"Ron Johnson chose the wrong store - regarded by some as a retail backwater frequented by coupon clippers - to roll out his brazen strategy, and his execution was a disaster. But his concept was exactly right. Bricks-and-mortar retail was (and is) in a period of anxious soul-searching, and Penney itself was in deep trouble. The patient needed radical surgery. Johnson didn't have the time or temperament to dicker. When I interviewed him in 2011, just after he'd taken the reins at Penney, I asked whether it wasn't a risky proposition to completely reinvent the department store. "The opposite is what's risky," he told me. "Over the past 30 years, the department store has become less relevant... largely because of decisions the stores have made... They didn't think about the future so much as try to protect the past." The problem, he explained, wasn't the stores' size or location or marketing power or physical capabilities, "It's their lack of imagination — about the products they carry, their store environments, the way they engage customers, how they embrace the digital future." (Moi ici: Numa palavra, a falta de aposta na batota)
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That's not crazy talk. Johnson saw the problem clearly, he had an appropriate sense of urgency, he had a gut sense about how to get Penney out of its bind — and a belief"
sexta-feira, abril 12, 2013
Acerca da batota
Ron Johnson acaba de ser despedido e é o bombo da festa no festival de críticas à sua gestão (por cá, a culpa seria do IVA ou da crise, ou do Gaspar), por isso, interessei-me logo por um artigo com um título "contrarian", "What Ron Johnson Got Right":
Cuidado com as melhores práticas
No ambiente de mudança em que vivemos e, registado neste postal "Escrito nas estrelas" e continuado em "Viragem no sourcing – Parte 2", de certeza que muitas práticas estabelecidas ficaram obsoletas e passaram a ser mais prejudiciais do que benéficas:
BTW, muito interessante a história sobre a origem e persistência do formato "broadsheet" nos jornais.
"Companies identify best practices, particularly those of market leaders, and try to implement them. Such benchmarking has a role to play in business, but I’m not exactly a fan of the process. (Moi ici: Não há melhores práticas) It may allow enterprises to catch up with competitors, but it won’t turn them into market leaders. Organizations become winners by spotting big opportunities and inventing next practicesTrechos retirados de "Best Practices Get You Only So Far"
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Next practices are all about innovation: imagining what the future will look like; identifying the mega-opportunities that will arise; and building capabilities to capitalize on them.
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If you look for ways to develop next practices, opportunities abound. In fact, executives are constrained not by resources but by their imagination."
"Most companies follow "best practices." Often, these are practices that most firms in their line of business have been following for many years, leading people in the industry to assume that it is simply the best way of doing things..
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One reason why a practice's inefficiency may be difficult to spot is because when it came into existence, it was beneficial — like broadsheet newspapers once made sense. But when circumstances have changed and it has become inefficient, nobody remembers, and because everybody is now doing it, it is difficult to spot that doing it differently would in fact be better.
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with all the best intentions, executives often implement what is considered a "best practice" in their industry. What they do not know is that some of these practices are bad habits masquerading as efficiency boosters, their real consequences lying hidden."
BTW, muito interessante a história sobre a origem e persistência do formato "broadsheet" nos jornais.
quinta-feira, abril 11, 2013
Curiosidade do dia
A quebra homóloga das exportações em Fevereiro deste ano foi de -2.6%.
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Apesar de tudo não considero um mau resultado.
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Quase 12% das nossas exportações em 2012 foram de "Material de Transporte".
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O desempenho da nossa produção de automóveis, que é o grosso do "Material de Transporte", foi:
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Apesar de tudo não considero um mau resultado.
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Quase 12% das nossas exportações em 2012 foram de "Material de Transporte".
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O desempenho da nossa produção de automóveis, que é o grosso do "Material de Transporte", foi:
"Dos 37.553 veículos produzidos no primeiro trimestre de 2013, 36.722 unidades destinam-se à exportação, representando 97,8% da produção nacional. Contudo, o valor fica 27,6% abaixo do número de veículos exportados no trimestre homólogo do ano anterior. O maior mercado receptor é a Alemanha, com 22% da produção nacional."Trecho retirado de "Produção automóvel nacional caiu 31,2% em Março"
Por que tem de ser o governo?
"É necessário fazer uma revalorização do polvo. É uma espécie que, felizmente, temos pescado em boa quantidade. A quantidade disponível aumentou, mas o valor comercial baixou face à quantidade."Não devia ser a iniciativa privada a tratar disto?
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Trecho retirado de "Governo vai lançar campanha para valorizar polvo"
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Faz-me lembrar o velho:
Talvez a indicação de Gaspar para novos cortes acabe com estas tretas.
Fazer o "recall" de um esquema Ponzi?
Esta notícia "Fabricantes japonesas recolhem 3,4 milhões de automóveis por airbag com defeito" fez-me recuar ao programa "Negócios da semana" de ontem à noite e à conversa civilizada que os intervenientes tiveram sobre a Segurança Social.
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É impossível fazer o "recall" de um esquema Ponzi... pode-se dourar a pílula mas algures vai estoirar.
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É impossível fazer o "recall" de um esquema Ponzi... pode-se dourar a pílula mas algures vai estoirar.
Mongo em Portugal
"Rosa Pomar. O manual da detective das lãs"
"Rosa Pomar está vinculada às malhas e ao tricot não só pelo projecto desenvolvido para o livro mas também porque é proprietária da loja Retrosaria, ao seu alcance no Chiado de Lisboa, ou através do site retrosaria.rosapomar.com. Ri-se quando diz que a loja é uma maneira de financiar o trabalho que faz, o de pesquisa. Mesmo que assim seja, Retrosaria e trabalho de pesquisa são partes do mesmo todo. Rosa explica: “Tenho conseguido criar e ter à venda na loja fios para fazer malha fiados à mão numa aldeia de Trás-os-Montes, ou numa aldeia do Baixo Minho, fios que são feitos de lã de raças portuguesas, feitos em Portugal da origem ao fim. Por outro lado, o facto de dar workshops na loja também me permite fazer a ponte entre a pesquisa que faço e o público completamente urbano.”
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Há um facto que surpreende Rosa, entre o público que povoa os workshops da Retrosaria: “Hoje em dia é mais fácil encontrar pessoas a quererem fazer meias em Lisboa que em Trás-os-Montes. As pessoas que estão nas aldeias e ainda conservam este saber que adquiriram de forma tradicional não têm muito a quem ensinar.” As explicações são ainda especulações, talvez um mix, como diria Rosa, entre revivalismo, a moda do regresso às origens e a valorização do património. Seja como for, este fenómeno está desenquadrado da sua origem, diz-nos Rosa. “Isto ainda não chegou às aldeias, e espero que chegue antes de essas pessoas morrerem, porque depois já não há ninguém para ensinar.”"
Mindset positivo e locus de controlo no interior
Uma notícia interessante, se não for apenas para sacar mais uns milhões em apoios e subsídios, "Indústria de processamento de tomate planeia centro de excelência de I&D no País":
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Quando um país pequeno como Portugal chega a esta situação:
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Subindo na escala de valor, encontrando novas aplicações para o tomate, ou aumentando a produtividade dos terrenos, ou seja, inovando:
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Quando um país pequeno como Portugal chega a esta situação:
"Portugal está hoje com uma produção de 1,2 milhões de toneladas (números finais da campanha de 2012), registando nos últimos anos "aumento de produtividade de 2% e 3% da cultura" de tomate. Os dados da AIT apontam para a venda para o exterior de quase 95% daprodução (que lhe confere a classificação de quarto maior exportador de tomate transformado, a seguir à China, EUA e Itália), gerando um volume de negócios anual de 250 milhões de euros."Se calhar, a indústria já não tem muito a crescer em quantidade, em toneladas, por falta de terra. Então, como é que se pode crescer nessas circunstâncias?
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Subindo na escala de valor, encontrando novas aplicações para o tomate, ou aumentando a produtividade dos terrenos, ou seja, inovando:
""A estratégia" passa então por fazermos aquilo que os outros não querem fazer", a saber, "formalizar um sistema de Investigação e Desenvolvimento" (I&D) que reúna "agricultores, produtores e universidades" para "criar algum 'expertise' em Portugal". "É espantoso como conseguimos ultrapassar as dificuldades" encontradas na cultura e na indústria, afirma, "quando, do ponto de vista humano Portugal não tem uma grande escola para o sector-'. A indústria, em que hoje quatro empresas controlam 90% da produção, acaba por "ir buscar gente muito nova e treiná-la dentro das própria companhias". Também neste aspecto, "era melhor não ter tanta dependência", neste caso, da "escola de Itália", onde o sector está enraizado também no currículo académico.Esta linguagem faz-me logo recordar o mindset positivo de Carol Dweck e um locus de controlo no interior.
Num cenário em que, reconhece, "algumas universidades [portuguesas] têm sofrido muito nos últimos dois anos por falta de verbas", Martin Stilwell defende que a indústria está determinada no seu investimento em excelência de I&D no país: 'Todos reconhecemos que temos de o fazer, já avançámos muito, agora só falta definir o modelo a adoptar - o que vamos fazer, quando, como e onde"."
Low-end and high-end consumers
"Instead of producing a one-size-fits all offer and hoping for mass market take-up, smart competitors are instead going to focus on tailoring what they do to the needs of the different segments. To win, you need to dig deeply into the specific behaviors that motivate customer groups.Trechos retirados de "How companies can win both the low-end and high-end consumer"
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At the low end, is price really all that motivates a buyer? If that’s what you think, you’re highly unlikely to develop a winning strategy.
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Smart retailers like dollar stores are winning by figuring this out. One strategy they use might be called the “good things in small packages” approach. If shoppers don’t have the money, you can’t expect them to buy the large, economy size. If the small, wasteful size is all they can manage, that’s all they will buy. (Moi ici: Nunca, entraram numa dessas lojas que nos dizem que têm os preços mais baixos e, por uma questão de conveniência, procuraram uma embalagem unitária e só encontraram packs familiares, mas para famílias numerosas?)
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At the high end, the challenges are different. The first problem is that it is increasingly difficult to promote the lure of exclusivity. Not only are products for the high end remarkably similar to those which the low end can aspire to, but there are so many other high-end customers that the offers are commoditized. High-end customers, too, are driven in their shopping habits by behaviors, but because they have more resources to act on their choices, it can be bewildering to try to navigate through them. Scholars have found, for instance, that more choices often mean less choosing.
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For the high end, three complements to the usual offers of “new and improved” can make a difference. The first is to add a component of virtue to the consumption experience.
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The second is to add an experiential element that differentiates an offer...
The third approach is to recognize that at the high end, consumers are drowning in choices and to give them an easy path through the confusion.
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The point about the hourglass is that customers are not defined solely by their economic circumstances."
quarta-feira, abril 10, 2013
O culto da racionalidade
"Economists live in the same world as everyone else. They have friends who buy overpriced time-shares and brothers-in-law who just don’t think. Adam Smith devoted many words to human foibles and their inevitable influence on markets. Psychology was in the lexicon of economics until the Second World War. Then things started to change.
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Under the influence of people like Samuelson and Milton Friedman, the field became progressively more mathematical. Much as dogs grow to resemble their owners, the new economics took on the features of the people now building it. Economists embodied a math-smart, self-controlled stereotype and built theories describing people exactly like themselves.
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Part of the Chicago doctrine was that Savage-Friedman-type rationality was a prerequisite for survival in the cold, hard business world. Those failing to toe the Chicago line “would get taken advantage of in the markets. They wouldn’t go on to govern companies and be successful leaders,” Camerer said. “These rationality principles were like commandments. You’re either good or evil—and evil people get punished.”
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It was nonetheless an open secret that economic theories did not predict human behavior especially well. There was more than one way of waving that aside. Economic models typically assume two things: that people are perfectly reasonable, and also that they are perfectly well informed. Some economists adopted the position that the inhabitants of their models were ignorant, not stupid. Much of the 1970s was spent working out the ramifications of this hopeful (?) prospect."
Trechos retirados de "Priceless The Myth of Fair Value (and How to Take Advantage of It)" de William Poundstone.
Um campeão escondido
"Empresa portuguesa exporta autoclismos para mais de 50 países":
"Mora em Aveiro o segundo maior produtor europeu de autoclismos e componentes para autoclismos, que registou um volume de negócios de 43,3 milhões de euros em 2012, ligeiramente abaixo dos 44 milhões facturados no ano anterior.Já há cerca de 2 anos me falaram desta empresa, a Oliveira & Irmão, como um autêntico campeão escondido.
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Segundo a informação disponibilizada pela OLI, fundada em 1954, a actividade exportadora ultrapassou os 80% da produção anual de 154 milhões de unidades, que já chegam a mais de 50 países dos cinco continentes.
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Com perto de 350 trabalhadores, a OLI assume-se como uma das empresas nacionais com mais patentes registadas na Europa. Em 2012 foram apresentados mais sete novos pedidos. No seu portfolio tem o sistema de dupla descarga de autoclismo, que anunciou há quase duas décadas e que hoje é uma inovação “presente em todo o mundo”.
Escrito nas estrelas
Desde 2005 ou 2006 que andamos aqui a dizer isto, recordo "O regresso dos clientes"
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Entretanto, o mainstream andava preocupado com os custos, com o proteccionismo, com as deslocalizações... em vez de se concentrar em abraçar o futuro, continuava a defender um passado que já não era sustentável.
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Agora, em 2013 temos:
Trechos retirados de "Viragem no sourcing – Parte 1"
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Entretanto, o mainstream andava preocupado com os custos, com o proteccionismo, com as deslocalizações... em vez de se concentrar em abraçar o futuro, continuava a defender um passado que já não era sustentável.
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Agora, em 2013 temos:
"O sourcing de vestuário chegou finalmente a um ponto crítico de viragem. Em vez de continuar a perseguir os custos mais baixos à volta do mundo, o foco da indústria está agora na colaboração entre retalhistas e os seus fornecedores e na criação de uma cadeia de valor integrada.
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«Estamos a mover-nos do preço para o valor, das encomendas grandes para o just-in-time, de longos prazos de entrega para rapidez e flexibilidade»
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«O desenvolvimento do produto está focado na inovação em vez de na execução do pack tecnológico, o cumprimento está a evoluir para eficiência energética e sustentabilidade, a standardização está a tornar-se agora customização e a eficiência da fábrica tem a ver com produção limpa»
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O impacto é que as relações entre cliente e fornecedor estão a mover-se de um modelo transacional «para a evolução de um conceito de cadeia de aprovisionamento e esta ideia de trabalhar de forma mais colaborativa com os nossos fornecedores. A partir daí começamos a ver a emergência de uma cadeia de valor e uma cadeia de valor envolve uma relação muito mais integrada com a base de fornecedores. Outro conceito que está a evoluir é a ideia de um ecossistema da cadeia de aprovisionamento, onde temos uma completa interdependência entre retalhistas e produtores»
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«estamos no final de uma era do sourcing». E explicou que «o método anterior era simplesmente baixar o FOB todos os anos. Muitos profissionais nesta indústria nunca operaram num ambiente inflacionário».
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Sublinhou, contudo, que com a inflação a parecer ter vindo para ficar, as necessidades da cadeia de aprovisionamento do vestuário são cada vez mais sofisticadas, com amostras virtuais, produção integrada e múltiplos fornecedores, transparência, sistemas de encomendas integrados e alianças no fornecimento.
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«Já não pode ser uma relação transacional de fornecimento, com o primeiro nível e a marca e o segundo nível a fazer algo diferente e outros fornecedores a trabalharem de forma diferente. Temos de estar à volta da mesma mesa, durante o processo de planeamento, toda a gente a discutir questões como produção em diferentes mercados, cadeia de aprovisionamento, fornecimento de matérias-primas, para conseguir tanto eficiência como rapidez»"
Trechos retirados de "Viragem no sourcing – Parte 1"
terça-feira, abril 09, 2013
Curiosidade do dia
"China se convierte en 2012 en el quinto mercado mundial del lujo y roza los 18.000 millones"
"En China el lujo gusta. El país se convirtió en 2012 en el quinto mercado mundial de los productos premium, con una cuota de mercado del 6%. Según datos de Euromonitor, el mercado chino del lujo tiene un valor de 17.937,50 millones de dólares (13.801,40 millones de euros).China oportunidade ou ameaça?
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Aunque el gasto en productos de gama alta en el exterior de los ciudadanos chinos sea considerable, el mercado interior continúa teniendo un volumen importante y seguirá incrementando tanto su valor como su facturación en los próximos años.
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En los últimos cinco años, el volumen de ventas de productos de lujo ha triplicado su valor en el país y las previsiones apuntan a que lo duplicará de nuevo hasta 2017."
Faz todo o sentido este pensamento
Ainda no Domingo ironizei, nesta "Curiosidade do dia", que os quase 23% de jovens norte-americanos com menos de 25 anos que estão desempregados são vítimas da moeda forte do seu país, o euro.
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Como os Estados Unidos não têm o euro como moeda e, apesar disso, também exibem elevados níveis de desemprego jovem, independentemente dos dólares atrás de dólares que continuam a ser atirados para estimular a sua economia, talvez a origem do fenómeno não seja a moeda mas algo comum a ambos os blocos económicos.
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Em Novembro passado escrevi aqui "Sobre a paranóia da eficiência e do eficientismo" com base num artigo de Clayton Christensen publicado num jornal.
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Hoje, descubro uma interessante reflexão provocada pelo mesmo artigo e que relaciona aquilo que o mainstream valoriza, na monitorização do desempenho, com os níveis de desemprego. Para mim, faz todo o sentido esta via de pensamento "The Present Jobless Innovation Era We Face" (muito bom mesmo!!!).
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Um exemplo, entre tantos outros aqui, "As employers push efficiency, the daily grind wears down workers":
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Só a aposta na subida na escala de valor, no numerador da equação da produtividade, permite aspirar a um mundo com empregos.
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Como os Estados Unidos não têm o euro como moeda e, apesar disso, também exibem elevados níveis de desemprego jovem, independentemente dos dólares atrás de dólares que continuam a ser atirados para estimular a sua economia, talvez a origem do fenómeno não seja a moeda mas algo comum a ambos os blocos económicos.
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Em Novembro passado escrevi aqui "Sobre a paranóia da eficiência e do eficientismo" com base num artigo de Clayton Christensen publicado num jornal.
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Hoje, descubro uma interessante reflexão provocada pelo mesmo artigo e que relaciona aquilo que o mainstream valoriza, na monitorização do desempenho, com os níveis de desemprego. Para mim, faz todo o sentido esta via de pensamento "The Present Jobless Innovation Era We Face" (muito bom mesmo!!!).
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Um exemplo, entre tantos outros aqui, "As employers push efficiency, the daily grind wears down workers":
"“If you're a highly skilled employee with highly marketable talents, they're going to pay dearly for you. But if you're a relatively fungible person, with nothing that separates you from anybody else, the risks and costs have been shifted to you at a dramatic rate,” said Rita Gunther McGrath, a management professor at Columbia University's business school."E a pressão começa sobre as empresas: se elas produzem algo de distintivo com vantagem, OK, podem jogar no campeonato da eficácia; caso contrário, estão no campeonato da eficiência e são pressionadas e pressionadas e pressionadas... e têm de aliviar a pressão passando-a para alguém, ou automatizam ou ...
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Só a aposta na subida na escala de valor, no numerador da equação da produtividade, permite aspirar a um mundo com empregos.
Subir na escala de valor!
Sempre a aparecerem em notícias sobre novas propostas inovadoras... depois de "Exportações com inovação", mais um exemplo da abertura da Amorim à inovação e à experimentação com "A moda da cortiça já não é só rolhas".
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Subir na escala de valor!
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BTW
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Subir na escala de valor!
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BTW
Comparações enganadoras (parte IV)
Parte I e parte II e parte III.
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Esqueçamos então a fungibilidade das várias modalidades de calçado e analisemos a evolução dos preços de 2010 para 2011, para cada categoria:
Cuidado, da próxima vez que se disser que Portugal pratica preços mais altos que Espanha, recordar estes números e a fungibilidade.
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Esqueçamos então a fungibilidade das várias modalidades de calçado e analisemos a evolução dos preços de 2010 para 2011, para cada categoria:
Confesso que não esperava chegar a esta conclusão, os preços do calçado de couro português são os que mais crescem, apesar de se deixar tanto dinheiro em cima da mesa, a indústria portuguesa de calçado consegue ser a que mais aumenta os seus preços em todas as categorias onde está presente.
.Cuidado, da próxima vez que se disser que Portugal pratica preços mais altos que Espanha, recordar estes números e a fungibilidade.
segunda-feira, abril 08, 2013
Curiosidade do dia
"Os serviços de “streaming” geraram 1,2 mil milhões de dólares (923 milhões de euros) em “royalties” e taxas de licenciamento, em 2012, depois de no ano anterior terem conseguido 700 milhões de dólares, segundo o Financial Times. Este segmento registou o mais rápido crescimento de receitas de toda a indústria musical.Uma autêntica revolução nos modelos de negócio.
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No total, serviços como o iTunes, loja digital da Apple, o Spotify ou a rede social Youtube contribuíram em 20% para os 5,8 mil milhões de dólares gerados através de receitas digitais, que incluem os "downloads", em 2012. Em 2011, este segmento representou 13% das receitas digitais que somaram 5,4 mil milhões de euros."
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Trecho retirado de "Serviços de "streaming" de música online são os que crescem mais rápido na indústria musical"
Terão aprendido com Paulo Campos et al?
"Its always hard to tell but on balance I think the Chinese government is aware of this, yet is willing to lose money on its capital investments in order to provide jobs for people moving to the city."Trecho retirado de "China, Destroyer-of-Worlds"
The big, fat middle is decaying
"When I began my career as a retail marketer in the early 1990s, pricing just about any product or service was a cinch as long as you followed one simple formula. The "good, better, best" pricing convention that most retail marketers had used for the last 6o years was a surefire model for pricing just about anything from TVs to tennis rackets. Anywhere you shopped, you would have likely seen this simple three-tier pricing model in action. It was ironclad! "Good" was the entry-level line in a category. It was engineered, as one might guess, to be just good enough so as to be passable from a quality standpoint, but not so good as to deliver outstanding performance.Em sintonia com os relatos sobre a polarização dos mercados.
...
There are a few reasons why this model worked so well. First of all, three choices are manageable from an analytical perspective—a choice of three doesn't confuse our brains the way more choices would. Second, the system allays two of the shopper's greatest fears: spending too little and getting crap, or spending too much and getting ripped off. But there's another overarching reason why good, better, best worked. Most customers felt that they belonged to the middle. They felt that their lifestyles, their economic states and therefore their product needs were no better or worse than average. The average choice was the most popular choice because most people ate, played, stayed, wore, drove, and wanted to be in the middle. The middle was what they aspired to. The middle was where they lived! (Moi ici: O Normalistão era o oposto de Mongo, ou seja o Estranhistão)
...
The hard truth is that the big, fat middle is decaying - and has been for more than 30 years. More people are leaving the middle class each year than are joining it. A small percentage of the wealthy are accounting for greater and greater proportions of consumer outlays, and the rest of us are barely matching that small, elite percentage's spending power. In this landscape, being "good" just won't cut it anymore. My parents were satisfied to settle for average - today's consumer will not. So if you're still shooting for the middle, I'm afraid you'll miss every time, because the middle, as we knew it, is gone for good."
Trechos retirados de "The Retail Revival: Reimagining Business for the New Age of Consumerism" de Doug Stephens.
Comparações enganadoras (parte III)
Parte I e parte II.
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O calçado é todo igual?
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Se consultarmos o "World Footwear - 2012 Yearbook" (excelente publicação da APICCAPS) podemos considerar 5 categorias de calçado:
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O calçado é todo igual?
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Se consultarmos o "World Footwear - 2012 Yearbook" (excelente publicação da APICCAPS) podemos considerar 5 categorias de calçado:
- waterproof;
- rubber & plastic;
- leather;
- textile;
- other.
Estas diferentes categorias podem ser comparadas com as diferentes modalidades desportivas referidas nas partes I e II desta série.
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E qual é o nível de preços (de golos) em cada categoria?
Se um país tiver uma indústria de calçado muito competitiva e rentável baseada na produção de calçado da categoria "textile" praticará sempre preços mais baixos que os de um outro país que tenha uma indústria de calçado pouco competitiva e pouco rentável baseada na produção de calçado da categoria "leather".
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A panorâmica global é:
Estão a ver o que a fungibilidade permite esconder?
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Continua.
Se um país tiver uma indústria de calçado muito competitiva e rentável baseada na produção de calçado da categoria "textile" praticará sempre preços mais baixos que os de um outro país que tenha uma indústria de calçado pouco competitiva e pouco rentável baseada na produção de calçado da categoria "leather".
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A panorâmica global é:
Estão a ver o que a fungibilidade permite esconder?
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Continua.
domingo, abril 07, 2013
Curiosidade do dia
"Number of the Week: Youth Unemployment at 22.9%?"
Será que a culpa é toda do euro?
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Oh, wait... mas eles têm outra moeda...
"22.9%: The unemployment rate for Americans under age 25, adjusting for the decline in the labor force since the start of the recession.
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Perhaps no group has been hit harder by the recession and grinding recovery than the young. The official unemployment rate for those under age 25 is 16.2%, more than double the rate for the population as a whole. In percentage terms, unemployment has fallen far more slowly for young people than for the wider population."
Será que a culpa é toda do euro?
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Oh, wait... mas eles têm outra moeda...
we can make ourselves miserable seeing only what we think we are supposed to see
"What confuses the brain delights the brain. What confounds the brain enlivens the brain. What mixes up categories energizes the brain. Or to sum it all up, as we have seen, what surprises the brain is what allows for learning. Incongruity, disruption, and disorientation may well turn out to be the most inspiring, creative, and productive forces one can add to the workplace.
...
“surprise is an adaptive strategy for the brain, indicating a gap in our knowledge of the world. Things are surprising only if we failed to predict them. Surprise gives us an opportunity to improve our brain’s predictive system.”
...
Whatever you see means there is something you do not see. (Moi ici: Lembro-me logo do truque para fugir da atracção para o abismo dos feedback-loops daqui) And then you are startled or distracted, lost or simply out for an adventure, and you see something else. If you are lucky, everything changes, in a good way. But the key factor here is that “everything changes” has more to do with the way you see than with what exists.
...Trechos retirados de "Now you see it : how the brain science of attention will transform the way we live, work and learn" de Cathy N. Davidson.
IF I WERE TO DISTILL one simple lesson from all the science and all the stories in this book, it would be that with the right practice and the right tools, we can begin to see what we’ve been missing. With the right tools and the right people to share them with, we have new options. From infancy on, we are learning what to pay attention to, what to value, what is important, what counts. Whether on the largest level of our institutions or the most immediate level of concentrating on the task before us, whether in the classroom or at work or in our sense of ourselves as human beings, what we value and what we pay attention to can blind us to everything else we could be seeing. The fact that we don’t see it doesn’t mean it’s not there. Why is this important? Because sometimes we can make ourselves miserable seeing only what we think we are supposed to see." (Moi ici: aplicável a isto)
they don’t sell physical goods so much as the notions that the goods are supposed to represent
Julgo que se trata de uma boa sequência para estes postais "Uma minoria com potencial para fazer a diferença":
Trechos retirados de "Everything you need to know about Moleskine ahead of its IPO"
"Moleskine’s operating margin, its profit as a percentage of revenue, was 41.7% last year. That compares favorably—indeed, very favorably—to the luxury brands the company considers to be peers, like luggage-maker Tumi (19.7%), fashion firm Prada (27.2%), and beauty-product boutique L’Occitane (16.7%). It’s not hard to see why. The raw goods of Moleskine’s paper products, which represent 93% of the company’s revenue, are cheap compared to most luxury wares, so there’s more room to mark up the price.
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The higher margins are being used by Moleskine’s bankers to justify a valuation between 22 and 29.1 times the company’s earnings last year, which is higher than brands like Burberry and Richemont. But is Moleskine best compared to all these luxury brands, which sell clothing and accessories, or companies that actually make, you know, paper? An illuminating chart from the company’s IPO prospectus makes the case that Moleskine is actually the opposite of a stationery company:
Wrap your head around that for a second. Here is the company acknowledging that it doesn’t so much sell notebooks as it does a sense of identity and culture. But that’s the essence of luxury brands: they don’t sell physical goods so much as the notions that the goods are supposed to represent. These intangibles - ”culture, design, imagination, memory, and travel,” according to the company’s bankers - are a better business to be in than paper."Quais são os intangíveis que oferece? Em que acontecimentos na vida dos clientes é que entra a oferta da sua empresa?
Trechos retirados de "Everything you need to know about Moleskine ahead of its IPO"
sábado, abril 06, 2013
Curiosidade do dia
A propósito da bomba relógio que é a França, 57% do PIB já é capturado pelo Estado, em "The nature of French austerity" cheguei a este texto:
"French young people must face the "embarrassing truth" that they lived in a "sclerotic gerontocracy that is collapsing a little more every day".Trecho retirado de "'Get out of decaying France while you can', campaign warns"
...
The "Barrez-vous" trio said this was not about "tax evasion, but escape plain and simple" that applied as much to "apprentice restaurateurs, hairdressers and chauffeurs as to bankers".
...
"We're not going to tell young people to be masochists and stay put in a country that clearly doesn't like them," she said.
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Critics of the campaign were quick to brand the trio unpatriotic and lacking moral fibre."
Perigosa propaganda liberal que quer promover a precariedade (parte IV)
"As one executive told me, ‘We can teach new hires the content, and we will have to because it continues to change, but we can’t teach them how to think - to ask the right questions - and to take initiative.’ ” (Moi ici: Recordo o desabafo de um empresário-gestor, esta semana, desanimado por reconhecer que as entrevistas de recrutamento que fazia não cumprem a finalidade. Contrata altos CVs com, descobre depois, deficiente espírito de iniciativa)E, relaciono isto com:
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My generation had it easy. We got to “find” a job. But, more than ever, our kids will have to “invent” a job. (Fortunately, in today’s world, that’s easier and cheaper than ever before.) Sure, the lucky ones will find their first job, but, given the pace of change today, even they will have to reinvent, re-engineer and reimagine that job much more often than their parents if they want to advance in it. If that’s true, I asked Wagner, what do young people need to know today?
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“Every young person will continue to need basic knowledge, of course,” he said. “But they will need skills and motivation even more. Of these three education goals, motivation is the most critical. Young people who are intrinsically motivated - curious, persistent, and willing to take risks - will learn new knowledge and skills continuously. They will be able to find new opportunities or create their own - a disposition that will be increasingly important as many traditional careers disappear.”
" Technical knowledge is like the recipes in a cookbook. It is formulas telling you roughly what is to be done. It is reducible to rules and directions. It’s the sort of knowledge that can be captured in lectures and bullet points and memorized by rote.Trecho inicial retirado de "Need a Job? Invent It" e trechos seguintes retirados de "The Practical University".
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Right now, online and hybrid offerings seem to be as good as standard lectures at transmitting this kind of knowledge, and, in the years ahead, they are bound to get better — more imaginatively curated, more interactive and with better assessments.
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The problem is that as online education becomes more pervasive, universities can no longer primarily be in the business of transmitting technical knowledge.
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Practical knowledge is not about what you do, but how you do it. It is the wisdom a great chef possesses that cannot be found in recipe books. Practical knowledge is not the sort of knowledge that can be taught and memorized; it can only be imparted and absorbed. It is not reducible to rules; it only exists in practice. (Moi ici: Este parágrafo devia ser lido por tantos e tantos empresários que só sabem competir pelo preço, ou que são incapazes de competir no mercado onde o preço reina. O low-cost lida com o matematizável, lida com o que aparece numa receita, lida com o objectivo... uma forma de fugir do low-cost é apostar no que é subjectivo, no que não se reduz a um algoritmo, é apostar no mistério, na arte, na experiência)
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So far, most of the talk about online education has been on technology and lectures, but the important challenge is technology and seminars. So far, the discussion is mostly about technical knowledge, but the future of the universities is in practical knowledge." (Moi ici: Se ler isto, quem se vai passar com isto de contente é a Sandra Alves, alguém que pensa nestes moldes há muito tempo e que já me ensinou a visualizar uma nova realidade para a escola e para a formação do futuro. Como ela disse, conjugar a Kahn Academy com a escola: O TPC é estudar a matéria, as aulas são para praticar e tirar dúvidas)
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BTW, por que é que eterno candidato à presidência da república é muito mais popular que os catedráticos nos cursos de pós graduação de algumas universidades? Os alunos gostam das aulas dele porque o homem transpira casos práticos, os catedráticos não têm esse conhecimento... do que eu me fui lembrar. Eheheh e falam da escola que temos para massificar a educação de adultos.
Muita gente devia meditar sobre isto
"Robert Schaffer has identified “seven deadly sins” of demand making, all of which are motivated by the desire to avoid confrontations with subordinates. As you read the following descriptions, ask yourself whether you recognize any of them in your own work.Trechos retirados de "The Seven Deadly Sins of Making Demands"
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No. 1: Backing away from expectations so that a goal really becomes a wish that people can choose to ignore.
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No. 2: Engaging in charades, which conveys that the goal is just an exercise that you have to do for appearances’ sake, but you know it’s not really going to happen.
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No. 3: Accepting seesaw trades so that if your people take on one goal, they’ll get relief on another.
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No. 4: Setting vague or distant goals by putting the time frame far out into the future.
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No. 5: Not establishing consequences, so it’s impossible to differentiate between those who successfully achieve goals and those who do not.
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No. 6: Setting too many goals, which allows subordinates to pick and choose the goals they either want or find easiest to meet, but not necessarily the ones that are most important.
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No. 7: Allowing deflection to preparations and studies, which delays the moment of commitment to a real goal."
Uma minoria com potencial para fazer a diferença.
Começando por este postal "Curiosidade do dia" e a sua figura inicial:
E, por este comentário:"Se é difícil aceitar esta simples ilusão imagino como deve ser no "campo de batalha", convencer clientes, administradores, gerentes, etc... desta questão do valor.Esta semana trabalhei com uma empresa num projecto para lançamento de uma nova marca no mercado. A reunião começou com a referência a micro-marcas, marcas para nichos, que se vendem a 700 euros o par e, terminou, já à porta da empresa a falar da invasão literal que Felgueiras está a ter de representantes de importadores que querem fazer sapatos em Portugal a 12 euros a unidade à saída da fábrica.
Como é que se desbloqueia o Paint cerebral para comparar as cores do valor?
Tens de saber que existe um Paint cerebral.
Tens de saber que existe uma ferramenta "borracha".
Tens de querer apagar todos os quadrados menos aqueles que te interessam.
Tens de te sentar e encostar bem à cadeira quando aceitares que os quadrados são exactamente iguais."
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Neste sítio, eu tento focar-me nos quadrados A e B e abstrair-me de tudo o resto para conseguir convencer o meu cérebro de que A e B são iguais, perante a imagem completa... às vezes parece que consigo... por breves instantes.
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Voltando ao projecto da nova marca, o exercício de convencimento passa por perceber o que outros estão a fazer, para mostrar que não é impossível. Passa por auto-disciplinar a mente, não estamos a falar de uma marca para acudir a uma necessidade, estamos a falar de uma marca para participar num sonho, para alimentar uma paixão (a conversa do almoço da última terça-feira). Daí, passamos a concentrar-mo-nos na "persona" que vai usar o artigo: Quem é? Que paixão é essa? Quem a influencia? Que locais frequenta? Em que circunstâncias usa o produto? O que sente e experiencia ao usar o produto? Não é para calçar os pés, para isso, pode ir à feira de Estarreja ao Sábado e comprar uns sapatos muito baratos nos ciganos.
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Como dizia alguém, julgo que no tal almoço de terça-feira, o problema é que a maior parte dos decisores não tem a paciência estratégica para fazer o caminho, quer logo "dar o golpe" e passar para a frente da fila... e como se constrói a autenticidade?
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Apelar à tradição com um "since 2013"?
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Sistematicamente, em velocidade de cruzeiro, a mente da maior parte das pessoas nas empresas está formatada para pensar que satisfaz necessidades, que compete num mercado homogéneo onde tudo é fungível (ganhei o gosto pela palavra) e, quando encontro um gestor ou um empresário que, por vontade própria, quer ver-se a produzir para servir mais do a satisfação de necessidades, o meu coração bate de uma forma diferente porque sei que essa pessoa pertence a uma minoria com potencial para fazer a diferença.
sexta-feira, abril 05, 2013
Outra vez a fungibilidade, agora com paineleiros e salário mínimo
Já sabem o que penso sobre salários e custos laborais versus exportações.
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Este blogue há anos e anos que defende que não temos futuro a competir no mercado internacional pelo preço mais baixo, pelo custo mais baixo, ou seja com salários baixos.
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Este blogue brinca, às vezes se calhar até estupidamente, responsabilidade do seu autor que com quase 49 anos não tem, infelizmente, a capacidade de ser mais diplomata e educado, com os economistas, políticos e comentadores de painel - os famosos paineleiros da tríade - que há anos nos martelam a cabeça nos media a dizer que é preciso reduzir os custos unitários do trabalho para exportarmos mais.
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Por tudo isso, comecei a leitura do artigo com este título "Redução dos custos salariais “não é o factor chave de competitividade”" com um sentimento de concordância.
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Contudo, bastou-me ler o texto para perceber que estava em total desacordo com o autor:
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Faz sentido olhar para a economia portuguesa como um todo fungível?
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Não, por isso escrevo sobre 3 economias e não uma!
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Não, por isso escrevi e escrevo que baixar a TSU para ajudar os exportadores é treta! Mas, e segue-se algo que nunca nenhum político da oposição ou situação disse, baixar a TSU para ajudar as empresas que vivem do mercado interno faz todo o sentido.
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Agora imaginem o que é numa conferência intitulada “A Competitividade das Empresas e do Estado - Os Imperativos da Internacionalização e Eficiência” misturar-se:
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Este blogue há anos e anos que defende que não temos futuro a competir no mercado internacional pelo preço mais baixo, pelo custo mais baixo, ou seja com salários baixos.
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Este blogue brinca, às vezes se calhar até estupidamente, responsabilidade do seu autor que com quase 49 anos não tem, infelizmente, a capacidade de ser mais diplomata e educado, com os economistas, políticos e comentadores de painel - os famosos paineleiros da tríade - que há anos nos martelam a cabeça nos media a dizer que é preciso reduzir os custos unitários do trabalho para exportarmos mais.
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Por tudo isso, comecei a leitura do artigo com este título "Redução dos custos salariais “não é o factor chave de competitividade”" com um sentimento de concordância.
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Contudo, bastou-me ler o texto para perceber que estava em total desacordo com o autor:
"Economista Manuel Caldeira Cabral recusa que a redução de custos seja o principal factor para as empresas portuguesas ganharem competitividade. E reconhece que a proposta da UGT para subida do salário mínimo é “equilibrada”."É outra vez a história da fungibilidade!!!!!!!!
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Faz sentido olhar para a economia portuguesa como um todo fungível?
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Não, por isso escrevo sobre 3 economias e não uma!
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Não, por isso escrevi e escrevo que baixar a TSU para ajudar os exportadores é treta! Mas, e segue-se algo que nunca nenhum político da oposição ou situação disse, baixar a TSU para ajudar as empresas que vivem do mercado interno faz todo o sentido.
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Agora imaginem o que é numa conferência intitulada “A Competitividade das Empresas e do Estado - Os Imperativos da Internacionalização e Eficiência” misturar-se:
- salário mínimo e internacionalização;
- salário mínimo e competitividade;
- UGT e e economia transaccionável;
E, falar e falar de salário mínimo e exportações. E, esquecer que a maioria das empresas não exporta e vive do mercado interno...
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Há 3 economias
- a do estado, protegida por ayatollahs e que paira como uma carraça sobre as outras duas; (lá vou ter o Mário Cortes à perna)
- a economia dos bens não-transaccionáveis; e
- a economia dos bens transaccionáveis.
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Agora, falar do salário mínimo e dizer que pode aumentar porque não é relevante para as exportações (e acredito que sim, para a grande maioria das empresas exportadoras) e não mencionar o impacte que terá para as empresas que vivem do mercado interno... é uma homogeneização enganadora...
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Por muitos jogos que as exportadoras portuguesas ganhem a jogar andebol, isso significa pouco para a maioria que vive do mercado nacional e joga futebol.
BTW, aquela "eficiência" em “A Competitividade das Empresas e do Estado - Os Imperativos da Internacionalização e Eficiência” encerra toda uma visão do mundo competitivo à la século XX.
Gente que faz pela vida
"Mobiliário português senta-se na mesa grande em Milão"
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"Exportações estão sólidas como rochas"
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"Exportações estão sólidas como rochas"
"O sector das rochas ornamentais foi responsável em 2012 por um volume de exportações que chegou aos 324 milhões de euros, uma subida de 5% face ao ano transacto, de acordo com indicadores preliminares do INE."
Fungibilidade e anátemas
Depois de terminar a redacção deste postal "Comparações enganadoras (parte II)" li este artigo "Presidente da República sublinha necessidade de "produzir mais para exportar mais"" onde tropecei nisto:
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Temos de produzir mais vinho para importar menos "água escocesa"?
Temos produzir mais pêras para importar menos mangas?
Será que são fungíveis? Será que se podem comparar e meter no mesmo saco golos numa partida de andebol e de futebol? Temos de jogar muito melhor para que a média de golos nas partidas de futebol se aproxime da média de golos nas partidas de andebol... pois!
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Por que é que os políticos, e não só, são capazes de, na mesma frase, anatemizar as importações e abençoar as exportações?
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As exportações que esse político A abençoa são importações de outro país B... o que diria esse político A de um político B no país B que fizesse uma campanha violenta anatemizando as importações feitas do país A? Será que gostava?
""Portugal no ano que terminou importou cerca de 7100 milhões de euros de produtos alimentares de origem agrícola, exportou 4200 milhões de euros de exportações de origem agrícola. Portanto, nós temos de conseguir produzir mais para exportar mais e importar menos", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, durante a apresentação da nova plataforma Peço Português."A minha mente de não-economista foi ao arquivo mental e desencantou uma palavra:
FUNGIBILIDADEAté parece que faz sentido no campo agrícola produzir para substituir importações... por que havemos de destruir os nossos pobres solos a produzir mais cereais e oleaginosas, que podem ser comprados a preços sempre mais baixos no mercado internacional, e não devemos antes produzir mais daquilo em que somos bons ou podemos fazer a diferença?
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Temos de produzir mais vinho para importar menos "água escocesa"?
Temos produzir mais pêras para importar menos mangas?
Será que são fungíveis? Será que se podem comparar e meter no mesmo saco golos numa partida de andebol e de futebol? Temos de jogar muito melhor para que a média de golos nas partidas de futebol se aproxime da média de golos nas partidas de andebol... pois!
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Por que é que os políticos, e não só, são capazes de, na mesma frase, anatemizar as importações e abençoar as exportações?
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As exportações que esse político A abençoa são importações de outro país B... o que diria esse político A de um político B no país B que fizesse uma campanha violenta anatemizando as importações feitas do país A? Será que gostava?
Comparações enganadoras (parte II)
Parte I.
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Entretanto, antes de mostrar como isto se relaciona com o calçado português, lembrei-me de mostrar outra ilusão:
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No momento t tínhamos este desempenho:
Imaginemos que no momento t+1 tínhamos este cenário para o desempenho das equipas por país:
No país B houve festa e celebração, entre t e t+1, aumentou a média global de golos por equipa!!!!
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Agora, olhem para o que aconteceu às equipas em cada modalidade no país A e no país B entre t e t+1.
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No país A as equipas mantiveram ou melhoraram a sua média de golos por jogo.
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No país B todas as equipas pioraram a sua média de golos por jogo. No entanto, como aumentou a quantidade de equipas a jogar basquetebol, apesar da média de golos por jogo ter baixado, a média global por equipas deu um salto muito bom.
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Vejamos então, como é que isto se aplica ao calçado português.
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Continua.
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Entretanto, antes de mostrar como isto se relaciona com o calçado português, lembrei-me de mostrar outra ilusão:
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No momento t tínhamos este desempenho:
Imaginemos que no momento t+1 tínhamos este cenário para o desempenho das equipas por país:
No país B houve festa e celebração, entre t e t+1, aumentou a média global de golos por equipa!!!!
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Agora, olhem para o que aconteceu às equipas em cada modalidade no país A e no país B entre t e t+1.
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No país A as equipas mantiveram ou melhoraram a sua média de golos por jogo.
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No país B todas as equipas pioraram a sua média de golos por jogo. No entanto, como aumentou a quantidade de equipas a jogar basquetebol, apesar da média de golos por jogo ter baixado, a média global por equipas deu um salto muito bom.
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Vejamos então, como é que isto se aplica ao calçado português.
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Continua.
quinta-feira, abril 04, 2013
Subir na escala de valor na mente do cliente
"To name a price is to build a valuation (rather than to excavate deep into the psyche and uncover one).Ontem, recebi um comentário a esta "Curiosidade do dia" que suporta esta ideia da relatividade... o valor não existe, o valor é uma construção mental mais ou menos atabalhoada, mais ou menos organizada. Se a nossa mente consegue enganar-se numa coisa tangível como uma imagem e, levar-nos a concluir que coisas iguais são diferentes, o que dizer, o que imaginar sobre como podemos ser levados a construir diferentes valorizações em função "das sombras escuras de cilindros" que nos coloquem, "inocentemente", no caminho.
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Analogously, we can describe three different views about the nature of values. First, values exist - like body temperature - and people perceive and report them as best they can, possibly with bias (I call them as I see them). Second, people know their values and preferences directly - as they know the multiplication table (I call them as they are). Third, values or preferences are commonly constructed in the process of elicitation (they ain’t nothing till I call them).
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The research reviewed in this article is most compatible with the third view of preference as a constructive, context-dependent process. What did gain support was the relativity of prices. What people want, and how much they’re willing to pay, depends on the granular details of how you phrase the question."
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E é aqui que as PMEs têm de apostar, na subida na escala de valor na mente dos clientes...
Trecho retirado de "Priceless The Myth of Fair Value (and How to Take Advantage of It)" de William Poundstone.
assistia do seu acampamento, amedrontado, acobardado, aos desafios arrogantes do gigante Golias e...
Normalmente, quando faço parte da equipa incumbida com o desafio da formulação da estratégia para uma empresa, procuro seguir um percurso, que pode ser mais ou menos ajustado em função da empresa em particular e do que ela já interiorizou sobre ela própria, que passa por:
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Um fragmento de um dos últimos que criei tinha uma parte muito generalizável para vários sectores de actividade que operam no mercado interno:
Breve legenda: Se a "economia" baixar -> a "facilidade de financiamento de empréstimo" baixa. Se essa baixa -> baixa a taxa de "sobrevivência das empresas do sector". Se essa baixa -> aumenta o "esforço para a redução de custos", e assim por diante.
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Uma das vantagens destes geradores de cenários é a facilidade com que mostram as armadilhas sistémicas em que uma empresa pode cair:
Se o esforço para reduzir custos aumenta, cortam-se benefícios, atributos e experiências a serem vividos pelos clientes (o exemplo dos jornais por exemplo) logo, a atractividade das empresas para os clientes baixa. Se baixa, os clientes opta-se pelo mais barato, o oferecido pelo low-cost... o número de clientes baixa, a receita baixa desproporcionadamente (recordar o Evangelho do Valor)... se a receita baixa, aumenta o esforço para reduzir ainda mais os custos e, assim, começa uma espiral que vai levar as empresas que não saírem deste atractor, para o baú das recordações.
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A grande vantagem de uma imagem destas é que permite aos intervenientes verem o resultados das suas decisões várias jogadas à frente (há que recordar que somos quase todos, nesse campo, péssimos jogadores de bilhar) e, ficar claro que o campeonato do low-cost não é a solução para a maioria das empresas.
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Escrevo tudo isto por causa deste artigo "Pequeno retalho em perigo":
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Quem escreveu isto está na mesma posição da equipa que fez uma análise SWOT por fazer e não deu ouvidos ao que o resultado grita:
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A única forma de fugir ao atractor, ao buraco negro da figura lá de cima é virar o tabuleiro como fez o jovem David e, com base em pequenas pistas dos pontos fortes conjugados com as mais ou menos ténues oportunidades, vislumbrar uma alternativa que não seja fácil ou cómoda para os Golias deste mundo (nisso é que a análise TOWS é muito útil).
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Na minha opinião, como outsider, uma das alternativas possíveis está à vista no texto:
- fazer a análise SWOT;
- fazer a análise PESTEL;
- criar um gerador de cenários; e
- fazer a análise TOWS.
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Um fragmento de um dos últimos que criei tinha uma parte muito generalizável para vários sectores de actividade que operam no mercado interno:
Breve legenda: Se a "economia" baixar -> a "facilidade de financiamento de empréstimo" baixa. Se essa baixa -> baixa a taxa de "sobrevivência das empresas do sector". Se essa baixa -> aumenta o "esforço para a redução de custos", e assim por diante.
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Uma das vantagens destes geradores de cenários é a facilidade com que mostram as armadilhas sistémicas em que uma empresa pode cair:
Se o esforço para reduzir custos aumenta, cortam-se benefícios, atributos e experiências a serem vividos pelos clientes (o exemplo dos jornais por exemplo) logo, a atractividade das empresas para os clientes baixa. Se baixa, os clientes opta-se pelo mais barato, o oferecido pelo low-cost... o número de clientes baixa, a receita baixa desproporcionadamente (recordar o Evangelho do Valor)... se a receita baixa, aumenta o esforço para reduzir ainda mais os custos e, assim, começa uma espiral que vai levar as empresas que não saírem deste atractor, para o baú das recordações.
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A grande vantagem de uma imagem destas é que permite aos intervenientes verem o resultados das suas decisões várias jogadas à frente (há que recordar que somos quase todos, nesse campo, péssimos jogadores de bilhar) e, ficar claro que o campeonato do low-cost não é a solução para a maioria das empresas.
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Escrevo tudo isto por causa deste artigo "Pequeno retalho em perigo":
"Para os retalhistas especializados da Europa e EUA, os tempos estão difíceis. O clima económico instável é um fator crítico, mas um problema não menos importante para milhares de empresas em dificuldades é a transferência de poder da loja física para o retalho on-line.Quem escreveu isto está na mesma posição de quem, há muitos dias, assistia do seu acampamento, amedrontado, acobardado, aos desafios arrogantes do gigante Golias e, não vislumbrava alternativa para o combater senão de igual para igual... mas como é que um normal pastor hebreu podia combater um gigante experimentado em muitas batalhas, um profissional da guerra?
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Do outro lado do Atlântico, muitos retalhistas consideram que a concorrência do e-commerce, e cada vez mais do m-commerce, está a acelerar tão rapidamente que já não é uma questão de saber se vão cortar volume de vendas, mas de quanto vai ser o corte.
...
para os retalhistas especializados mais pequenos, na medida em que a maioria simplesmente não possui economias de escala para
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As margens são já demasiado apertadas para a maioria dos pequenos atores independentes competirem com a Primark (ou a Old Navy nos EUA), enquanto o retalho na Internet evoluiu de tal forma que é agora praticamente impossível alguma iniciativa ser bem-sucedida se não for nas plataformas mais sofisticadas. O aumento de escala para a maioria dos retalhistas especializados é demasiado dispendioso."
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Quem escreveu isto está na mesma posição da equipa que fez uma análise SWOT por fazer e não deu ouvidos ao que o resultado grita:
"NÃO VÃO POR AÍ!!! NÃO PODEM COMPETIR NO MESMO TERRENO QUE DÁ VANTAGEM AOS "INIMIGOS""O que dizem os pontos fracos? O que dizem as ameaças?
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A única forma de fugir ao atractor, ao buraco negro da figura lá de cima é virar o tabuleiro como fez o jovem David e, com base em pequenas pistas dos pontos fortes conjugados com as mais ou menos ténues oportunidades, vislumbrar uma alternativa que não seja fácil ou cómoda para os Golias deste mundo (nisso é que a análise TOWS é muito útil).
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Na minha opinião, como outsider, uma das alternativas possíveis está à vista no texto:
"O desaparecimento dos pequenos retalhistas de vestuário especializados é negativo para a indústria da moda. As lojas independentes são muitas vezes a única via de acesso ao mercado para os novos designers e desempenham um papel incontornável no mundo da moda em geral."Os pequenos retalhistas podem criar alternativas estratégicas em torno de jovens designers desconhecidos que apelem a tribos, a gostos diferentes da maioria massificada e uniformizada. Lojas com produtos exclusivos que transpiram autenticidade e que podem ser de rua, de centro comercial ou online, ou tudo ao mesmo tempo. O Estranhistão, Mongo, tem de ser encarado de outra forma pelos pequenos.
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Como é que a "narrativa" da espiral recessiva explica isto?
Estatisticamente até pode ser um acidente.
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Sim, uma andorinha não faz a Primavera, mas para a narrativa da espiral recessiva... "Consumo de electricidade volta a subir depois de 26 meses a cair":
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Sim, uma andorinha não faz a Primavera, mas para a narrativa da espiral recessiva... "Consumo de electricidade volta a subir depois de 26 meses a cair":
"O consumo de electricidade em Portugal subiu 4,7% em Março face ao mesmo mês de 2012. Uma parte substancial deste aumento deve-se a dias mais frios, mas, mesmo corrigido o efeito da temperatura e dos dias úteis, os dados da REN (Rede Eléctrica Nacional) revelam um crescimento real de 1,6% o mês passado.
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É preciso recuar até Dezembro de 2010 nas estatísticas para encontrar um mês com um crescimento real da procura de energia eléctrica em Portugal, ou seja, descontado os efeitos de feriados e variações de temperatura. Isto significa que há 26 meses consecutivos que o consumo eléctrico em Portugal caía face ao mesmo mês do ano anterior."
Comparações enganadoras (parte I)
Imaginem que os países começam a fazer comparações entre si e a dizerem: "a nossa indústria desportiva é melhor do que a do país do lado".
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Qual é o critério para avaliar "ser o melhor"?
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Os "sábios" reúnem-se e determinam: o país com a melhor média de "golos por jogo" ganha!
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Os desportos considerados são: o futebol; o andebol e o basquetebol (onde 1 cesto é igual a um golo). Eis o desempenho comparativo dos países A e B:
Conclusão?
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O país B tem o melhor desempenho desportivo!
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O país B tem o melhor desempenho desportivo? O melhor?!?!?!
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Mas as equipas do país B têm piores médias...
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O país B só ganha por causa da composição da sua "indústria desportiva".
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Vejamos como isto se aplica ao sector do calçado português.
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Continua.
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Qual é o critério para avaliar "ser o melhor"?
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Os "sábios" reúnem-se e determinam: o país com a melhor média de "golos por jogo" ganha!
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Os desportos considerados são: o futebol; o andebol e o basquetebol (onde 1 cesto é igual a um golo). Eis o desempenho comparativo dos países A e B:
Conclusão?
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O país B tem o melhor desempenho desportivo!
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O país B tem o melhor desempenho desportivo? O melhor?!?!?!
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Mas as equipas do país B têm piores médias...
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O país B só ganha por causa da composição da sua "indústria desportiva".
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Vejamos como isto se aplica ao sector do calçado português.
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Continua.
quarta-feira, abril 03, 2013
Curiosidade do dia
Actualização dos números do crédito às famílias, daqui passamos a "PME são quem mais reduziu dívidas desde a chegada da troika":
"CRÉDITO ÀS FAMÍLIAS Já em relação à dívida dos particulares, os dados do Banco de Portugal mostram que desde o final de 2010 o endividamento tem vindo a cair a pique. O tipo de crédito mais afectado é o financiamento a título individual para actividades empresariais, que recuou 27%, para cerca de 4,4 mil milhões. Seguem-se os empréstimos ao consumo que nos últimos dois anos caíram 11,2%, ou seja, menos 6,12 mil milhões de euros. Os portugueses deviam no final do ano passado 48,1 mil milhões neste tipo de créditos."
Populismo com o dinheiro dos contribuintes
Perante esta proposta "É o Disparate Mínimo Nacional: Impostos a financiar subida dos salários?" (é tão sexy gerir com o dinheiro dos outros) o que dizer disto "Reino Unido equaciona reduzir o salário mínimo"?
Cargo cult
O que me chamou a atenção foi esta citação sem hiperligação:
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Ainda há menos de uma semana apareceu um título nos media que dizia que em percentagem, Portugal tem menos funcionários públicos que os restantes países da zona euro. A mentalidade de cargo cult queria com isto dizer: para aspirarmos a sermos mais ricos como país, como os outros da zona euro, temos de ter ainda mais funcionários públicos.
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Como é que um país saudável paga aos seus funcionários públicos?
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Com base na riqueza gerada pelo sector privado!
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Se a riqueza gerada pelo sector privado é mais baixa não se pode querer copiar modelos que resultam noutros países com outra capacidade de gerar riqueza.
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Pegando nas palavras de Avelino de Jesus, será abusivo concluir que ele pensa que a culpa é da actividade privada que não gera a riqueza suficiente para sustentar o Estado que temos? Não deveria ser ao contrário, não deveria a dimensão do Estado ser a que é permitida pela riqueza gerada pela comunidade?
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Ou então, também se pode seguir outra via: se a baixa produtividade, só produzimos 17 € por hora trabalhada, foi o que nos trouxe até aqui, como se explica que países como a Espanha com 30 € por hora trabalhada, ou a Irlanda com mais de 50 € por hora trabalhada, ou a Itália, ou a França, também estejam a passar por crises mais ou menos semelhantes, mais ou menos graves? Se calhar estamos a falar da mesma doença, a hipertrofia do Estado. Na primeira década do século XXI o Estado inglês cresceu 50%!!!! E á como cá a austeridade é para os cidadãos não para o Estado..
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Um reparo ao texto da Agência Financeira:
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Um último reparo às afirmações de Avelino de Jesus:
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Por isso, acredito que lhe seja difícil perceber como se compete no Estranhistão a que chamo Mongo em que "small is beautiful".
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"«Por cada hora de trabalho só produzimos 17 euros»Pesquisando cheguei a «Por cada hora de trabalho só produzimos 17 euros» de onde retirei:
Professor do ISEG diz que actual crise está na origem da baixa produtividade dos trabalhadores de Portugal."
"No programa Olhos nos Olhos, na TVI24, nesta segunda-feira, Avelino de Jesus defendeu ainda que na origem da crise portuguesa esteve a produtividade reduzida dos trabalhadores, uma das mais baixas da Europa.Ontem, enquanto viajava de carro cometi o erro de ligar para a TSF à hora do forum. Apanhei Peres Metelo a dizer esta barbaridade para o meu modelo mental:
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«A crise atual repousa na baixa produtividade do país. Em cada hora de trabalho nós só produzimos 17 euros», afirmou o catedrático, que considerou ainda que a «austeridade tem consequências benéficas, ao eliminar as empresas pequenas»."
"vivemos abaixo das necessidades da economia"A economia não está separada da vida, a economia é uma consequência da vida. Separar a economia da vida leva a maus resultados, sobretudo quando se praticam rituais que confundem correlação com causalidade: "cargo cult"
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Ainda há menos de uma semana apareceu um título nos media que dizia que em percentagem, Portugal tem menos funcionários públicos que os restantes países da zona euro. A mentalidade de cargo cult queria com isto dizer: para aspirarmos a sermos mais ricos como país, como os outros da zona euro, temos de ter ainda mais funcionários públicos.
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Como é que um país saudável paga aos seus funcionários públicos?
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Com base na riqueza gerada pelo sector privado!
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Se a riqueza gerada pelo sector privado é mais baixa não se pode querer copiar modelos que resultam noutros países com outra capacidade de gerar riqueza.
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Pegando nas palavras de Avelino de Jesus, será abusivo concluir que ele pensa que a culpa é da actividade privada que não gera a riqueza suficiente para sustentar o Estado que temos? Não deveria ser ao contrário, não deveria a dimensão do Estado ser a que é permitida pela riqueza gerada pela comunidade?
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Ou então, também se pode seguir outra via: se a baixa produtividade, só produzimos 17 € por hora trabalhada, foi o que nos trouxe até aqui, como se explica que países como a Espanha com 30 € por hora trabalhada, ou a Irlanda com mais de 50 € por hora trabalhada, ou a Itália, ou a França, também estejam a passar por crises mais ou menos semelhantes, mais ou menos graves? Se calhar estamos a falar da mesma doença, a hipertrofia do Estado. Na primeira década do século XXI o Estado inglês cresceu 50%!!!! E á como cá a austeridade é para os cidadãos não para o Estado..
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Um reparo ao texto da Agência Financeira:
"Professor do ISEG diz que actual crise está na origem da baixa produtividade dos trabalhadores de Portugal"Pessoalmente acredito que se devia deixar de falar na produtividade dos trabalhadores, devia-se falar na produtividade das empresas. Trabalhadores preguiçosos a produzirem artigos de elevado valor acrescentado potencial terão sempre produtividades superiores a trabalhadores virtuosos e dinâmicos a produzirem artigos que se vendem a preços de caca. O factor que mais influencia o nível de produtividade dos trabalhadores está fora do seu nível de actuação: para quem vender, como vender e o que vender.
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Um último reparo às afirmações de Avelino de Jesus:
«austeridade tem consequências benéficas, ao eliminar as empresas pequenas»Olhem para a foto de Avelino de Jesus! Que idade terá? Que modelos económicos, que teorias, que Leis Universais e Eternas reinavam quando, qual ganso, saiu da casca e entrou no mundo da economia? Foi isso que o enformou, que aprendeu a apreciar, que fez dele alguém bem sucedido na sua carreira. Avelino de Jesus sabe tudo sobre o Fordismo, sabe tudo sobre produção em massa, sabe tudo sobre a vantagem de se ser Golias num mundo em que a eficiência é rainha e senhora do tabuleiro económico.
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Por isso, acredito que lhe seja difícil perceber como se compete no Estranhistão a que chamo Mongo em que "small is beautiful".
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Como é que a "narrativa" da espiral recessiva explica isto?
Um fenómeno interessante "Vendas de marcas de fabricantes estão a crescer mais que as marcas próprias":
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Este fenómeno, associado a:
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Apesar do enorme aumento de impostos, houve algum grupo que em 2013 esteja com rendimentos superiores aos de 2012?
"De acordo com os dados, no final de fevereiro, as marcas de fabricantes cresciam, em valor, 2,6%, acima das marcas de distribuição, que avançavam 1,9%.Pena o autor do artigo não ter contactado a Centromarca para obter a sua opinião.
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Em janeiro, as vendas de marca da distribuição, vendidas pelas cadeias de supermercados ou hipermercados, cresciam 3,3%, enquanto no final de dezembro o ritmo era de 5,5% e um mês antes era de 6%, o que demonstra o abrandamento na comercialização deste tipo produtos.
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Em novembro passado, de acordo com dados da Nielsen, as vendas em valor dos produtos da marca de fabricantes regressaram a terreno positivo, ao crescer 0,3%, depois de ter estado a cair durante o segundo semestre de 2012.
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Em dezembro, as vendas estagnaram, tendo voltado a crescer em janeiro, a um ritmo de 1,9%, com fevereiro a representar a sua maior subida (de 2,6%) desde maio de 2012."
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Este fenómeno, associado a:
"No total, os bens de grande consumo aumentaram 2,3% a faturação em fevereiro, face ao mês anterior, o qual tinha registado um crescimento mensal de 3%.Leva a questionar a "narrativa" da espiral recessiva... recordar o aumento da venda de automóveis durante o 1º trimestre de 2013.
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Em termos homólogos, o mercado de grande consumo no final de fevereiro cresceu 2,7% para 1,2 milhões de euros."
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Apesar do enorme aumento de impostos, houve algum grupo que em 2013 esteja com rendimentos superiores aos de 2012?
terça-feira, abril 02, 2013
Curiosidade do dia
Um exemplo que me fascinou... é tão fácil sermos iludidos, é tão fácil sermos enganados, é tão fácil sermos manobrados:
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Olhem bem para a figura que se segue:
Acham que o cinza do quadrado A é mais escuro que o cinza do quadrado B?
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Eu sou capaz de apostar de olhos fechados que sim, o cinza do quadrado A é mais escuro que o cinza do quadrado B.
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Agora, com a imagem no powerpoint, vou começar a tapar toda a figura com tiras brancas até deixar só os quadrados A e B à vista:
Agora reparem no que acontece quando tapo o cilindro:
E, por fim:
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Agora recordem "Value it's a feeling not a calculation!"
Depois, recordem que o preço deve ser baseado no valor e não no custo...
Conseguem ver a relação?
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Trecho retirado de "Priceless The Myth of Fair Value (and How to Take Advantage of It)" de William Poundstone.
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Olhem bem para a figura que se segue:
Acham que o cinza do quadrado A é mais escuro que o cinza do quadrado B?
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Eu sou capaz de apostar de olhos fechados que sim, o cinza do quadrado A é mais escuro que o cinza do quadrado B.
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Agora, com a imagem no powerpoint, vou começar a tapar toda a figura com tiras brancas até deixar só os quadrados A e B à vista:
Agora reparem no que acontece quando tapo o cilindro:
E, por fim:
"It’s not hard to understand how the illusion works. The cylinder casts a shadow, darkening “white” square B (which is really gray). In terms of ink dots on paper, B is the same gray value as “black” square A. But the eye and brain have more important things to do than gauging absolute grayscale values. They are trying to make sense of the world, or in this case, a picture. That means attending to contrasts. We see a checkerboard on which all the “white” squares are the same color, and a uniform shadow with blurred edges. The contrast between light and shadow doesn’t interfere with the contrast of the checkerboard squares, or vice versa.Agora imaginem o quão fácil podemos ser iludidos mesmo...
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Subjectively, there are no absolutes, only contrasts."
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Agora recordem "Value it's a feeling not a calculation!"
Depois, recordem que o preço deve ser baseado no valor e não no custo...
Conseguem ver a relação?
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Trecho retirado de "Priceless The Myth of Fair Value (and How to Take Advantage of It)" de William Poundstone.
Bom senso!
"Less than 5 percent of the $800 billion Obama stimulus went to the truly needy for food stamps, earned-income tax credits and other forms of poverty relief. The preponderant share ended up in money dumps to state and local governments, pork-barrel infrastructure projects, business tax loopholes and indiscriminate middle-class tax cuts. The Democratic Keynesians, as intellectually bankrupt as their Republican counterparts (though less hypocritical), had no solution beyond handing out borrowed money to consumers, hoping they would buy a lawn mower, a flat-screen TV or, at least, dinner at Red Lobster.Trechos retirados de "State-Wrecked: The Corruption of Capitalism in America"
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These policies have brought America to an end-stage metastasis. The way out would be so radical it can’t happen. It would necessitate a sweeping divorce of the state and the market economy. It would require a renunciation of crony capitalism and its first cousin: Keynesian economics in all its forms. The state would need to get out of the business of imperial hubris, economic uplift and social insurance and shift its focus to managing and financing an effective, affordable, means-tested safety net.
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All this would require drastic deflation of the realm of politics and the abolition of incumbency itself, because the machinery of the state and the machinery of re-election have become conterminous.
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The United States is broke — fiscally, morally, intellectually — and the Fed has incited a global currency war (Japan just signed up, the Brazilians and Chinese are angry, and the German-dominated euro zone is crumbling) that will soon overwhelm it. When the latest bubble pops, there will be nothing to stop the collapse. If this sounds like advice to get out of the markets and hide out in cash, it is."
Acerca das alavancas da transformação
Para reflexão, acerca das alavancas relevantes para transformar uma organização:
Trecho retirado de "Change Management Is Bigger Than Leadership"
"Eight aspects comprise our world at work and, therefore, patterns of behavior at work: organization (organizational chart), workplace (its physical or virtual configuration), task (work flow or processes), people (specifically the skills and orientation), rewards (and punishments), measurement (the metrics employed), information distribution (who gets to know what when), and decision allocation (who is involved in what way in which decisions). A skilled change leader can convert these eight aspects into eight levers for change."E na sua empresa, quando se sonha com uma mudança, que alavancas são accionadas?
Trecho retirado de "Change Management Is Bigger Than Leadership"
Tantos que precisavam de meter isto na cabeça... (parte II)
Outro texto que merecia ser lido e discutido por muita boa gente nas empresas "Sometimes pricing is just wrong".
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Muita gente desconhece que custo e preço não estão relacionados.
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A relação é entre preço e valor!
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Por isso, muitas empresas não percebem o "truque alemão" e nunca vão ser capazes de dar o salto.
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Muita gente desconhece que custo e preço não estão relacionados.
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A relação é entre preço e valor!
"They add up all the costs – including fixed cost (overheads) allocation. Use “standard industry markups” to set whole price. Then double it to get retail price."Por isso, muito dinheiro fica em cima da mesa.
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It is as simple (or simplistic) as that. Cost based pricing with price markups and not based on customer value and willingness to pay."
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Por isso, muitas empresas não percebem o "truque alemão" e nunca vão ser capazes de dar o salto.
Mudar de vida é muito difícil
Para quem acredita que as empresas mudam porque a razão prevalece e não é preciso sofrerem "desmame":
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Trechos retirados de "Achieving Successful Strategic Transformation"
"Few companies decide to adopt new strategies without being forced to by financial trauma."Para quem não percebe porque é que os bancos têm receio de emprestar dinheiro nos tempos que correm:
"Companies that are able to radically change their entrenched ways of doing things and then reclaim leading positions in their industries are the exception rather than the rule. Even less common are companies able to anticipate a new set of requirements and mobilize the internal and external resources necessary to meet them. Instead, the momentum of and commitment to the prevailing strategy usually prevents companies from spotting changes such as a shift in either the market or the technology, and leads to a financial downturn — often a crisis — that, in turn, reveals the need for change. Few companies make the transformation from their old model to a new one willingly. Typically, they begin to search for a new way forward only when they are pushed."E então os países...
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Trechos retirados de "Achieving Successful Strategic Transformation"
segunda-feira, abril 01, 2013
Curiosidade do dia
"O mercado de vendas de automóveis parece ter estagnado nos primeiros três meses do ano, depois de terem caído quase 40% entre 2011 e o ano passado. Assim, no primeiro trimestre de 2013, venderam-se em Portugal 28.124 unidades, o que representou uma queda de 0,4% relativamente ao período homólogo de 2012."Trecho retirado de "Venda de carros estagna no primeiro trimestre"
BTW, desconfio que o presidente do ACP está a começar a fazer pressão "institucional", para obrigar todos os condutores a aulas de condução, periodicamente, se calhar nas suas instalações... ganda negócio
(De)volução
Primeiro o "disclaimer":
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O negócio do preço mais baixo e da eficiência é honesto e é legal!
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Tem é o problema adicional de não ser para quem quer mas para quem pode competir nesse segmento. Por isso, faço a minha pregação contra o endeusamento do eficientismo no altar da competitividade.
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Sempre que um concorrente, normalmente grande ou muito maior, envereda pelo eficientismo e dá cartas nesse campeonato, abrem-se oportunidades para quem faz diferente e se dedique a servir a multidão de weirdos que dão valor ao que foi relativizado e estão descontentes com a (de)volução:
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Impressionante como se cai nesta espiral:
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O negócio do preço mais baixo e da eficiência é honesto e é legal!
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Tem é o problema adicional de não ser para quem quer mas para quem pode competir nesse segmento. Por isso, faço a minha pregação contra o endeusamento do eficientismo no altar da competitividade.
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Sempre que um concorrente, normalmente grande ou muito maior, envereda pelo eficientismo e dá cartas nesse campeonato, abrem-se oportunidades para quem faz diferente e se dedique a servir a multidão de weirdos que dão valor ao que foi relativizado e estão descontentes com a (de)volução:
"It’s become fashionable to discuss the creeping decay in advanced economies, particularly the US, both in term of third worldification and end of empire. The more apocalyptic turn to theories of collapse from writers like Jared Diamond and Jacques Tainter. But I think they miss one aspect that may prove to be important, that of how the pursuit of efficiency doesn’t always produce net gains, as economic theory might tell us."
"It appears that its answer to every competitive challenge is to cut costs further. It has gone way beyond the point of maximum advantage as a result. It is losing customers to Costco and Target because it has cut staffing so far that even bargain hunting customers find checkout lines to be intolerably long; they’d rather pay a smidge more to be spared the nuisance."Ainda no Sábado passado entrei no Pingo Doce de Estarreja com uma lista de compras (pão; fiambre; iogurtes; hortaliça; ração para o cão e cereais para o pequeno-almoço do mais novo), olhei para as longas filas nas caixas abertas e fiz marcha-atrás. Quem ganhou foi o Intermarché a 200 metros de distância.
"Jackson said her store began cutting hours a year ago,"O Pingo Doce começou a fazê-lo há menos de um ano.
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Impressionante como se cai nesta espiral:
"Wal-Mart is entangled in what Ton calls the “vicious cycle” of under-staffing. Too few workers leads to operational problems. Those problems lead to poor store sales, which lead to lower labor budgets."A ler também "Future of Retail: Companies That Profit By Investing in Employees", "Why "Good Jobs" Are Good for Retailers" e "CRUMMY RETAIL JOBS ARE A CORPORATE CHOICE, NOT A LAW OF NATURE"
Tantos que precisavam de meter isto na cabeça...
"Strategy is a creative exercice not an analytical exercice"Afirmação de Roger Martin recolhida neste podcast "Playing to win" (33:15)
Agricultura com futuro
Mais um exemplo da aplicação das principais recomendações deste blogue no âmbito da agricultura:
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BTW, há trabalho de marketing a fazer por parte dos muitos anónimos, não dos já conhecidos:
"Figo-da-índia está na moda"Nichos, novidades, produtos de elevado valor acrescentado, vantagem do clima.
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BTW, há trabalho de marketing a fazer por parte dos muitos anónimos, não dos já conhecidos:
"Exportações de vinhos portugueses aumentam e superam 700 milhões de euros"
O "pricing" é uma arte
Primeiro esta história:
O "pricing" é uma arte que me fascina cada vez mais
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Como os humanos não têm referenciais absolutos de valor, no momento da compra, perante marcas desconhecidas ou novas, fazem comparações com os elementos que têm à mão.
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Entretanto, actualmente estou a meio de um projecto destinado à exportação em que uma nova marca portuguesa pretende aparecer no mercado escolhido como no terceiro cenário e como a cerveja de $2.60. Entrar num segmento 10 vezes mais caro do que aquele em que está habituada a participar, para competir com outras marcas que já lá estão com preços mais altos. E, olhando para trás... consigo recordar mais dois ou três casos em que o mesmo se passou. Escolhem o segmento, escolhem o alvo, o equivalente à cerveja de $3.40, e procuram oferecer um produto ou serviço igual ou superior ao de "$3.40" em termos de especificações.
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Trecho retirado de "Priceless The Myth of Fair Value (and How to Take Advantage of It)" de William Poundstone.
"Joe Sixpack is reaching for a brew on the market shelf. There’s a premium beer that costs $2.60, and a bargain brand that’s only $1.80. The premium beer is “better” (whatever that means). Connoisseurs have rated the premium brand 70 out of 100 in quality, while the bargain brand is only a 50. Which should Joe buy? Joel Huber and Christopher Puto, then a professor and grad student at Duke University’s school of business, posed this dilemma to a group of business undergraduates. The students preferred the premium beer by a 2-to-1 margin. Another group choose among three beers, the two above and a third with a rock-bottom price of $1.60 and a quality rating in the basement (40). Not a single student wanted the super-cheap beer. Yet it affected what they did choose. The proportion of students choosing the original bargain beer rose to 47 percent, up from 33 percent. The existence of the super-cheap beer legitimized the bargain beer. In another set of trials, the three choices were the original bargain and premium beers, and a super-premium beer. Like many upscale products, this was much more expensive ($3.40) and only a little better in quality (rated 75). Ten percent of the students said they’d choose the super-premium beer. An astonishing 90 percent chose the premium beer. Now nobody wanted the bargain beer. It was like pulling the strings on a marionette. Huber and Puto found they could make the students want one beer or the other, just by adding a third choice that few or no one wanted."História que pode ser ilustrada desta forma:
O "pricing" é uma arte que me fascina cada vez mais
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Como os humanos não têm referenciais absolutos de valor, no momento da compra, perante marcas desconhecidas ou novas, fazem comparações com os elementos que têm à mão.
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Entretanto, actualmente estou a meio de um projecto destinado à exportação em que uma nova marca portuguesa pretende aparecer no mercado escolhido como no terceiro cenário e como a cerveja de $2.60. Entrar num segmento 10 vezes mais caro do que aquele em que está habituada a participar, para competir com outras marcas que já lá estão com preços mais altos. E, olhando para trás... consigo recordar mais dois ou três casos em que o mesmo se passou. Escolhem o segmento, escolhem o alvo, o equivalente à cerveja de $3.40, e procuram oferecer um produto ou serviço igual ou superior ao de "$3.40" em termos de especificações.
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Trecho retirado de "Priceless The Myth of Fair Value (and How to Take Advantage of It)" de William Poundstone.
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