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terça-feira, agosto 23, 2016

Evolução do desemprego e disparidades

Saíram ontem os dados do IEFP sobre o desemprego em Julho. Os números de Julho são muito bons.
Em relação ao número de desempregados esta é a evolução:
A evolução mensal e a homóloga (a azul) é a que se segue:

Depois de um primeiro trimestre mau, os números daí em diante apontam para a terceira melhor recuperação desde 2014.
Relativamente aos desempregados que procuram um emprego, um subgrupo do número acima: a tabela que se segue permite comparar a evolução entre Dezembro de 2015 e Julho de 2016 com a evolução entre Dezembro de 2014 e Julho de 2015. A última coluna mostra a evolução entre Julho de 2015 e Julho de 2016.
A última coluna mostra uma coisa muito interessante, comparar o número de desempregados nos serviços (282871) e na Indústria (112818) em Julho de 2016, com os números de 2015 (297374) e (129825). Há muito mais desemprego a desaparecer no sector secundário (13,1%) do que no terciário (4,9%).

BTW, relativamente ao desemprego no Alojamento e restauração, entre Dezembro de 2014 e Julho de 2015 caiu em 10335 desempregados, já entre Dezembro de 2015 e Julho de 2016 caiu em 10635 desempregados. Será que esta diferença justifica esta diferença?

Só eu é que devo achar estranhas estas disparidades.

sábado, agosto 13, 2016

Acerca do desemprego

Depois nos últimos dias ter visto coisas interessantes escritas sobre a evolução do desemprego, por exemplo esta, também resolvi fazer umas contas.
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No entanto, em vez de usar os números do INE continuo com a minha fonte de sempre, o IEFP e o famoso quadro 9 da Informação Mensal. Recolhi o número de desempregados em 4 períodos:
Depois, resolvi calcular os fluxos em vários períodos:

Como aqui referimos, quer o 2º semestre de 2015, quer os 3 trimestres que terminaram em Março de 2016, foram períodos de aumento do desemprego.
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No 1º trimestre de 2016 até na indústria aumentou o desemprego, recordar esta figura:

O 2º trimestre foi de recuperação, tendo o desemprego baixado em todos os sectores e compensado a perda do 1º trimestre (ver números do 1º semestre de 2016).
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Quando comparamos Junho de 2015 com Junho de 2016 salienta-se o notável desempenho da indústria na redução do desemprego, quando comparado com os serviços.
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Sem querer retirar mérito a esta evolução, fica-me a impressão que o desempenho no 2º trimestre foi muito bom porque o desempenho no 1º trimestre tinha sido muito mau. Porque quando se compara o 1º semestre de 2015 com o de 2016 ...

sexta-feira, julho 22, 2016

Acerca do desemprego

Desenvolvimentos interessantes na evolução do desemprego medido pelo IEFP em 2016.
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Depois de nos três primeiros meses do ano o desemprego ter aumentado, algo só visto recentemente no ano de 2012, o segundo trimestre voltou a fazer reduzir o desemprego.
Já agora, um ponto interessante. entre Janeiro Junho de 2015 e Janeiro Junho de 2016 mais de 71% da queda do desemprego foi no grupo "Indústria, energia e água e construção" que representa apenas 27% de todo o desemprego. Ou seja, o grosso da queda do desemprego ocorre no sector secundário. Por exemplo, o sector dos serviços com o maior número de desempregados, "Actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio" viu o desemprego crescer cerca de 3% em termos homólogos.
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A evolução total de desempregados, com a inversão da tendência iniciada há um ano:
Quanto à evolução homóloga (a azul) e mensal (a castanho):

Confesso que esperava um melhor desempenho homólogo do sector "Alojamento, restauração e similares" que apenas baixou 3,7% o número de desempregados inscritos.
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Interessante ver como sem obras públicas mas muitas pequenas obras de reconstrução e reparação o desemprego na construção caiu em termos homólogos quase 15%. Saliente que nas últimas semanas me tenho surpreendido, ao visitar aldeias do interior, algumas sem rede de telemóvel, nos concelhos de Góis e Arganil, com a quantidade de casas reconstruídas. Não é um fenómeno restrito a Porto e Lisboa.

Correcção feita às 12h48

quarta-feira, julho 13, 2016

Acerca do desemprego em 2016

A propósito da evolução do desemprego em 2016, eis os números do IEFP:

Apesar da sazonalidade, que afecta sectores como o calçado ou o vestuário, todos os sectores de actividade económica registaram variações negativas do desemprego, ou seja, abaixamento do nível de desemprego.
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Tendo em conta o que os políticos costumam dizer sobre o desemprego, começo por sugerir que se compre o número de desempregados no sector dos serviços com o número de desempregados na "Indústria, energia e água e construção".
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Depois, sublinho o impacto do turismo na recuperação do parque habitacional de Lisboa e Porto e a consequente redução do desemprego no sector da Construção.
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Depois, a propósito da necessidade de reduzir o IVA para criar emprego na restauração, por favor olhar para a taxa de abaixamento do desemprego no sector "Alojamento, restauração e similares", quase -17%.
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Estão a ver a necessidade de criar um inimigo externo?

quinta-feira, maio 26, 2016

Desemprego, legislação laboral e o anónimo da província

Quem sou eu? Um mero anónimo engenheiro da província com formação de base em química e quase 30 anos de experiência de contacto em primeira mão com a realidade económica portuguesa (mais de 20 anos como consultor).
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Quando leio artigos como este "Réformes du marché du travail au Portugal : les derniers seront-ils les premiers?", fico a pensar, qual a granularidade com que os investigadores olham para a realidade?
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Eu sei que o desemprego em Portugal está alto, muito acima da média da UE, basta olhar para os marcadores deste postal. No entanto, a pergunta que me assalta é: até que ponto poderia ser diferente? Até que ponto a legislação laboral poderia ter ajudado a não inflacionar o valor?
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De onde vem o desemprego que existe actualmente? Qual o peso da legislação laboral?
"La faiblesse du modèle productif portugais a entrainé, dès les années 2000, un ralentissement de la croissance et une hausse du taux de chômage. De 4,2 % en 2000, le taux de chômage a plus que doublé en 2007 (8,5 %), et a atteint un pic de 17,4 % au premier trimestre 2013.
Phénomènes indéniablement corrélés, on assiste à la même période à des destructions massives d’emplois, touchant principalement les secteurs de la construction, de l’industrie, de l’administration publique et des activités de commerce et de réparation. [Moi ici: Pena que o texto misture tudo e não ponha uma ordem cronológica nesta destruição. Pena que o texto não identifique grandes vectores que estiveram por trás desta destruição e a sua evolução ao longo do tempo. Recordo este postal sobre o imobiliário e o desemprego. Pena que o texto não chame a atenção para a transformação na indústria portuguesa, recordar este postal ""Por que é que calçado e têxtil têm tido desempenhos tão diferentes?" O número que aparece é do calçado, fábricas mais pequenas com produtos mais caros, (recordar aquela fábrica que não conseguia sobreviver a vender produtos a 20€ e passou a ter sucesso a vender produtos a 230€), mas o mesmo fenómeno se passou no ITV, no mobiliário, em todo o lado] La dégradation du marché de l’emploi a touché les jeunes en priorité : de 21,4 % en 2007, le taux de chômage des jeunes passe à 34,7 % en 2014. Triste singularité du modèle portugais, le diplôme n’y a pas le rôle protecteur qu’il peut avoir dans la majorité des pays européens : en 2008, 26,9 % des jeunes diplômés sont au chômage, contre 16,2 % des non diplômés."[Moi ici: Este número também considero importante porque revela, IMHO, a existência de fortes barreiras à criação de novas empresas, por exemplo, por causa da protecção dos incumbentes]
Recordando esta série ""despedir é sempre resultado de uma maldade ou de preguiça da gestão" (parte V)" (sobretudo a parte I), quando um choque obriga a mudar de paradigma estratégico, a maioria das empresas tem de encolher. Recordar o que começou a acontecer à construção civil em 2001 e à obra pública em 2011. Recordar o choque chinês no país que era a "china da Europa" antes de haver China e que dizimou a indústria transaccionável. Recordar o choque da troika nos serviços do mercado não transaccionável.
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Uma outra legislação laboral teria minorado o desemprego mas em pouca extensão, acredito eu. O país tinha de passar por esta fase. IMHO o ponto para o futuro é, como criar condições para que se reduzam as barreiras à entrada de novas empresas, sobretudo PME.
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Recordar esta reflexão de 2011 confirmada pelo famoso relatório sobre o desemprego em 2012 e pelo Banco de Portugal em 2016.
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Claro que ainda falta outro choque, adiado por enquanto pela CRP, o emagrecimento da Administração Pública. Basta ver o que aconteceu com os agrupamentos de escolas, quantos funcionários foram dispensados com a concentração de tarefas de back-office?

terça-feira, maio 24, 2016

Acerca do desemprego

Julgo que foi na passada quinta-feira que ouvi Nicolau Santos na Antena 1 a explicar que a descida do desemprego em 2014/2015 tinha sido uma mistificação engendrada pelo anterior governo. Segundo Nicolau Santos toda a gente sabe que o desemprego em Portugal só baixa se a economia crescer em torno dos 2%. (BTW, a primeira vez que ouvi esta lei económica ser enunciada foi talvez há mais de 10 anos. Na altura quem a enunciou foi Camilo Lourenço, e o número que ouvi então foi de 3%).
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Baseado nesta suposta lei, como o PIB em 2015 "só" cresceu 1,5%, Nicolau Santos explicou aos ouvintes que o desemprego tinha baixado por causa das maquinações dos estágios proporcionados pelo IEFP. Como tenho referido aqui no blogue, alguma coisa aconteceu ao desemprego medido pelo IEFP a partir de Julho de 2015. Não consigo deixar de pensar que Nicolau Santos disse o que disse para defender o governo actual.
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Por isso, qual não foi o meu sorriso ao ler os últimos números do desemprego publicados pelo IEFP. Finalmente uma quebra mensal de jeito: -2,1%.
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No entanto, como a quebra foi menor que a quebra mensal homóloga, a variação do desemprego em termos homólogos continua a aproximar-se de 0% (curva a azul na figura abaixo)

Algumas notas interessantes do boletim do IEFP:
"A evolução, comparativamente a abril de 2015, mostra a descida do desemprego nos homens (-3,7%) e nas mulheres (-0,1%).
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Quanto ao grupo etário, os jovens apresentam um acréscimo de +1,6% e os adultos apresentam uma descida de -2,3% do desemprego.
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Nos níveis de escolaridade, na comparação homóloga verifica-se que o decréscimo percentual mais acentuado foi assinalado no 1º ciclo do ensino básico (-8,8%). Os detentores do ensino secundário e do ensino superior registaram subidas no desemprego, +2,6% e +0,4% respetivamente.
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Relativamente a abril de 2015, o grupo “Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” apresentou a mais expressiva descida percentual do desemprego, -10,3%.
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O desemprego evolui da seguinte forma nos três sectores de atividade económica face ao mês homólogo de 2015: +9,1% no sector primário, -9,7% no secundário e -0,3% no terciário."
Apesar de tudo parece que continua o regresso à indústria, o que explicará os números dos homens, dos jovens  e do sector secundário.

BTW, não acredito na validade daquela lei enunciada por Nicolau Santos. Talvez ela fizesse algum sentido no século XX quando o crescimento do emprego estava ligado a outro tipo de vantagens competitivas. Quando a Autoeuropa ou a Galp cresce, o PIB cresce mas o emprego directo pouco mexe. Quando uma PME cresce, ou nasce, os números do PIB podem não mexer mas o emprego cresce.

segunda-feira, maio 09, 2016

Curiosidade do dia

Das "Estimativas Mensais de Emprego e Desemprego - Março de 2016" publicadas pelo INE no final do mês de Abril retirei:
"A estimativa provisória da população desempregada para março de 2016 foi de 615,2 mil pessoas, o que representa um decréscimo de 1,1% face ao valor definitivo obtido para fevereiro de 2016 (menos 6,6 mil pessoas). A estimativa provisória da população empregada foi de 4 475,9 mil pessoas, menos 1,2 mil do que no mês anterior (ao que corresponde uma variação relativa quase nula)."
De "Função pública perde 3.460 trabalhadores para a reforma até junho, menos 58%" retirei:
"o número total de novos pensionistas registados entre janeiro e junho de 2015 (8.308)."
O que dá uma média de 1385 novos pensionistas por mês.
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E volto ao canário na mina, talvez se deva ter uma dupla precaução com a interpretação dos números do emprego.

terça-feira, abril 26, 2016

O anónimo da província e o desemprego (parte II)

Dados do IEFP relativos a Março de 2016.
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Evolução do número de desempregados.

Evolução da variação homóloga (a azul) e da variação mensal ( a vermelho).
Finalmente, após 7 meses consecutivos com crescimento mensal do desemprego, o desemprego baixou.
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No entanto, o que é preocupante é a dimensão da queda:
A queda foi marginal.
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A previsão de variação homóloga superior a zero lá para Abril ou Maio parece ganhar força, a anterior previsão era Maio ou Junho.
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Recordar "Desemprego? Medo!"

quarta-feira, março 23, 2016

Desemprego? Medo!

O desemprego sobe há 7 meses consecutivos.
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E o que fazem os nossos deputados, esses estudiosos atentos da realidade nacional?
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Preparam-se para embaratecer as horas-extra e encarecer o emprego, sobretudo de jovens à procura do primeiro-emprego.
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Lindo, podem limpar as mãos à parede.
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Recorte retirado de "PCP quer travão na "generalização" da precariedade laboral"

sábado, março 19, 2016

O anónimo da província e o desemprego

Parece que toda a gente anda a fazer isto em relação à evolução do desemprego:

Os dados publicados ontem pelo IEFP mostram ilustram esta tendência:
Há sete meses consecutivos que o desemprego medido pelo IEFP está a crescer.
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Se o desemprego estivesse estável flutuaria aleatoriamente em torno de uma média, uns meses para cima outros meses para baixo. Assim, se o desemprego estivesse estável qual a probabilidade de num dado mês o valor subir? 50% (0,50).
E qual a probabilidade do desemprego subir em dois meses consecutivos apesar da média se manter estável? 50% ao quadrado, ou seja 0,25.
E qual a probabilidade do desemprego subir em três meses consecutivos apesar da média se manter estável? 50% ao cubo, ou seja 0,125.
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E qual a probabilidade do desemprego subir em sete meses consecutivos apesar da média se manter estável? 50% à sétima, ou seja 0,0078125.
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Estatisticamente é muito provável que a hipótese de que o desemprego está a subir é muito, muito forte.
Estão a ver a evolução da linha azul na figura acima? Representa a evolução homóloga do desemprego, a evolução que os jornais preferem salientar nestes tempos de geringonça porque permitem colocar valores negativos nas capas de jornais. Se esta evolução continuar, o que não acredito que aconteça, lá para Maio ou Junho teremos a linha azul acima do zero...
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Se o desemprego não mexesse nos próximos meses e se mantivesse no valor actual lá para Abril teríamos a linha azul acima do zero.
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Na figura acima a linha a vermelho representa a evolução mensal do desemprego... estamos a aproximar-mo-nos dos desempenhos dos anos de chumbo de 2011 e 2012.
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Estranho como não se passa nada. Aposto que na segunda-feira os jornais vão sublinhar os valores negativos da evolução homóloga.
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Aqui no blogue saliento a evolução positiva das exportações que, apesar de tudo, continuo a classificar como muito boa. No entanto, o problema é o mercado interno. Os investidores estão com medo da geringonça e de no próximo ano serem convidados a suportar o aumento do défice.

quarta-feira, fevereiro 24, 2016

Ainda acerca do desemprego

Ontem, chamei a atenção para o facto de há seis meses consecutivos o desemprego medido pelo IEFP estar a crescer:
"Há seis meses consecutivos que o desemprego medido pelo IEFP está a subir. A última vez que tivemos 6 meses consecutivos com o desemprego a subir foi em 2013."
 Haverá alguma relação com isto (1):
"Em janeiro, o número de empresas insolventes em Portugal cresceu 15,8% face ao mesmo mês de 2015, confirmando a tendência de crescimento sentida desde junho do ano passado.
...
No indicador de insolvências, a nota foi de crescimento em janeiro de 2016, mês em que se registaram 689 empresas insolventes em Portugal, numa subida de 15,8% face ao mesmo mês de 2015."
E com isto (2):
"A constituição de novas empresas caiu 10,1% em Janeiro, enquanto o número de empresas insolventes aumentou 15,8%, face ao mesmo mês de 2015, mantendo a tendência iniciada em Junho do ano passado, segundo a IGNIOS." 
(1) - Trechos retirados de "Insolvências de Empresas em Portugal | janeiro de 2016"
(2) - Trecho retirado de "Janeiro trouxe menos novas empresas e mais insolvências"

BTW, nesta altura em que a restauração vai ser privilegiada com a redução do seu IVA (3):
"Também a constituição de empresas mostrou uma performance menos animadora no início do ano, com 4077 empresas criadas em janeiro, ou seja, menos 10,1% do que no mesmo mês de 2015. Em termos setoriais, o único aumento relevante em termos homólogos foi na área do alojamento e restauração."
(3) - Trecho retirado de "2016 começa com menos criação de empresas e mais falências"

BTW II, mais gente a querer contribuir para o tão desejado regresso do FMI a Portugal:

Estas coincidências cheiram-me sempre a orquestrações de um puppet-maker com uma playlist interesseira. No mesmo dia, em três jornais diferentes, o mesmo choradinho: o Estado tem de nos arranjar trabalho!

terça-feira, fevereiro 23, 2016

Acerca do desemprego. Como os vários "Camõeses" nos media controlam as percepções

Como temos um governo da cor dos jornalistas, temos a divulgação dos números do desemprego controlada. 

Lembram-se desta argumentação "Se subir o desemprego, ainda desce"?
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Interessava aos jornais tornar a situação negra, afinal era o governo de Passos
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Agora que o governo é de Costa, interessa aos jornais maquilhar a situação e torná-la mais rosa. Assim o título do jornal i "Desemprego. Número de inscritos baixa em janeiro". Número de inscritos? E o desemprego?
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O anónimo da província continua agora, tal como em 2013 a olhar com cuidado para a evolução mensal do desemprego. Não mudo de indicador consoante que é oposição e quem é situação. Espero não ter de escrever um futuro postal intitulado "Se baixar o desemprego, ainda sobe".

Olhando para a figura acima, não parece estranho o título do jornal i? O gráfico é sobre a evolução do número de desempregados inscritos no IEFP-
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A curva com o número de desempregados inscritos está a subir e o melhor que o jornal i arranja para salientar é... o número de inscritos está a descer.
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Há seis meses consecutivos que o desemprego medido pelo IEFP está a subir. A última vez que tivemos 6 meses consecutivos com o desemprego a subir foi em 2013.
A azul a evolução homóloga, a castanho a evolução das diferenças mensais.
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O que é que se estará a passar na economia, isso é que é o mais importante, que se traduz neste sintoma?

domingo, janeiro 24, 2016

A imprensa amestrada

Em Abril de 2013, depois de matutar nisto, fiz uma previsão que ninguém na altura arriscava, dados os títulos dos jornais, até eu tinha uma certa vergonha de a fazer por ser tão fora do mainstream. Previ que em Agosto desse ano a variação homóloga do desemprego passaria a negativa após vários anos consecutivos do lado positivo.
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Se se recordam esse era o tempo dos títulos dos jornais feitos para criar uma atmosfera mais negra e induzir o espírito da espiral recessiva. Na altura escrevi um postal sobre os títulos do jornal i "Se subir o desemprego, ainda desce". Na altura, mês após mês, a evolução do desemprego mensal era negativa. No entanto, quando se comparava o desemprego homólogo, no ano anterior ainda havia menos desempregados. Assim, a evolução homóloga ainda era positiva. A imprensa portuguesa, ocupando um lugar na bancada da oposição, nos títulos, só se referia à evolução homóloga.
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Na altura a minha previsão falhou por um mês, a inversão ocorreu em Setembro de 2013 e não em Agosto (ver "Uma espécie de Agosto de 2013").
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Ontem, escrevi "Momento do anónimo da província e o desemprego". Eu sei que muita gente anda animada com os amanhãs que cantam de benesses atrás de benesses do mãos-largas que chefia o actual governo. Contudo, o meu lado contrarian mantém-me alerta e preocupado. Talvez mais gente, da que pensa no depois de amanhã e espalha bosta pelos campos, se retraia, já a contar que a seguir ao folguedo o pau vem bater nas costas. No postal de ontem mostrei a minha preocupação sincera com o crescimento do desemprego em Dezembro. O gráfico que fiz mostra a razão da minha preocupação, o final de 2015 foi preocupante em termos de desemprego:
Hoje, pesquiso os títulos dos jornais e sou surpreendido!
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Reparem no que o boletim do IEFP diz:
"O total de desempregados registados no País diminuiu em comparação com o mês homólogo de 2014 (-7,3%; -43 414) e aumentou face ao mês anterior (+0,9%; +4 917)." [Moi ici: Relembro que eu não trabalho com este número, desde 2013 que trabalho com o número daqueles que fazem busca activa de emprego, o qual cresceu 1,6%]
Reparem no que o JdN e o Público escrevem nos títulos:
Sinto no ar uma outra campanha:

Do boletim do IEFP relativo a Dezembro de 2015 retiro:
Do boletim do IEFP relativo a Novembro de 2015 retiro:

Comparem!
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Por que recorrem a este indicador do número de inscritos para fazer os títulos agora?


sábado, janeiro 23, 2016

Momento do anónimo da província e o desemprego

Ontem fui surpreendido pelos números do desemprego publicados pelo IEFP. Dou especial atenção ao número de pessoas desempregadas que está em busca activa de emprego e, em relação ao mês anterior, Novembro, esse desemprego aumentou 1,6%. Não me lembro do desemprego aumentar em Dezembro.
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Recolhi os números mensais de 2013, 2014 e 2015. Assumi que o número de desempregados em Janeiro era a base 100 e fui ver como foi a evolução ao longo de cada ano:
Efectivamente...
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A primeira metade de 2015 foi aquela em que o desemprego mais caiu.
A segunda metade de 2015 foi para esquecer... uma evolução preocupante.

domingo, dezembro 20, 2015

O anónimo engenheiro da província interrogou-se

Ontem no Twitter vi os comentários irónico-sarcásticos do deputado João Galamba acerca desta evolução "Número de desempregados inscritos sobe em Novembro e aproxima-se dos 65 mil" e, como anónimo engenheiro da província interroguei-me:
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- Onde está a ser gerado desemprego?
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Há anos que sigo os números do desemprego do IEFP e trabalho sobretudo com o número de desempregados à procura de emprego, não com o número total de desempregados. Recordar, por exemplo:
A vantagem de trabalhar com o número de desempregados à procura de emprego é que podemos ter uma ideia dos sectores em que emprego ou desemprego está a ser gerado. 
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Em Julho de 2015 quase atingimos o mesmo nível de desempregados à procura de emprego de Julho de 2009. Assim, usemos como base os números de Julho de 2015 e façamos a comparação com os números de Novembro de 2015 para perceber onde está a ser gerado desemprego:

Entre Julho e Novembro foram gerados 11 366 desempregados líquidos. Estes sectores que se seguem geraram 13642 desempregados:
  • 1222 vêm do sector da Agricultura;
  • 10679 vêm dos serviços;
  • 1741 não têm classificação
Os sectores da Indústria, energia e água e construção geraram emprego e por isso admitiram 2276 desempregados ao serviço.
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Vamos primeiro aos sectores onde foi criado emprego líquido:
  •  Recordam-se destes títulos desta semana "Este ano é o "pior de sempre" nas obras públicas" ou "Construção: 2015 foi o “pior ano de sempre” do investimento público"? Pressão alta a ser feita ao novo governo logo de início. Apesar disto, entre Julho e Novembro deste ano foram criados 1638 postos de trabalho no sector da construção. Mais, entre Janeiro de 2014 e Novembro de 2015 foram criados mais de 32 200 postos de trabalho na Construção. E no pior ano de gasto travestido de investimento em obra pública, entre Janeiro de 2015 e Novembro de 2015 foram criados quase 14 700 postos de trabalho.
  • Foi criado emprego, pouco, mas houve criação de emprego em praticamente todos os subsectores excepto nas indústrias extractivas (as commodities estão pela hora da morte), nas indústrias de bebidas (o sector do tabaco está a ter um ano de exportações muito bom), no calçado (um ano em que as exportações estão praticamente ao mesmo nível do ano passado) e no sector eléctrico. Tirando o calçado, todos os sectores exportadores mais conhecidos (têxteis e vestuário, metalomecânica, mobiliário) criaram emprego.
Relativamente aos sectores onde foi gerado desemprego líquido, na Agricultura e nos Serviços, vou-me concentrar nos grandes números apenas:
  • Mais 1222 desempregados na Agricultura. Terá algo a ver com a actividade sazonal?
  • Mais 8375 desempregados no subsector Alojamento, restauração e similares. Terá algo a ver com a actividade sazonal?
  • Mais 3844 desempregados no subsector Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio. Terá algo a ver com a actividade sazonal?
  • Menos 3433 desempregados no subsector Admin. pública, educação, atividades de saúde e apoio social. Por que será?
Temos assim que dos 11 366 desempregados líquidos gerados entre Julho e Novembro deste ano, 13441foram gerados por actividades sazonais!
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sábado, outubro 24, 2015

Acerca da evolução do desemprego (parte V)

Parte IParte IIParte IIIParte IVPrevisão.
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Recordo a previsão feita em Maio passado:
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Chegaremos aos 447 mil desempregados em Setembro. Aqui desempregados referem-se aos que estão inscritos como candidatos a novo emprego.
Estava à espera de um resultado melhor. Em Agosto o habitual aumento do desemprego foi bem menor do que em 2014. Contudo, em Setembro, a redução do desemprego foi muito inferior à verificada em 2014.


sábado, agosto 22, 2015

Acerca da evolução do desemprego (parte IV)

Parte IParte II, Parte III e Previsão,
A propósito dos números do IEFP de Junlo de 2015 sobre a evolução do desemprego (desempregados à procura de emprego):

Afinal ainda não foi desta que se atingiram os valores de Julho de 2009. Agora já duvido se a meta será atingida até Setembro, os próximos dois meses são meses em que o desemprego costuma subir.
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Já quanto ao número total de desempregados, estamos já bem abaixo de Janeiro de 2011:
(A azul a evolução homóloga e a vermelho a evolução mensal)

Algumas notas:

  • O grupo profissional onde o desemprego homólogo mais caiu, -19,5%, foi "Trabalhadores qualificados da indústria e artífices";
  • O desemprego homólogo caiu -18,7% no Algarve e subiu 0,4% no Norte;
  • O desemprego homólogo caiu -19,9% no sector secundário e -11,9% no sector terciário;
  • No final do mês de Julho, o IEFP tinha 20633 ofertas de emprego por satisfazer.
Aposto que os media vão martelar, não a descida do desemprego mas a redução das ofertas de emprego.



Fecho com a continuação deste gráfico:

segunda-feira, agosto 03, 2015

À atenção dos economistas "reputados" (parte II)

Parte I.
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Na parte I escrevi:
"Em Janeiro de 2002 o número de desempregados que não pertenciam à Construção + Restauração + Comércio + Imobiliário rondava os 186 mil, em Junho de 2015 ronda os quase 202 mil."
Há um pormaior que não referi na altura e que mostra como o sector transaccionável português deu uma volta enorme.
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Quando comparamos 2002 com 2015:
186 mil menos 202 mil dá uma perda de 16 mil empregos
 Só que esta análise é demasiado simplista. Basta recordar o que aconteceu ao número de trabalhadores numa série de sectores. Por exemplo:


Recordar que entre os anos 80 e o final de 2013 a ITV perdeu de 117 mil postos de trabalho.

Entre 2002 e 2014 o sector perdeu cerca de 17,5 mil postos de trabalho.
Três sectores que estão bem, que crescem nas exportações, que ultrapassaram a debandada das multinacionais com a entrada da China no comércio mundial, que ultrapassaram a derrocada do mercado interno e que se viraram para fora, mais do que nunca.
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O desemprego actual no sector transaccionável, mais do que sinal de crise é sinal de aumento brutal da produtividade.


quinta-feira, julho 23, 2015

À atenção dos economistas "reputados"

Segundo os dados publicados pelo IEFP, relativos a desempregados à procura de emprego, tendo em conta a sua origem profissional, fizemos esta a comparação entre o mês mais recente e o mês mais antigo com registos disponíveis, Janeiro de 2002.
Em Junho de 2015 há mais 150 mil desempregados do que em Janeiro de 2002.
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É realmente interessante perceber como o impacte chinês já foi digerido pelos sectores transaccionáveis:

  • Em Janeiro de 2002 o número de desempregados que não pertenciam à Construção + Restauração + Comércio + Imobiliário rondava os 186 mil, em Junho de 2015 ronda os quase 202 mil.
A grande diferença, o grande responsável pelo acréscimo de 150 mil desempregados está naqueles 4 sectores não transaccionáveis:
  • Em Janeiro de 2002 o número de desempregados que pertenciam à Construção + Restauração + Comércio + Imobiliário era pouco superior a 116,5 mil, em Junho de 2015 ronda os quase 250 mil.
Acreditam que os economistas "reputados", que defendem a saída de Portugal do euro, para baixar o desemprego, conhecem estes números?
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BTW, isto "Finns Told Pay Cuts Now Only Way to Rescue Economy From Failure". Numa economia aberta esta mensagem e terapia é necessária para os sectores não transaccionáveis quando o sistema fica insustentável. A mensagem é irrelevante para os sectores transaccionáveis porque o acerto ocorre a toda a hora e momento.

sábado, julho 18, 2015

Acerca da evolução do desemprego (parte III)

Parte I, Parte II e Previsão,

A propósito dos números do IEFP de Junho de 2015 sobre a evolução do desemprego (desempregados à procura de emprego):
Talvez no próximo mês se possa atingir a meta com os valores de Julho de 2009
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Já quanto ao número total de desempregados, estamos já abaixo de Janeiro de 2011:




Algumas notas:
"Relativamente a junho de 2014, o grupo “Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” apresentou a mais expressiva descida percentual do desemprego, -19,7%.
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A descida anual do desemprego fez-se sentir em todos os níveis de instrução. O decréscimo percentual mais elevado verificou-se no 1º ciclo do ensino básico com –15,2% face ao mês homólogo de 2014.
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O desemprego diminuiu nos três sectores de atividade económica face ao mês homólogo de 2014: -3,1% no sector primário, -19,6% no secundário e -11,3% no terciário."