lápis está a sua empresa?

Há anos que recomendo às PMEs a ARTE!

Por exemplo:

Há muitos anos que uso a frase:

Há anos que descobri o caso da Viarco:
Estou já na fase final da leitura de um livro simplesmente delicioso, "The Passion Economy: The New Rules for Thriving in the Twenty-First Century" de Adam Davidson. O capítulo 9, “Don’t be a commodity” é acerca de uma empresa que produzia o produto mais commodity que se possa imaginar, lápis escolares, e que depois de ser esmagada pelos chineses deu a volta por cima.
"I came to think of them as exemplifying the single most important rule for thriving in a twenty-first-century economy. The rule applies to manufacturers, but also to bankers and artists and teachers and middle managers at large corporations. The rule is simple: Do not be a commodity.
.
Commodities fit a few key criteria. They are undifferentiated. That means that people who buy them don’t see any qualitative difference between competing versions. Instead, commodities are bought based on price and convenience. Most people gravitate toward buying the cheaper dish soap, the cheaper lumber, or the cheaper light bulb instead of the more expensive version on the same shelf.
...
General Pencil had so many orders from so many school districts that it no longer needed to be at the cutting edge of innovation.
The American pencil business had by then become what economists call a mature business.
...
This sleepy world was overturned in the 1990s when something entirely new began to happen. Ships arrived in the nearby Port Newark with huge containers filled with pencils made in China. These pencils looked identical to the ones General made.
...
[Moi ici: Anos depois, a filha do dono da empresa de lápis teve uma ideia] In that moment, Katie realized that she had come upon an enormous hole in the U.S. pencil market. She couldn’t possibly be the only person who wanted a solid, reliable drawing utensil, something between the two extreme options. [Moi ici: Os dois extremos eram os láis chineses de um lado e os de engenharia, de origem alemã] Parents, she knew, would happily pay a reasonable premium for pencils custom-made for their kids. She picked up the phone, called her dad, and offered him an idea that might just save the family business.
Katie eventually created a line of kits that included drawing supplies and instruction books based on her classes.
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There would be kits with entire lines of colored pencils, and there would be kits with charcoals for high schoolers who had more ambitious goals and wished to develop more comprehensive skills.
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The companies that shipped container loads of Chinese pencils were too large and distant to worry about such a niche market. They were still satisfied selling commodities. The German companies, which needed to maintain their professional reputation, were reluctant to dilute their brand image by focusing on children. [Moi ici: Como não recordar o truque de Roger Martin para avaliar se uma estratégia é mesmo uma estratégia. O contrário de uma estratégia a sério não é estúpido, mas representa uma brutal fricção para quem a queira seguir] This is why Katie was able to charge a dollar apiece for her pencils. The parents who buy General Pencil kits for their kids are happy to pay a premium, since they are getting a product precisely designed for them.
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I have come to think of “the pencil test” whenever I am confronted with a question of how best to thrive in a rapidly changing global economy. There is no product more commoditized, more easily reproducible, than the simple No. 2 pencil. Yet General Pencil was able to get out of commodity competition. It was able to thrive and profit by identifying a specific audience with clear needs and serving that audience thoroughly. [Moi ici: Qualquer empresa em Portugal está de um lado ou do outro do teste do lápis. Ou são uma commodity ou são algo com valor acrescentado para um grupo de clientes-alvo que outras empresas nunca poderão oferecer porque estragaria o seu modelo de negócio]
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[Moi ici: Depois, vem o final do capítulo para fechar este postal, tal como ele começou, a arte] Katie was far more of an artist than an industrialist. Her passion lay in sketching nature, not in looking at spreadsheets, worrying about the rising cost of graphite and the bottleneck at their Midwest distributor. That was stuff her dad loved and would never be for her.
But while working with her dad developing the pencil kits, she found herself becoming fascinated by some of the very things she assumed she’d hate. Distribution, she realized, isn’t just a dull corporate word; it’s the way she can get pencils in the hands of children and artists. Finance isn’t a deathly dull spreadsheet; it’s a language that allows her to make better decisions about the experiments she wants to conduct, and it guides her as she invents different kinds of kits and assesses which ones have successfully found a market. She would never make distribution and finance the core of her work. General Pencil has plenty of experts in those areas. But she learned that there could be as much joy and creativity in business as there is in art."
BTW, neste artigo de Julho de 2011, "Uma Sildávia na América", comentei o estado da empresa antes do tal telefonema de Katie

terça-feira, março 10, 2020

Quantas empresas? (parte VIII)

Parte I, parte II, parte IIIparte IVparte Vparte VI e parte VII.

Ontem numa empresa discutíamos o futuro do calçado em Portugal. Enquanto essa conversa decorria, pensava neste texto que tinha lido durante a caminha matinal, "The End of the Jaffa Orange Highlights Israel Economic Shift":
"Since peaking in the early 1980s at 1.8 million tons a year, Israeli citrus production has dropped almost 75%.
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With a strengthening currency making exports less competitive and scarce water supplies raising the cost of cultivation, oranges—and many other crops—are no longer worth the effort. Agriculture has fallen to 2% of goods exports, from a peak above 40% in the 1950s,
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Just 1% of Israelis now work in agriculture, down from 18% in 1958, while the tech sector has shot up from virtually zero to 10% of jobs today, many developing software used outside the country. That’s helped double exports of services since 2008, to more than $50 billion last year—with services in 2020 poised to surpass goods exports for the first time. The shift “from basic agriculture like Jaffa oranges to top-of-the-line tech” makes economic sense,
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In regional rivals such as Egypt, Turkey, and Morocco, “labor is very cheap, and water is very cheap, and the currency is better for exporters,” says Nitzan Rottman, who oversees work on citrus at Israel’s Ministry of Agriculture. “We can’t compete with them.
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Some farmers are shifting from crops such as oranges—water-intensive even with the best irrigation systems—to less-thirsty alternatives such as grapes, olives, and Argania spinosa, the nut tree that produces argan oil for shampoos and skin creams."
O calçado vai acabar em Portugal? Não.
Afinal por ano ainda se fabricam 23 milhões de pares em França e 35 milhões de pares na Alemanha (dados de 2016).

No entanto, com a subida do SMN e o cerco turco/romeno/marroquino, é preciso pensar numa Fase 4:
"O número de empresas vai voltar a diminuir
A quantidade de pares produzidos vai voltar a diminuir
O número de trabalhadores vai voltar a diminuir
O preço médio por par vai novamente dar um salto importante"
Recordar a Intel e a decisão: se estivesse a começar agora, apostava nisto ou mantinha-me a defender o negócio actual?

segunda-feira, março 09, 2020

"Customer Value Needs to Be Formally Managed" (parte I)

Gosto muito de ler Stephan Liozu. Este artigo, "Customer Value Is Not Just Created, It Is Formally Managed" de Stephan Liozu e publicado no Journal of Creating Value,  faz jus à tradição e representa um bom resumo do que procuro transmitir às empresas em que trabalho para subir na escala de valor.
"What value is depends on who it is created for and who is in charge of the value creation process. Three theoretical positions exist with three diverging scholarly views on what value means and who value is created for: resource-based view of the firm, value exchange and relationship value.
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Value Creation or Value Capture?
There is also lots of confusion among scholars and practitioners between the concepts of value creation and value capture.
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Value creation and value capture are, therefore, different concepts
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the value that a seller creates needs to be quantified in financial terms to be exchanged, shared with and captured from customers.
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Customer Value Needs to Be Formally Managed
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We posit that, like any process, customer value needs to be formally and intentionally managed. Customer value management includes three steps that form a sequence that cannot be broken
All three steps require a formal process and the development of strong capabilities. The process begins with value creation activities designed for and with customers. Generally speaking, these activities or initiatives are managed by innovation and marketing teams with the support of business development and sales teams in the field. [Moi ici: Sorri ao ler isto. Estou sempre a pregar que para subir na escala de valor é preciso ter uma equipa unida em torno do marketing, comercial e inovação/desenvolvimento] During this first step, value for the customer is created but can also be co-created as partnerships and collaborative projects. In both instances, customer value is identified and potentially created. It is not yet extracted or captured. Following this first step, marketing and pricing teams need to zoom in on the second step of the value management process, which is value quantification.
Value quantification is an essential step in the process and is most often neglected or forgotten. The goal in this step is to assess and quantify the value potentially created for the customer. [Moi ici: Recordar Total Value Ownership] This external quantification process, in the form of value-in-use analysis, total-cost-of ownership calculations, life-cycle costing models or customer value models, is essential to calculating the value pool generated by a supplier and potentially shared with customers.
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This, of course, requires testing and validation with the customer that value is indeed created and eventually delivered. Because one cannot capture something which is not measured, value  quantification has received increased attention in scholarly and practitioner publications in the past 24 months. After the customer value pool is clearly calculated, the last step of the value management process is value capture. At this stage, prices are set within the value pool in combination with cost and competition information. Pricing and marketing teams can, therefore, decide how much value can be captured through price premiums versus competition and how much value can be shared with customers. That process of sharing and exchanging happens during the value capture process through the hard work of value-based selling and negotiation for value.
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In summary, value for customers is first created, then quantified using formal methods, then captured through price-setting and price-getting activities. This value management process is essential to a firm’s go-to-market strategy. It involves all the key players and functions of such a strategy, beginning with innovation teams and ending with sales teams,

Continua.

sexta-feira, março 06, 2020

Crendice!

No JN da última  quarta-feira:

Extraordinário!

Estão a ver os patrões que dizem que a produtividade aumentaria se os trabalhadores não fossem malandros?

Existe uma imagem no espelho para essa afirmação, acreditar que a produtividade aumenta se os trabalhadores forem melhor tratados, ou trabalharem menos, ou se forem mais felizes no trabalho.

Acreditar que se se trabalhar menos a produtividade aumenta é um conto de fadas para adultos.

A produtividade aumenta a sério quando deixamos de usar chpa de metal para fazer enxadas e pás e começamos a fazer máquinas. Depois, deixamos de fazer máquinas analógicas e passamos a fazer máquinas digitais. Depois, deixamos de fazer máquinas digitais e ...

Ontem, enviaram-me este artigo "Werkzeugbauer kurz vor dem Kollaps" - Fabricantes alemães de ferramentas de estampagem e afins para a indústria automóvel e complementares, à beira da falência. O mesmo que se passa com os fabricantes de calçado em Portugal, está a acontecer na Alemanha com   o crescimento de marcas chinesas que estão a paulatinamente subir na escala de valor. Como é que as empresas alçemãs vão responder? Terão de aumentar a produtividade! Ou seja, vão reduzir o tempo de trabalho para assim serem mais produtivas. [Estou a ser irónico]

Claro que não. Terão de subir na escala de valor, vender algo por mais dinheiro e em menor quantidade o que, como consequência, resultará em mais produtividade e menos horas de trabalho.