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domingo, agosto 17, 2014

Acerca da narrativa das pescas e da CEE

Algo que não encaixa na narrativa dominante sobre as pescas portuguesas:
"The overall supply of fish (in tonnage) into Portugal, with a crude net volume measured as domestic landings + exports – imports was around 500,000 t annually in the early 1960s, reaching a peak of 627,000 t in 1967. For reasons explained above, it subsequently fell to a bottom level of 246,000 t in 1979. By the mid 1980s, supply started increasing. In 2007, total supply was estimated at 655,000 t, the highest level ever recorded."
Algo que nunca ouvi nas narrativas dos políticos, a propósito da "maldade" da CEE em relação à pesca portuguesa:
"In addition to these macroeconomic perturbations, the fisheries sector was exposed to a major shock of its own: the introduction of 200 mile Exclusive Economic Zones in 1977, as a consequence of Extended Fisheries Jurisdiction (EFJ).
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Portugal was traditionally a DWFS. The Portuguese long distance fleet operated mainly in the North and Southeast Atlantic, targeting mainly cod (G. morhua) and hake (Merluccius spp.), respectively.
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However, with the advent of the 200 mile EEZs by coastal states in the latter part of the 1970s, countries with distant water fleets such as Portugal suffered from this change. Due to the combined effects of Extended Fisheries Jurisdiction and the end of international open access fisheries, the oil shock and the aftermath of the Revolution, the fishing sector faced tremendous difficulties."

Trechos retirados de "An economic analysis of the Portuguese fisheries sector 1960–2011" de Trond Bjørndal, Alena Lappo e Jorge Ramos.

quarta-feira, maio 14, 2014

Primeiros passos de Mongo na pesca

Já por várias vezes escrevi aqui acerca de mais um sonho de Mongo, o by-pass dos pescadores à distribuição grande. Por exemplo:

"De facto, o jogo do mercado actual é muito mais acerca de quem é que é capaz de ser mais criativo a desenhar uma solução que rompe com um enquadramento sistémico existente, (Moi ici: Se a lei o permitisse, imaginem o preço a que chegava aos consumidores o pescado e, o ganho que os pescadores teriam, se, com a internet, se fizesse o by-pass ao sistema instalado. Imaginem para os os produtos agrícolas...) do que quem é que se consegue posicionar numa cadeia de valor. A cadeia de valor era uma metáfora muito mais forte e poderosa numa economia baseada na produção e em materiais do que numa economia baseada em serviços e conhecimento."
Por isso, os meus olhos brilharam logo ao ler "Pescadores vão comercializar "cabaz do mar" no concelho de Odemira":
"Uma pequena comunidade piscatória do concelho de Odemira, situada junto à aldeia do Brejão, está a desenvolver um projecto de venda directa de peixe aos consumidores.
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A iniciativa pretende eliminar os intermediários e valorizar as espécies menos apreciadas, através da comercialização de um “cabaz do mar”, que inicialmente será composto por cerca de três quilos de pescado fresco e vendido a vinte euros. Este preço inclui a entrega em casa, indicou esta sexta-feira à agência Lusa uma das responsáveis pelo projecto." (Moi ici: IMHO, peca por quererem vender o refugo, deviam experimentar vender as espécies mais valorizadas. OK! É um primeiro passo)

quinta-feira, abril 11, 2013

Por que tem de ser o governo?

"É necessário fazer uma revalorização do polvo. É uma espécie que, felizmente, temos pescado em boa quantidade. A quantidade disponível aumentou, mas o valor comercial baixou face à quantidade."
Não devia ser a iniciativa privada a tratar disto?
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Trecho retirado de "Governo vai lançar campanha para valorizar polvo"
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Faz-me lembrar o velho:

Talvez a indicação de Gaspar para novos cortes acabe com estas tretas.

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Até na pesca temos Mongo

O comentador "semprecurioso" chamou-me a atenção para este documentário "O melhor peixe do mundo".
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Em todo o lado, a solução é: subir na escala de valor!
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Pesca artesanal - uma vantagem!!!
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Até na pesca temos Mongo. Podemos competir com o Golias espanhol? O que faz o David?

sábado, setembro 29, 2012

Subsidio dependência

Subsidio dependência.
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Por cá, na agricultura, segundo o INE em "A Atividade das Empresas Agrícolas em Portugal
2004-2010":
"A atividade agrícola foi a atividade mais subsidiada em 2010, detendo 20,4% do total de subsídios à exploração afetos às empresas não financeiras, apenas seguida de perto pela Educação (19,2%).
...
Esta situação está em linha com os resultados do RA 09, em que 60% dos produtores agrícolas declararam beneficiar de ajudas/subsídios, dos quais 11% indicaram que a sua importância no rendimento da exploração agrícola foi superior a 25%."
Em Espanha, nas pescas, o relato do caos em "Bound to Sea but Buried in Debt, Spain’s Fishermen Blame Bloc’s Policies" onde se pode ler:
"In one of the more daunting estimates of decline, a study published a year ago by Oceana, which promotes ocean conservation, said that of the bloc’s 27 countries, 13 had been getting more subsidies than the value of the fish that arrive in their ports."
O artigo é deprimente... pescadores que não assumem erros próprios, as consequências da "Tragedy of the commons" no ecossistema, a interferência doentia e criadora de incentivos a-económicos de governos e da U(RS)E.
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BTW, a migração de valor em Espanha:
"Spanish consumers are downgrading to cheaper and largely imported fish, with prices for products like swordfish dropping 40 percent this year.
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was now paying less than 35 cents for a pound of mackerel, down almost 9 cents since two years ago, he said."

sábado, julho 05, 2008

Será que os lucros da pesca vão ser objecto de nacionalização?

No Público de hoje: "Lucro da pesca aumenta pela primeira vez em três anos" assinado por José Manuel Rocha"

domingo, agosto 19, 2007

Romance...

Quando uma chefia é naturalmente respeitada pelos seus colaboradores, ou quando uma chefia está ciente do seu valor e sabe gerir os seus recursos humanos, uma coisa não acontece:

""Ligo para os serviços quase todos os dias e dizem-me que é uma altura complicada, de férias. É revoltante ter tudo pronto para começar a funcionar e continuar dependente de um papel""

Quando alguém chega a uma posição de chefia com rabos de palha... tem sempre um ponto fraco perante os seus colaboradores, e estes, mais tarde ou mais cedo, vão aproveitá-lo em seu proveito próprio.

Já imaginaram, numa fábrica que não pára durante todo o ano, a administração vir a descobrir que, porque alguém estava de férias, se perdeu um cliente importante?

Uma das primeiras pequenas grandes lições que aprendi na minha vida como gestor de pessoas foi delegar. Quando descobri que podia delegar umas série de tarefas no meu colaborador directo (Carlos Ramos) e que este até as fazia tão bem, ou mesmo melhor do que eu, senti uma sensação de UAUU, a minha capacidade de trabalho aumentou.

"A fábrica Atlanti.Co, de tratamento e embalagem de peixe fresco e que representa um investimento privado de três milhões de euros, aguarda há um mês pela emissão da licença de funcionamento por parte da Direcção-Geral das Pescas e Aquacultura para poder iniciar a actividade." Pormenores sobre este retrato de um país aqui no DN de hoje "Burocracia trava fábrica de tratamento de peixe" texto de Paulo Julião.