""As exportações estão a ter um comportamento a meu ver inimaginavelmente bom. Devo dizer-vos que a diferença entre exportações e importações nunca teve, desde o 25 de abril, qualquer parecença com aquilo que se verificou nos últimos 12 meses", sublinhou."
O que acho interessante nesta afirmação é aquele "inimaginavelmente".
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Como tenho abordado ao longo dos anos, a tríade, como lhes chamo, não consegue rasgar as sebentas e abandonar as equações e modelos que a evolução económica real tornou obsoletos. O mapa não é o território, quando se fica demasiado preso ao mapa não se percebe que o território, entretanto, pode ter mudado. O mapa do "Homo economicus" não passava de um mapa, de uma tentativa de explicar a realidade e, se calhar, durante algum período, até terá sido uma boa ferramenta para explicar a realidade.
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"Inimaginavelmente" porque os salários não baixaram significativamente, porque a redução da TSU não entrou em vigor, porque a redução de feriados não entrou em vigor, porque não saímos do euro... tudo receitas baseadas no Homo economicus.
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Lembram-se do que está a acontecer ao calçado? O sector está em perseguição da Itália, para um dia ter os preços mais elevados do mercado... o que diria o Homo economicus?
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BTW, 10 anos é uma eternidade num país de procrastinadores. Não lhes atirem com objectivos distais, mostrem-lhes objectivos proximais.
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BTW, se recordarmos o que a tríade tem dito sobre a incapacidade das empresas portuguesas competirem com o euro como moeda, o que Daniel Bessa disse sobre o calçado em 2005 e André Macedo em 2008, percebemos logo este texto "
The problem with pundits".
"And that’s the problem with pundits. They are paid to dazzle us with their surety and it is that same confident conviction that makes them so very likely to get it wrong."
Trecho retirado de "
João Duque vê economia portuguesa com boas perspectivas dentro de "10 a 15 anos"