sexta-feira, agosto 07, 2015

"escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos pequeninos"

Quando iniciei este blogue a sério, foi para fazer dele uma continuação da minha memória. Um local onde pudesse arquivar reflexões e fontes de informação relevantes para a minha vida profissional.
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Por vezes, quando andamos à procura de uma coisa no blogue, acabamos por descobrir outras que já estavam esquecidas. Muitas vezes, aquando dessas descobertas, dou comigo a pensar que os gregos tinham razão, ter memória é um castigo dos deuses.
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Comparar esta afirmação de Avelino de Jesus em Abril de 2013:
«austeridade tem consequências benéficas, ao eliminar as empresas pequenas»
Com esta constatação de Junho de 2015:
""o facto de a grande maioria delas [PME de construção] ser de carácter regional, o que provou que tinham a dimensão adequada e, por isso, conseguiram sobreviver; e porque eram e são empresas especialistas, que estão focadas em nichos de mercado"."
Académicos formados no modelo mental do século XX têm muita dificuldade em perceber o truque de Mongo! Recordar os "Encontros da Junqueira":
 "Temos, de facto, um grande problema da cauda. Não é apenas um problema de má gestão. É um problema de pequenez. Hoje em dia, na grande parte das actividades, a escala é muito importante. Na China, uma empresa pequena não deve ter menos de mil trabalhadores e, portanto, isso faz uma diferença muito grande devido às economias de escala. Se em algumas actividades não é significativa, no geral, as empresas pequenas, em Portugal, não têm escala para ser competitivas.
...
Se for possível substituir essa cauda, seja através de concentrações, seja através de substituições, fazendo as mesmas actividades de uma forma mais eficiente, temos uma oportunidade de aumentar a produtividade da economia" [Moi ici: Gente tão fechada na sua torre de marfim e que, agarrada às sebentas obsoletas, continuam a explicar e a prever a realidade sem ousarem entranharem-se nela]
Apetece copiar Mateus 11:25:
"Graças te dou, ó Pai, Senhor dos céus e da terra, pois escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos pequeninos." 
No alto da sua torre em Isengard não percebem a mudança que ocorreu:
"Há 12 anos éramos 500 pessoas e tínhamos cinco clientes activos. Hoje somos 160 e temos mil clientes activos" 
BTW, esta semana favoritei no Twitter estas reflexões de Esko Kilpi:

E, no fim, ganha a Alemanha (parte III)

Parte I e parte II.
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I rest my case com "Balança comercial alemã regista ‘superavit’ recorde de 24.000 milhões em junho".
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Alemanha com um crescimento homólogo de 13,7% nas exportações... notável!!!

Um conselho deste blogue

Porque já não acreditamos em David versus Golias, porque preferimos ver David & Golias, cada um a servir os seus respectivos clientes-alvo.
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Porque não nos limitamos a uma concorrência de choque frontal, ou soma nula (recordar "Não tente ser o melhor", "Não faz sentido, para uma PME, procurar "ser o melhor" (parte II)" e "Strategy is not about the competition"), faz todo o sentido:

quinta-feira, agosto 06, 2015

E, no fim, ganha a Alemanha (parte II)

Se lerem "FMI: Exportações portuguesas menos beneficiadas por desvalorização do euro", lembrem-se de "E, no fim, ganha a Alemanha".
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Desafio (parte II)

Parte I.
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De acordo com os dados do Pordata, a diferença de produtividade do trabalho por hora entre um trabalhador médio irlandês e um trabalhador médio português é:
O que é que explica esta diferença de produtividade?
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Agradeço as contribuições de todos aqueles que participaram no Twitter e aqui na caixa de comentários do blogue. Usarei essas contribuições para a parte III desta série.
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Vamos a factos, julgo que se pode começar a perceber que a diferença pode ser explicada pelas diferenças no perfil do que se produz.
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Primeiro, o que exportava a Irlanda em 2013? (dados do Atlas)
 Salta logo à vista a mancha rosa (produtos farmacêuticos e API) e a cor azul (hardware)
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Agora, o que exportava Portugal em 2013? (dados do Atlas)
A produtividade irlandesa é superior não porque trabalhem mais horas, sejam mais disciplinados, ou tenham mais escolaridade. A produtividade é maior porque os recursos são aplicados na produção de bens com valor acrescentado muito mais elevado.
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Recordar a equação da produtividade e a condição implícita que é esquecida por muitos em "TRETA!!!! TRETA completa!!!
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Recordar daqui:

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Continua na parte III com um novo desafio.

Oração do dia

Eu sei que sou fraco, demasiado fraco!
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Por isso, meu Deus, ajuda-me a saber ter calma e deixar os outros levarem a bicicleta nas pequenas coisas. Como diz a minha mulher, de que serve ter razão e acabar morto numa passadeira, porque um condutor anónimo resolveu armar-se em viatura oficial em serviço urgente.
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Se eu não gastar recursos nas pequenas coisas terei mais força para não transigir nas coisas que realmente interessam. Afinal de contas a vontade é um músculo e, como tal, cansa-se.
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Cena de há minutos junto à estação de Estarreja. Não sei se ainda lá estarão.

Não bateram, queriam era ultrapassar um gargalo.

Desafio

Como explicam a brutal diferença na produtividade entre os trabalhadores irlandeses e os trabalhadores portugueses?


quarta-feira, agosto 05, 2015

Curiosidade do dia

Um jornal económico devia saber desmontar este tipo de comparações "Ryanair transportou num mês quase o mesmo que a TAP em um ano".
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Os números são bons para a Ryanair? Sim, muito bons. São excelentes para o seu modelo de negócio:
Faz sentido comparar os números da TAP com os da Ryanair? Só se for para fazer uma comparação curiosa. O que é que a comparação diz acerca da TAP?
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Nada!
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São modelos de negócio bem diferentes, com outros pontos de diferenciação e de alavancagem.
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Pensando melhor... não devo ser tão exigente com os jornais económicos. Ás vezes fico com a ideia de que nem o presidente da TAP sabe a diferença "Aumento da concorrência ‘low cost’ faz cair tarifas da TAP entre 8 a 10%". Como se a TAP tivesse estrutura de custos para competir com os chineses do seu sector... algo me diz que não conhecem as curvas de isolucro do Evangelho do Valor.


Ponto da situação


Apesar dos socialistas de turno no poder.
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Qual foi a previsão do governo para 2015? (Outubro de 2015)

Qual é o ponto da situação do BdP? (Junho de 2015)

Qual é o ponto da situação do INE acerca do desemprego? (Agosto de 2015)
"A taxa de desemprego no 2º trimestre de 2015 foi de 11,9%. Este valor é inferior em 1,8 pontos percentuais (p.p.) ao do trimestre anterior e em 2,0 p.p. ao do trimestre homólogo de 2014.
A população desempregada, estimada em 620,4 mil pessoas, registou uma diminuição trimestral de 13,0% e uma diminuição homóloga de 14,9% (menos 92,5 mil e menos 108,5 mil pessoas, respetivamente).
A população empregada foi estimada em 4 580,8 mil pessoas, o que corresponde a um acréscimo trimestral de 2,3% (mais 103,7 mil pessoas) e a um acréscimo homólogo de 1,5% (mais 66,2 mil pessoas).
A taxa de atividade da população em idade ativa situou-se em 58,6%, valor superior em 0,1 p.p. ao observado no trimestre anterior e inferior em 0,4 p.p. ao do trimestre homólogo."
Qual é o ponto da situação do INE acerca das exportações? (Agosto de 2015)
"As perspetivas das empresas exportadoras de bens apontam para um crescimento nominal de 3,4% das suas exportações em 2015 face a 2014, revendo 0,9 pontos percentuais em alta a previsão efetuada em novembro de 2014 (+2,5%). A revisão em alta resulta integralmente da revisão em mais 1,3 pontos percentuais das exportações Intra-UE, para um crescimento de 3,0%, já que para o mercado Extra-UE as empresas reviram em baixa (-0,4 pontos percentuais) as previsões de novembro, para um crescimento de 4,3%.
Excluindo os Combustíveis e lubrificantes as perspetivas reveladas pelas empresas indicam um aumento de 4,5% nas exportações em 2015." [Moi ici: O ponto mais interessante para mim é este último parágrafo. Como defendo há muito tempo aqui no blogue, as exportações de Combustíveis e lubrificantes podem ajudar nas contas mas criam pouco ou nenhum emprego]








Estava escrito nas estrelas e, ainda só é o começo

 Leu primeiro aqui no blogue esta previsão há uns anos:
"O mercado emergente de produtos "faça você mesmo" indicia que a indústria cinematográfica em breve poderá enfrentar o mesmo tipo de problemas jurídicos que a pirataria de música na década passada, refere o jornal "The Wall Street".  Até agora, a maioria das gravuras são feitas por fãs que querem trocar produtos. Mas isso está a mudar pois as impressoras 3D tornam salas de aula em pequenas fábricas e vão surgindo arquivos 3D para fazer brinquedos junto às cópias ilegais de filmes.
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As impressoras estão a ameaçar uma das máquinas de fazer dinheiro mais importantes para Hollywood, o 'merchandising'."
Agora, em retrospectiva é fácil:

  • produtos com elevado valor simbólico;
  • produtos com margens muito altas.

Trecho retirado de "Impressoras 3D ameaçam rentabilidade dos estúdios de Hollywood"

terça-feira, agosto 04, 2015

Curiosidade do dia

"Não há emprego sem capital, porque não há postos de trabalho se não houver o investimento (transformando a liquidez em capital) que compre instalações, equipamentos e matérias-primas para, com o adequado plano de negócios, utilizar os factores produtivos para responder a uma procura do mercado. As sociedades que não gostam do capital estão, de facto, a prejudicar o emprego, revelando que preferem entregar ao crédito a responsabilidade de manter e de criar postos de trabalho ou que ficam à espera de que os estímulos do Estado financiem a manutenção e a criação de emprego. Quando não se gosta do capital, está a trocar-se um custo flexível (o lucro é o risco do empresário) por um custo rígido (o juro é definido pelo credor e majorado pela avaliação do risco do devedor) ou por um aumento da carga fiscal imposta pelo Estado. Como o custo salarial não é flexível (os trabalhadores recusam a descida do salário nominal), um contexto em que não haja a ilusão monetária criada pela inflação só terá emprego se houver taxas de juro negativas."

Trecho retirado de "A sombra do desemprego"

Uma sugestão

A propósito desta notícia "Indústria gráfica pede “ajuda externa” ao calçado":
"A associação das empresas gráficas e de transformação do papel está a desenhar a estratégia de internacionalização de um sector que actualmente apenas exporta directamente um quinto da produção anual.
A Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas, de Comunicação Visual e Transformadoras do Papel (Apigraf) pediu ajuda à congénere do calçado (Apiccaps)..."
Acho bem que peçam ajuda a quem pode dar umas dicas sobre marketing e internacionalização.
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No entanto, não deixaria de apostar em aprender com os "bright spots" e a "positive deviance" do sector. Recordar "Switch - acerca da mudança (parte III)". O que é que as empresas que exportam os 20% da produção anual, podem ensinar aos colegas de sector?
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Que mercados?
Que feiras?
Que serviços?
Como começaram?
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Medo da concorrência?
Se têm medo da concorrência ainda não estão preparados para o salto. O negócio não é a competição pelo preço num jogo de soma nula, o negócio é seduzir clientes e desenvolver relações duradouras.

segunda-feira, agosto 03, 2015

À atenção dos economistas "reputados" (parte II)

Parte I.
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Na parte I escrevi:
"Em Janeiro de 2002 o número de desempregados que não pertenciam à Construção + Restauração + Comércio + Imobiliário rondava os 186 mil, em Junho de 2015 ronda os quase 202 mil."
Há um pormaior que não referi na altura e que mostra como o sector transaccionável português deu uma volta enorme.
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Quando comparamos 2002 com 2015:
186 mil menos 202 mil dá uma perda de 16 mil empregos
 Só que esta análise é demasiado simplista. Basta recordar o que aconteceu ao número de trabalhadores numa série de sectores. Por exemplo:


Recordar que entre os anos 80 e o final de 2013 a ITV perdeu de 117 mil postos de trabalho.

Entre 2002 e 2014 o sector perdeu cerca de 17,5 mil postos de trabalho.
Três sectores que estão bem, que crescem nas exportações, que ultrapassaram a debandada das multinacionais com a entrada da China no comércio mundial, que ultrapassaram a derrocada do mercado interno e que se viraram para fora, mais do que nunca.
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O desemprego actual no sector transaccionável, mais do que sinal de crise é sinal de aumento brutal da produtividade.


Para reflexão

Para quem está com mais tempo:

Para recordar o que escrevemos por aqui acerca do eficientismo e da crença na escala num mundo que deixou de ser o Normalistão e está a caminho de ser o Estranhistão:
"Companies that have been around for more than 20 years are very good at building out large scale infrastructure with technology systems and business processes that provide efficiency and scale. These companies have as many manufacturing plants or retail locations or bank branches as they can to support their business.
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With the Internet in the 1990s, some industries, like media and retail, changed significantly, but because we did not yet have ubiquitous Internet or mobility, most industries did not. Now, the proliferation of digital technologies is creating a new dimension of competition for every business.
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This new competition does not depend on scale or number of locations. This new competition is grounded in how good companies are at building networks and delivering a customer experience."

Para recordar o quão difícil para os gigantes de uma era, apesar de todos os recursos de que dispõem, entrarem numa nova era com novas regras do jogo ... interessante para quem acredita que a economia é uma continuação da biologia.

Com uma leitura da realidade bem diferente da perfilhada por este blogue, a ler em conjugação com:

Muito mais em linha com o que penso.
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E, para temperar a coisa, "Why Stock Buybacks Are Good For The Economy And Country". Não invalidando os pontos de Denning, complica os do artigo da HBR

domingo, agosto 02, 2015

Curiosidade do dia

A leitura do Evangelho de Domingo passado:
"Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia, ou de Tiberíades. Seguia-O numerosa multidão, por ver os milagres que Ele realizava nos doentes. Jesus subiu a um monte e sentou-Se aí com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Erguendo os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?». Dizia isto para o experimentar, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Respondeu-Lhe Filipe: «Duzentos denários de pão não chegam para dar um bocadinho a cada um». Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro: «Está aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?». Jesus respondeu: «Mandai-os sentar». Havia muita erva naquele lugar e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os peixes; e comeram quanto quiseram. Quando ficaram saciados, Jesus disse aos discípulos: «Recolhei os bocados que sobraram, para que nada se perca». Recolheram-nos e encheram doze cestos com os bocados dos cinco pães de cevada que sobraram aos que tinham comido. Quando viram o milagre que Jesus fizera, aqueles homens começaram a dizer: «Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo». Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte."
Já sei como este milagre foi feito.
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Os pães e os peixes inicialmente partilhados, levaram a que todos os previdentes acabassem por partilhar os mantimentos que tinham trazido.
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O que não menoriza o milagre.

Porque a evolução nunca pára e os macacos gostam de subir cada vez mais alto nas árvores

Bom, em Portugal, nesta categoria, azeite, já estamos muito mais avançados do que os americanos. No entanto, podemos sempre melhorar o posicionamento, até porque a evolução nunca pára e os macacos gostam de subir cada vez mais alto nas árvores.
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Pena que outras categorias demorem a perceber esta realidade e a integrá-la no seu negócio e na sua estratégia.
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Convido os decisores a lerem "This Silicon Valley Veteran Wants To Turn Olive Oil Into The Next Craft Beer" e a fazerem o paralelismo para a sua organização, esteja ela em que sector estiver.
"Kelley’s long term goal is to convince consumers of the benefits of higher quality (and higher-priced) olive oil, just like brewers and wineries have done.
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Solomon: Most people don’t think of olive oil as an interesting category. They’ve probably been buying the same brands for years. How do you change that?
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Kelley: Olive oil is the category that marketing forgot. Our strategy is to take olive oil to the place where craft beer, chocolate, cheese, wine, and coffee have gotten. Customers want transparency and quality today, and they can’t get it in olive oil. They also want American [Moi ici: autênticos, genuínos, rastreáveis a pessoas concretas, a artesãos, a terroirs, a tradição, ... Só que isso significa apostar no intangível, no marketing, numa marca. Só que isso significa dedicar mais tempo à actividade comercial, ir a feiras diferentes, apostar em diferentes propostas de valor e, estudar muito] products,"

sábado, agosto 01, 2015

Curiosidade do dia

Espero que isto não chegue cá, espero que alguém ande a preparar os alarmes e as trancas antes de chegarem os ladrões, "European Commission Publishes Xylella Fastidiosa Factsheet".
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No curto prazo é capaz de beneficiar o olival português "Olive oil dries up".

Coisas que um anónimo sabe porque anda no terreno e não aprendeu na academia

Convido os decisores de empresas a lerem este artigo "Question What You “Know” About Strategy"
"Say you are competing in a fast-growing industry. How much do you care about profits versus market share?
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It’s a common rule of thumb that businesses should go for market share in fast-growing in­dustries. It’s conventional wisdom, though, not a law of physics; you don’t have to go for share."
Sim, eu sei, sou um anónimo da província, um engenheiro que cada vez mais valoriza a arte do que a ciência, quando se fala de estratégia para os negócios.
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E, como anónimo da província escrevo destas coisas "Profit is sanity".
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Entretanto, se continuarem a ler o artigo lá de cima encontrarão:
"Here’s a law-of-physics rule: there is only, always, exactly 100% market share in any market. That’s why, despite the vigorous price-warring, tournament strategists gained little or no share. (No one gets ahead when everyone moves in the same direction.) What they got, 90% of the time, was mutually assured destruction. [Moi ici: Interessante esta escolha das palavras. Recordar este e este] The only way to win a price war is to be the only one fighting, and that’s not much of a war.
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Knowing that, and knowing that your competitors know that, would you change your preference for profits or market share? Would you challenge the go-for-share rule?"

sexta-feira, julho 31, 2015

Um mercado potencial para a agricultura portuguesa

Um mercado potencial para a agricultura portuguesa.
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A nossa imagem, longe do Mar del Plastico, a marca Portugal, o clima de Portugal.
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Gráfico retirado de "The World's Largest Markets For Organic Products" onde se pode ler:
"The global appetite for organic products is still stronger than ever.
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The global market for organic produce looks very healthy indeed, having increased five-fold since 1999."


Para reflexão

Antes de voltar para a 2º mão da pintura que ando a fazer, aqui vai um vídeo curto mas directo à ferida que assola tantas PME... sobretudo as PME porque têm menos recursos.


Séries como "Tecto de vidro" abordam as consequências deste erro.
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E num mundo que se embrenha no Estranhistão, num mundo de tribos, num mundo que busca autenticidade, que está em processo de polarização, ser específico é ainda mais importante.

quinta-feira, julho 30, 2015

Uma dúvida sincera (parte II)

Parte I.
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Como é que evoluíram as exportações portuguesas entre 2000 e 2014?
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Tomando as exportações no ano 2000 como a base 100:
Em 2014 as exportações portuguesas de bens estavam nos 177,0.
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Em 2014 as exportações portuguesas de bens+serviços estavam nos 192,6
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E como evoluíram as exportações de outros países europeus?
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Tomando as exportações no ano 2000 como a base 100:
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Em 2013 as exportações segundo o Banco Mundial e segundo este artigo:

E somos pouco competitivos?
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Percebem a minha dúvida sincera?
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BTW, querem ver o não-efeito dos governos nas exportações?



Recordar para avaliar

Em Novembro de 2010, no jornal Le Monde, escrevia-se acerca da economia portuguesa:
"A Lisbonne, chaque interlocuteur vous quitte en s’excusant de ne pas avoir aperçu quelque chose de positif à l’horizon. L’industrie ? ” L’appareil productif a été détruit par l’intégration européenne “, déplore Carvalho Da Silva, secrétaire général de la CGTP, principal syndicat du pays. Ces dernières années, le Portugal, handicapé par une faible compétitivité, a vu partir plusieurs de ses principaux exportateurs. Dans le nord du pays, les dernières entreprises textiles ferment sous la pression de la concurrence asiatique."
Entretanto, 2014 o ano recorde das exportações têxteis será batido por 2015.
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Como é que estes profissionais do comentário político lidam com uma realidade que constantemente os desmente?

quarta-feira, julho 29, 2015

Uma dúvida sincera

No Caderno de Economia do semanário Expresso do passado dia 25 de Julho, encontro na primeiro página uma coluna assinada por Daniel Bessa de onde retiro o seguinte trecho:
""O que bloqueia Portugal é a dificuldade de as estruturas económicas se adaptarem a um novo contexto de competição internacional"
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Esta afirmação é fortíssima. É curta. É incisiva. Enuncia, para o país, o maior dos problemas, e uma boa causa. Na boca, e nas mãos, de alguém consequente, que queira resolver o problema, identifica um campo de actuação excluindo outros.
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Seduz-me. Acompanharia, contra tudo e contra todos, quem, tendo-a enunciado, se dispusesse a cumpri-la, de modo consequente."
Recordo que Daniel Bessa previa estas coisas em Março de 2005! Portanto, dupla precaução sempre.
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O mesmo Daniel Bessa que em Setembro de 2007, na mesma coluna, escreveu:
"... faltou sempre o dinheiro que o "Portugal profundo" preferiu gastar na "ajuda" a "empresas em situação económica difícil"
Como o autor da frase inicial, do trecho sublinhado, é António Costa, não creio que ele esteja a referir-se ao Estado deixar de atrapalhar as empresas e sair do caminho, apostando na Via Negativa.
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O que serão na cabeça de António Costa estas "estruturas económicas"?
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Como escrevi aqui:
"Numa economia aberta esta mensagem e terapia é necessária para os sectores não transaccionáveis quando o sistema fica insustentável. A mensagem é irrelevante para os sectores transaccionáveis porque o acerto ocorre a toda a hora e momento."
Na sequência deste postal de Fevereiro de 2012 com dados de 2010, aqui vão dados relativos a 2012.
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Reparem, de entre os 26 CAE que compõem a produção industrial portuguesa, em 2012,

  • em 16 deles mais de metade da produção é para exportação;
  • em 2 deles mais de 40% é para exportação;
  • o CAE 10 tem a ver com a indústria alimentar e cresceu 2 pontos percentuais entre 2010 e 2012;
  • o CAE 11 tem a ver com a indústria das bebidas e cresceu 5 pontos percentuais entre 2010 e 2012;
  • o CAE 17 tem a ver com a "Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos" e ... não acredito naquele valor, é impossível só cerca de 25% da produção ser exportada.
Acham mesmo que as estruturas económicas industriais não se adaptaram a un novo contexto de competição internacional?
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Costa fala do que não sabe ou está a falar do quê?
Dados retirados de "Estatísticas da Produção Industrial 2012" do INE


terça-feira, julho 28, 2015

Curiosidade do dia

A propósito deste texto publicado no Jornal de Negócios, "Dois anos depois, empresas têxteis continuam distantes da bolsa", uma reflexão pessoal.
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O que salvou o sector têxtil português foi o facto de não estar na bolsa!
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Os accionistas não percebem nada do negócio, só querem receber o retorno do seu investimento e, quanto mais rápido melhor.
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Quando um sector como o têxtil português começou a ser dizimado pela invasão chinesa, muitas empresas morreram, muitas empresas tiveram de pensar numa fase de exploration, à procura de novos modelos de negócio, de novos tipos de clientes, de novos tipos de produtos, de novos tipos de propostas de valor.
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Foi preciso fuçar (aqui e aqui, por exemplo) muito e bater contra as paredes muitas vezes. Um accionista dificilmente consegue pensar no longo prazo, falta-lhe paciência estratégica (aqui e aqui, por exemplo), se uma empresa não lhe dá o retorno esperado já, vende e compra acções de outra que o faça.
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Eheheh empresas cotadas na bolsa não contratam anónimos de província (aqui também, por exemplo) para animar reflexões estratégicas, preferem a escola da eficiência, ou seja o choque directo com a Ásia.
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Conseguem imaginar um Kevin O'Leary a ter paciência para algo que não compita com o preço mais baixo, que trabalha com séries pequenas, com muita variedade e sem patentes?

segunda-feira, julho 27, 2015

Curiosidade do dia

Conheço uma empresa com uma dívida de mais de 15 mil milhões de euros.
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Este artigo, "Repent! Repent! Grid Parity is Nigh!", cheira-me a problemas graves para ela... a menos que os governos futuros aprisionem os consumidores com legislação esclavagista.

domingo, julho 26, 2015

O poder da serendipidade

O poder da serendipidade
"In a world of people who too often see their situation as unchangeable, entrepreneurs choose to act. We feel the power of free will when we hear stories about the bold actions of entrepreneurs.
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Inspiring stories. But here is the rub: In each story, the innovator’s choice was driven by their context
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In each of these cases, context drove choice.
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True, it took a bold decision to actually create these businesses, and the innovators should be admired for this reason. But still, there is no way anyone could have started any of these businesses without being in the context that made the innovation possible.
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Context drives choice, yet choice is still pivotal to innovation because we often choose our context.
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Context drives choice, but we choose our context."
De certa forma o jogo, o balanço, na nossa vida, entre a exploitation e a exploration. É sempre útil, ter uma saudável dose de exploration na nossa vida. Podemos pensar que estamos bem, podemos estar bem e, no entanto, com a movimentação das placas tectónicas da paisagem competitva, com a alteração do enrugamento, deixamos de estar numa zona agradável e, sem exploração prévia que nos tenha dotado de outras habilidades... corremos mais riscos de passar um mau bocado.

Trechos retirados de "Context Drives Choice (and Vice Versa)"

Recordando o tecto de vidro

No início do ano corri aqui uma série com o título "Tecto de vidro? Uma hipótese de explicação" e, neste postal "Pois, despedir clientes" sistematizei uma série de reflexões sobre a blasfémia de despedir clientes.
"Here are my 5 reasons why you need to fire some of your customers:
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1. Customers you get because of a low price will always be  low price customers. Don’t forget that low price equals low profit.
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2. Customers who demand a high level of service and aren’t willing to pay for it are sucking your profit.
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3. Customers who demand too much of your time are preventing you from spending it on other activities that will create incremental sales and profit.
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4. Customers who you can’t satisfy will tell others. Last thing you need is to have customers who simply don’t fit with your model then going off and telling other customers.
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5. Bad customers are a disease that will suck the life out of you and everyone else in your company.
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Never forget that sometimes the most profitable business you have is the business you don’t have.
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When you invest your time with bad customers, you’ll find yourself attracting even more bad customers.  Sell to great customers and you’ll find yourself selling to even more great customers."

Trechos retirados de "5 Reasons You Will Increase Your Business By Firing Some Customers"

Complicado vs complexo

Depois de ler "The Three Types of Problem in the World", em especial a parte final:
"The sophistication of our models, theories and language for complicated problems can be as seductive as the lamplight. They provide better “light” and clarity and yet can lead to investigations that are ill-equipped to address complex adaptive systems.'"
E olhando para umas das tabelas do artigo citado:
Deu para suportar melhor esta decisão de 2009 "Fazer a mudança acontecer (parte VI e meio)". A diferença entre isto:
E isto:

Isto tresanda a conhecer os clientes-alvo

Isto tresanda a conhecer os clientes-alvo, o seu contexto e o job-to-be-done:
"You're still in print, which a lot of publications have had to move away from. What do you think are some of the secrets or things that have helped you stay successful there?.
Our demographic is really the big thing because the reason why you don't really see a lot of entertainment magazines these days is that there's nothing more broke than a dude in his 20s. Your enthusiasm for bands or movies or something like that changes because now you have to pay for your own health insurance, you have rent, and you want to go out on a date Friday night, so are you going to go buy a magazine or are you going to get a nice glass of wine for your date? Priorities change, but when you're a teenager and in college, actors, actresses, musicians, all the types of artists are everything to you. Your favorite bands end up being on your car, on your notebook and on your phone, and those really are who you are.
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For us, that's what's insulated us to a greater extent from ending up like Spin and a lot of the other music magazines, because it's still a crowd for whom there's a lot of romanticism attached to print. Teenagers today still . . . it's a rite of passage to a certain extent to sit on your bed with your friend and flip through pages looking at singers and stuff, and reading about your favorite band. It's not so romanticized when you do that with an iPad. Plus the fact that you can rip pictures out, put them on your wall."
Trecho retirado de "Print's Not Dead—Just Ask Music-Loving Teens"

sábado, julho 25, 2015

Curiosidade do dia

"Embora os cafés portugueses estejam, de facto, cheios de idiotas, como notou o leitor e muito bem, a triste verdade é que eles não passam o tempo todo a dizer o óbvio — os idiotas portugueses passam o tempo todo a negar o óbvio.
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Se a política em Portugal fosse utilizada para discutir em detalhe as reformas que são necessárias para o país progredir, eu estava tramado. Não sei o suficiente sobre isso. Só que em Portugal a política serve para discutir se essas reformas são mesmo necessárias — e isso é tão óbvio, que eu safo-me. Se a política servisse para mudar a realidade que existe, eu estava tramado. Mas como ela serve para discutir a existência da realidade, isso é tão óbvio, que eu desenrasco. Quando surgir enfim o dia claro, em que toda a gente comece a ver o óbvio, não terei certamente lugar nos jornais."

Trecho retirado de "O óbvio"

O político responsável

Ministro da Economia em mais uma campanha para promover a desertificação do interior com "Pires de Lima defende aumento do salário mínimo".
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Recordar estes gráficos e a sua interpretação:
Entretanto, o ministro da Economia afirma, vestindo o papel de político responsável, "Pires de Lima critica políticos que prometem o que não podem dar".
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Conclusão: os políticos podem prometer dar aquilo que terá de ser pago por outros.



Outro melhor ano de...

Na senda de "o melhor ano de...", mais uma vez a metalurgia e metalomecânica mostra o que se faz com o euro:
"A avaliar pelos dados revelados esta sexta-feira pela Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP). Rafael Campos Pereira, vice-presidente da associação, nem hesita: “se continuarmos a crescer e a manter os registos que mantivemos nos primeiros cinco meses do ano, vamos ultrapassar a nossa meta“."
De que falamos? Sou levado a concluir que falamos daquelas categorias do INE:

  • MÁQUINAS, OUTROS BENS DE CAPITAL E SEUS ACESSORIOS (excepto material de transporte); (CGCE 41 e 42) e
  • ARTES, PEÇAS SEPARADAS E ACESSÓRIOS (para material de transporte) (CGCE 52 e 53)
"As exportações de máquinas e equipamentos, produtos metálicos, equipamentos de transporte e fabrico de peças técnicas utilizadas no setor automóvel ou aeronáutica, entre outros, atingiram 6.354 milhões de euros nos primeiros cinco meses de 2015 [Moi ici: Se acrescentarmos o CGCE 51 (AUTOMOVEIS PARA TRANSPORTE  DE PASSAGEIROS) o valor ultrapassa os 7 milhões], mais 12,2% do que em igual período do ano anterior. Representou 30% das exportações nacionais nos primeiros cinco meses do ano, que totalizaram 20,6 mil milhões de euros. E há 16 meses que a variação homóloga das exportações do setor metalúrgico e metalomecânico está a crescer."
Como é que o sector consegue?
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Qual é a receita deste blogue?
"A aposta estratégica na expansão para mercados externos de valor acrescentado e o investimento das empresas na qualidade e inovação dos seus produtos e serviços mostrou-se crucial e é algo que nos deixa muito orgulhosos
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A inovação e a competitividade do metal português são cada vez mais reconhecidas internacionalmente e estamos a competir no mesmo patamar que os gigantes mundiais do setor como a Alemanha ou alguns países asiáticos
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O vice-presidente da AIMMAP diz que as exportações sobem, mas não é em volume, é em produtos de valor acrescentado. “Não vendemos produtos em série massificados, vendemos é cada vez mais produtos com maior valor acrescentado, customizados e orientados para as necessidades dos clientes. As empresas estrangeiras desafiam as nossas a encontrarem soluções para ultrapassarem os seus problemas”, diz."
Pena que o artigo de onde retirei os trechos "Exportações. Os campeões nacionais não desistem de fazer mais" acabe da pior forma:
Enquanto o vice-presidente da AIMMAP dá uma entrevista a salientar as PME portuguesas, muitas delas anónimas, a dizer:
"Não vendemos produtos em série massificados, vendemos é cada vez mais produtos com maior valor acrescentado, customizados e orientados para as necessidades dos clientes."
O autor termina com uma lista de empresas que estão em mercados de preço, commodities ou produção em massa, e quase nenhuma faze parte da lista que Rafael Campos Pereira menciona:
"As exportações de máquinas e equipamentos, produtos metálicos, equipamentos de transporte e fabrico de peças técnicas utilizadas no setor automóvel ou aeronáutica,"
Melhor, muitas destas empresas fogem de fornecer o sector automóvel, sabem o perigo da pedofilia empresarial, recordar:

O mantra do século XXI é diferente


Nascemos num mundo que se encarrega de nos envolver em camadas e mais camadas de preconceitos, para nos facilitar a navegação nele.
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Assim, quando esse mundo muda, estamos condenados a querer continuar a navegar nele usando preconceitos que talvez já não se ajustem. Ou, então, quando queremos prever o futuro, carreamos para ele preconceitos que não farão sentido.
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A figura lá de cima descreve um grupo de empresas que tem a particularidade de basicamente não terem activos próprios que explorem.
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Qual era o mantra do século XX?
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Eficiência!!!
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Por isso, é fácil que alguém que se dedique a prever o futuro, acredite (erradamente) que esse mantra vai continuar a governar o século XXI.
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Reparem nisto:
"Within 10 years, we will see Uber laying off most of its drivers as it switches to self-driving cars; manufacturers will start replacing workers with robots; fast-food restaurants will install fully automated food-preparation systems; artificial intelligence–based systems will start doing the jobs of most office workers in accounting, finance and administration."
Quer dizer que a Uber vai trocar flexibilidade e ubiquidade pela posse, gestão e manutenção de uma frota de veículos? O truque da Uber é mesmo eficiência?
"manufacturers will start replacing workers with robots"
Pois, o futuro vai mesmo ser linhas de montagem desenhadas para produzir séries intermináveis de coisas iguais... por isso, "Um mesmo processo automatizado é demasiado rígido para Mongo".
"fast-food restaurants will install fully automated food-preparation systems"
Fast-food, o negócio é eficiência! Logo faz sentido essa evolução "New York Orders Fast-Food Workers Replaced With Robots, Kiosks, Mobile Apps" como a que ocorreu nas auto-estradas com o fim dos portageiros.
"artificial intelligence–based systems will start doing the jobs of most office workers in accounting, finance and administration."
Recordar "Acerca de sectores estáveis e demasiado homogéneos na oferta (parte VIII)"

Trecho retirado de "We need a new version of capitalism for the jobless future"

BTW, quando alguém troca ideias acerca do futuro com Carlos Slim, conversa com que experiência de vida? É como conversar com Belmiro de Azevedo, gente embrenhada no século XX e que conhecem e dominam o mantra do século XX. Será que são as pessoas mais bem preparadas para falar de um futuro baseado no Estranhistão, na antítese do século XX?

Acerca do Estranhistão


Vai ser um gosto contar a minha experiência sobre o Estranhistão!

Pormenores aqui.

sexta-feira, julho 24, 2015

Curiosidade do dia

A propósito de "Altice prepara mexidas na PT. 30 cargos de direção serão extintos".
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Como seria a introdução de um pouco de racionalidade económica (sistematização de processos, eliminação de passos arcaicos, substituição de pessoas por automatização) na administração pública?
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Quantos milhões seriam poupados?

Calçado, aquela máquina

"A indústria do calçado está a reforçar a aposta promocional na Colômbia, para onde as exportações estão a crescer a um ritmo de 140%, querendo, a partir daí, reforçar as vendas para toda a América Latina, refere a associação do sector, a APICCAPS, numa nota à imprensa divulgada nesta quinta-feira.
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 “as exportações passaram de valores meramente residuais em 2013 para 1,7 milhões de euros em 2014 e estão a aumentar mais de 140% desde o início do ano”.
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A APICCAPS refere que, a manter-se o ritmo de crescimento, “o calçado português exportará este ano sensivelmente quatro milhões de euros para a Colômbia”."
Duas notas:

  • o trabalho bem sucedido do sector para exportar para fora da Europa (irrelevante o facto de se usar o euro);
  • Hugo Chavez insultava o governo colombiano... hoje, os colombianos têm dinheiro para comprar os segundos sapatos mais caros do mundo. E, entretanto, a Venezuela, nem papel higiénico, nem cerveja



"Sector do calçado reforça aposta promocional na Colômbia"

Outra vez os descontos

A propósito dos descontos, recordar "Sobre os descontos".
"Salespeople will always argue that offering a small discount doesn’t hurt and is the right thing to do for the customer.
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It doesn’t matter what the reason or how passionate the salesperson might feel about it, a discount is still a discount and it costs money!
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A discount offered to a customer is not a discount on the full price. It’s a discount on the profit, unless there is something else of value equal to the discount that is being removed from the offer.  Problem is that scenario is rarely the case.
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A salesperson looking for a 5% discount may not view it as an issue to their company and thus feel it’s no big deal.  Now, let’s frame the discount as being a 33% discount on profit and it suddenly becomes “game over.”"

Trechos retirados de "What Does Discounting Really Cost?"

Todas, todas, mas todas as estratégias são transientes, não duram para sempre

Tão simples quanto isto "Sometimes Your Strategy Will Fail" e não interessa o sector de actividade e, o tipo específico de estratégia seguida.
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Verdade tão bem ilustrada pelos simuladores de criaturas com estratégias de evolução.
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Recordar Erik Beinhocker - Todas, todas, mas todas as estratégias são transientes, não duram para sempre. Aqui (Parte VI) e A minha solução não passa por aqui (V) e Uma estratégia nunca é eterna. Ainda Economia e biologia, o mesmo desafio evolutivo e The economy is ultimately a genetic replication strategy.
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O autor do artigo refere alguns motivos porque tal pode acontecer:
"Lowest Price LosesYou may not want to believe me, but it is very easy to lose on price. I see this happening more and more all the time. The sales organization believes the lowest price will win the deal, so they focus there instead of value. And then they are shocked to discover they’ve lost.[Moi ici: Algo que faz parte do nosso Evangelho do Valor, e do nosso esforço de missionação]
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Price is always going to be a consideration, but it doesn’t mean that is it always weighted as heavy as we think it is.[Moi ici: Recordar order winners versis order qualifiers]
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Total Solution LosesIt’s easy to lose with the best total solution.[Moi ici: Lembro-me logo da empresa onde era consultor, que desenvolveu produto inovador e que poupava dinheiro e acelerava as obras de construção. Falhanço total, empreiteiro não faz contas, só pensa no preço. Primeiro cliente foi director de obra que tinha estado na Alemanha a trabalhar e que aprendeu a fazer contas]
There are some prospects who have a tough time understanding the greater value that you create, even when you do everything in your power to help them understand the investment you are asking them to make.
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The Best Product, NotYou can lose with the best product the world has ever known.[Moi ici: Tantas boas razões. A principal, não escolher os clientes-alvo e, pensar que a superioridade técnica resolve tudo... please, estudar a curva de Geoffrey Moore]"



O exemplo do mobiliário

A propósito de "Exportações de mobiliário representaram 67% da produção em 2014", a mesma lição do calçado e do têxtil:
"As exportações de mobiliário para o lar aproximaram-se dos 500 milhões de euros em 2014, representando 67% da produção nacional,
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Entre 2012 e 2014, as exportações permitiram que a produção nacional contabilizasse taxas de variação positivas.
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Em 2009 existiam 5300 fabricantes, mas em 2013 este número já tinha descido para os 4250. Consequentemente, o número de trabalhadores no sector também diminuiu: em 2009 contava com 28.790 trabalhadores, enquanto em 2014 empregava 22.400 pessoas."
Pena que a jornalista não tenha investigado mais para descobrir que se trata de uma tendência com mais de uma década, recordar "O exemplo do mobiliário (parte I)". Em "O exemplo do mobiliário (parte III)" está o final da história e o que se aprende com a série, a heterogeneidade deste sector (de qualquer sector).
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O mundo mudou brutalmente com a chegada da Ásia ao mercado, houve uns que conseguiram mudar e outros que não quiseram ou não puderam mudar. O aumento da exigência levou a chegar a outro nível do jogo.

Será?

A propósito de "Vinho do Lidl considerado o melhor deste Verão", um exemplo interessante de alguém que está mais concentrado na produção do que em perceber o mercado e os canais?

quinta-feira, julho 23, 2015

Curiosidade do dia

Moloch está sempre à espreita de uma oportunidade para voltar em força "Rui Moreira quer investimento público no setor da construção civil":
""Temos que ver também em Portugal se começamos a ter algum investimento público que de alguma maneira dê sustentabilidade a essas empresas","
Impressionante... o investimento público é para servir as empresas, não o país. E mais, chamar investimento público a torrefacção de dinheiro de contribuintes futuros é todo um programa de fantochada.

Bonito e libertador!

A propósito de "A "Grande" lição da minha vida" encontrei mais um texto da grande Hilary Austen, "Artistry: the Territory, the Map and a Compass":
"The complex problems we face nowadays go by many names: ‘social messes’, ‘wicked problems’ and ‘big hairy problems’; I like to call them ‘enigmatic problems’.
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As we go about solving enigmatic problems, the ends and the means are not only unclear, they are also interdependent: as efforts to solve them proceed, the ends evolve as means are generated. Likewise, as means unfold, new ends become possible which, in turn, may demand new means. All of which invites an observation: that the enigmatic problems we face are comprised of features identical to those routinely found in the arts – including uncertainty, ambiguity, complexity, change, surprise, choice, subtlety, indeterminacy, uniqueness and the aforementioned interdependence between ends and means.
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Artists see the features of enigmatic problems not as obstacles, but as exciting opportunities; rather than fearing ambiguity, they seek it out; and rather than avoiding surprises, they embrace them. Might this mean that the enigmatic problems that permeate modern organizations can be treated as opportunities for artistry? I believe so, but only if we cross an oft-forbidden boundary and enter a world that has always been open to artists, but seldom to the rest of us: the world of qualitative thought and experience, where judgment and imagination take their place alongside quantitative analysis and deductive reasoning."
Bonito e libertador!

Já olhou para o low-cost desta maneira? (parte II)

Parte I.
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Terminei a parte I com uma reflexão que comecei a maturar no final de 2014:
"o seu negócio não é low-cost? Então, agradeça aos membros low-cost o trabalho de "mineração" que fazem, eles criam os seus potenciais futuros clientes. Eles "ensinam-lhes" o bê-à-bá da actividade. Depois, alguns ficarão sempre por aí, mas outros ganharão uma paixão e sentirão uma necessidade genuína de subir para outros desafios. É aí que entra a sua empresa, dedicada a servir um grupo que quer mais do que o básico. Para isso, precisa de ter uma estratégia clara e estar alinhado com ela."
Ontem, encontrei outra opinião a suportá-la:
"So do these budget operators spell the end for gyms as we know them? Steve Dick, sales and marketing director at Virgin Active, doesn't think so. He believes there is a place in the market for both budget and high-end gyms. "It gives the consumer a wider range of choices. Budget gyms will attract first-time exercisers into the market and over time these people may migrate to clubs such as ours," he says."
Teoricamente, as barreiras à entrada são as mais baixas. A pessoa entra, experimenta e as que quiserem aprofundar terão de evoluir para outras ofertas.
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Trecho retirado de "Are no-contract gyms the future of fitness?"

À atenção dos economistas "reputados"

Segundo os dados publicados pelo IEFP, relativos a desempregados à procura de emprego, tendo em conta a sua origem profissional, fizemos esta a comparação entre o mês mais recente e o mês mais antigo com registos disponíveis, Janeiro de 2002.
Em Junho de 2015 há mais 150 mil desempregados do que em Janeiro de 2002.
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É realmente interessante perceber como o impacte chinês já foi digerido pelos sectores transaccionáveis:

  • Em Janeiro de 2002 o número de desempregados que não pertenciam à Construção + Restauração + Comércio + Imobiliário rondava os 186 mil, em Junho de 2015 ronda os quase 202 mil.
A grande diferença, o grande responsável pelo acréscimo de 150 mil desempregados está naqueles 4 sectores não transaccionáveis:
  • Em Janeiro de 2002 o número de desempregados que pertenciam à Construção + Restauração + Comércio + Imobiliário era pouco superior a 116,5 mil, em Junho de 2015 ronda os quase 250 mil.
Acreditam que os economistas "reputados", que defendem a saída de Portugal do euro, para baixar o desemprego, conhecem estes números?
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BTW, isto "Finns Told Pay Cuts Now Only Way to Rescue Economy From Failure". Numa economia aberta esta mensagem e terapia é necessária para os sectores não transaccionáveis quando o sistema fica insustentável. A mensagem é irrelevante para os sectores transaccionáveis porque o acerto ocorre a toda a hora e momento.

Alguma vez darão retorno?

Além da Amazon, também a Zalando:
"Operating margins will be below previous targets — about 4 per cent, well below last year. The shares dropped sharply.
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Expectations were clearly too positive. Zalando’s shares have already run up 11 per cent in July so far. Once at a discount to Asos, Zalando trades at similar price to earnings and enterprise value to sales multiples. The good news is that Zalando’s sales are still growing faster than Asos despite the former’s greater size. Second-quarter sales should still increase about 34 per cent, well above expectations.
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Growth is definitely trendier than value among investors these days. The German retailer’s margins, though, had better stabilise soon or more worries will creep in."
Crescer, crescer e dar retorno medíocre. Será que alguma vez vão recompensar os investidores? 
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É impossível secar a concorrência no mundo virtual. Hão-de aparecer os especializados em nichos, dispostos a pagar mais e, hão-de aparecer os verdadeiros low-cost do futuro por mono-categorias. E estarão reposicionadas num novo meio-termo.

quarta-feira, julho 22, 2015

Curiosidade do dia

"Numa sociedade que esteja estruturada em função das políticas do bem-estar, a assimetria entre contribuintes e beneficiários forma tensões que se tornam incontroláveis quando os benefícios se tornarem superiores aos contributos. Será inevitável e destruidora a tempestade que se forma quando os dispositivos das políticas sociais passarem a ser motivo de guerra civil.
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Numa política que esteja estruturada em função da compra e venda de votos (compra com políticas sociais, venda pelo preço da garantia de direitos e da protecção de redes de interesses), será inevitável a formação das assimetrias, internas e externas, que geram défices orçamentais, défices externos e dívidas públicas, movimentos de capitais e transferências de activos – até que o voto se torna indiferente.
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Tudo isto se viu e se vê na Grécia, em França, em Itália, em Espanha e em Portugal,"

Trechos retirados de "Os ciclones financeiros"

O choque de percepções

O choque de percepções entre os que defendem a agricultura do passado que não tem futuro, como os produtores de cereal ou de vinho e azeite a granel, sem marca, sem diferenciação.


Trechos retirados de "CNA contraria ideia de "oásis" da agricultura e lamenta queda dos preços"

Acerca da pedofilia empresarial

Primeiro, um exemplo das bicicletas "Dois conselhos", depois este exemplo associativo "Cuidado com a pedofilia" conjugado com "Fornecer a Autoeuropa não é necessariamente uma boa decisão para uma PME portuguesa-tipo".
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Tudo relacionado com este exemplo inglês de pedofilia empresarial "Supermarket price war takes toll on UK food suppliers":
"The number of UK food suppliers and farmers struggling to stay afloat has leapt more than 50% in 12 months, as a bitter supermarket price war continues to take its toll."
Os supermercados grandes do Reino Unido foram colocados no espaço do mercado do meio-termo com a entrada das lojas discount num extremo e do retorno do comércio de proximidade no outro extremo:
"The researchers said there was a “new savage landscape” in food retailing and suppliers were bearing the brunt of the big supermarkets’ drastic turnaround plans, aimed at clawing back market share from discount retailers such as Aldi and Lidl.
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All of the big four supermarkets – Tesco, Asda, Sainsbury’s and Morrisons – have struggled with falling sales as shoppers’ habits change, with many people ditching the traditional big weekly shop in favour of several visits to smaller local shops and discounters."
A resposta destes supermercados grandes é: trading-down!
"The price wars have kept grocery prices falling constantly since last autumn, bringing prices down by 1.7% in a year, retail researchers Kantar Worldpanel  said last month"
A paranóia com o preço como factor competitivo é tão grande que já falam nisto:
"“Some are even looking into launching their own food manufacturing facilities to give them even tighter control over costs and the ability to offer still more aggressive pricing – signalling yet another nightmare scenario on the horizon for the UK food supply chain.”"
PME a trabalhar para empresas muito grandes... dupla precaução. Sempre!

"Listen very carefully, I shall say this only once." (parte V)

Parte I, parte II, parte III e parte IV.

Qual o ex-libris, o avatar do fornecedor low-cost?
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A Amazon!
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Como lidar com a Amazon?
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Oferecer um preço mais baixo?
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Come on!?!? Não vai mais vinho para essa mesa!



Trechos retirados de "Beyond Amazon: 5 Niche Ecommerce Sites Driving Innovation In Online Shopping":
"sites like Amazon try to provide a solution for nearly every product, and therefore can't offer up a custom or focused experience for very specific products or shoppers. Today, a number of niche sites are creating new kinds of shopping experiences that change the way people discover products.
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This site is not only focused on a very specific audience, but a very personal and intimate product as well.
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finding unique ways of selling a product in order to cater to niche markets
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The company provides a wide variety of items — all of them themed for the company's specific audience. This is a classic example of finding a market, and building whatever product happens to appeal to them.
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What all of these sites share is focus — and this allows these smaller services to compete with the do-it-all giants. This is a powerful lesson and can certainly be applied to other industries."
Em todo o lado esta evolução... entretanto, há os que acham que é tudo uma questão de estímulos, apoios e outras mezinhas.

TRETA!!!! TRETA completa!!!

Este artigo "Why Germans Work Fewer Hours But Produce More: A Study in Culture" é uma verdadeira anedota.
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Por que é que os alemães produzem muito mais que os outros, apesar de trabalharem menos horas?
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Resposta do artigo e daqueles que pertencem ao grupo a que chamo de tríade:
"Working Hours Mean Working Hours
In German business culture, when an employee is at work, they should not be doing anything other than their work. Facebook, office gossip with co-workers, trolling Reddit for hours, and pulling up a fake spreadsheet when your boss walks by are socially unacceptable behaviors. Obviously, in the United States these behaviors are frowned up on by management. But in Germany, there is zero tolerance among peers for such frivolous activities."
TRETA!!!! TRETA completa!!!
"When a German is at work, they are focused and diligent, which in turn leads to higher productivity in a shorter period of time."
Isto é tão básico! Tão errado, tão ... treta!!!
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Como se mede a produtividade?
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Recordar:

Os ignorantes que escreveram o artigo partem do princípio que os outputs que os alemães produzem são iguais aos dos outros países e, por isso, a produtividade explica-se porque são menos preguiçosos.
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TRETA!
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Faz lembrar a mirabolante explicação do embaixador luxemburguês acerca da diferença de produtividade entre portugueses em Portugal e no Luxemburgo em "Ainda a produtividade luxemburguesa vs a portuguesa".
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A explicação é tão simples... basta remover a condição implícita na equação:
Basta pensar que os alemães produzem coisas diferentes!!! Coisas com um valor acrescentado potencial tão elevado que mais do que compensam as horas.
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Como me resumiu um operário há muitos anos numa fábrica:
"Na semana passada, ao procurar explicar o conceito de produtividade a um grupo de operários, um deles saiu-se com este exemplo: "O que está a dizer é que se pegarmos num metro quadrado de chapa e o utilizarmos para fazer um guarda-lamas de uma motorizada, teremos mais rendimento do que se o utilizarmos para fazer pás, ou enxadas." Eloquente!!!"


terça-feira, julho 21, 2015

Curiosidade do dia

Há anos que prevejo aqui no blogue a importância crescente do "home delivery" na economia, dado o cada vez maior recurso ao comércio electrónico.
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Estou habituado a ler e ouvir tanta gente falar da experiência do cliente... aqui vai um testemunho pessoal sobre a experiência de compra no sector do "home delivery":

Há dias fiz uma encomenda pela internet num site francês.
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Pouco tempo depois recebi a confirmação da encomenda com previsão da entrega ter lugar entre terça 21 e quinta 23.
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Depois, no Sábado ou Domingo recebi mensagem de e-mail da transportadora a avisar que a entrega teria lugar até às 23h59 de Segunda.
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Até aqui tudo a correr bem e a superar as expectativas criadas por eles.
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Segunda de manhã, para saber mais informação, volto ao e-mail da transportadora e usando o código de identificação que me deram procuro fazer o rastreio da encomenda. Primeira surpresa, segundo o site da transportadora, o código dado não estava associado a nenhuma encomenda.
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Início da tarde de segunda, recebo telefonema no telemóvel. Dois ou três toques e depois desliga. Olho para o número e, como não o conheço, depreendo que foi alguém que se enganou. Dez minutos depois recebo novo telefonema, atendo... era a transportadora. Muito simpáticos, dizem-me que vão passar-me a chamada do motorista que anda a fazer a distribuição.
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Pergunta-me indicações sobre a morada de entrega e fico com a ideia de que pretende que alguém vá ter com ele para recolher a encomenda. Como não me ofereço para tal, avisa que vai primeiro a outras localidades. Ofereço-me para lhe dar indicaçöes quando estiver a chegar. É então que me diz que ligou há minutos.
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Depois de terminado o telefonema pergunto-me:

  • por que raio me ligou se não vinha já? Estaria mesmo a fazer-se ao piso para irem ter com ele para ir buscar a encomenda?
  • então não lhe pagam o suficiente para fazer chamadas aos clientes?
Cerca de 3 horas depois lá deu dois toques. Liguei-lhe e dei-lhe as indicações.
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Contudo, a história não acaba aqui. Quem recolheu a encomenda diz que esteve mais de cinco minutos a assistir à cena do motorista, perdido, andar para trás e para a frente no meio da carga a procurar a encomenda. Não admira que voem na estrada, tem de compensar ao volante a balda que é a disposição da carga. Quantas horas úteis perde por dia um motorista a pesquisar encomendas, porque no armazém não têm um critério, um método de arrumação? Depois, ouvimos uns pomposos de fato e gravata falarem de tecnologia e big data para aumentar a eficiência. No entanto, nunca tiveram a experiência japonesa de trabalhar na gemba.
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A encomenda, um envelope de tamanho entre o B4 e o B5 não aparecia.... Depois de mais cinco minutos de pesquisa o motorista lá encontrou a encomenda debaixo de uma caixa.
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Nasceram logo os receios de que a peça encomendada estivesse danificada. À noite experimentei e tudo OK.
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Quantas oportunidades de melhoria da experiência do cliente conseguem encontrar só com este caso?
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E quantas para melhorar o desempenho do motorista?
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Onde andam os "engenheiros"?