Recomendo uma reflexão baseada em dois textos de Niraj Dawar.
O primeiro texto é "
The Critical Role Of Context In Building Brands" e parte do vídeo com alguns anos, que muitos terão visto, de um reputado violinista a tocar anonimamente no metro de Washington, quando dias antes tinha enchido o Symphony Hall de Boston com os bilhetes a $100. A mensagem de Dawar é: o contexto é tudo.
"But ultimately, where does context reside? In the mind of the customer. By creating context, marketers play with the customers’ mind. They shape it to create the most receptive setting for the brand and the product."
O meu ponto de vista é: não podemos servir todo o tipo de clientes e para alguns, ainda que o nosso produto ou serviço seja de topo, não seremos a melhor solução pois o resultado que procuram obter nas suas vidas pode ser conseguido com uma oferta alternativa, ou mais barata, ou mais fácil, ou mais luxuosa, ou mais amizade genuína, ou mais ...
O segundo texto é "
Brands And The Consumer Hourglass Theory" e vai de encontro a muitos desabafos que faço quando vejo empresas a deixarem dinheiro em cima da mesa -
Damn! It's not about the price!!!
"Citigroup calls it the Hourglass Theory. As income inequality increases, consumers are polarizing into two groups – the few looking for high-end, highly differentiated and high value-added products, and the many looking for value, and sometimes extreme value.
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The middle, which was the staple target market of consumer goods companies since at least the mid-twentieth century, has shrunk, and continues to shrink." [Moi ici: Isto faz-nos recuar a 2005 e à polarização dos mercados]
O ponto de Dawar, com o qual estou totalmente de acordo, é que isto, o desaparecimento do mercado do meio termo, não acontece por causa do aumento das desigualdades económicas. Quantas pessoas conhecem com um bruto carrão, e que não têm onde cair mortas com dívidas? Quantos estudantes não querem gastar um cêntimo em livros e propinas, mas não hesitam em ir à discoteca da moda derreter dinheiro? [Apesar desta linguagem não faço julgamentos de valor, cada um é livre de decidir onde e como gastar o seu dinheiro, a menos que depois eu tenha de contribuir para fazer o bail-out de uns quaisquer lesados-[colocar nome dos maus de turno]]
"But while the data on income inequality are incontrovertible, there is another explanation for the hourglass that marketers should not rule out: attention scarcity.
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What if the scarce commodity at the source of the hour glass is not so much consumer income or spending, but consumer interest and attention?
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Consider for a moment that consumers now make thousands of purchase decisions in hundreds of product categories every year. They can’t possibly be experts in all of these product categories, nor do they have an interest in optimizing their choice in each product category. They just want something that will do the job."
Acredito profundamente nisto que se segue:
"for most of the thousands of choices consumers make, they merely want a reasonable product – give me something that works at a price that makes sense. This is the very definition of value.
Some consumers are willing to spend the time to learn about product categories about which they are passionate, and are usually also willing to spend more money on the better products in those categories. For all other product categories, they couldn’t care less.
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So the bifurcation of the market into what looks like an hourglass occurs, but due to attention disparity, not income disparity.
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If it is interest and consumer attention that are creating the hourglass"
Por isso, tento convencer os empresários que quando um concorrente conquista um cliente que entra num mercado pela primeira vez, o mais certo é que esse cliente ainda não esteja no patamar [de atenção] que os torna como a oferta mais adequada. O seu interesse e conhecimento vai ter de aumentar porque, por exemplo, querem subir na escala de valor, só nessa altura estarão maduros para uma outra oferta.
E no seu caso, como é?