segunda-feira, abril 08, 2013

"There is no such thing as public money, there is taxpayers' money"



Via @carlosgpinto


6 comentários:

Carlos Albuquerque disse...

Uma frase que resume todo um programa político. Porque se o dinheiro é de quem paga impostos, então quem não paga impostos não tem o direito a votar sobre o destino do dinheiro e quem paga mais impostos tem mais direitos de voto.

E numa empresa? O dinheiro da empresa não existe, o dinheiro vem dos clientes. Logo só existe dinheiro dos clientes.

notes disse...

Já imaginaram se as empresas fizessem isto aos seus clientes ?

Esqueçam os pdfs e relatórios com demonstrações, isso é para outro público.

Só há um resultado ao olhar a cara do teu cliente: Orgulho ou vergonha.

Isto. Preto no branco, sem bullshit.

http://instagram.com/p/Xchu9-QxjC/

PS: e isto nas repartições públicas?

lookingforjohn disse...

notes, grande ligação que aqui nos deixou, fantástico (e onde diz orgulho ou vergonha, bem podia dizer ética ou vergonha).

Carlos Albuquerque, não sei se lhe está a escapar a pequena diferença entre o cliente e o contribuinte, que é a do primeiro o ser porque quer (regra geral), e o segundo ser obrigado a sê-lo.

O dinheiro é de quem paga impostos, sim. De todos. De todos os que dão o seu melhor. De todos os que não parasitam os restantes. De todos os que, fazendo isto, dão a sua quota parte, proporcional ao que ganham, para o bem comum (o seu incluído).
Para mim, e principalmente aqui na nossa cucolandia de décadas, se mais pessoas aceitassem que o dinheiro é deles (dos contribuintes) e não nosso (dos que o gerimos, gastamos, aplicamos), mais equilíbrio, justiça e felicidade teríamos (de forma duradoura). Infelizmente, os cucos não desaparecem.

Carlos Albuquerque disse...

lookingforjonh, ninguém é obrigado a ser cliente do estado português, pode sempre emigrar. Se ficar por cá é obrigado a ser cliente se um sem número de empresas e cartéis. Na prática a distinção não vale.

O estado tem bens e produz serviços que vão além dos impostos que recebe.

Quem paga impostos só "tem" dinheiro para pagar porque existe um estado que lhe reconhece a propriedade. Que sentido tem dizer que algo lhe pertence, a si ou a outros? O que é o dinheiro senão algo produzido pelos estados? E que direito natural tem alguém a deter empresas ou terras se isso não lhe for reconhecido pela sociedade?

Existe um contrato social na democracia moderna: um homem um voto. Se quiser um contrato do tipo um euro um voto pode sempre procurar um país onde isso valha. Claro que a Sra. Thatcher tentou e conseguiu parcialmente alterar as democracias europeias no sentido de ser o dinheiro a votar. Curiosamente neste caminho a Europa e os EUA estão a patinar e a perder influência.

Quanto ao resto, estamos a regressar ao final do século XIX e por isso daqui a umas décadas podemos voltar a reviver o século XX.

Veja a Hungria, por exemplo: http://visao.sapo.pt/viagem-ao-fim-da-democracia=f691510

O neoliberalismo é tão inconsciente e perigoso como o comunismo.

Carlos Albuquerque disse...

Da relatividade da propriedade e das dívidas: http://www.ionline.pt/dinheiro/alemanha-deve-mais-162-mil-milhoes-euros-grecia

Carlos Albuquerque disse...

Já agora, como se atribui um preço aos serviços de segurança e justiça que um estado presta aos residentes? Existe sempre a alternativa de procurar um território controlado por uma máfia ou por uma ditadura.