Há bocado, no Facebook do
Frederico Lucas, li esta reflexão:
"Quando pergunto a uma plateia de estudantes o que esperam da sua vida profissional, e um deles responde que isso depende do Primeiro Ministro ou do autarca local, renovo o amargo de boca que o conceito de Liberdade não atinge todos os cidadãos."
E fiz logo o paralelismo com os empresários e, sobretudo com os líderes das associações empresariais.
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É triste quando um empresário abdica do seu quinhão, da sua quota parte de agente de mudança do mundo (o melhor tipo de mudança: a mudança "bottom-up", a mudança concreta, a mudança que pode ser revertida se não resultar), e deposita toda a sua esperança num outro agente exterior ao seu mundo.
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É triste ver o líder da Confederação do Comércio Português depositar toda a sua confiança na salvação do sector nas decisões dum governo.
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Agora imaginem que um governo baixava o IVA e aumentava o salário mínimo... como reagiria se os consumidores, em vez de voltarem a encher as lojas, entupissem o comércio online? Difícil?
Recordar:
"90 percent of retail sales growth in Britain, France and Germany between 2012 and 2016, or 91.5 billion euros, is expected to be online"
Descubro, cada vez mais, empresas anónimas que há muito seguiram o conselho que este blogue veicula há muitos anos, quando ainda não era "in" dizê-lo, e fizeram "by-pass a este país".
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Agora é a altura dos agentes que vivem do e para o mercado interno seguirem outro conselho, "fazer o by-pass ao governo". A este e aos que se hão-de seguir. Concentrem-se naquele terreno onde se conjuga o que gostam de fazer com o que é diferente e atrai clientes, construam uma identidade evolutiva em torno desse conceito e acreditem que tudo se consegue com esforço.
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Como dizia Popper: "Viver é resolver problemas"... o que conjuga bem com a frase de Taleb "Stressors are information"