domingo, junho 23, 2019

Perguntas diferentes dão origem a visões alternativas

Perguntas diferentes dão origem a visões alternativas, "The Newsstands of the Future Will Have No Newspapers".
"The old newsstands were funded, in a way, by advertising revenue. That’s what sustained the publishers who produced the news. New Stand is, partially, a real-life ad. Up to twenty per cent of its goods are from “partner” brands, meaning the companies have paid for product placement.
...
The next frontier is inside offices. New Stand plans to open little stalls in workplaces that sell healthy snacks—organic lentil salads, chia balls—along with items like dry shampoo, charcoal toothbrushes, and CBD pain sticks. Deitchman described how, in the future, if you need a snack at work, you’ll be able to walk down the hall and buy items using the app. The news, he said, will be even more curated: “We can let the employer insert a couple of articles about what’s happening in their company into our content feed.”"

Poder armado dos normandos

No próximo ano, quando a cascata puder rebentar e libertar a impetuosidade das águas da despesa, e as bandarilhas da subida de impostos se enterrarem no lombo dos incautos e dos não-incautos, espetadas pelo poder armado dos normandos, lembre-se deste panorama de criação de emprego:
E compare com o que se dizia sobre a nossa economia quando a troika chegou.

BTW, o Jorge Marrão que escreve no JdN diz que um dia o povo vai-se revoltar contra a carga de impostos. Um tipo ingénuo e optimista:
Maduro ainda lá está, dizem-me que também está preocupado com o SNS, e com a educação, e com as pensões.

Vivemos tempos que nunca foram testados historicamente. Vivemos tempos em que sociedades inteiras não tiveram de fazer nenhum reset por causa de guerras e, por isso, têm de arcar às costas com todos os erros acumulados ao longo de décadas. (O direitos adquirido oblige)

sábado, junho 22, 2019

Estratégia e funções

"With functions, the how-to-win question is more challenging. It’s not always easy to figure out the relative value to a firm of any given function. Although Verizon can probably do a good job of estimating the value provided by its network function versus T-Mobile’s network function, it would most likely have a harder time differentiating between the relative values of the two firms’ HR or finance functions. What’s more, one company’s functions aren’t really competing directly with other companies’ functions in the same industry. That’s because the competing firms may have very different strategies, requiring different capabilities. HR might be hugely valuable for one company, whereas finance is hugely valuable for another. The HR function at the HR-driven company would not want to benchmark HR at the finance-driven company. Functions should compare themselves with functions in other companies only if the companies’ strategies are similar. Likewise, it would make no sense for HR and finance to benchmark each other. Often, the appropriate benchmark is an outsourced provider.
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The functional team should emerge from its inquiries with a number of possible strategies that answer the questions of where to play and how to win differently from the way the existing strategy does. At this point, the team has to make a choice. It cannot know for sure which of several potential strategies is the right one. But with the slate of possibilities in mind, functional leaders should ask themselves, What would have to be true for each of the strategies to be successful? They should articulate the capabilities and systems required and ask under what conditions the firm should invest in building these capabilities rather than those. With a clear idea of what the enabling conditions are, they can devise tests and experiments to help narrow their options still further."
Trecho retirado de "The One Thing You Need to Know About Managing Functions" 

Escolha de prateleiras

A propósito de "Marcas portuguesas de moda infantil 'desfilam' hoje em Florença" fico a pensar se essa será a prateleira adequada para as marcas portuguesas.

Por exemplo, a propósito de "Shut Out by Shoe Giants, ‘Mom and Pop’ Stores Feel Pinched", fico a pensar se estas "Mom and Pop stores" não poderiam ser uma situação win-win para fabricantes e marcas portuguesas.

sexta-feira, junho 21, 2019

E a demografia?

Li o artigo na íntegra, "O que se passa com a Alemanha?". Depois, fiz uma pesquisa da palavra. E não encontrei qualquer referência ao seu uso.

Nem uma vez a palavra "demografia" é usada.

Será que o perfil de necessidades de compra de uma sociedade com uma idade mediana acima dos 47 anos não tem nada a ver com o assunto?



Optimista? Realista? Pessimista?

Há pessoas que quando escrevem sobre determinados assuntos ... recorrem acriticamente às estatísticas e nem se interrogam sobre o que elas querem dizer, ou o que está por detrás desses números. Por exemplo:
"Apesar da procura nos mercados internacionais não ser muito dinâmica, as exportações de bens e serviços apresentaram um crescimento homólogo de 3,4%, e continuam a demonstrar a capacidade das empresas portuguesas ganharem quotas de mercado nos principais destinos das exportações portuguesas: Espanha, Alemanha, França e Reino Unido" 
Alguém foi aos números do INE e sacou aquele 3,4% para poder escorar a afirmação seguinte "demonstrar a capacidade das empresas portuguesas".

Se estudassem os números por detrás do número, podiam perceber o que venho relatando há cerca de um ano, a mudança de panorama das exportações portuguesas e a sua crescente fragilização: "What a difference a year makes! (parte II)"

Outro exemplo:
"Hoje, o made in Portugal é um importante ativo concorrencial."
Todos os dias vejo exemplos do que está a ser feito para dar cabo desse activo. Ainda ontem li esta aberração louca "Empresa espanhola arrasou ponte e villa romanas em Beja para plantar amendoeiras" e recordei o que se está a esvair ao copiar o modelo canceroso espanhol: "Todos vão perder".

Outro exemplo:
"A transformação digital da economia, que motivou o lançamento do Programa Indústria 4.0, cada vez mais presente na economia mundial, irá ser decisiva para alinhar as tendências do mercado com a oferta de produtos, ajustando os mecanismos de produção (aumentando a automatização dos processos, substituindo tarefas com valor reduzido, exigindo novas competências e mais qualificações aos trabalhadores) e estimulando novos modelos de negócio."
Relacionar o impacte da Indústria 4.0 na economia portuguesa é ainda mais caricato que esperar que os migrantes resolvam o problema de falta de mão-de-obra em Portugal. BTW, recordar que os macacos não voam.

Outro exemplo:
"Hoje, com taxas de desemprego baixas e uma perspetiva de evolução demográfica difícil, a sustentabilidade do crescimento tem na produtividade um eixo central."
Não sei se estou a ser pessimista, realista ... ou optimista, ao acreditar cinicamente nas palavras de Maliranta e Taleb. Nas últimas semanas tive oportunidade de contactar várias empresas pressionadas por um importante cliente para mudar de paradigma de trabalho, e esta reflexão não me sai da cabeça: Quanto tempo?

Trechos retirados de "Produtividade – o desafio essencial para sustentar o crescimento numa economia virada para o futuro"

quinta-feira, junho 20, 2019

"people do not buy products but meanings"

"… people do not buy products but meanings. People use things for profound emotional, psychological and sociocultural reasons as well as utilitarian ones.
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That perspective marks a clear path to innovation management. If people use products or objects due to emotional, psychological and sociocultural motivations, among other reasons, then companies have to look beyond features and performance and embrace the true meanings given to products by users.
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As clear as it is, this path isn’t easy to walk. Meanings are not something we can control or plan for without realizing what their true source is:
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Meanings result from cultural context, social environment, habits, norms and associations.
Meanings can’t be inspired or created without including these subtle contexts."
Trechos retirados de "People don't buy products. People buy meanings"

‘How many times did you say no today?’

Ontem de manhã cedo, ao ler “Questions Are the Answer” de Hal Gregersen encontrei:
“Ive had always noticed Jobs’s ability to maintain a laser focus on the task where his attention would make the most difference. One day Ive told Jobs he admired that, and admitted it was something he himself struggled with. Evidently, this became one of the people-development problems Jobs then decided to prioritize. In their daily encounters, Ive said, Jobs “would try to help me improve my focus by asking me, ‘How many times did you say no today?’””
Ao final do dia numa caminhada li "The One Thing You Need to Know About Managing Functions" onde encontrei:
Where should we start?” asked Stephen. Recently appointed head of innovation at a large, diversified apparel company, Stephen had been tasked with building a culture of innovation across a pretty traditional, operations-focused set of brands. So, at the end of an innovation workshop we led for him, he asked us for advice on the smartest place to get started.
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Our answer? With strategy. Begin by thoughtfully articulating the critical choices facing the innovation function. This, we said, would help his team understand where it was headed and how it would get there. He rolled his eyes. “We don’t need a strategy for our team,” he said. “The brands love us. They know they need us. Creating a strategy would be a waste of time—and we’re overwhelmed as it is. In fact, we have more work than we can handle.”
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And there it was: the very best reason to start with strategy. Stephen’s team had more work than it could possibly do. He was trying his best to serve the company and was struggling to keep up. Inevitably, work was falling through the cracks as his team tried to do everything for everyone. By denying that he needed to make strategic choices as the head of a function—about how his team allocated resources, what it prioritized, what it ignored—Stephen was in fact making a choice. He was choosing not to choose. And as a result, his team was failing to achieve much at all."

quarta-feira, junho 19, 2019

"we need to meet the needs of the target customers"

“The choice of strategy should drive the future evolution of the business. 

In Figure 4.10 the strategy choice orients the system towards the needs of specific customers. These needs then drive the required products that best meet those needs. On the right of the figure, we have the three value processes of sourcing, operations and selling. The capabilities required across these value processes are driven by the products we need to meet the needs of the target customers. The three value processes are enabled (or sometimes constrained) by the structures, systems and culture of the business. Capabilities have value only insofar as they are able to deliver customer-perceived use value (PUV) efficiently. And, in turn, the existing structure, systems and culture are only of any value where they enable the three core processes to deliver customer PUV”
Tudo começa pela escolha dos clientes-alvo.

Excerto de: Paul Raspin. “What's Your Competitive Advantage?”. Apple Books.

Keep Calm and Carry On

Li, e gostei muito de, "David e Golias" de Malcolm Gladwell. Gostei da ideia de que aquilo que para uns é visto como uma desvantagem pode na verdade ser a base para a criação de uma vantagem.

Acabo de começar a ler as primeiras linhas de “Questions Are the Answer” de Hal Gregersen e o tema fez sentido. Muitas vezes, a resolução de um problema difícil passa por olhar para ele de uma forma diferente, com um olhar diferente e colocar perguntas diferentes, que ajudam a chegar a respostas diferentes.

Também recordo uma frase que me marcou tanto nos anos 90, enquanto estava sentado num banco à espera de companhia para o jantar.
"Não é o que nos acontece que conta, é o que nós decidimos fazer com o que nos acontece."
De manhã li "The Doris Day effect – when obstacles help us" e sublinhei:
"Was the car accident that redirected her career an extraordinary twist in the story of an extraordinary life? Or was it typical of some broader truth about life, that frustrations can actually help us? Perhaps it is true that what does not kill us makes us stronger.
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Often failure is simply failure, and a setback is exactly what it seems. But sometimes the obstacle that has been placed in our path might provoke us to look around, and perhaps to discover that a better route was there all along."
Junto tudo isto e penso na loucura do Brexit...

Vai ser duro para os ingleses e pode dar para o torto de forma duradoura. Sobretudo se já tiverem uma  maioria da população a viver à custa do estado e das pensões e reformas. Mas também pode ser duro, dar para o torto durante alguns anos, até emergir um novo normal de certo modo positivo. Sobretudo se assumirem que o mundo não está contra eles e que os males que vão sofrer foram enviados por uns maus.

terça-feira, junho 18, 2019

Vêem como o panorama mudou?

Mais uma olhadela ao meu novo brinquedo para comparar as exportações em Abril de 2018 com as de Abril de 2019 naquele grupo de itens que acompanho há anos.

Vêem como o panorama mudou?

Têxteis e estratégia

Tendo em conta o meu novo "brinquedo":
A evolução homóloga das exportações para uma série de rubricas relacionadas com o têxtil e a moda.

Entretanto, no Caderno de Economia do semanário Expresso do último Sábado encontro "Têxteis tecem um novo ciclo".

Um artigo interessante a vários títulos:

  • não se detecta nenhum daquele choradinho que há 10 anos era comum no sector;
  • um exemplo concreto daquilo a que a ISO 9001 chama contexto;
  • um exemplo do que a análise do contexto deve poder ajudar a prever e a preparar uma resposta;
  • um exemplo do que deve ser a reflexão estratégica;
  • tal como há 10 anos as empresas encolheram e subiram na escala de valor, acredito que para a maioria que sobreviver a solução passará por mais um encolhimento e mais uma subida na escala de valor. Apesar de acreditar que nos próximos tempos poderemos ver o desenvolvimento de duas correntes opostas (aquilo que num Swardley map será a tendência vermelha e a tendência azul) - aproveitar a guerra comercial dos EUA com a China para tirar partido das consequências não lineares (e voltar a um novo fôlego do preço), e continuar a subida na escala de valor à custa da inovação, diferenciação e rapidez.
"As empresas continuam a investir e a desenvolver novos produtos, mas quando se fala do futuro há uma nuvem de incerteza no ar. "2019 está a revelar-se um ano complicado. Há muita volatilidade e sentimos que há desaceleração" ... "Esta tudo muito instável. A prioridade, agora, é estabilizar o negócio e ver como evolui o mercado'
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Ver as exportações fecharem o primeiro trimestre com uma quebra de 0,9% veio confirmar que o cenário está a mudar. "E esta mudança pode ser estrutural ... "as novas gerações trazem novos hábitos. Gastam mais inteiro, mas dão prioridade a coisas tecnológicas, viagens, espetáculos". "Não se trata apenas de transferência do retalho fisico para o e-commerce, porque o somatório das duas frentes também revela uma quebra", comenta. .Depois há o impacto da desvalorização superiora a 40% da lira turca num ano a aumentar a concorrência da Turquia, que tem uma união aduaneira com União Europeia, está geograficamente próxima e conquistou encomendas de marcas como a Inditex (dona da Zara), o maior cliente dos têxteis nacionais." [Moi ici: Quantas empresas têxteis com um sistema da qualidade determinaram estas questões externas e incorporaram-nas na sua revisão do sistema? E falta a acrescentar o Brexit, a guerra comercial dos EUA com a China, e ...]
Recordo esta supresa de Agosto de 2018:

Faço um reparo relativamente ao que se segue:
"neste momento, tudo é muito incerto no mercado internacional", mas a resposta passará sempre por investimento em inovação e tecnologia, design, serviço, logística."
Para mim a resposta passa primeiro pela reflexão que leva à escolha dos clientes-alvo, só depois vem o resto:
"Precisamos de muito trabalho de gestão nas empresas. Precisamos de rigor, de foco nos clientes e de foco nos produtos. Mas o caminho continua a ser aquele que já estava definido: inovação e tecnologia, serviço, valor acrescentado, produtos técnicos, atenção aos nichos de mercado, aproximação ao cliente, parcerias. Sabemos que este é um caminho de sentido único, sem retorno. A nosso favor temos o conhecimento e a experiência adquirida e temos um cluster têxtil único na Europa na forma como trabalha toda a fileira. E a isso podemos juntar o esforço das empresas nacionais para diversificarem mercados e conquistarem novos clientes."



segunda-feira, junho 17, 2019

Consequências não lineares

"Let’s turn to the numbers. Usually, slightly more than 20% of the value of goods Americans buy from abroad are made in China. But in the first four months of this year, China’s share slipped by more than two percentage points. (The value of total US imports barely budged.)
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So what countries are stepping in to fill the void? Mexico and Vietnam have benefited the most, followed by South Korea and Taiwan, according to data from the International Trade Commission.
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That said, signs of a more permanent supply chain rejiggering abound. Foreign investment in Vietnam and Thailand has surged since the beginning of this year, notes SocGen. Foxconn, which supplies Apple, is now gearing up iPhone X production in India. More recently, the company made moves to start producing in Vietnam, joining a slew of other smartphone accessory makers and suppliers.
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The backstory, however, is important here. In many cases, the trade war isn’t so much triggering a China manufacturing exodus as it is accelerating a shift in supply chains that was already well underway. China’s working-age population began shrinking back in 2012. Wages are now nearing levels in advanced economies. And low-wage workers are getting harder to find—let alone retain.
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The suddenness of the factory flight out of China might make it sound like ditching the country is a no-brainer. But for smaller companies that lack Samsung’s clout with suppliers, it’s not. Having spent years nestling their businesses around China’s rich supply chain, these firms can find themselves facing painful tradeoffs."
Temperar isto com a estória do banhista gordo, esta evolução vai dar origem a consequências oblíquas, consequências não lineares.

Trechos retirados de "The trade war is already pushing businesses out of China—and it could be permanent"

Credo na boca

Eficientismo com o credo na boca versus a lição dos nabateus:

É o que vem logo à mente, depois de ler "Investing in slack":
"Systems with slack are more resilient. The few extra minutes of time aren’t wasted, the same way that a bike helmet isn’t wasted if you don’t have a crash today. That buffer will save the day, sooner or later.
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The mistake happens when we over-index on the easily measured short-term wins and forget to account for the costs of system failure.
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Competitive environments push profit seekers to reduce slack and to play a short-term game. If your organization hits the wall, the market will survive, because we have other options. But that doesn’t mean you will survive.
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Slack is actually a bargain."

domingo, junho 16, 2019

Gentrificação

Leio "Ireland’s unequal tech boom" e recordo
 

Nope!


Nope!

Quando vi esta fotografia pensei logo nos muitos empresários que ainda não perceberam o filme em que estão metidos.

Muitas pessoas e organizações são capazes de se alhear em relação às mudanças do contexto e não perceber o seu potencial impacte. Assim, são capazes de adiar a mudança que permitirá fazer face ao que só daí a alguns anos se materializará na parede contra a qual vão bater. Basta recordar o caso das escolas privadas, como ainda esta semana referi.

Há anos que escrevo aqui sobre a evolução demográfica. Por exemplo:
Uma das consequências da agudização da evolução demográfica será o desligamento da evolução salarial da evolução da produtividade. Recordo o que escrevi sobre a crescente irrelevância do SMN:
Sabem o que acontece às empresas que aumentam os salários para lá do aumento da produtividade? Não têm futuro, fecham!

Recordo algumas reflexões:

Assim como muitas empresas têxteis francesas e alemãs se deslocalizaram para Portugal nos anos 60 e 70, porque o aumento de produtividade no sector na França e na Alemanha era incompatível com o aumento dos salários na França e na Alemanha, também por cá começaremos a sentir cada vez mais relatos deste tipo. Empresas com encomendas a terem de fechar porque não conseguem captar trabalhadores, ou não conseguem ganhar o dinheiro suficiente para pagar as dívidas.

Recordar a velhinha citação de Maliranta acerca da Finlândia acrescida da frase de Nassim Taleb:

Depois, algo que aprendi em 2007 com Maliranta e a experiência finlandesa:
"It is widely believed that restructuring has boosted productivity by displacing low-skilled workers and creating jobs for the high skilled."
Mas, e como isto é profundo:
"In essence, creative destruction means that low productivity plants are displaced by high productivity plants."
Por fim, Maliranta confirmado por Nassim Taleb:
"Systems don’t learn because people learn individually – that’s the myth of modernity. Systems learn at the collective level by the mechanism of selection: by eliminating those elements that reduce the fitness of the whole, provided these have skin in the game"
Recordar esta "Especulação perigosa" de Novembro último.

sábado, junho 15, 2019

Evolução mensal das exportações

O tweet do Nuno
 

Deu-me a ideia de fazer isto:

Cores atribuídas em função da percentagem da evolução face ao mesmo mês do ano anterior



Agora tenho de arranjar tempo para carregar 2018 e talvez 2017.

Mongo por todo o lado

Mongo por todo o lado.

Quando era adolescente descobri um shampô mainstream que resolveu os meus problemas. Ainda hoje o uso e o tema não é relevante para mim. No entanto, como somos todos diferentes, quer biologicamente, quer na importância que atribuímos aos temas, há-de haver muita gente que não está satisfeita com o serviço prestado pelos produtos mainstream.

Em Mongo não só a possibilidade de dar resposta a quem não é servido pelo mainstream aumenta, como o seu custo baixa. Em "The Future of Marketing Is Bespoke Everything" encontrei mais um exemplo desta tendência:
"Although there are billions of people in the world, it’s always tempting to believe your existence is unprecedented in some way.
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A few months ago, Prose, a start-up that offers personalized, custom-blended hair-care products based on customers’ responses to a lengthy survey, wore me down with an alluring marketing tactic: beautiful Instagram ads indulging the idea that what’s going on on my head might be too unique for whatever Sephora has to offer. If I told the company my long list of petty hair complaints, perhaps I’d never again have to stand in front of a wall of indistinguishable products, trying to guess which one might be my holy grail.
...
The personalized shampoo, conditioner, and hair mask came in simple containers that evinced a distinctly Millennial sense of understated luxury. Each had my name on the label. I wasn’t just going to wash my hair, I told myself. I was going to outsmart it.
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Now, aided by advances in manufacturing and the direct-to-consumer nature of online shopping, personalization has become the hot new thing at much more accessible prices. That’s especially true in the wellness industry, where Prose is one of a slew of new companies offering everything from custom-blended face creams to individualized vitamin cocktails. Together, these brands have attracted millions of shoppers (and millions of dollars in venture-capital funding) by tapping into something powerful: the idea that we’re all fancy and special enough to have something made just for us.
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 the current crop of companies offering personalization might end up too successful for their own good: “The problem is that when it works, competitors do it.” It’s not hard to imagine a near future in which upstarts and big brands alike will let you have it your way with a custom cocktail of nutrients or a special face serum all your own, as long as you’re willing to tell them everything about yourself."

sexta-feira, junho 14, 2019

Curiosidade do dia

Não percebo como é que estas notícias:

Não são recebidas pelos políticos e jornalistas com um sorriso. Segundo uma certa visão muito cara a estas personagens, os humanos são a fonte de todos os males e os grandes poluidores. Assim, ao diminuir a população, Portugal está a contribuir para reduzir a sua pegada ecológica.

"Such volatility highlights the folly of strategic inertia or, worse, managerial hubris"

Overcoming myopia begins with situating the organisation and its transactional environment within the broader context of society. Such a perspective recognises the deeper causal relationships that enable and drive industry dynamics and outcomes. Understanding what these causal relationships are, how they might change and how they could affect future operating dynamics is the essence of scenario planning.
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The transactional environment is the arena in which the organisation participates, where the perceived value or benefits it creates are exchanged to satisfy perceived wants and needs. The organisation has an immediate relationship with this environment. The actions of industry stakeholders can have a direct influence on the organisation; and through its policies and actions, the organisation can exert direct influence on industry outcomes. Actors within this environment include customers, employees, distributors, suppliers, regulators, competitors, unions and other relevant participants
The dynamics of the transactional environment are invariably enabled or driven by factors beyond the industry’s boundaries. Within this broader social environment are the deeper, less obvious factors influencing industry dynamics, including demographics, social values, technology, climate, legislation, employment levels and interest rates.
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Together these factors evolve, interact and combine to provide a shifting and dynamic context for the organisation’s operations. At any given time, a unique mix of factors is interacting to produce a particular operating context. And as changes occur across each of these factors, this mix changes, shaping the attitudes, behaviours, wants and needs of society, and ultimately influencing the benefits customers seek from your business 
This shifting contextual dynamic serves up a series of ongoing strategic fitness tests where the corporate challenge is to remain in alignment with the environment. Such volatility highlights the folly of strategic inertia or, worse, managerial hubris, a point well made by Theodore Levitt in his classic article ‘Marketing Myopia’. ‘In truth, there is no such thing as a growth industry,’ he argued. ‘There are only companies organized and operated to create and capitalize on growth opportunities. Industries that assume themselves to be riding some automatic growth escalator invariably descend into stagnation.’[Moi ici: Lembra-se da malta que espera a boleia da maré?]
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By instead adopting a contextual outlook, historical trends, and the forecasts based on these trends, are put into perspective. You are able to look at your historical performance, not from the position of absolute outcomes and trends, but from the deeper perspective of underlying drivers and conditions that led to those outcomes. The result is an appreciation for society’s fluency and a broader outlook towards the future.”

Trecho de Steve Tighe retirado de “Rethinking Strategy”

"niche retailers with strong identities" (parte II)

Parte I.

Um exemplo do que quero dizer quando defendo que o futuro das plataformas não é winner-take-all, "Bitchute".

Trabalhar para os extremos é terrível para quem quer triunfar no centrão.

quinta-feira, junho 13, 2019

Vai ser bonita a festa, pá!





Espero que haja uma maioria absoluta na próxima legislatura.

Claro que a actual legislatura, com um baixo défice, nos prepara para anos mais exigentes.

E você, como se está a preparar para os próximos anos?


Cassandras-doentias e opções repentinas e unilaterais

Por vezes, as organizações e o contexto que as rodeia estão em sintonia e as organizações prosperam. No entanto, o mais provável é que essa sintonia não dure para sempre, ou porque a organização muda, ou porque o contexto muda, ou porque ambos mudam.

Muitas organizações, arrisco escrever, a maioria, adiam as mudanças para fazer face à alteração do status quo, esperando que se aguardarem o suficiente os astros vão novamente alinhar-se e tudo voltará à normalidade. Só que quanto mais tempo adiam a mudança, mais a dimensão da mudança cresce.

Também há organizações que apelidam de Cassandras-doentias os que com tempo, com antecedência, avisam o que com grande probabilidade aí virá. Assim, as organizações em vez de se prepararem para  uma mais que provável disrupção, antes apostam todas as fichas na manutenção do status quo, apesar de todos os avisos.

Este artigo, "Colégio da Imaculada Conceição, em Coimbra, fecha portas. Não resistiu à “grave situação financeira”" ilustra um caso em que os sinais da mudança foram ignorados e quando se quis fazer algo já era tarde de mais.
"em 2016, o contrato chegou ao fim. “Tratou-se de uma opção repentina e unilateral tomada, na altura, pelo Ministério da Educação, à qual o CAIC foi alheio e à qual se opôs desde a primeira hora, mas sem sucesso”, refere a instituição.
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Os jesuítas garantem que foram desenvolvidos “todos os esforços para reconfigurar o Colégio à nova condição de colégio privado”. Por exemplo, “o essencial dos encargos passou a ser assumido pelas famílias” e foram “tomadas medidas no sentido de reduzir os encargos, de envolver doadores e de captar novos alunos”. Além disso, ao longo de um ano letivo (2016/2017), o colégio assegurou o seu funcionamento em regime gratuito para os alunos, mesmo já sem o financiamento do estado “num número muito significativo de turmas”.
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Mas os esforços não foram suficientes. De acordo com a Companhia de Jesus, a “insustentabilidade financeira” tornou-se numa “evidência incontornável, agravando-se os défice de exploração”."
Recordo:

quarta-feira, junho 12, 2019

"uma inconsciência quase divertida"

"A culpa, desculpem lá, é dos portugueses. Incapazes de estabelecer um nexo de causalidade, ou de ligar as acções aos autores e às consequências, os portugueses passam pela vida em sociedade com uma inconsciência quase divertida. Eu, pelo menos, diverti-me bastante a reparar na quantidade de análises que atribuem a abstenção crescente a um alegado “protesto”. Só se agora o povo protesta nas praias e nos “shoppings”, com a jovialidade típica daqueles para quem qualquer porcaria serve. Incluindo, ou talvez principalmente, a porcaria vigente. Sem escrutínio, sem contraponto, sem punição, a porcaria promete durar e deixar uma factura pesada, a título de lembrança. Mas os portugueses não se lembram de nada."

Trecho retirado de "Os dias nacionais da amnésia"

Motivação

"Design Goals, Not Chores
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Ample research has documented the importance of goal setting. Studies have shown, for example, that when salespeople have targets, they close more deals, and that when individuals make daily exercise commitments, they’re more likely to increase their fitness levels. Abstract ambitions—such as “doing your best”—are usually much less effective than something concrete, such as bringing in 10 new customers a month or walking 10,000 steps a day. As a first general rule, then, any objectives you set for yourself or agree to should be specific.
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Find Effective Rewards
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Some tasks or even stretches of a career are entirely onerous—in which case it can be helpful to create external motivators for yourself over the short- to-medium term, especially if they complement incentives offered by your organization.
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Sustain Progress
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When people are working toward a goal, they typically have a burst of motivation early and then slump in the middle, where they are most likely to stall out."

Trechos retirados de "How to Keep Working When You’re Just Not Feeling It"

Mongo é um mundo de tribos

Mongo é um mundo de tribos e de tribos com interesses assimétricos.

Eis um bom exemplo das muitas oportunidades que há por explorar, "Universal Standard wants to end the plus size binary once and for all":
"Last month, clothing brand Universal Standard announced that it would start carrying all of its items in sizes 00 to 40, officially making it the most size-inclusive retailer for women across the world.
...
With US’s 00 to 40 sizing, the founders hope to usher in what they describe as the “new normal,” a sort of paradigm shift for apparel in which, as Veksler put it: “It doesn’t matter if you’re a size two or size 32, you should be able to walk into any store or go to any website and only ask yourself one question, and that is: ‘Do I like this?’ not, ‘Does this come in my size?'”

terça-feira, junho 11, 2019

Home delivery (part II)

Part I.

Recordar "Incumbentes e franjas de mercado"

Ontem encontrei mais um sintoma sobre as consequências do tema: "Milhares de camionistas estrangeiros contratados de urgência"

"niche retailers with strong identities"

Tão interessante, tão em sintonia com a visão de Mongo como um mundo de tribos de interesses assimétricos, tão de acordo com "tu não és do meu sangue", tão de acordo com a ambivalência face a Bieber. Ninguém quer ser tratado como plancton. Trechos retirados de "The global village needs walls":
"Facebook has been a giant experiment in understanding humanity. It has proven that we actually don’t want to be part of a global community — we are instead a species of small groups and tribes. If you’re part of everything, you’re not invested in anything, and that feels bad. “Everyone, no exception, must have a tribe, an alliance with which to jockey for power and territory, to demonize the enemy, to organize rallies, and raise flags,
...
So what does this mean for business? For one, it creates an opening for a smorgasbord of social networks and social businesses.
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There should be social networks around every conceivable interest,” [Moi ici: Como não recordar o que escrevi, ao arrepio do mainstream, sobre as plataformas universais, não é winner-take-all]
...
The really exciting model is not one company to rule them all, but distributed companies and distributed wealth and revenue, and a social experience built around these supernodes,” said Bianchini, whose company is making a big bet that we’re headed in this direction. Some recent trends seem to bear it out. The number of niche social networks is exploding,
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Such fracturing of the online world is a headwind even Amazon will eventually have to battle. The bigger Amazon gets, the less it feels like it connects with your personal identity — even with algorithms that figure out what you’re most likely to buy.[Moi ici: Recordar o que escrevo sobre o big data e a miudagem]
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Just as microbrews stole customers from giant, least-common-denominator brands such as Budweiser, niche retailers with strong identities are likely to be more of a challenge to Amazon than some other centralized behemoth.[Moi ici: O que escrevo neste blogue desde sempre... cuidado com os gurus da Junqueira]"

segunda-feira, junho 10, 2019

Move ... to influential “orchestrators.”

"Much more complex than linear supply chains, business ecosystems are groups of companies and other actors (platform providers, government agencies, independent contractors, co-creating customers, and so on) whose contributions come together to produce value. The idea is that each of these parties could benefit if they took a more holistic view of their collective efforts.
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From research and practice, we are beginning to see evidence that managers who adjust their approaches to fit an ecosystems world are better able to succeed in it.
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leaders must move from being high-ranking delegators to influential “orchestrators.” In environments where leaders can’t exercise formal authority, and where collaborative triumphs trump individual achievements, they must become sharper in their ability to build communities and inspire alignment.
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To succeed in the era of platforms and partnerships, managers will need to change practice on many levels. And with the new practices of ecosystem management must come new management theory, also reoriented around a larger-scale system-level view. Both practitioners and scholars can begin by dispensing with mechanistic, industrial-age models of inputs, processes, and outputs. They will have to take a more dynamic, organic, and evolutionary view of how organizations’ capacities grow and can be cultivated.
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An economy, and in particular a capitalist economy, thrives not only when it has the right tools but when it has the right rules. Recrafting these for the era of ecosystems must be the priority of a group that is an ecosystem in itself—the scholars, consultants, regulators, and of course managers whose work shapes the enterprise of management."
Trechos retirados de "What Management Needs to Become in an Era of Ecosystems"

"it is the apparently pointless thing that makes the system work"

“When Downton Abbey first appeared in 2010, a British newspaper interviewed a nonagenarian aristocrat to ask her whether it faithfully reproduced her memories of the pre-war British country house. ‘Well there’s one thing it doesn’t tell you,’ she explained. ‘Back then, the servants literally stank.’ And in the early twentieth century, when it was proposed to install baths for the undergraduates in one Cambridge college, an elderly fellow was having none of this: ‘What do the undergraduates need baths for? The term only lasts eight weeks.
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What had caused this spectacular change in behaviour was complicated, but it was driven as much by unconscious status-seeking as by a conscious effort to improve life expectancy. Soap was sold on its ability to increase your attractiveness more than on its hygienic powers, and while it contained many chemicals that improved hygiene, it is worth remembering that it was also scented to make it attractive – supporting the unconscious promise of the advertising rather than the rational value of the product. The scent was not to make the soap effective, but to make it attractive to consumers.If we are in denial about unconscious motivation, we forget to scent the soap. If we adopt a narrow view of human motivation, we regard any suggestion of scenting the soap as silly. But, like petals on a flower, it is the apparently pointless thing that makes the system work.”

Excerto de: Rory Sutherland. “Alchemy”. Apple Books.

domingo, junho 09, 2019

Curiosidade do dia

"A desilusão é o que aparece no fim das ilusões. E que persistirá nesse estado de vazio de futuro enquanto não for feita a crítica (com confissão e penitência) do passado. A crise da bancarrota e do ajustamento não foi usada para abandonar as ilusões. Em lugar da crítica, escolheu-se reformular as mesmas ilusões com um truque de retórica: os que antes se opunham às políticas do ajustamento são os que adoptam as mesmas políticas (até porque não há outras com o valor da dívida que as ilusões do passado acumularam), trocando o programa dos cortes pelo programa das cativações: os bonés são diferentes, mas a cor é a mesma.
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vai confirmar-se que é a mudança da realidade efectiva das coisas que configura as sociedades e os partidos, não é a sociedade ou os partidos que comandam a mudança. Quando há uma descontinuidade no presente, ela faz com que o futuro que é projectado em função do passado não se confirme. Nestas condições, a memória engana em vez de orientar, e quem conduzir em função do retrovisor não irá ver a curva que está antes do futuro que vai acontecer."
Trechos retirados de "Tempos de desilusão"

Vou apenas especular (parte II)

Leio "Sonae Indústria vai fechar mais uma fábrica na Alemanha" e recuo mais de quatro anos, até Fevereiro de 2015, e ao texto "Vou apenas especular".

Falta uma dose de alquimia, "Alchemy: Or, the Art and Science of Conceiving Effective Ideas That Logical People Will Hate" segundo Rory Sutherland, ou uma dose de paixão, ou como diria o amigo Paulo Vaz, uma dose de optimismo não documentado. Há demasiados mordomos de Gondor à solta.

Tendências

Na sequência de "Alterações que podem ter implicações ..."
"BoF: What industry shifts are you most optimistic about?
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DLR: The two biggest changes are sustainability and inclusivity. 10 years ago, [sustainability] was kind of a niche topic, [but] now it’s on everybody’s lips — everyone from Zara to H&M and Arket are using sustainable fibres. Everybody in our industry is getting conscious about our impact on the environment, as well as how popular and sales-driving it can be to become more eco-responsible.
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BoF: What topics should the fashion industry be debating more vigorously?
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DLR: In my personal opinion, one of the biggest issues at the moment is overproduction. There's too much product and too many collections. The market is oversaturated. I don't know how this trend could stop but, the industry — both fast fashion and luxury brands — are moving towards the concept of dropping small capsule collections with the aim of selling out. This could be a test for being more limited in production.
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BoF: What are you doing differently in your role this year?
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DLR: My roles at Valentino and Loro Piana are the complete opposite of overproduction. We actually want to produce and sell just a bit less than what people are going to buy because in luxury, we are all based on rarity and desirability. We cannot — and do not want to — overproduce. It has to remain a very special and precious style that you will keep for years, if not generations.
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At Loro Piana, our ultimate focus is quality, durability [and] sourcing the most precious fibres out there. On a professional and personal level, it's already going against this overproduction and overconsumption, as it's a kind of conscious consumption."
Acham que as estruturas produtivas de ontem continuarão a ser as de amanhã?

Trechos retirados de "Loro Piana's Danielle Lesage-Rochette: 'One of the Biggest Issues at the Moment Is Overproduction'"

sábado, junho 08, 2019

Intuição estratégica

Interessante como responsáveis de livrarias pequenas têm uma intuição estratégica muito mais afinada do que muito doutor e engenheiro em empresas grandes, "‘Amazon doesn’t play with the kids’: why booksellers are beating the odds":
"Books and bookshops are on the up. Sales of printed books have risen for the fourth successive year; sales of ebooks are falling; and, perhaps most encouraging of all, despite two recent high-profile store closures, the number of independent bookshops is growing again after decades of decline. Books – and readers who want to experience bookshops, rather than buy from Amazon – are not dead. The physical world lives on.
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Most of the independents who responded are positive, although some are having to diversify to stay afloat. One has opened a tea room, while another I spoke to has closed her shop but plans to start selling children’s books from a boat. A would-be bookseller in Olney, Buckinghamshire, has bought a bus and hopes to sell children’s books from that. Shops are expensive to run, so bibliophiles are using their ingenuity."

What a difference a year makes! (parte II)

Parte I.

A evolução das exportações este ano - números do INE. 


Sabem o quanto aprecio aquele "Parcial I" (Julho e Setembro de 2017). 


À partida podíamos apreciar a evolução positiva do Parcial I de 16,2% do total para 29,6% do total, mas não enganemos a nós próprios... o Parcial I em valor absoluto caiu mais uma vez e até o Parcial II caiu. 

Olhando para a evolução das exportações de automóveis só se pode concluir que continua a fragilização da economia exportadora portuguesa.

BTW, para alguns sectores, como o calçado, 2019 é de encolhimento em cima de encolhimento.

sexta-feira, junho 07, 2019

"context and framing matter”

“we should remember that if you design something in a certain way, people can perceive something which doesn’t exist in reality.
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What really is and what we perceive can be very different.
This is where physical laws diverges from psychological ones. And it is this very divergence which makes Alchemy possible.
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In the same way, you cannot describe someone’s behaviour based on what you see, or what you think they see, because what determines their behaviour is what they think they are seeing. This distinction applies to almost anything: what determines the behaviour of physical objects is the thing itself, but what determines the behaviour of living creatures is their perception of the thing itself.
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If you are a scientist, your job is to reach beyond the quirks of human perception and create universally applicable laws that describe objective reality. Science has developed sensors and units of measurement, which measure distance, time, temperature, colour, gravity and so on. In the physical sciences we quite rightly prefer these to warped perceptual mechanisms: it does not matter whether a bridge looks strong – we need to know that it really is strong.
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A problem arises when human sciences – politics, economics or medicine, say – believe this universalism to be the hallmark of a science and “pursue the same approach; in the human sciences, just as in TV design, what people perceive is sometimes more important than what is objectively true.
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In physics and engineering, objective models usually make problems easier to solve, while in economics and politics objectivity might make things harder. Some pressing economic and political issues could be solved easily and cheaply if we abandoned dogmatic universal models; just as TV designers don’t wrestle with the problem of producing the entire spectrum of visible light, policy-makers, designers and businessmen would be wise to spend less time trying to improve objective reality and more time studying human perception and moral instinct.
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Economic logic is an attempt to create a psychology-free model of human behaviour based on presumptions of rationality, but it can be a very costly mistake. Not only can a rational approach to pricing be very destructive of perceived savings, but it also assumes that everyone reacts to savings the same way. They don’t, and context and framing matter.”
Trecho retirado de "Alchemy: Or, the Art and Science of Conceiving Effective Ideas That Logical People Will Hate" de Rory Sutherland.

Alterações que podem ter implicações ...

Alterações que podem ter implicações para a indústria portuguesa:

  • encomendas mais pequenas;
  • mais encomendas feitas para reposição;
  • menos tempo entre a data de recepção da encomenda e a data da sua entrega;
  • mais encomendas colocadas na Europa do que na Ásia?
Na sequência de "France Moves To Ban The Destruction Of Unsold Luxury Goods In Favor Of Recycling":
"The French government announced an end to the destruction of unsold non-food stock earlier this week, calling time on a practice that is common in the luxury retail sector. More than $730 million of returns and unsold inventory are routinely thrown away or destroyed by consumer goods retailers in France, and the practice is widespread in the luxury sector in an effort to maintain label exclusivity. The current value of goods thrown away or destroyed is five times more than those given away." 
 Não é só no "common in the luxury retail sector". Recordar:

quinta-feira, junho 06, 2019

Interessante

Por um lado, "Número de portugueses empregados baixa pela primeira vez desde 2013", por outro, "Entrada de portugueses no Luxemburgo aumentou pela primeira vez em cinco anos".

Ruidosamente a caminho da Sildávia.

Evitar o seu Tancos

Ontem de manhã, na minha caminhada matinal, li:
Blame, unlike credit, always finds a home, and no one ever got fired for booking JFK. By going with the default, you are making a worse decision overall, but also insuring yourself against a catastrophically bad personal outcome. In his book Risk Savvy (2014), the German psychologist Gerd Gigerenzer refers to this mental process as ‘Defensive Decision-Making’ – making a decision which is unconsciously designed not to maximise welfare overall but to minimise the damage to the decision maker in the event of a negative outcome. Much human behaviour that is derided as ‘irrational’ is actually evidence of a clever satisficing instinct – repeating a past behaviour or copying what most other people do may not be optimal, but is unlikely to be disastrous. We are all descended from people who managed to reproduce before making a fatal mistake, so it is hardly surprising that our brains are wired this way."
De tarde estive numa reunião onde me descreviam os comportamentos de um cliente... fiz logo a associação.

O cliente despeja as coisas para que os seus funcionários evitem problemas. Até comentei:
- Parece que querem evitar o seu Tancos. Por isso, chutam para o fornecedor.

Excerto de: Rory Sutherland. “Alchemy”. Apple Books.

quarta-feira, junho 05, 2019

"The modern education system ..."

“The modern education system spends most of its time teaching us how to make decisions under conditions of perfect certainty. However, as soon as we leave school or university, the vast majority of decisions we all have to take are not of that kind at all. Most of the decisions we face have something missing – a vital fact or statistic that is unavailable, or else unknowable at the time we make the decision. The types of intelligence prized by education and by evolution seem to be very different.”

Trecho retirado de "Alchemy: Or, the Art and Science of Conceiving Effective Ideas That Logical People Will Hate" de Rory Sutherland.

Uma das tendências do mercado actual

Um artigo interessante sobre uma das tendências do mercado actual "More Americans Are Living Solo, and Companies Want Their Business":
"More Americans than ever are living alone these days, and many don’t want to bake full-size cakes, buy eggs by the dozen, run half-loaded dishwashers or store 24-packs of toilet paper.
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Consumer-products companies are taking note, catering to what they see as a lucrative market for single-person households by upending generations of family-focused product development and marketing. Appliance makers are shrinking refrigerators and ovens. Food companies are producing more single-serving options. Household-product makers are revamping packaging.
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“We have to go beyond the paradigm of the middle-class family of four for growth, so smaller households have been a huge focus for us,”
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Looking beyond the family of four, she says, “is a really big shift.”
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Today, 35.7 million Americans live alone, 28% of households. That is up from 13% of households in 1960 and 23% in 1980, according to the U.S. Census Bureau. Delayed or foregone marriage, [Moi ici: Ontem de manhã sentado no hall de um hotel, enquanto aguardava a chegada de uma pessoa, ouvia uma conversa de turistas brasileiras todas bem entradas na terceira idade. Uma delas dizia para as outras, com um toque de reprovação, que o filho de 34 anos nem pensava em casar] longer life expectancy, urbanization and wealth have contributed, demographers say.
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Researchers have found many affluent, single-person households in urban areas tend to spend more per person than larger ones. They are often willing to spend more for a unit of something—twice as much, say, for chopped romaine as a whole head.
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Some want smaller appliances but bigger closets, or prefer one huge roll of toilet paper over multiple backup rolls they must store somewhere. Many marketers approach single-person households with urban consumers in mind.
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For generations, consumers favored appliances with the biggest capacity, so manufacturers have long boasted how many towels squeeze into a washing machine or how easily a large turkey slides into an oven. But small households usually choose appliances by finding which will best fit their space, companies say.
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“They’re not trying to load every towel in from the pool,”"

terça-feira, junho 04, 2019

A personalização

Este texto levanta um tema interessante: a customização levada ao extremo, a personalização, será viável economicamente?

Acredito que será, algures no futuro, mas não com as empresas de hoje e com os modelos económicos de hoje. Terão de começar por produtos premium e, por tentativa e erro, ir construindo os modelos de negócio que vão resultar. Terão de ser empresas mais pequenas, se calhar cooperativas com estruturas produtivas partilhadas. Terão de ser produtos para durar uma vida e que voltarão mais do que uma vez ao fabricante para reparação. Terão de ser produtos co-criados em proximidade.

Não digo que o modelo actual de produção desapareça completamente, mas  deixará de ser tão comum certamente.


Home delivery

Desde 2010 que era tão previsível o sucesso do "home delivery". Recordar o uso do marcador.

Agora, "FedEx to deliver 7 days a week to satisfy online shoppers"... e os CTT desde mundo? Presos a modelos de negócio do passado, mais preocupados em defender o passado do que abraçar a mudança para conquistar o futuro.

segunda-feira, junho 03, 2019

A supporting role

"Problems are stories — it’s a dull tale that has no conflict to resolve. The customer on the other side of that table is the protagonist in their own adventure. We’ve selected them as a persona that might be interested in casting us as their hero (or even in a supporting role that lets them be the hero of their own story)."

É isto, voltar a Luke e a Yoda: "Parte III - O cliente é que é o Luke"

Trecho retirado de "What a Journalist Can Teach Lean Startups about Customer Interviews"

Show me the money!

Um pouco por todo o lado vejo sintomas do crescimento canceroso no mundo agrícola... uma pena.

A propósito de "O maior desafio dos produtores de vinho é aumentar a capacidade negocial":
"Ao fim de seis anos, os vinhos portugueses ultrapassaram os franceses e os italianos em volume de venda para o Brasil, disputam de perto o segundo lugar com a Argentina e já puseram o Chile em sentido, roubando-lhes dez por cento do mercado.
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Há espaço para todo o tipo de vinhos e lugar para todos os visitantes, dos mais exigentes aos menos conhecedores. [Moi ici: Portanto, ausência de estratégia?] Todos os bilhetes para as provas de vinho e academias esgotaram em horas e as filas para o salão de degustação são prova do sucesso do evento." [Moi ici: Qual o preço médio? Esse devia ser o critério de sucesso?]

domingo, junho 02, 2019

A vida é um eterno retorno (parte III)

Parte I e Parte II.

O que não era relevante para a competição quando o pico da esquerda estava a crescer, passa a ser relevante quando o pico da direita começa a crescer.

Lembram-se do banhista gordo?

Lembram-se do banhista gordo?


Confrontar com "Logistics Bottlenecks Hamper Efforts to Produce Less in China":
"Companies looking to move some production from China to other Asian countries to avoid mounting U.S. tariffs on Chinese imports face significant bumps in the road.
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Manufacturers and supply-chain experts say logistics infrastructure in Southeast Asia, where many goods-makers are scouting for new production sites, remains far less developed than China’s long-established connections between factories, suppliers and customers around the world.
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Poor roads, sparse rail lines and congested ports in Vietnam, Thailand, the Philippines, Cambodia and other potential manufacturing destinations in Southeast Asia have stretched out delivery schedules and raised shipping costs, according to manufacturing and transportation company executives, even as companies have migrated some factory work to the region in the past decade in search of lower labor costs.
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Even before U.S. tariffs, factory work in Southeast Asia has been growing as companies have sought lower costs while wages and other expenses in China have increased. That manufacturing migration has taken on more urgency for some producers as the trade conflict between the U.S. and Washington has heated up, with a new round of back-and-forth tariffs this spring and threats of higher levies this summer."

sábado, junho 01, 2019

A vida é um eterno retorno (parte II)

Parte I.


A propósito de "Fashion chains use factories in Africa that pay £5 a week"... e de "Não está fácil":
"Tivemos um recuo na ordem dos 3% nas vendas ao exterior [Moi ici: em 2018] e a surpresa foi apenas uma: já não estávamos habituados.
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No primeiro trimestre ainda sofremos uma quebra de 10%" [Moi ici: em 2019
Começámos uma recuperação de 10 anos no sector do calçado tirando partido da carta da rapidez face à China. No entanto, cada vez mais alternativas rápidas vão surgindo e com custos mais baixos.



Abordagem baseada no risco e os processos

Ontem recebi uma pergunta interessante:
"Estou um pouco confuso sobre se as inspecções de recepção das mercadorias dos clientes devem ou não ser incluídas no procedimento de recepção.  Somos um armazém que recebe e armazena as mercadorias dos clientes. Como os produtos não são de fornecedores, mas de clientes, as verificações a serem realizadas precisam estar no procedimento de recepção?"
A pergunta é interessante porque permite exemplificar como sempre vi a aplicação aos processos da abordagem baseada no risco.

Vamos imaginar que o autor da pergunta observou as actividades em torno da recepção de mercadorias do cliente para serem armazenadas no seu armazém. Vamos supor tenha anotado as seguintes atividades:

  • Receber camião;
  • Verifique papéis;
  • Determinar o local de armazenamento;
  • Descarregar camião; 
  • Armazenar mercadorias;
  • Atualizar inventário.

Agora, aplicando a abordagem baseada no risco e pensando com as pessoas que trabalham no processo: o que é que pode correr mal no processo?

E listam-se coisas como:

  • Recepção de mercadorias endereçadas a outros;
  • Recepção de mercadorias (quantidades e / ou referências) diferentes do que está no manifesto de carga;
  • Recepção de mercadorias com embalagem danificada ou violada;

Agora, há que aplicar uma avaliação a estes riscos, para os classificar como críticos ou não críticos.

Se a organização considera alguns dos riscos determinados como críticos, então é preciso desenvolver planos de ação para lidar com esses riscos críticos. Um dos planos de ação pode ser verificar quantidades e referências durante a descarga e registar o resultado. Outro plano de ação poderá ser a criação de um conjunto de imagens que serão usadas para classificar um dano ou violação de embalagem como relevante. Nesse caso, os eventos são registados, fotografados e comunicados imediatamente ao cliente.

A organização não usará os produtos, mas será responsável pelas quantidades e estado enquanto estiver à sua guarda.

Se os riscos são críticos, então as acções realizadas diariamente para os controlar ou minimizar devem fazer parte do procedimento.