A evolução homóloga das exportações para uma série de rubricas relacionadas com o têxtil e a moda.
Entretanto, no Caderno de Economia do semanário Expresso do último Sábado encontro "Têxteis tecem um novo ciclo".
Um artigo interessante a vários títulos:
- não se detecta nenhum daquele choradinho que há 10 anos era comum no sector;
- um exemplo concreto daquilo a que a ISO 9001 chama contexto;
- um exemplo do que a análise do contexto deve poder ajudar a prever e a preparar uma resposta;
- um exemplo do que deve ser a reflexão estratégica;
- tal como há 10 anos as empresas encolheram e subiram na escala de valor, acredito que para a maioria que sobreviver a solução passará por mais um encolhimento e mais uma subida na escala de valor. Apesar de acreditar que nos próximos tempos poderemos ver o desenvolvimento de duas correntes opostas (aquilo que num Swardley map será a tendência vermelha e a tendência azul) - aproveitar a guerra comercial dos EUA com a China para tirar partido das consequências não lineares (e voltar a um novo fôlego do preço), e continuar a subida na escala de valor à custa da inovação, diferenciação e rapidez.
"As empresas continuam a investir e a desenvolver novos produtos, mas quando se fala do futuro há uma nuvem de incerteza no ar. "2019 está a revelar-se um ano complicado. Há muita volatilidade e sentimos que há desaceleração" ... "Esta tudo muito instável. A prioridade, agora, é estabilizar o negócio e ver como evolui o mercado'
...
Ver as exportações fecharem o primeiro trimestre com uma quebra de 0,9% veio confirmar que o cenário está a mudar. "E esta mudança pode ser estrutural ... "as novas gerações trazem novos hábitos. Gastam mais inteiro, mas dão prioridade a coisas tecnológicas, viagens, espetáculos". "Não se trata apenas de transferência do retalho fisico para o e-commerce, porque o somatório das duas frentes também revela uma quebra", comenta. .Depois há o impacto da desvalorização superiora a 40% da lira turca num ano a aumentar a concorrência da Turquia, que tem uma união aduaneira com União Europeia, está geograficamente próxima e conquistou encomendas de marcas como a Inditex (dona da Zara), o maior cliente dos têxteis nacionais." [Moi ici: Quantas empresas têxteis com um sistema da qualidade determinaram estas questões externas e incorporaram-nas na sua revisão do sistema? E falta a acrescentar o Brexit, a guerra comercial dos EUA com a China, e ...]
"neste momento, tudo é muito incerto no mercado internacional", mas a resposta passará sempre por investimento em inovação e tecnologia, design, serviço, logística."Para mim a resposta passa primeiro pela reflexão que leva à escolha dos clientes-alvo, só depois vem o resto:
"Precisamos de muito trabalho de gestão nas empresas. Precisamos de rigor, de foco nos clientes e de foco nos produtos. Mas o caminho continua a ser aquele que já estava definido: inovação e tecnologia, serviço, valor acrescentado, produtos técnicos, atenção aos nichos de mercado, aproximação ao cliente, parcerias. Sabemos que este é um caminho de sentido único, sem retorno. A nosso favor temos o conhecimento e a experiência adquirida e temos um cluster têxtil único na Europa na forma como trabalha toda a fileira. E a isso podemos juntar o esforço das empresas nacionais para diversificarem mercados e conquistarem novos clientes."
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