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Por que é que uma empresa resolve importar em vez de comprar no mercado nacional?
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Por desporto?
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Por birra?
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Por que não quer ganhar dinheiro?
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Por que não gosta do país?
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Esta semana, em reunião com um empresário, ele disse várias vezes:
"Não tenho nenhum gosto em importar a matéria-prima de Itália, preferia comprar no mercado nacional. Contudo..."E o contudo é que estraga tudo...
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Empresas portuguesas que sobem na escala de valor, que estão a ter sucesso exportando cada vez mais, apostam na flexibilidade, na rapidez, na inovação, nas novidades...
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Muitas empresas portuguesas que podiam estar a fornecer a essa gente, continuam no modelo tradicional:
"Não apresentam produtos novos.Recordar "A minha interpretação"
Não actualizam catálogos.
Não têm cores novas.
Querem quantidades grandes.
Querem prazos de entrega impensáveis.
Não conseguem rigor nas cores de um lote para o outro"
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António Saraiva dá o exemplo da Copam com a Portucel... IMHO é um exemplo pouco replicável e, se calhar pouco saudável para uma PME.
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A Portucel é uma empresa que produz quantidades brutais de pasta de papel... uma produção de grandes quantidades, previsível, sem grandes oscilações. O negócio é preço, logo, vão querer trabalhar com fornecedores que possam ter preços muito baixos e com capacidade de produção adequada.
A Copam começa a fornecer à Portucel... e como vai pagar o investimento para aumentar a sua capacidade produtiva? Com que margem vai trabalhar com a Portucel? E a Copam está preparada, tem estrutura comercial para exportar e ainda conseguir reduzir mais os custos? Se não o fizer, competirá sempre com quem tem escala superior e pode praticar preços mais competitivos.
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E a Portucel está disposta a abdicar de reduções nos custos para promover um fornecedor português?
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Pergunto, e a Copam não tem outras alternativas? Como pode subir na escala de valor?
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