sábado, julho 25, 2015

O mantra do século XXI é diferente


Nascemos num mundo que se encarrega de nos envolver em camadas e mais camadas de preconceitos, para nos facilitar a navegação nele.
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Assim, quando esse mundo muda, estamos condenados a querer continuar a navegar nele usando preconceitos que talvez já não se ajustem. Ou, então, quando queremos prever o futuro, carreamos para ele preconceitos que não farão sentido.
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A figura lá de cima descreve um grupo de empresas que tem a particularidade de basicamente não terem activos próprios que explorem.
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Qual era o mantra do século XX?
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Eficiência!!!
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Por isso, é fácil que alguém que se dedique a prever o futuro, acredite (erradamente) que esse mantra vai continuar a governar o século XXI.
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Reparem nisto:
"Within 10 years, we will see Uber laying off most of its drivers as it switches to self-driving cars; manufacturers will start replacing workers with robots; fast-food restaurants will install fully automated food-preparation systems; artificial intelligence–based systems will start doing the jobs of most office workers in accounting, finance and administration."
Quer dizer que a Uber vai trocar flexibilidade e ubiquidade pela posse, gestão e manutenção de uma frota de veículos? O truque da Uber é mesmo eficiência?
"manufacturers will start replacing workers with robots"
Pois, o futuro vai mesmo ser linhas de montagem desenhadas para produzir séries intermináveis de coisas iguais... por isso, "Um mesmo processo automatizado é demasiado rígido para Mongo".
"fast-food restaurants will install fully automated food-preparation systems"
Fast-food, o negócio é eficiência! Logo faz sentido essa evolução "New York Orders Fast-Food Workers Replaced With Robots, Kiosks, Mobile Apps" como a que ocorreu nas auto-estradas com o fim dos portageiros.
"artificial intelligence–based systems will start doing the jobs of most office workers in accounting, finance and administration."
Recordar "Acerca de sectores estáveis e demasiado homogéneos na oferta (parte VIII)"

Trecho retirado de "We need a new version of capitalism for the jobless future"

BTW, quando alguém troca ideias acerca do futuro com Carlos Slim, conversa com que experiência de vida? É como conversar com Belmiro de Azevedo, gente embrenhada no século XX e que conhecem e dominam o mantra do século XX. Será que são as pessoas mais bem preparadas para falar de um futuro baseado no Estranhistão, na antítese do século XX?

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