"a implementação de "uma política nacional que opta por cortar no investimento em regiões em que ao lado do turismo a construção civil é factor fundamental de emprego é natural que isso suceda""Economia portuguesa foi vítima de “doping temporário”
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"a opção da União Europeia não pode ser o combate ao défice, tem de ser o combate ao desemprego".
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"Para isso é preciso aumentar a procura com mais moeda em circulação e com o aumento da procura, ir criando mais emprego. Era o que eu faria se fosse primeiro-ministro de Portugal", disse."
"Costa acrescenta que o investimento efectuado durante este período foi principalmente para fins não produtivos. “Não vale a pena uma empresa investir numa cantina ou num edifício de prestígio,” disse o Governador, “se depois não tem dinheiro para as máquinas”. Assim, durante anos, Portugal endividou-se para comprar bens acessórios que em pouco acrescentaram a produtividade nacional."
"“o ajustamento económico português levou à redução da procura por bens não-transaccionáveis”, exemplificando com a realidade vivida nos sectores da construção civil e das obras públicas, que durante muitos anos ajudaram a sustentar os índices de empregabilidade em Portugal."E, ainda, a confusão de achar que o desemprego é um problema de oferta dos trabalhadores:
"“Quando o investimento retomar, é de esperar um aumento das necessidades de pessoal das empresas. Agora, não se passa da área da construção civil para a área fabril, por exemplo, sem haver uma requalificação profissional”, sustentou."Se alguma vez tivesse trabalhado numa fábrica perceberia como isto é treta.
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"Disparates plausíveis"
"O nosso mal agrava-se porque, como a dívida foi acumulada ao longo de décadas, a estrutura económica ficou distorcida, adaptando-se a níveis de despesa insustentáveis. Isso significa que muitos empregos e capitais estão em actividades condenadas. Assim, além da perda conjuntural de empresas, devida ao aperto da austeridade, sofremos a eliminação definitiva de ocupações fictícias, que a dívida alimentou. Em cima das radiações, há que fazer dolorosa fisioterapia."
Tudo isto conjugado com "Para reflexão" e esta "Curiosidade do dia"
4 comentários:
Quando um familiar próximo fez quimioterapia há alguns anos, os médicos faziam regularmente análises para verificar se a pessoa tinha capacidade de suportar a próxima dose. E várias vezes os médicos deixaram de aplicar a quimioterapia.
Mas aí, claro, o objectivo era que o paciente sobrevivesse.
Carlos Albuquerque,
Mas a quimioterapia do seu familiar era dolorosa (e a única solução) ou havia algum médico a dizer-lhe que havia uma solução alternativa que era indolor?
No caso de haver um médico a dizer-lhe que havia uma solução indolor, de certeza que estaria a mentir.... que eu saiba, infelizmente, ainda não há remédio para essa maldita doença que é o cancro...
Se calhar, o seu familiar ou os familiares do seu familiar por várias vezes ouviram o médico dizer: é arriscado, mas deixar o doente como está pode ser ainda pior (pode morrer mais depressa, sem saber sequer se o tratamento resulta ou não).
O cancro é uma doença que não tem causas muito bem definidas, mas é provável (é apenas uma hipótese, não quero admitir que assim seja, até porque não conheço o seu familiar e a sua vida) que tenha abusado durante muito tempo, pelo que a cura também pode demorar muito tempo.... a não ser que estivesse mesmo na fase terminal, de certeza que o médico não aconselhou o seu familiar a continuar com os mesmos excessos que lhe trouxeram esta maldita doença (como há de perceber, não me refiro ao caso em concreto, pois não tenho por hábito falar de pessoas e de casos que não conheço).
Caro João Pinto,
A doença não resultava de nenhum excesso próximo conhecido.
Havia um tratamento a fazer, sem esquecer que o objectivo era que o doente sobrevivesse.
O problema da quimioterapia não era só a dor nem era a dor que era o critério de paragem mas sim o sistema imunitário: quando os médicos percebiam que a quimio deixava o sistema imunitário demasiado frágil paravam pois outras doenças poderiam surgir.
Quando se percebeu que o desfecho era irreversível o tratamento parou. Não fazia sentido prolongar o sofrimento.
"A doença não resultava de nenhum excesso próximo conhecido." - Pois, mas então o Carlos admite (eu admito) que há outras situações que têm origem em excessos, por isso mesmo não podemos curar este problema dizendo ao doente que deve continuar a fumar, a beber em excesso, etc..
"quando os médicos percebiam que a quimio deixava o sistema imunitário demasiado frágil paravam pois outras doenças poderiam surgir.", pois, mas mesmo parando e pensando que outros problemas poderiam surgir, deixando de usar a quimioterapia o doente não recuperava, pois não? É que há muita gente a pensar que parando com a quimioterapia o problema se resolve. E até há quem diga que devemos dizer ao doente: continue a fumar e a beber em excesso, porque o fumo e a bebida vão revitalizar o seu corpo.
"Quando se percebeu que o desfecho era irreversível o tratamento parou. Não fazia sentido prolongar o sofrimento.", pois, mais uma vez se percebeu que o desfecho é irreversível. Então, se pararmos de curar o doente, podemos crer que o desfecho é irreversível. Como não temos pior término do que ser irreversível, mais vale usar o tratamento a tentar provar que não é irreversível...
Podemos sempre não usar a quimioterapia, esperando que o doente se cure.
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