quarta-feira, novembro 06, 2013

A parte do desempenho que depende da sua empresa

"At a granularity level of 128 global industries, we can explain 40 percent of a company’s economic profit by the industry in which it competes.
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The industry’s contribution is smaller in the top and bottom quintiles—idiosyncratic factors (Moi ici: Aquilo que depende da decisão, da história, da especificidade de cada empresa em particular) explain more of the performance differences here.

The remaining 60 percent (the company effect) represents other drivers of value. These could be attributable, first, to a company’s more granular choices about market selectiion (Moi ici: Quem são os clientes-alvo? Qual a proposta de valor?) —not just broad industries, but subsegments and geographies too. After those are accounted for, there will be a gap representing a company’s unique proprietary advantage, encapsulated in privileged assets and special capabilities. It takes real work to isolate these factors, but the pay-off can be worthwhile: first, because market selection is in many ways a more practical lever of strategy than broad attempts to lift market share and, second, because it can clear up misconceptions about the (noisy) link between performance and capabilities."

Trechos retirados de "The strategic yardstick you can’t afford to ignore"

Quando não se tem estratégia...

Ontem, o Jornal de Negócios trazia um suplemento onde se podia ler qualquer coisa como:
"A agricultura tem de ser mais profissionalizada e adoptar algumas práticas da indústria"
Uma das práticas que se enquadra na profissionalização é o pensamento estratégico.
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Quando não se tem estratégia, quando se pensa que o negócio é quantidade, é produzir, pura e simplesmente, num mundo onde não há escassez, pode-nos acontecer isto:
"Cerca de dez mil vitelos com 15 dias foram abatidos e incinerados nos Açores nos últimos dois anos, porque o subsídio comunitário para o abate compensa mais aos agricultores." 
Trecho retirado de "Milhares de vitelos incinerados nos Açores a troco de subsídio da UE"

BTW, pensei que estas práticas eram da responsabilidade "do Cavaco" e que já não se praticavam em Portugal.

E a sua empresa, o que é que pode redesenhar?

O JdN de ontem trazia este artigo "Funciona mas mesmo assim vamos redesenhar":
"Muitas das tecnologias que utilizamos hoje foram inventadas há dezenas ou centenas de anos e poucas são as pessoas que se lembram de as questionar.
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Vamos ver alguns exemplos: um multibanco pode ser completamente personalizado para o cliente. O banco pode aprender com o comportamento do utilizador e criar atalhos diferentes de acordo com o perfil de cada um. Para um utilizador com mais de setenta anos, porque não criar ícones maiores ou mesmo menus mais simples. Novos serviços ou mesmo publicidade - se a pessoa carrega todas as semanas o telemóvel no multibanco, porque não, antes de devolver o cartão, colocar publicidade da operadora a perguntar se quer carregar o telemóvel, ou mesmo, se quer que se faça um carregamento automático daquela conta todos os meses. A tecnologia permite também interagir com o local onde o aparelho está. Porque não usar as câmaras para identificar se existe uma fila de acesso ao multibanco? Se houver, a experiência pode ser mais rápida com menos menus, se não existir fila poderão ser mostrados mais opções de outros serviços do banco ou dos seus parceiros (cross selling). Todos estes pontos têm de ser sujeitos a provas de usabilidade nos diferentes mercados e clientes alvo, mas podem criar uma nova geração de multibancos."
Achei refrescante a evocação de um caso e a enumeração simples de uma série de exemplos sobre como é que a coisa pode ser feita... muito longe do fogo-fátuo deste senhor.
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E a sua empresa, o que é que pode redesenhar?~
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Que componentes da oferta, considerados constantes, considerados como dados, podem ser desafiados?

Até que enfim

Até que enfim que o actual ministro da Economia diz algo com sentido:
""Creio que as empresas que começam a conhecer tempos mais prósperos do ponto de vista de actividade não têm seguramente de estar à espera que o Estado sinalize o aumento do salário mínimo nacional para fazerem justiça e procederem aos aumentos salariais que acham possíveis e justos nas suas empresas, nos seus sectores, nomeadamente ao nível da iniciativa privada", disse o ministro, no seu discurso no Fórum de Administradores de Empresa (FAE), que hoje teve lugar em Lisboa."
Trecho retirado de "Pires de Lima: empresas não têm de esperar pelo Estado para aumentar salários"
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Sublinho quer o remeter para a iniciativa que não espera pelo Estado quer o uso da palavra "possíveis".

terça-feira, novembro 05, 2013

Remember, remember the 5th of November


Curiosidade do dia

Li no tal famoso Guião da Reforma do Estado, na página 86:
"outra ideia para debate, visando aumentar a eficácia do encontro entre a oferta e a procura de emprego, é admitir que, para além do trabalho do IEFP e do funcionamento do mercado de trabalho, a própria iniciativa privada, sobretudo na área das empresas de recursos humanos, seja desafiada, em condições legais e escrutináveis, para a tarefa de ajudar a melhorar a colocação de
desempregados em postos de trabalho. Pode pensar-se numa gestão por objetivos – um prémio por cada objetivo de colocação – e começar pelo desemprego de longa duração;"
Recordei logo "Modelo de negócio alternativo ao IEFP"

O outro país

Outro exemplo da riqueza da terra "Fundão, o paraíso para quem adora cogumelos"
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Interessante a sucessão:
  • castanhas; 
  • cogumelos;
  • mel;
  • queijo;
  • enchidos;
  • cerejas;
  • frutos secos;
  • mirtilhos;
  • pera-rocha;
  • flores;
  • kiwis;
  • hortícolas;
  • morangos;
  • relva para estádios;
  • ...
O tal país que pertence a outro mundo, isto para só falar da agricultura, que os media não percebem.
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Ainda bem que o interior começa a interiorizar que valorizar o que tem não é parolice. Tolice é tentar emular uma cidade do litoral com economia do litoral, no interior.

"Delivering the Maximally Valued Product"

Grande postal de Rags Srinivasan, "Delivering the Maximally Valued Product":
"The question is not how much the xxx costs but
  • what is the customer segment your business chose to target – does the ingredient choice fit that segment?
  • what job you want customers to hire your product for?
  • how will this ingredient change fit within the two?
  • what is the revenue upside from increasing the segment size  or from higher prices customers would pay?
  • what are the opportunity costs, what else you could be doing for the same costs?
You do not make a product decision based on what your components costs are but based on your customer and strategy. (Moi ici: Tanta, mas tanta gente que precisava de reflectir sobre isto) You do not pack value into a product because you can, you do it because it delivers the maximum value your customers are willing to pay for. (Moi ici: Por favor voltar atrás e reler duas ou três vezes)
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A Maximally Valued Product for a given customer segment is the product version that adds most value to the customers (Moi ici: Isto deve pôr à nora a malta da UTAO) while enabling marketer to extract their share of the value as price premium."
Recordo logo os empresários de calçado com marca própria e que trabalham para a nata do mercado

Para reflectir, sobre a riqueza da terra

Este texto "Castanhas "dão dinheiro" e compensam viagem de avião" é muito interessante:
"São cada vez mais os emigrantes portugueses a tirar férias nesta época do ano, para vir à terra apanhar as castanhas.
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 É o caso de António Carlos. Veio do Rio de Janeiro, Brasil, com a esposa, para apanhar as castanhas da família, tarefa que reparte com a cunhada, também emigrante.
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“Eu tiro férias nesta época porque tenho de apanhar as castanhas que eram dos meus sogros. É assim! De dois em dois anos, vimos aqui - um ano vem a minha cunhada, outro ano vem a gente”, refere à Renascença o emigrante.
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António Carlos é dentista e a esposa engenheira. Nem um nem outro percebem de agricultura, mas querem manter a herança e a tradição.  Não estão habituados ao frio da serra nem às picadelas dos ouriços, por isso contratam trabalhadores.
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O fruto de Outono é rentável. Apesar das despesas, incluindo as passagens de avião, o emigrante não tem dúvidas em afirmar que “compensa vir aqui, com este frio, apanhar a castanha. Além disso, é uma forma de mantermos a propriedade, já que foi uma lembrança de família”.
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Alfredo Alves veio de França com a esposa. Vieram para apanhar a “meia-dúzia” de castanhas que têm por Trás-os-Montes. Asseguram que o que gastam nas viagens não traz prejuízo. “Se não desse, não vínhamos”, garante."

Private label e a vantagem competitiva que vale a pena

"One alcoholic beverage company we worked with had a highly complex product portfolio and sales of the different products varied. However, a small proportion of its products represented a surprisingly large and stable volume of sales. So we designed an efficient supply chain purely to handle this stable segment and a second, more responsive one to deal with less predictable demand. These two supply chains worked in tandem, but didn’t get in each other’s way. (Moi ici: A velha lição de Skinner e de Hill. A velha incompatibilidade entre mosaico de bolas azuis versus mosaico de bolas vermelhas)
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Multiple supply chains can also customize service levels. The efficient supply chain seeks to maintain the expected service level at the lowest possible cost, whereas the goal of the responsive supply chain is the reverse: to improve service to the customer at a somewhat higher, but still acceptable, cost. Sensitive to peaks and troughs in unpredictable demand, it avoids tying up valuable capacity in the supply chain and gets the product on the shelves before it loses its appeal to the consumer.
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We also worked with a large apparel company that found it needed three supply chains—one for basic goods always in demand, one for seasonal styles updated four times a year, and one for the latest fashions. Each supply chain had a different lead time, inventory size, and mode of business planning. Basic items perpetually in demand—T-shirts and socks—were sent cheaply on slow freighters, whereas the latest fashions were whisked to the stores while demand was at its peak and they commanded the highest price.
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The much shorter interval between production and sales for seasonal and fashion items reduced storage and redistribution costs. The results were exceptional: The company was able to reduce its working capital by about 30 percent, while the gross profit margin increased by almost 6 percent."

Os empresários portugueses que apostam no private label deviam reflectir sobre o significado desta mensagem. A nossa vantagem competitiva é a nossa geografia!!!
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Não faz sentido competir com os custos asiáticos! Como é o seu cliente de private label? Tem produtos maduros, estáticos, simples, com grande saída? Se calhar não dá para ganhar dinheiro com eles.

E se forem para entregas rápidas, reposições rápidas, pequenas quantidades, muita flexibilidade?

Trechos retirados de "Why You Should Create Multiple Supply Chains"

Dedicado à UTAO

"What grade would you give your product? Your marketing? Your price is that grade.
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Price is just like that. As a company you invest time and resources developing a product or service to create real value.
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Pricing is just like grading your company on how well you created and communicated value. If you did well, then you price higher. If not, you price lower.
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When you think of pricing like self-grading, the quality of product development and the effectiveness of your marketing suddenly take on a new perspective. Do your best to earn an “A+” and your company will thrive."
Trechos retirados de "Pricing is self-grading"

segunda-feira, novembro 04, 2013

Curiosidade do dia

Ainda sou do tempo em que os autarcas portugueses faziam excursões a Hong Kong, Taiwan e outras paragens asiáticas, para encomendarem as luzes de Natal para as suas terras. Algumas chegavam e não podiam ser usadas pois não estavam preparadas para a rede eléctrica portuguesa.
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Agora temos "Este ano, o Natal de Londres vai ter luzes portuguesas"
"A empresa de Vila Nova de Gaia, Castros - Iluminações Festivas, ganhou o concurso para as iluminações de Natal da Oxford Street, em Londres, no Reino Unido.
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Segundo a publicação Design Week, a iluminação está orçada em um milhão de libras (cerca de 1,2 milhões de euros) e implicou a colocação de 1.778 bolas esféricas brancas entre Tottenham Court Road e Marble Arch. Esta iluminação será assegurada por 750 mil lâmpadas LED.""

Excelente exemplo do efeito "priming"

"Priming is an implicit memory effect in which exposure to a stimulus influences a response to a later stimulus."
"It’s well known that you get an advantage by making the first move in a price negotiation: If you’re the seller, for example, and you offer a price before the buyer does, a higher quote from you will lead to a significantly higher agreement price. But you can increase that advantage by stating your offer as a precise, rather than a round, number,
Trecho retirado de "Why You Should Make Your First Price Offer Very Specific"

O exemplo da metalurgia e metalomecânica revisitado

Actualização do exemplo da metalurgia e metalomecânica referido aqui:
"Metalurgia e metalomecânica já exporta 50% da produção"
"As exportações têm evoluído de forma muito positiva. Entre 2010 e 2013 cresceram 27%, atingindo 12.7 mil milhões de euros. Mas a particularidade mais interessante é que este crescimento tem sido feito numa altura em que os principais mercados estão em crise.
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VE - Entre os segmentos que estão a crescer, quais são os mais dinâmicos?
RCP - Há um segmento que tem a ver com o fabrico de peças técnicas. Essa é uma área dentro da metalurgia e metalomecânica que trabalha especificamente para um conjunto importantíssimo de setores, como o setor aeroespacial, aeronáutico, automóvel, ferroviário, petroquímico, construção civil. É de facto uma área onde nós nos distinguimos nos mercados mais exigentes por uma excecional relação qualidade/preço, em que estamos muito bem apetrechados, começamos a ser bastante conhecidos a todos os níveis pelos principais clientes e onde de facto temos uma capacidade instalada efetiva e uma produção crescente, tanto em quantidade como em qualidade. As nossas empresas são fornecedoras de empresas de referência nos caminhos-de-ferro de vários países europeus, indústria militar, indústria automóvel. Este é claramente um segmento dentro da metalurgia e metalomecânica onde somos muito importantes."

O exemplo do agro-alimentar

"Exportações agro-alimentares para fora da Europa aumentaram 11%"
"Mais de 67% destes bens são comprados por países da União Europeia, mas a estratégia de diversificação está, lentamente, a dar frutos: as exportações extracomunitárias aumentaram 11% entre Janeiro e Agosto deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, somando mais de um milhão de euros. E, desde 2008, as vendas para fora da UE cresceram 11,3%, atingindo, o ano passado, o valor mais alto deste período: 1.593.618 euros, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, compilados pela AICEP, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal."

Algo weird este ponto:
"Está em curso a "habilitação de certificação de exportação de carne de porco e suínos vivos" para os EAU" 
Ainda há dias um agente que oferecia os seus serviços para empresários do calçado se internacionalizarem para os Emiratos Árabes Unidos dizia:
"No pork, no pork in your shoes!" 

O exemplo da Casa da Prisca

Engraçado, na passada sexta-feira de manhã falaram-me do exemplo da Casa da Prisca de Trancoso. Hoje, no JdN, encontro dois artigos sobre a Casa da Prisca. O primeiro, "As morcelas deram o mote para a história de exportação"
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E mais, por causa de uma apresentação para empresários, a realizar no próximo Sábado, motivo pelo qual me estavam a contar o exemplo da Casa da Prisca, incluí algo que as empresas costumam considerar como constante e que não passa de uma variável que podem manipular: "em que prateleiras vender".
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Lembram-se da senhora que vendia colchas de linho na feira transmontana? O artigo sobre a Casa da Prisca foca também esse ponto "De feira em feira até às prateleiras do Harrods".
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Escusado será dizer que a UTAO não aprova esta evolução.

domingo, novembro 03, 2013

Não seguir as tretas da UTAO

Decididamente, o que dizer do sector do calçado por não seguir as tretas da UTAO?

Menos quantidade produzida e preços mais elevados.
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Imagem retirada daqui.

E a sua empresa?

"Saying yes to every prospect and every request isn't the point of most organizations. The point is to do work that people seek out, that changes things for the better, to bring ideas that spread to the world.
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Some of the legendary families that serve great pizza in New York aren't in the customer service business. They're in the great pizza business.
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Saying yes to every request is one way to do business, but it's not the only way."
E a sua empresa, que clientes, que encomendas rejeita?

Trecho retirado de "Godin's first law of pizza"

Valor em vez de preço

Uma reflexão muito interessante "On Price, Cost, Value Creation, and the Insanely Jealous":
"Price and cost are two very, very different ideas. There is no way to determine what something costs by looking at the price alone. In order to determine the cost, you have to subtract the price from the value created.
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Salespeople fall into this trap all of the time. We look at what our lower priced competitors charge as a price, not remembering that doing so means we are looking at the number completely divorced from the value being created.
We mistakenly believe that if we had a lower price that acquiring new clients would be easier. We mistakenly believe that somehow commodity pricing is an easier game to play. In fact, it’s much more difficult to sell without differentiation and where no value created is worth paying more to obtain.
We get this wrong the other way, too. We can’t understand how are competitors can justify charging a higher price. That too is because we are focused on the wrong end of the stick—the action is in the value creation, not the price.
Your competitor’s price doesn’t matter. What matters is that you create more value at your price than they create at their price. That is a lower cost and greater value.
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As salespeople (and sales organizations), we are consumed with price. Our clients are consumed with price. But price is meaningless when it is divorced from the value attached to it.
Here is a way to think about this for you and for your business. Ask the question, “What am I worth.” Or, for your business, ask the question, “What are we worth?” Instead of focusing on price, focus instead on the value that you create.
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Price is a distraction. You do yourself and your client a disservice when you focus on price. You should be focused instead on how you create the greatest amount of value. You should be focused instead on doing something worth paying for in the first place."

Vem aí estrilho... um cocktail explosivo (parte II)

A propósito de "Vem aí estrilho... um cocktail explosivo", mão amiga chamou-me a atenção para o fenómeno do aumento do consumo na China e, para o aumento das importações chinesas:
"State-owned companies are approaching UK farmers direct asking for millions of litres of milk, at a time when some farmers struggle to make a profit."
""A delicious, tasty and safe product for Chinese children, and their parents”, blasts a video ad for German pasteurised milk aimed at the Chinese market. Germany, the world’s third-largest milk producer, is making its presence felt in China, a country with insatiable demand for milk, but a local trade association says they are only seeing a small part of the benefits of Chinese demand.
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China’s insatiable demand for safe milk products had become a topic in Germany in January, when the leading tabloid Bild reported that grocery stores in major hubs such as Berlin, Frankfurt and Cologne had run out of infant formula. “We neither sell nor export to the Chinese,” Stefan Stohl, a spokesperson of Milupa, a German producer of infant formula told the tabloid at the time. “On the contrary, we try to prevent it.”" 
E recuo até Outubro de 2006... até ao último de parágrafo deste postal:
"Talvez a China e a India acabem por salvar a indústria do arroz em Portugal, crescimento da economia --> maior poder de compra --> maior consumo de arroz --> escassez global de arroz --> embaladores podem fazer melhores preços. Quem sabe?"

sábado, novembro 02, 2013

Acerca dos clientes-alvo

"Have you segmented your customers by their individual needs – that is, by preferences, or life stage, or psychographics, or some other proxy for customer motivation (and not just by customer spending level or volume)?
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Does each of your needs-based customer segments have a “protagonist” within the marketing organization – someone responsible for watching out for that particular type of customer’s interests?
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Have you launched any new products or services specifically designed to appeal more to one or more of these needs-based segments?"
Trecho retirado de "How "Customer Healthy" Are You? 4 Questions"

O poder da marca "Made in Portugal" a impor-se!!!

Já tinha lido "Rihanna escolhe sapatos portugueses para nova coleção de moda". Depois, mão amiga fez-me chegar esta outra versão "Rihanna’s winter shoe collection made in Portugal".
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O poder da marca "Made in Portugal" a impor-se!!!

Sendo do contra

Julgo que não ando muito longe da verdade ao defender que o pensamento dominante, herdado de um passado muito mais estável, considera a produção de uma oferta como algo fechado e estabelecido. Assim, estando a oferta fechada e estabilizada, por um lado, a todo o momento, podem aparecer novos concorrentes a oferecer a mesma oferta, o que comprime os preços e as margens praticadas. Por outro lado, porque a oferta é madura, já não tem novidade, vai perdendo valor para os clientes habituais, o que também contribui para uma compressão dos preços e das margens praticadas para manter o interesse na compra.
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Este enquadramento pressupõe que as empresas, para manterem ou aumentarem a facturação, têm de vender cada vez mais, têm de aumentar a produção e chegar a novos clientes em novos mercados.
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Sendo a Europa um continente envelhecido, para onde exportar? Onde estão os mercados potenciais do futuro?

Por exemplo, uma empresa que produz artigos para criança (calçado, ou vestuário, ou brinquedos, ou ...) para onde deve apontar?
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Na coluna "Children" encontramos as 25 cidades mais "in" para o mercado das crianças. E o pensamento dominante dirá que é aqui que vale a pena investir, que é aqui que está a quantidade.
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Como sou sempre do contra, vejo as coisas de uma forma diferente.
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Em vez de ter uma oferta fechada e estabilizada, penso em melhorar continuamente uma oferta sempre aberta a adaptações e evoluções. Assim, a ideia não é aumentar a facturação vendendo cada vez mais algo que vale cada vez menos mas antes aumentar a facturação vendendo o mesmo ou menos de algo que vale cada vez mais.
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Por exemplo, acerca do mercado das crianças, é claro que todos os pais gostam da sua prole. Contudo, uma família com menos filhos pode estar disposta a fazer compras mais caras por filho. Assim, não rejeitaria tão facilmente as cidades, os mercados que não estão na coluna como sendo "in". Quanto menos crianças existirem numa sociedade mais valiosas elas são para a sua família.
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Imagem retirada de "Urban world: Mapping the economic power of cities" do McKinsey Global Institute (Março 2011)

Os sapos e a água morna

Sendo uma metáfora que uso com alguma frequência na minha vida profissional, não podia deixar passar em branco esta imagem que obtive no twitter via @Indecisor.

sexta-feira, novembro 01, 2013

O exemplo da castanha

"Castanha atrai investimento de 10 milhões de euros"
"Em 2012, a castanha contribuiu com 17,5 milhões de euros para as exportações portuguesas e, segundo Manuel Cardoso, diretor regional de Agricultura e Pescas do Norte, é "o único setor que, neste momento, está a fazer com que haja incorporação de capital estrangeiro nos investimentos na região".
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Hoje em dia, a castanha é aceite no mercado como um "artigo de luxo" e aquela que é produzida na região de Trás-os-Montes destina-se essencialmente à exportação para países como Itália, Brasil, França, Suíça, Canadá, Alemanha, Holanda, Luxemburgo, Bélgica, Espanha, Angola, Estados Unidos da América, Áustria, Cabo Verde, entre outros."
Recordar "E assim, na boa, os produtores facturam entre 22,5 a 45 milhões de euros..."
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Notar:
"Fazendo uma análise dinâmica sobre a evolução do comércio português de frutos, constata-se que a castanha é o fruto que tem o maior valor líquido nas exportações portuguesas."
Trecho retirado de "A Fileira da castanha: situação actual dos mercados"

Vem aí estrilho... um cocktail explosivo.

"Número de vacas leiteiras da União Europeia não diminui pela primeira vez em mais de 20 anos"
"Em 2012, inverteu-se o padrão de crescimento do número de vacas leiteiras dos países da União Europeia. Desde há 20 anos que este número tem vindo a diminuir de forma gradual. Contudo, no ano passado registou-se um aumento de 1,1%."
Sabem que o leite é a commodity alimentar por excelência... se aumenta a capacidade produtiva e não aumenta o consumo, e não há diferenciação... vamos ter guerra de preços, vamos ter marcas a pressionar os preços dos produtores.
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Agora, somem a isto o fim das quotas leiteiras, que cocktail explosivo

Uma cena de um programa de Apanhados?



Quando pensamos que já vimos tudo... aparece sempre mais uma cena retirada de um qualquer programa de Apanhados:
"Redução dos custos laborais não está a ser acompanhada por uma redução dos preços de exportação. Empresários aproveitam procura rígida para aumentar margens, (Moi ici: Como se aumentar as margens fosse uma coisa má!!! Como se as empresas portuguesas não precisem de aumentar a sua capitalização. Como se deva existir uma relação matemática entre preços e custos... em vez de elogiar os empresários que numa conjuntura adversa conseguem o feito de aumentar preços e quotas de mercado em simultâneo... temos esta conversa da treta de quem confunde valor e preço, de quem confunde sentimento com folha de cálculo) mas essa é uma estratégia com riscos, avisa a UTAO, numa análise à competitividade em Portugal.
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a queda dos custos unitários de trabalho promovida em parte por reduções salariais não se reflectiu nos preços das vendas ao exterior.(Moi ici: Fazem-me lembrar os funcionários do BPP que perderam dinheiro tal como os clientes do banco, acreditam mesmo nas patranhas que escrevem. Lembram-se do que escrevi aqui sobre a necessidade de baixar a TSU para que os exportadores possam ser mais competitivos? Aqui e aquiAs empresas exportadoras, aproveitando uma procura externa pouco sensível aos preços, optaram por aumentar as suas margens e conseguiram até ganhar quota de mercado. (Moi ici: Será que os funcionários da UTAO, membros típicos da tríade, sabem que o mercado é muito competitivo e que para subir preços não basta um produtor desejá-lo? Será que os produtores portugueses não têm um qualquer tipo de vantagem competitiva que não reside no preço? Nunca ouviram falar do não-preço? Diferenciação, flexibilidade, proximidade, pequenas séries, condições de pagamento, design, inovação, autenticidade, experiência, ... Será que os funcionários da UTAO bebem água de garrafa ou de torneira? Será que os funcionários da UTAO sabem que se pode facturar mais vendendo o mesmo mas com um modelo de negócio diferente?)
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Este comportamento terá sido possível por uma menor sensibilidade do que por vezes se imagina das exportações aos preços: "a evidência empírica em Portugal sugere que as nossas exportações têm estado a enfrentar uma procura rígida em relação aos preços, tendo ocorrido simultaneamente ao aumento dos preços das exportações o aumento das quantidades exportadas", (Moi ici: Parece que nunca ouviram a descrição da evolução dos preços do calçado, por exemplo) escrevem os autores, salientando que há factores que podem contribuir para os ganhos de quota de mercado. Entre eles está, por exemplo, o incentivo que resulta da queda abrupta da procura interna e que empurrou muitas empresas a procurarem de forma mais agressiva mercados externos." (Moi ici: O racional deste último período é... WTH!?!?!? A procura agressiva de mercados externos é que permitiu subir preços e ganhar quota de mercado? Qual é a lógica?)
Os funcionários da UTAO julgam que uma empresa consegue subir preços por causa dos seus lindos olhos?
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Os funcionários da UTAO criticam os empresários por estarem a conseguir fazer aquilo que este blogue promove (ver marcadores):
  • A aposta no Evangelho do Valor
  • O fugir dos descontos e o conseguir preços
  • A subida na escala de valor
  • A aposta no aumento do producer surplus
  • A aposta no aumento dos preços
  • Não é vender o mesmo, é vender coisas diferentes
Os funcionários da UTAO nem imaginam que neste blogue se receia precisamente o contrário, que os empresários deixem demasiado dinheiro em cima da mesa.
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Disto eu percebo, é a minha vida.
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De quantas coisas que não são a minha vida e que não domino, estes funcionários botam faladura, transpiram autoridade e influenciam as decisões de outros... levando-os a cometer erros graves?
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Uma vantagem de ser empresário e não ligar às notícias nem a engravatados passa por evitar influências nefastas como estas.



Trecho retirado de "Exportadores aumentam margens e não baixam preços"

Anedota

Conhecem as histórias sobre as interpretações malucas, absurdas... estúpidas que os consultores levam as empresas a seguir, para poderem ser certificadas?
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Ontem à tarde em Coimbra apanhei esta cena:


Local, Estrada de Coselhas. De um lado da rua, zona habitacional com passeio, do outro, empresa de metalomecânica.
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No passeio do lado da zona habitacional estava este carrinho de mão com a placa identificativa.

Mongo, Viseu, printer 3D

Mongo - oferta personalizada. Não há produção em massa. O que um cliente recebe é diferente do que outro cliente recebe.
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Viseu - uma empresa portuguesa, com sede em Viseu.
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printer 3D - a empresa tem como missão oferecer uma “maior proteção e maior conforto” aos atletas das modalidades de hóquei e futebol, para que os mesmos possam ter um “melhor desempenho em campo”. O processo é feito através da digitalização 3D sem contacto e recorrendo a materiais de última geração. Cada jogador pode ainda definir o seu tamanho e definir o design das caneleiras.
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Trechos retirados daqui sobre a Sakproject e daqui.
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BTW, a cena das votações é secundária... quantas vezes é que o mesmo IP pode votar?

quinta-feira, outubro 31, 2013

Curiosidade do dia

"Building on the success of India’s medical tourism boom - a $1 billion business that is growing by 30% a year - Narayana Health (NH) is opening a 2,000-bed multispecialty hospital in the Cayman Islands. A short hop from the American mainland, it will begin providing care in early 2014. Uninsured and underinsured patients will be able to receive high-quality treatment at an internationally accredited hospital for less than half of what they would pay in America. The proximity of NH’s beachhead may well pressure U.S. hospitals to develop the innovative practices and systems that we describe in this article."
Trecho retirado de "Delivering World-Class Health Care, Affordably"

Uma espécie de Agosto de 2013

A minha análise inicial (Abril de 2013) dos números do desemprego publicados pelo IEFP apontava para Agosto de 2013 como o momento da viragem,  o ponto a partir do qual o desemprego homólogo do ano já seria inferior ao do ano anterior.  (Recordar série: aquiaqui e aqui)
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Agora, via números publicados pelo Eurostat, descubro que afinal não foi em Agosto de 2013, foi em Setembro de 2013.

"Número de desempregados desceu em Setembro para 864 mil, menos 9 mil do que no mês anterior. A taxa de desemprego caiu duas décimas face a Agosto, para 16,3%, o que representa o nível mais baixo em 13 meses.
...
Este é já o oitavo mês seguido em que a taxa de desemprego em Portugal não sobe, tendo neste período apenas estabilizado em Agosto face a Julho. O registo de Setembro deste ano é o mais reduzido desde Agosto do ano passado, sendo que em termos homólogos já se observa uma queda (era de 16,4% em Setembro do ano passado)."
Mais uma vez, foi neste blogue que leu primeiro esta previsão, tão absurda de fazer há poucos meses.

Gráfico e trecho retirados de "Taxa de desemprego em Portugal desce para mínimo de 13 meses em Setembro"

Apesar de ...

"Empresas já recuperaram quotas de mercado perdidas em 2005 e 2006
 .
“Houve ganhos de quotas de mercado nos últimos anos, de três, quatro pontos por ano, o que é muito significativo”, acrescentou. “As quotas que fomos perdendo até 2005 e 2006 encontram-se totalmente recuperadas. A posição [de Portugal] nos mercados externos é mais forte que em 1999”, afirmou ainda."
Apesar do euro!!!
Apesar da TSU!!!
Apesar da legislação laboral!!!
Apesar dos governos!!!
Apesar do saque dos impostos!!!
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O que é que a tríade há-de fazer para justificar este desempenho?


Trecho retirado de "Vice-governador do BdP: “Estamos em melhores condições para termos crescimento económico sustentado”"

O quadragésimo terceiro...

... postal e, não será o último, a ter como marcador "espiral recessiva".

"“A tendência positiva na constituição de empresas tem sido uma marca de 2013”, registando-se um crescimento acumulado entre Janeiro e Setembro de 16,4% face ao período homólogo, destaca o barómetro que analisa o tecido empresarial português.
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Desde o início do ano, os serviços (32%), o retalho (16%) e o alojamento (11%) foram os sectores que mais contribuiram para o surgimento de novas empresas. Já na comparação com 2012, os sectores em que houve mais constituições foram as indústrias extractivas (60%) e transformadoras (22%) e as actividades financeiras (24%).
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Lisboa, Porto e Braga foram os distritos que concentraram o maior de número de novas empresas (28%, 19% e 9%, respectivamente), mas, à excepção da Guarda (onde houve uma quebra de 0,7%), todos os distritos registaram uma evolução positiva.
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Quanto às dissoluções de empresas, mantêm a tendência de queda desde o primeiro trimestre do ano e, no terceiro trimestre, diminuíram 17% face ao mesmo período de 2012.
...
As insolvências também caíram, 5,6%, registando uma descida pelo terceiro trimestre consecutivo."
Agora é fácil ridicularizar a treta da espiral recessiva, neste blogue essa ridicularização começou a 7 de Dezembro de 2012.

Outro campeonato, uma verdadeira curiosidade do dia

Ontem, chamaram-me a atenção para estes números (Valores retirados do World Footwear 2012 Yearbook):


Comparar estes preços médios das importações, nos cinco principais importadores de calçado português, com o preço médio de 29,93 USD.

Faz pensar não faz?
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O preço médio das exportações chinesas ronda os 3,87 USD. Produzir baratos é com eles, o que importam tem de ser de outro campeonato.

quarta-feira, outubro 30, 2013

"Who Do You Want Your Customers to Become?"

"Scenarios become more provocative when written from the perspective of who the firm believes will become its fastest-growing customer in five years. (Moi ici: Esta frase não me sai da cabeça... parece-me cada vez mais potente)
...
innovation isn’t about an exchange of value at a moment in time but part of an ongoing investment in customers as appreciating assets
...
Instead of defining innovation as an investment in the company’s future, we treated it as an investment in the customer’s future. Innovations should make customers more valuable."
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Trechos retirados de "Who Do You Want Your Customers to Become?" de Michael Schrage

Vai ser interessante observar a cumplicidade

"Brands have been around for a long time. People often used symbols that stood for their products or their lineage, which may have had a relationship to the creation and purveyance of certain products. But modern branding really came into its own in the twentieth century. The ability to economically put a message in front of a consumer; the emergence of products that you could buy, rather than make yourself; and the pursuit of profits based on the economies of scale provided by manufacturing.., and communication began to suggest that creating a reason why someone should buy your product (as opposed to a competitor's) were good things. As Crawford describes it:
"Consumption, no less than production, needed to be brought under scientific management—the management of desire. Thus, there came to be marketers who called themselves "consumption engineers" in the early decades of the twentieth century."

This represents a fundamental shift away from the maker/designer model in which the duality of design was mediated through individual decisions based on how the needs of the two sides (process/final artifact) should best be served. Now business was in the driver's seat and could use a more scientific approach to streamlining production and driving demand, with brand being the emerging point of focus for the consumer. In this situation, design's biggest effect would be felt in how the brand was brought to life and used; the decisions about product were no longer open and flexible, and consumers’ attention was often diverted away from the pragmatic tangible value, of the product-in favor of the intangible and aspirational value of the brand."
E o que é que vai mudar com Mongo?
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E quando o produtor e consumidor se puderem reunir numa mesma pessoa?
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E quando o consumidor puder dialogar directamente com o produtor?
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Uma disrupção brutal do modo de vida em que a sociedade ocidental se habituou a viver nos últimos 100 anos.
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Quando os "Giant armadillos" deixarem de cavar túneis, há todo um ecossistema que vai desaparecer... um pouco como em Portugal, com o fim do escavar através das obras públicas.
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Num país socialista como Portugal vai ser interessante observar a cumplicidade e as artimanhas que os governos e os incumbentes vão implementar para atrasar Mongo, para prolongar o modelo do século XX.
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Trechos retirados de "Experience Design: A Framework for Integrating Brand, Experience, and Value"


Fugir à comoditização

A mesma tendência em todo o lado:
"Many consumers now think of some legal services ... as commodities differentiated only by price.
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Commodities, after all, are uniform products that are selected on the basis of price, because price is the only thing that differentiates one offering from another. Services become commodities when clients see the outcome of a service as standard; that is, differences from one service provider to the next are irrelevant to the client’s desired outcomes.
...
Most industries are experiencing an accelerating rate of commoditization and, therefore, pricing pressures in their markets. Many factors account for this:
  • Most industries have matured, so that knowledge and quality that once separated competitors are now commonly available.
  • Excess supply exists in most markets owing in large measure to the Internet, which has erased geographic boundaries, allowing companies to compete anywhere.
  • Retailers use store brands to pressure manufacturers to reduce their prices.
  • The Internet makes price shopping effortless for consumers and forces manufacturers into online auctions to win retail-store shelf space.
  • A growing business service sector enables competitors to quickly copy good ideas.
  • Customers have more control of companies’ images due to the rise in blogs.
Businesses try to escape commoditization through product innovation, branding centered on emotional benefits, and improved marketing communications."
Sugestões para fugir à comoditização?
"The recession offers unique opportunities to rethink your value promise and redefine the business that you are in. Before you create your next marketing plan or annual strategic plan, step back alone or with a group of partners and ask the following questions:
  • 1) Why should clients work with you, versus other firms that also are qualified to meet their needs? Be careful to answer this question from the client’s perspective. ...
  • 2) If you have a differentiated value promise, don’t rest on your laurels. What skills can you develop to make your value promise even more relevant, compelling, unique, and hard to copy? We work in a copycat economy in which competitors emulate others’ good ideas, creating more price-driven competition. The commoditization process is the gravitational force of the economy. You must keep improving your advantages to escape it.
  • 3) If you lack a differentiated value promise, what problems and frustrations do your clients face with legal services? What does or could your organization do or have that no competitor could easily match that would address these challenges and greatly benefit current or potential clients?
  • 4) How might you disrupt your own services to significantly decrease charges to clients for some or several services?
  • 5) Would a different revenue model build a higher value with key clients?"
Estas questões, esta reflexão, não serve só para escritórios de advogados, aplica-se também a uma padaria, a uma empresa de enchidos, a um hotel do interior, a ...
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Fundamental assumir a condução do destino da empresa.
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Trechos retirados de "Surpassing the Gold Standard: Differentiate Your Practice in Ways that Really Matter"

Algo a mudar na paisagem

Algo a mudar na paisagem:


terça-feira, outubro 29, 2013

Curiosidade do dia

"Substituir uns políticos por outros (remover o bloqueio político) não servirá para nada se não forem alterados os dispositivos de políticas públicas que são as fontes dos défices e da dívida."
Trecho retirado de "O que parece não é o que parece"

"life inside a cost leader looks very different from life inside a differentiator"


"Differing imperatives under low-cost strategies and differentiation strategies.In other words, life inside a cost leader looks very different from life inside a differentiator. In a cost leader, managers are forever looking to better understand the drivers of costs and are modifying their operations accordingly. (Moi ici: Recordar ao fazer a barba todos os dias)  In a differentiator, managers are forever attempting to deepen their holistic understanding of customers to learn how to serve them more distinctively. In a cost leader, cost reduction is relentlessly pursued, while in a differentiator, the brand is relentlessly built.Customers are seen and treated very differently. At a cost leader, nonconforming customers - that is, customers who want something special and different from what the firm currently produces - are sacrificed to ensure standardization of the product or service, all in the pursuit of cost-effectiveness. At a differentiator, customers are jealously guarded. If customers indicate a desire for something different, the firm tries to design a new offering that the customers will adore....Both cost leadership and differentiation require the pursuit of distinctiveness. You don’t get to be a cost leader by producing your product or service exactly as your competitors do, and you don’t get to be a differentiator by trying to produce a product or service identical to your competitors’. To succeed in the long run, you must make thoughtful, creative decisions about how to win."
Trecho retirado de "Playing to win" de Roger Martin e Lafley.

O que é que isso pode querer dizer sobre a qualidade da estratégia da Apple?

Há bocado, neste postal "O que é que a sua empresa exclui?" chamávamos a atenção para este trecho carregado de sabedoria:
"If someone else is making money on what you choose not to do, it just might be a sign that you have a good strategy."
Pois bem, agora descubro nesta reflexão de Rags Srinivasan em "Quote of the Century on Running a Business" :
"these plans would eat into Apple’s margins, and investors hate when that happens. True, but they would drive sales and improve Apple’s market share, which would be a boon to Apple’s future earnings, especially if you believe that its low smartphone market share leaves it vulnerable to Google."
Se as escolhas estratégicas da Apple deixarem espaço para que "someone else" (Google) faça dinheiro com o que a  Apple resolveu não fazer... o que é que isso pode querer dizer sobre a qualidade da estratégia da Apple?
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Nunca esquecer:
"Volume is Vanity, Profit is Sanity" ou Hermann Simon e o seu "Manage for Profit, Not for Market Share: A Guide to Greater Profits in Highly Contested Markets"

Items or insights?

"To the surprise of many, these firms are showing that commissions can sometimes do more harm than good—and that getting rid of them can open a path to higher profits.
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contingent rewards—I call them “if then” rewards, as in “If you do this, then you get that”—work well with routine tasks social scientists dub “algorithmic.” Think stuffing envelopes quickly or turning the same screw the same way on an assembly line. The promise of a reward, especially cash, excites our attention, and we focus narrowly on getting the job done.
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However, those same if-then rewards turn out to be far less effective for complex, creative, conceptual endeavors—what psychologists call “heuristic” work.
...
That leads us back to sales. In the middle of the last century, selling was fairly simple. Memorize your script, open your sample case a certain way, fire back standard responses to predictable objections—and do it over and over again until the law of averages works in your favor.
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Today, though, the transactional aspects of sales are disappearing. When routine functions can be automated, and when customers and prospects often have as much data as the saleswoman herself, the skills that matter most are heuristic: Curating and interpreting information instead of merely dispensing it. Identifying new problems along with solving established ones. Selling insights rather than items.
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Should every company forswear sales commissions? No. But simply challenging this orthodoxy helps us recognize that selling today is sophisticated, complex work—and that the people doing it therefore require incentives beyond a dangled carrot."
E recordo a diferença entre vendedores e consultores de compra.
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Trechos retirados de "A Radical Prescription for Sales" de Daniel H. Pink

I see socialists everywhere


"Assunção Cristas não quer portugueses com mais de dois cães por apartamento"
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"Governo vai limitar promoções no comércio"
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Em grande rumo à Sildávia:


O que é que a sua empresa exclui?

Este texto "When a marketing strategy isn't really a strategy at all" lista uma boa quantidade de reflexões sobre estratégia. Contudo, o que realmente me prende a atenção foi o último parágrafo:
"If someone else is making money on what you choose not to do, it just might be a sign that you have a good strategy."
Uma boa lembrança para o facto de muitas estratégicas não preverem a exclusão de nada.
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BTW, lembro-me logo dos SUV de marca Volvo.

segunda-feira, outubro 28, 2013

Curiosidade do dia

"Bicycles are outselling cars in Europe and that might not be just a blip"
"However, not all the countries where bikes outsold cars were in economic dire straits.  For instance, Lithuania, where bicycles outsold cars a little over nine times, saw its economy grow a healthy 3.6% last year. (That’s despite a slowdown in trade with the rest of the EU countries.) Even as economies recover in Europe and the US, people might be sticking to their bicycles."

Mais um exemplo

"Se guia um Audi ou um Volkswagen é bem provável que as óticas do seu carro tenham sido feitas em Cucujães, uma freguesia do concelho de Oliveira de Azeméis.
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Antes de ser adquirida pelo grupo austríaco Aspock, em 2007, a empresa fabricava componentes e moldes de plástico, atividade que exercia desde a fundação, nos anos 70. Agora está concentrada na produção de farolins e óticas. Este momento marca também um impulso no crescimento nomeadamente na investigação, em que conta com departamentos de física ótica e térmica. A especialização faz parte da estratégia da empresa que dotou a estrutura de recursos humanos especializados em áreas tecnológicas. O processo envolveu parcerias com universidades como a de Aveiro ou a do Minho.
A evolução da eletrónica e do design na iluminação automóvel beneficiou a empresa que se especializou na tecnologia LED, muito em voga no mercado.
...
Domingos Pinto explica que o negócio “está orientado para as marcas premium”, um segmento do mercado automóvel que tem conseguido manter-se à tona neste momento mais deprimido da economia."


Trechos retirados de "Aspock: Eles iluminam a estrada à sua frente"

"Managing for Strategic Success"

Um excelente artigo, relevante para o desafio de co-construir uma estratégia para uma empresa, "What Makes Strategic Decisions Diferent", de Phil Rosenzweig, publicado no número de Novembro de 2013 pela Harvard Business Review.
"the bulk of the decision-making research published to date applies to one type of decision, and it’s not the type that’s most challenging for managers. Their most important and most difficult decisions - strategic decisions with consequences for the performance of the company - call for a very diferent approach.
The fact is that people need to make up their minds in a great variety of circumstances, and it’s a source of confusion that the same word, “decision,” is used for all of them.
...
A decision. The same term is applied to routine as well as complex deliberations, to both small-stakes bets and high-stakes commitments, and to exploratory steps as well as irreversible moves.
...
before we can advise people on how to make better strategic decisions, we need to equip them to recognize how decisions differ.
For that, we need to break the universe of decisions into a few categories. We can then suggest the
best approach for each.
...
Categorizing DecisionsDecisions vary along two dimensions: control and performance. The frst considers how much we can infuence the terms of the decision and the outcome. Are we choosing among options presented to us, or can we shape those options? Are we making a onetime judgment, unable to change what happens after the fact, or do we have some control over how things play out once we’ve made the decision? The second dimension addresses the way we measure success. Is our aim to do well, no matter what anyone else does, or do we need to do better than others? That is, is performance absolute or relative?

Decisions in the Fourth FieldThe crux of our discussion comes into focus when we consider the fourth field. For these decisions, we can actively infuence outcomes, and success means doing better than rivals. Here we fnd the essence of strategic management. Business executives aren’t like shoppers picking a product or investors choosing a stock, simply making a choice that leads to one outcome or another. By the way they lead and communicate, and through their ability to inspire and encourage, executives can influence outcomes. That’s the definition of “management.” Moreover, they are in charge of organizations that compete vigorously with others; doing better than rivals is vital. That’s where strategy comes in.
...
What sort of mind-set do they require? When we can infuence outcomes, it is useful to summon high levels of self-belief. And when we need to outperform rivals, such elevated levels are not just useful but indeed essential. Only those who are able to muster a degree of commitment and determination that is by some defnitions excessive will be in a position to win. That’s not to say that wildly optimistic thinking will predictably lead to success. It won’t. But in tough competitive situations where positive thinking can influence outcomes, only those who are willing to go beyond what seems reasonable will succeed."
Penso logo no desafio de fazer passar a mensagem, em algumas empresas, de que um consultor não pode tirar uma estratégia da prateleira para aplicação.
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Uma estratégia tem de ser co-construída pela empresa, sob pena de não ser percebida, sob pena de não ser apreendida, sob pena do compromisso não ser suficientemente forte... é a tal história sobre a importância de partir pedra.

Variável em vez de constante

Trecho retirado de "Experience Design - A Framework for Integrating Brand, Experience, and Value" de Patrick Newbery e Kevin Farnham.

"This condition . . . shifting baseline syndrome . . . refers to how we become used to whatever state of affairs is true when we are born, or when we first look at a situation.
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His point is that it’s easy to take the ways things are for granted. We assume they have always been this way and will likely remain that way in the future. This can fool us into believing that there is some objective logic or rationale for why things are the way they are and that we can reliably build on that interpretation. A healthy counterview to shifting baseline syndrome is that the world is in constant flux and probably a lot less linear and serial than we think. What exists today is circumstantial, driven by infl uences we may not see, and therefore should not be assumed as being
the right, or only, way to look at things."
Ao ler isto lembrei-me logo deste postal recente "Three Dangerous Temptations":
"Accepting an Existing Choice as Immutable It can also be tempting to view a where-to-play choice as a given, as having been made for you. But a company always has a choice of where to play.
...
It is tempting to think that you have no choice in where to play, because it makes for a great excuse for mediocre performance. It is not easy to change playing fields, but it is doable and can make all the difference."
E recuo até este outro "Drive markets" onde se pode ler:
"Isto nem sempre é fácil... muitos olham para o mercado não como uma variável que se pode tentar alterar em nosso favor, mas como um dado do problema, uma condição imposta. Assim, acabam por se auto-limitar, por se auto-censurar, por reduzir as hipóteses de sucesso futuro." 

Aprender com Tom Peters

"Anybody who uses the term "efficient relationships" has never had an effective relationship. "Efficient relationship" = Oxymoron.
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NEVER FORGET: Innovation = INEFFICIENT process. Eg: Slop. Chaos. Big steps back. Disruptive oddballs. Slapdash demos. Unplanned connections.
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Innovation = INEFFICIENCY. Idle chatter. Chance encounters. Determined enemies. Daydreamers. Unrealistic deadlines. Severe under-funding.
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Nothing wakes up a planning session better than a truly half-assed, premature projected timeline.
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Want immediate engagement around a proposal? Nothing better than a horrible draft document. (Polished is a "Don't mess with this" signal.)"
Sequência de tweets de Tom Peters que arquivei em Junho passado .

domingo, outubro 27, 2013

Adivinhem!

Ao ler este artigo "Reputation is a small company’s competitive advantage. Here’s why" lembei-me de uma experiência recente.
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A terminar um projecto de apoio à implementação de um sistema de gestão da qualidade numa micro-empresa, colocou-se a questão da certificação do sistema e de a quem recorrer para o fazer.
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A empresa escolheu pedir cotações a 3 entidades.
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As três, na resposta a um e-mail enviaram um questionário e, com base na resposta a esse questionário, duas delas accionaram a "vending machine" e vomitaram uma proposta standard. A terceira, também enviou a sua proposta standard e fez algo mais, pediu uma reunião, pediu uma conversa.
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Adivinhem qual foi a entidade escolhida?
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Adivinhem se o preço alguma vez foi mencionado na reunião?
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Adivinhem qual foi o critério usado pela gerência da micro-empresa?
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Adivinhem qual era a mais pequenas (em Portugal) das entidades contactadas?
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Adivinhem qual das 3 entidades é mais conhecida mundialmente?

O que é que a sua empresa faz para o acelerar?

"If the customers come to better understand value and willing to pay price for it,  you two would be crazy not to provide that value at a price that lets you capture your fair share of value created."
"Come to better understand value" ... como é que se consegue acelerar este processo? O que é que a sua empresa faz para o acelerar?
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Estou-me a lembrar daquele anúncio televisivo em que alguém a parece a exemplificar como é que se deve actuar para desmaquilhar e tonificar a pele.

Trecho retirado daqui.

Retrato-robot


Última imagem que acabo de acrescentar a um relatório onde resumi o arranque de um projecto BSC e preparo a segunda sessão.
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A imagem está na secção intitulada "Perfil dos clientes-alvo e dos agentes-alvo"

Fundamental

"Imagining a New Where to Play Sometimes the key to finding a new place to play is to simply believe that one is possible."
Este é o ponto fundamental, acreditar que uma outra alternativa existe, acreditar que aquilo que os membros da tríade dizem e escrevem nos media não é necessariamente verdade ou uma Lei universal.
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E, depois, as decisões no âmbito da gestão estratégica resultam tanto mais quanto mais se acredita nelas.

sábado, outubro 26, 2013

Cuidado com os descontos

"Then, out of curiosity – let’s call it “research” - I asked if I was entitled to a volume discount since I was buying so much. Without giving it a second thought, the butcher chopped the per pound price from $8 to $6. As a consumer I appreciated the $60 savings - but as a consultant who helps businesses optimize their pricing, I wondered if the butcher realized how much of the store’s operating profit margin disappeared due to his hastily-considered discount.
...
While there are sound reasons to provide volume discounts, most companies over use them and offer them with too little thought. The next time you are contemplating offering a volume discount, ask yourself, “Do I really have to do this?” Back in my gourmet store, I’d already committed to buying 30 pounds of Korean ribs, discount or no discount. It was a classic case of a manager extending a discount that took a wholly unnecessary slice out of profits."
O lookingforjohn vai recordar uma cena deste tipo.

Trecho retirado de "When It’s Wise to Offer Volume Discounts"

A propósito da China

"Marruecos impulsa su industria textil para ocupar el hueco de Asia":
"El aumento de los costes de producción en Asia, especialmente en China, pone en  movimiento a los principales polos de fabricación textil en el mundo. Marruecos, uno de los mayores proveedores de la moda española, se ha marcado el objetivo de aprovechar el hueco que deja Asia en el escenario textil internacional e impulsar sus exportaciones."

Acerca da substituição das importações

"Empresas importadoras devem privilegiar fornecimentos internos, diz António Saraiva"
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Por que é que uma empresa resolve importar em vez de comprar no mercado nacional?
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Por desporto?
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Por birra?
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Por que não quer ganhar dinheiro?
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Por que não gosta do país?
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Esta semana, em reunião com um empresário, ele disse várias vezes:
"Não tenho nenhum gosto em importar a matéria-prima de Itália, preferia comprar no mercado nacional. Contudo..."
E o contudo é que estraga tudo...
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Empresas portuguesas que sobem na escala de valor, que estão a ter sucesso exportando cada vez mais, apostam na flexibilidade, na rapidez, na inovação, nas novidades...
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Muitas empresas portuguesas que podiam estar a fornecer a essa gente, continuam no modelo tradicional:
"Não apresentam produtos novos.
Não actualizam catálogos.
Não têm cores novas.
Querem quantidades grandes.
Querem prazos de entrega impensáveis.
Não conseguem rigor nas cores de um lote para o outro"
Recordar "A minha interpretação"
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António Saraiva dá o exemplo da Copam com a Portucel... IMHO é um exemplo pouco replicável e, se calhar pouco saudável para uma PME.
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A Portucel é uma empresa que produz quantidades brutais de pasta de papel... uma produção de grandes quantidades, previsível, sem grandes oscilações. O negócio é preço, logo, vão querer trabalhar com fornecedores que possam ter preços muito baixos e com capacidade de produção adequada.
A Copam começa a fornecer à Portucel... e como vai pagar o investimento para aumentar a sua capacidade produtiva? Com que margem vai trabalhar com a Portucel? E a Copam está preparada, tem estrutura comercial para exportar e ainda conseguir reduzir mais os custos? Se não o fizer, competirá sempre com quem tem escala superior e pode praticar preços mais competitivos.
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E a Portucel está disposta a abdicar de reduções nos custos para promover um fornecedor português?
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Pergunto, e a Copam não tem outras alternativas? Como pode subir na escala de valor?

sexta-feira, outubro 25, 2013

A testosterona não é boa conselheira

A testosterona não é boa conselheira na definição da estratégia das empresas, "Restauração ameaça repercutir totalmente IVA a 23% nos preços".
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Agarrem-me senão eu mato-me?

Como é que o retalho tradicional está a preparar-se para este novo mundo?

Por um lado, o impacte da redução do crédito fácil e barato para as famílias e empresas, recordar estes números de César das Neves e "Crédito às famílias caiu mais de 5,5 mil milhões nos últimos 12 meses" e começamos a pensar nas consequências para o mundo do retalho tal como o conhecemos em Portugal.
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Depois, por outro lado, tomamos consciência da enormidade do número "Comércio eletrónico deverá atingir 73,2 mil milhões em 2017":
""A economia digital tem vindo a aumentar o peso no PIB do país, à semelhança do que tem acontecido em países como Inglaterra ou Alemanha", considerou, em declarações à Lusa, Alexandre Nilo Fonseca, presidente da ACEPI - Associação do Comércio Eletrónico e Publicidade Interativa, no dia em que apresentou o estudo.
 .
O comércio eletrónico B2C cresceu 52% entre 2009 e 2012, (Moi ici: Não esquecer, num mercado em queda abrupta o comércio electrónico está a crescer, ou seja, o que o retalho tradicional está a sofrer não se deve só à baixa do poder de compra) tendo o volume de negócios ascendido a 2,3 mil milhões de euros no ano passado, com, um peso de 1,5% do peso, que deverá aumentar para 1,7% este ano (2,6 mil milhões de euros).
 .
Em 2017, o estudo da consultora IDC e da ACEPI aponta para um volume de negócios de quatro mil milhões de euros (2,5% do PIB)."
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Como é que o retalho tradicional está a preparar-se para este novo mundo?
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Um exemplo para pensar fora da caixa do mainstream

Há coincidências interessantes!
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Na passada Terça-feira ouvi falar da Abyss & Habidecor, na passada Quarta-feira referi-a neste postal "Os limites da globalização"- Hoje, encontro este artigo "A quinta de luxo no Dão que seduz reis e milionários".
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Uma história que é um exemplo que devia ser mais conhecido, estudado e percebido por muitos empresários deste país, (sabem o que penso sobre o poder do exemplo dos pares), a aplicação prática do Evangelho do Valor:
"Tinha cerca de 30 anos quando percebeu que havia um nicho de mercado que podia ser explorado: a alta qualidade. Pôs os pés a caminho de Viseu, porque Portugal está-lhe na alma, e fundou numa cave a Abyss & Habidecor.
...
A empresa foi crescendo, sempre com o objectivo de produzir qualidade e não quantidade.
O segredo da qualidade? "É tudo feito à mão, com as melhores matérias-primas, algodão do Egipto - não é qualquer algodão, é o Giza 70, um dos melhores do mundo - cachemira da Mongólia, seda da Ásia e linho - e não queremos ir por outro caminho". São as 200 pessoas que actualmente emprega o grupo, que trabalham o artigo desde o fio até à entrega ao cliente final. Pierre Lemos destaca ainda que uma das características das unidades é a flexibilidade.
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"Fazemos todos os artigos à medida que o cliente quiser e personalizamos o produto ao máximo, desde a cor até protecções contra frio ou calor extremo", salienta.
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Para o futuro, a empresa definiu um objectivo: reduzir dos actuais 1500 clientes para 500. "Queremos facturar mais com menos clientes, queremos melhores clientes, melhorar ainda mais a relação com os clientes", diz Pierre. (Moi ici: Eis um parágrafo que devia ser objecto de várias tertúlias entre empresários... o que é que isto quer dizer? o que é que isto significa? o que é que isto implica no que fazemos e como fazemos? o que é que isto implica sobre o como vendemos e comunicamos? Até parece que a frase foi escrita por este blogue e "metida" aqui só para fazer cabeças pensarem fora da caixa, fora dos condicionamentos do mainstream)

O bailado da co-evolução

Ontem, o Jornal de Negócios apresentou uma entrevista a Alberto Castro com o título "Em busca dos campeões escondidos". A certa altura pode ler-se:
"Quais são os principais problemas das PME?.Se tivesse de eleger uma debilidade diria: a qualidade da gestão. Há problemas de custo de contexto, de financiamento, de muitas outras coisas, mas o essencial é a qualidade dos recursos humanos e, dentro destes, a qualidade dos que estão no topo, no comando da empresa. As boas empresas têm tecnologia, têm organização, têm produto, dão-se bem com a concorrência porque são bem geridas."
Quanto mais contacto e conheço as PMEs mais me consciencializo que o empresário português não é, em média, nem melhor nem pior do que o de outros países.
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Voltemos à analogia entre economia e biologia e consideremos o empresário como uma espécie. As espécies não evoluem isoladas do meio onde vivem. Com um mercado interno, tradicional, conservador, "protegido" por relações de amizade, por relações com os poderes políticos instalados, por ... não era preciso evoluir muito na capacidade de gestão. Quando o mercado interno sofreu um abalo, quando as empresas tiveram de se lançar na internacionalização, quando as empresas no mercado interno tiveram de "invadir" coutadas que "pertenciam" a outros incumbentes instalados... aprofundou-se um bailado de co-evolução que até  então era, em muitos casos, incipiente. E esse bailado vai dar frutos, está a dar frutos. E esses frutos traduzem-se, por exemplo, na evolução das exportações das PMEs.
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A biologia mostra-nos que uma espécie não evolui independentemente do meio onde está inserida.

O que é que seria um valor aceitável para essa taxa?

"há muito empreendedorismo em Portugal, em alguns casos de grande qualidade, ligados nomeadamente à tecnologia e ao conhecimento, “mas a taxa de mortalidade infantil dessas empresas é muito elevada”."
O que é que o ex-líder da Associação Comercial do Porto considera "muito elevada"? O que é que seria um valor aceitável para essa taxa?
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Recordar daqui:
"Remember that 96% of all business start-ups in the US fail within 10 years,"
Trecho inicial retirado de "Rui Moreira: "A taxa de mortalidade infantil das empresas é muito elevada""

quinta-feira, outubro 24, 2013

Curiosidade do dia

Dedicado aos que acreditam que tudo pode continuar na mesma: "Elderly at Record Spurs Japan Stores Chase $1.4 Trillion":
"Unicharm Corp. (8113)’s sales of adult diapers in Japan exceeded those for babies for the first time last year. At Daiei Inc. (8263) supermarkets, customers can feel Japan aging -- literally: It has made shopping carts lighter."
Via João Pereira da Silva no Facebook

O século XXI vai ser diferente

"The impacts to business are potentially tremendous.  One can print personalized goods for your own style.  Items can be printed on-demand and delivered to you within days.  They can also be printed at scale and replicated quickly by printing an entire batch.  These resources aren’t limited to consumers alone.  Progressive companies like Nokia have made their STL 3D printing files available to the 3D printing community, encouraging them to print out their own cases.
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The potential impacts for business are quite significant:
  • Anyone can become a designer or manufacturer, without ever leaving home.
  • Rapid design and prototypes can be printed quickly.
  • No need to configure large warehouses and supply chains.  3D printers print quickly, on-demand.
  • Print only what you need, reducing the costly overhead of warehouses and excess inventory.
  • Customize and personalize for individuals, radically changing the game.
  • Eventually, use recyclable or sustainable materials, preserving our resources."

Trecho retirado de "Shapeways Delivers 3D Printing as a Service, Reshaping Business Processes"

Não ficará pedra sobre pedra "CAD Burglars: Analyst Predicts 3D Printing Will Lead to $100 Billion in IP Theft"

O exemplo do efeito da internet

Lembram-se deste exemplo "Uma pessoa, uma ideia, a sorte, e a internet"?
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Pois bem, este outro exemplo "Josefinas já rodopiam em Nova Iorque" ilustra bem o efeito da internet e como Mongo está a ser desenvolvido por milhares de girassóis, como este outro "Os sapatos também nascem em árvores"

O exemplo do vinho do Porto

"Em relação a essa última declaração Vintage, de 2009, a empresa liderada por Adrian Bridge decidiu este ano aumentar os preços entre 12% a 15%. E foi com estes topos de gama (como sempre proclamados ao mundo no dia de São Jorge, festejado a 23 de Abril) que conseguiu entrar agora em novos mercados, como o Líbano, e crescer noutros, como a Coreia do Sul, Singapura e Austrália."
Pelos vistos o sector deu a volta e percebeu que não faz sentido abastardar-se para vender volume (recordar 2008) (recordar também esta postura "posicionar o vinho do Porto na categoria do luxo")

Trecho retirado de "“Vintage” do grupo Fladgate quase esgotados após dois meses na prateleira"

BTW, parabéns ao grupo Fladgate porque sempre se concentrou no vinho do Porto.
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BTW, tendo em conta as contas do Evangelho do Valor... grande resultado!!!

ISO/CD 9001 (2015) (parte VI)

Parte I, parte II, parte IIIparte IV e parte V.
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A versão CD da ISO 9001 prevê que a cláusula da revisão pela gestão salte da secção da Liderança para a secção da Avaliação do Desempenho com a numeração 9.3.
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Comecemos por algo que parece ser um pormenor mas que me permite chegar onde quero, às árvores de transição da teoria das restrições.
"The management review shall include consideration of:
a) the status of actions from previous management reviews;
...
The outputs of the management review shall include decisions related to:"
Se calhar estou a ser um preciosista tótó; contudo, na verdade, nas "análises críticas pela gestão" (a versão brasileira de management review é mais adequada do que "revisão pela gestão") não se definem acções, tomam-se decisões.
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Depois, mais tarde, alguém tem de transformar as decisões em acções, sob pena dessas decisões nunca passarem de intenções.
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Há dias numa empresa, no final de uma reunião, os decisores estavam satisfeitos... tinham tomado um conjunto de decisões.
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E como é que essas decisões se vão materializar? Como é que uma decisão se transforma num conjunto de acções, realizadas por quem, até quanto e consumindo que recursos?
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Lembrei-me logo do capítulo 6, "Transition Tree" do livro "Thinking for a Change" de Lisa Scheinkopf.
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Continua.