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segunda-feira, junho 05, 2017

Abrir uma caixa de Pandora?


A propósito deste texto de opinião "Os condomínios de Coase" nem de propósito, esta leitura de há dias "Why Uncertainty Makes Us Less Likely to Take Risks":
"Our willpower diminishes when the outcome is ambiguous. “People really want to avoid uncertainty,”
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“Whether or not we prefer the future or the present, whether or not we delay our choices, depends in large part upon the uncertainty of what we face,”
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“People really don’t like the complexity and cognitive load of making decisions under uncertain circumstances,”"
E mais esta de ontem, "Not Quite Rational Man":
"One increasingly acknowledged flaw of neoclassical theory is its oversimplified model of human nature, known by academics as “homo-economicus.”"

quarta-feira, abril 10, 2013

O culto da racionalidade

"Economists live in the same world as everyone else. They have friends who buy overpriced time-shares and brothers-in-law who just don’t think. Adam Smith devoted many words to human foibles and their inevitable influence on markets. Psychology was in the lexicon of economics until the Second World War. Then things started to change.
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Under the influence of people like Samuelson and Milton Friedman, the field became progressively more mathematical. Much as dogs grow to resemble their owners, the new economics took on the features of the people now building it. Economists embodied a math-smart, self-controlled stereotype and built theories describing people exactly like themselves.
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Part of the Chicago doctrine was that Savage-Friedman-type rationality was a prerequisite for survival in the cold, hard business world. Those failing to toe the Chicago line “would get taken advantage of in the markets. They wouldn’t go on to govern companies and be successful leaders,” Camerer said. “These rationality principles were like commandments. You’re either good or evil—and evil people get punished.”
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It was nonetheless an open secret that economic theories did not predict human behavior especially well. There was more than one way of waving that aside. Economic models typically assume two things: that people are perfectly reasonable, and also that they are perfectly well informed. Some economists adopted the position that the inhabitants of their models were ignorant, not stupid. Much of the 1970s was spent working out the ramifications of this hopeful (?) prospect."

Trechos retirados de "Priceless The Myth of Fair Value (and How to Take Advantage of It)" de William Poundstone.

domingo, dezembro 30, 2012

MacGyver vs Sandy

Recordando "Há sempre uma alternativa!".
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Quando damos uma oportunidade à arte e nos afastamos do repetitivo vómito industrial, entramos num mundo onde o homo economicus não funciona e, por isso, há mais lugares para muito mais gente.

É a alternativa que diminui este risco:
Como alguém disse: "Quando o que alguém faz se pode converter num algoritmo, pode ser codificado, pode ser convertido em linguagem-máquina e feito por um robô."
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Mais do que um Do-It-Yourself, um Create-It-Yourself criará um mundo alternativo a Metropolis, e evitará o cenáriorelatado em "Is Growth Over?":
"Smart machines may make higher GDP possible, but also reduce the demand for people — including smart people. So we could be looking at a society that grows ever richer, but in which all the gains in wealth accrue to whoever owns the robots."

BTW, quando se confia demasiado tempo no QCD, e no deus Eficiência, acaba-se assim "Revival of Hitachi the Company Is a Detriment to Hitachi the City"
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Recordar "The Human Factor"

terça-feira, dezembro 04, 2012

Acerca da saída do euro

Vozes educadas num outro tempo dizem:
"Temos de deixar o euro senão estamos perdidos, não conseguimos exportar" 
A verdade é que a realidade continua a desmenti-los: "Angola, China e EUA garantem grande parte do aumento das exportações portuguesas":
"Os três mercados com maiores subidas são todos extracomunitários e, no conjunto, foram responsáveis por 4,5 pontos percentuais do crescimento de 7,7% das exportações portuguesas entre Janeiro e Setembro deste ano, salienta o relatório."
O mundo de hoje é muito mais complexo e já não pode ser explicado pelo homo economicus. Já não existe uma curva da oferta e da procura para uma categoria, existem várias!!!

terça-feira, novembro 27, 2012

A minha tribo é a mais bonita porque é a minha tribo

Acerca do consumidor racional, esse homo economicus:
"cold calculating benefit maximizing cost minimizing"
dos livros de Economia e da mente dos macro-economistas que pode ser representado por:
Um fantasma... só existe nesses livros e nessas mentes.
"Driven by Quality and Patriotism, U.S. Shoppers Will Pay a 10 to 60 Percent Premium for the Made in USA Brand Across a Broad Range of Product Categories, According to a Boston Consulting Group Survey
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More than 80 percent of U.S. consumers and, perhaps more surprising, over 60 percent of Chinese consumers say that they are willing to pay more for products labeled “Made in USA” than for those labeled “Made in China,” according to new research released today by The Boston Consulting Group (BCG).
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About two-thirds of U.S. consumers are willing to pay a premium for ten key product categories that were tested—from baby food and appliances to electronics and apparel.
The premium they are willing to pay varies, ranging from about 10 percent to more than 60 percent in the categories tested.
In every one of the ten categories, at least 20 percent of U.S. consumers are willing to pay a premium of more than 10 percent.
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Aside from American and Chinese clients, the study probed French and German consumers to find out that 65% percent of those consumers would prefer to spend more money on products produced in their respective countries."
Se calhar a minha ideia era mesmo absurda e até há massa crítica, os decisores é que estão tão amestrados pelas ideias do homo economicus que não ousam contestá-las.
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O poder da proximidade e não só.

Trechos retirados de "U.S. and Chinese Consumers Willing to Pay More for Made in USA Products"

domingo, novembro 11, 2012

O que diria o Homo economicus?

""As exportações estão a ter um comportamento a meu ver inimaginavelmente bom. Devo dizer-vos que a diferença entre exportações e importações nunca teve, desde o 25 de abril, qualquer parecença com aquilo que se verificou nos últimos 12 meses", sublinhou."
O que acho interessante nesta afirmação é aquele "inimaginavelmente".
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Como tenho abordado ao longo dos anos, a tríade, como lhes chamo, não consegue rasgar as sebentas e abandonar as equações e modelos que a evolução económica real tornou obsoletos. O mapa não é o território, quando se fica demasiado preso ao mapa não se percebe que o território, entretanto, pode ter mudado. O mapa do "Homo economicus" não passava de um mapa, de uma tentativa de explicar a realidade e, se calhar, durante algum período, até terá sido uma boa ferramenta para explicar a realidade.
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"Inimaginavelmente" porque os salários não baixaram significativamente, porque a redução da TSU não entrou em vigor, porque a redução de feriados não entrou em vigor, porque não saímos do euro... tudo receitas baseadas no Homo economicus.
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Lembram-se do que está a acontecer ao calçado? O sector está em perseguição da Itália, para um dia ter os preços mais elevados do mercado... o que diria o Homo economicus?
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BTW, 10 anos é uma eternidade num país de procrastinadores. Não lhes atirem com objectivos distais, mostrem-lhes objectivos proximais.
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BTW, se recordarmos o que a tríade tem dito sobre a incapacidade das empresas portuguesas competirem com o euro como moeda, o que Daniel Bessa disse sobre o calçado em 2005 e André Macedo em 2008, percebemos logo este texto "The problem with pundits".
"And that’s the problem with pundits. They are paid to dazzle us with their surety and it is that same confident conviction that makes them so very likely to get it wrong."

Trecho retirado de "João Duque vê economia portuguesa com boas perspectivas dentro de "10 a 15 anos"