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sexta-feira, dezembro 01, 2017

Tropeçar e aprender

"Strategy emerges over time as intentions collide with and accommodate a changing reality.
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Emergent strategy is a a realized pattern that was not expressly intended in the original planning of strategy.
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Deliberate strategies provide the organization with a sense of purposeful direction. Emergent strategy implies that organizations are learning what really works."
 Há tempos encontrei uma empresa com um exemplo bem claro desta coisa de tropeçar na realidade e perceber que estava perante uma oportunidade de fazer algo diferente.

Cliente pede um desenvolvimento, empresa faz o desenvolvimento.

Cliente pede produção para esse desenvolvimento, empresa percebe que não tem capacidade de produção para atender a esse pedido e que não está interessada em evoluir para a dimensão que esse cliente impõe.

Empresa percebe que clientes exigentes de grande dimensão recorrem aos seus serviços de concepção e desenvolvimento por causa da sua fama, por causa da sua rapidez e por causa do seu know-how. Empresa percebe que isso pode ser um negócio aparte e independente da produção.

Empresa começa a desenvolver um novo modelo de negócio para certo tipo de clientes-alvo em que a sua proposta de valor gira em torno da qualidade e rapidez do projecto, e já não em torno da produção.

A empresa nunca tinha pensado nesta possibilidade, tropeçou nela e transformou-a numa estratégia deliberada depois de a ter avaliado.

Trecho retirado de "93% of Successful Companies Abandon Their Original Strategy"

terça-feira, março 28, 2017

Dar oportunidade ao que emerge

Actualmente a frequentar um curso rápido de montagem de móveis IKEA, com especialização em BESTÅs et al, é claro que isto chama a atenção:
"IKEA has a terrific strategy: selling unassembled furniture so that we can take it home in our cars, which saves us and the company lots of money. According to IKEA’s own website, this idea came from the ground. A worker tried to put a table in his car, and it didn’t fit, so he took off the legs. Then came the key insight that eventually changed the strategy, and the industry: “If we have to take the legs off, don’t our customers do too?” Who asked that: a CEO on top?
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Of course, key to this becoming strategic was a company culture that enabled this idea to get to the CEO, to sprinkle holy water upon it. But I’ll bet this particular CEO, like most successful entrepreneurs, spent lots of time at the bottom finding out what was going on.
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Thus: from everywhere, “implementation” included, come little insights that can emerge into big strategies
."
Conjugar com:
"E na Fapajal já se está a tentar aplicar algo que já havia na Oni: a prática regular de “tomar um café com o CEO”. É “algo que é quase um sacrilégio em muitas PME, mas uma conversa de alguns minutos, de forma informal, é ótima para motivar a equipa e para saber o que está bem e o que tem de ser melhorado”."

Trecho retirado de "Some Half-truths of Management"

segunda-feira, janeiro 02, 2017

O futuro da estratégia

"Traditional strategy thinking is about making long-term commitments that will result in competitive advantage. The problem is we can’t predict the future very well, competitive advantage is rare and temporary, and companies are unable to keep up with the pace of adaptation in their markets.
...
Complex adaptive systems teach us that the only norm is perpetual novelty. Traditional strategic planning was predicated on being able to somewhat successfully plot the future. We should be planning for multiple versions of the future, some that will actually co-exist at the same time.[Moi ici: Gosto desta ideia de múltiplas versões do futuro que co-existirão durante algum tempo]
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While the last twenty years have been marked by leaders in pursuit of the elimination of variance, [Moi ici: Foi aqui que eu comecei. Daí o nome Redsigma, daí a aposta na reengenharia na década de 90 do século passado, daí a abordagem por processos, daí o sucesso dos japoneses, daí o paradigma que os construtores automóveis criaram baseado na eliminação da variância] the next 20 years will be marked by leaders who create variance while maintaining a sense of stability. [Moi ici: Daí o perigo da cristalização. Deixem-me corrigir o autor. O futuro não passa pela criação de mais variância ou mais variabilidade, o futuro passa pela criação de mais variedade. Variância e variedade são coisas diferentes] Tomorrow’s most effective leaders will embrace this new, chaotic world. Planning will be replaced by intelligent reaction. They will proactively anticipate where the next disruption may come from and prepare for multiple scenarios. Instead of relying on proven static methods and processes, leaders will focus on building a learning capability, being comfortable with ambiguity, continually working within a changing landscape and anticipating and reacting to it with agility.[Moi ici: Conseguem imaginar como isto vai ser difícil para quem conta com os direitos adquiridos assegurados por intervenção divina?]
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We must redefine strategy not as a means of control, but as a means of understanding control. All of this isn’t to say that organizations won’t have control, it’s control and chaos.[Moi ici: Profundo!!! Interessante!!! Faz-me pensar no que escrevi sobre a criação de cenários para as PME. Uma PME é uma casca de noz no oceano, não pode mandar nas correntes... mas pode procurar tirar partido delas e aproveitar a sua vantagem de rapidez, localização e flexibilidade potencial]
Trechos retirados de "Chaos Learning: The Key To Mastering Uncertainty"

quinta-feira, junho 25, 2015

Amâncio Ortega era um pacato subcontratado, até que um dia [em 1975] aconteceu-lhe uma desgraça..."

"Amâncio Ortega era um pacato subcontratado que produzia em regime de private label para quem o contratasse. Até que um dia [em 1975] aconteceu-lhe uma desgraça..."
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Primeiro, os resultados:
"Inditex, the fast-fashion retailer's parent company based in Spain, recently said profits in the first quarter jumped by a whopping 28%. Sales were up by an impressive 14%."
Segundo, a justificação, um modelo de negócio diferente:
""Unlike fast-fashion retailers, which have buying teams sourcing current trending fashion from third-party vendors, traditional specialty retailers have design teams creating product they believe is going to be trending 12 months out,
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Zara's unconventional business model eliminates this risk [Moi ici: have a "fashion miss," it means markdowns,].
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The company's strategy involves stocking very little and updating collections often. Unlike brands that update only once a season, Zara restocks with new designs twice a week, [Moi ici: Os membros da tríade ficam à nora com estas cenas que arrasam os modelos baseados no Homo racionalis]
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it encourages customers to come back to the store often. It also means that if the shopper wants to buy something, he or she feels the need to buy it to guarantee it won't sell out.
...
"They broke up a century-old biannual cycle of fashion," an analyst told Hansen. "Now, pretty much half of the high-end fashion companies" — Prada and Louis Vuitton, for example — "make four to six collections instead of two each year. That's absolutely because of Zara."
Specialty retailers will need to follow suit in order to succeed, according to Goldman."

quinta-feira, março 26, 2015

Uma outra abordagem (parte IV)

Parte I, parte II e parte III.
"A service lens [Moi ici: SDL] sees markets as dynamic and ever-changing, as innovative firms and customers continually integrate new resources to help get jobs done better. In this environment, a company must understand that strategy emerges as much as it is set or planned by an enterprise. As such, strategic advantage comes less by predicting what will happen in existing markets and more from envisioning service to help customers get jobs done and then preparing to continually learn and re-shape value propositions over time."
Em linha com uma citação que encontrei ontem no Twitter:
"Leadership is action, not position." 
Cada vez mais vai-se generalizando esta ideia de que há muitas opções estratégicas, de que há que valorizar as idiossincrasias, de que há que fazer batota.
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Trechos retirados de "A Service Lens on Value Creation: Marketing's Role in Achieving Strategic Advantage" de Lance A. Bettencourt, Robert F. Lusch e Stephen L. Vargo, publicado no número de Outono de 2014 da California Management Review.

quinta-feira, setembro 25, 2014

Acerca da definição do mercado

Começando pelo artigo citado aqui há dias, "Have you tested your strategy lately?"
 "First, companies develop strategy in many different ways, often idiosyncratic to their organizations, people, and markets. Second, many strategies emerge over time rather than from a process of deliberate formulation"
Mergulhamos num texto para animar a reflexão
"Many companies rely on intuitive, cursory, or incomplete analyses when selecting and defining markets. As a result, businesses are frequently defined by accident rather than purposeful designed. [Moi ici: Daí a importância de fazer batota, de alavancar a distinção, quando algo já está a resultar] The product-geography matrix has been the most commonly used way for firms to define themselves and their market. [Moi ici: Por que seguir uma abordagem clássica na definição do mercado? Por que é que a definição do mercado há-de ser vista como uma coisa objectiva? Por que é que a definição do mercado há-de ser vista como um dado do desafio, em vez de ser trabalhado como sendo mais uma variável do desafio?]  ... the product-geography matrices tend to hinder firms from identifying opportunities in the adjacencies.
...
that “there is no single correct way to define the market for a given business unit […] a market not only can but should be defined in several different ways”. ... a firm is not limited to single views of the market; instead firms can benefit from accepting multiple market definitions suitable for particular strategic situations."
Trecho retirado de "Finding market focus for solution business development" de S. Nenonen e K. Storbacka, publicado em "J Bus Mark Manag (2013) 3:123–142"

segunda-feira, maio 06, 2013

Acerca da estratégia

"Emergent strategy is the view that strategy emerges over time as intentions collide with and accommodate a changing reality.  Emergent strategy is a set of actions, or behavior, consistent over time, “a realized pattern [that] was not expressly intended” in the original planning of strategy. Emergent strategy implies that an organization is learning what works in practice. Given today’s world, I think emergent strategy is on the upswing.
...
Henry’s emergent strategy ideas simply seem to be more relevant to the world we live in today – they reflect the fact that our plans will fail. This is not to say that planning isn’t useful, but other than some long term technology plans, the day of the 5 year and even 2 year plans has faded and emergent strategy is the reality in most industries that I work with.  You must be much more fleet of foot, strategic flexibility is what we are looking for in most industries. The boundaries are more fluid now. For many, albeit not all, knowing what industry you are in is not as clear cut as it once was. This makes industry analysis less easy.  The value chain (Moi ici: No meu trabalho é fundamental conhecer e caracterizar a cadeia da procura, o ecossistema da procura, muito mais do que a clássica cadeia de fornecimento) is now shared across firm boundaries and at times, in part, in common with competitors."

Trechos retirados de "Porter or Mintzberg: Whose View of Strategy Is the Most Relevant Today?"

segunda-feira, fevereiro 25, 2013

Estratégia, um trabalho sempre inacabado

Na passada sexta-feira, eram cerca de 6h15 da manhã quando, a correr, antes de sair para a Guarda, vi este título “Taxistas frequentam curso para acolherem melhor os turistas do Douro”. Então, sem ler o seu conteúdo, guardei-o no meu Pocket.
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Enquanto subia a A25, pensei no artigo e, recordando este postal “Mais uma sugestão de modelo de negócio” pensei que se tratava de uma movimentação da empresa Douro Azul, que veria os taxistas como “partners”.
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Só ontem Domingo é que li o artigo e percebi que a Douro Azul não tem nada a ver com isto. No entanto, já tinha arquitectado um postal sobre o tema, que julgo, não perde a sua razão de ser.
Esta semana, no âmbito de um projecto, vou discutir com uma empresa as primeiras versões dos seus mapas da estratégia. 

Depois de aprovadas as versões revistas desses mapas da estratégia vou passar a seguinte mensagem: 
- Formularam uma estratégia, traduziram essa estratégia num mapa da estratégia. Contudo, a estratégia nunca está terminada. Mesmo que o mundo não mudasse, a estratégia deve ser sempre alvo de aperfeiçoamento e melhorias.
Quando se formula uma estratégia e, mesmo quando ela parece estar a dar resultado, ela nunca fica encerrada, nunca fica fechada.
Quando se formula uma estratégia, define-se um ponto de vista, fazem-se algumas escolhas, auto-impomos-nos um conjunto de constrangimentos (estratégia deliberada). Depois, as circunstâncias que as empresas encontram, levam-nas a chocar contra constrangimentos impostos pelo mundo que obrigam a escolhas durante a viagem para o futuro (estratégia emergente). E, mesmo se não houvesse constrangimentos impostos pelo exterior, descobriríamos que aquilo que vimos ontem, pode ser aprofundado, aperfeiçoado, descobriríamos coisas que antes não tínhamos visto.
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A partir do mapa da estratégia é possível desenhar um mosaico de actividades:
Um mosaico que agrupa actividades em que a empresa se deve esmerar, para cumprir os objectivos estratégicos da perspectiva interna.
Quando olhamos para os mosaicos de empresas como a IKEA:

(Imagem retirada do artigo “What is strategy?” de Michael Porter.)

Ficamos fascinados pela interligação e interacção entre as diversas actividades. Contudo, embora não pareça, estes mosaicos não nasceram assim. São o resultado de uma evolução, de um esforço contínuo de melhoria, de aperfeiçoamento. Neste postal “A amaricação”, relato como muitos daqueles tópicos do mosaico da Ikea não nasceram de um planeamento prévio mas são fruto das respostas que a empresa teve de criar à medida que iam surgindo constrangimentos. (BTW, é fascinante como os constrangimentos aguçam a criatividade se encarados com uma mente positiva).
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Depois de reler o que acabei de escrever veio ao meu palco mental um dos primeiros artigos sobre estratégia que arquivei nesse dossiê... "Crafting strategy" de Mintzberg e publicado na HBR de Julho-Agosto de 1987:
"In my metaphor, managers are craftsmen and strategy is their clay. Like the potter, they sit between a past of corporate capabilities and a future of market opportunities. And if they are truly craftsmen, they bring to their work an equally intimate knowledge of the materials at hand. That is the essence of crafting strategy.
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One idea leads to another, until a new pattern forms. Action has driven thinking: a new strategy emerged.
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My point is simple, deceptively simple: startegies can form as well as be formulated.
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To manage strategy is to craft thought and action, control and learning, stability and change.
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Craftsmen have to train themselves to see, to pick up things other people miss. 'The same holds true for managers of strategy It is those with a kind of peripheral vision who are best able to detect and take advantage of events as they unfold."
Acho super interessante como metáfora pensar na evolução de uma estratégia da mesma forma que um oleiro molda o barro nas suas mãos... ele parte de uma ideia deliberada, depois, com o trabalhar do barro, com o jogo entre as mãos e o material, enquanto a roda gira, vão surgindo ideias para concretizar ainda mais a intenção inicial.
"No craftsman thinks some days and works others. The craftsman's mind is going constantly in tandem with her hands. Yet large organizations try to separate the work of minds and hands. In so doing, they often sever the vital feedback link between the two.
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In practice, of course, all strategy making walks on two feet, one deliberate, the other emergent. For just as purely deliberate strategy making precludes learning, so purely emergent strategy making precludes control. Pushed to the limit, neither approach makes much sense. Learning must be coupled with control. ...
Likewise, there is no such thing as a purely deliberate strategy or a purely emergent one. No organization—not even the ones commanded by those ancient Greek generals— knows enough to work everything out in advance, to ignore learning en route. And no one - not even a solitary potter - can be flexible enough to leave everything to happenstance, to give up all control. Craft requires control just as it requires responsiveness to the material at hand. Thus deliberate and emergent strategy form the end points of a continuum along which the strategies that are crafted in the real world may be found." 
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Assim, o meu convite para a empresa é para continuar a refinar a estratégia. Quanto mais interacções conseguirmos ir criando, mais forte fica a estratégia e a empresa. Recordar as palavras de Eric van den Steen em parte I, parte II e parte III.

ADENDA: E é como Roger Martin escreveu recentemente "Strategy Is All About Practice", à medida que se vai moldando o barro, a sua temperatura aumenta e a sua viscoelasticidade melhora, a sua trabalhabilidade melhora.

sábado, julho 28, 2012

Abertura de espírito e atenção aos sinais...

Ontem, a propósito deste postal "Mais uma previsão acertada", fizeram este comentário:
"Sem dúvida. Mais uma visão acertada, do Amancio Ortega. Anos 70."
Ao lê-lo, a minha mente voou e fez logo uma série de ligações...
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Há um esquema muito interessante e conhecido, da autoria de Henry Mintzberg, sobre as estratégias deliberadas, as estratégias emergentes e as estratégias realizadas:
Como consultor, ao trabalhar com as empresas, facilito as discussões que ajudam a formular a estratégia pretendida. Depois, com o auxílio de umas ferramentas oriundas da Teoria das Restrições e com novas discussões, ajudo a concretizar a estratégia deliberada, aquilo a que costumo chamar "O que vamos fazer na próxima 2ª feira?"
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Durante a implementação da estratégia deliberada, na concretização, na execução, materializa-se a estratégia realizada, a estratégia efectiva. Pois bem, enquanto planeamos e realizamos a nossa vida, a vida da empresa, a vida também acontece... podem surgir pistas, acontecimentos, conhecimento, eventos, que podem emergir e influenciar a estratégia efectivamente realizada. Um evento tanto pode ser o aumento do IVA, que torna mais difícil a venda no mercado interno, como pode ser um incêndio ou a falência de um concorrente importante, que abre uma oportunidade de crescimento não esperada.
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Assim, como é importante pretender e deliberar para realizar, também é importante estar atento ao que emerge. Ainda esta semana, numa empresa, numa conversa durante a transição da fase da pretensão, para a fase da deliberação, alguém referia que um cliente o tinha abordado para avaliar a possibilidade de fazer um determinado serviço que não fazia parte da gama de serviços.
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É interessante, um cliente não um estudo, não um relatório, um cliente a manifestar interesse num novo serviço... será que faz sentido? Será que é uma nova oportunidade de negócio? Será que é o primeiro sintoma de uma nova tendência? Será que vale a pena investigar?
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E volto à frase sobre Amâncio Ortega lá cima.
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Sir Ken Robinson deu-me a conhecer a história da vida de Vidal Sassoon:
"In 1954, he and a partner opened a very small salon on the third floor of a building in London’s fashionable Bond Street. “Bond Street was magic to me because it meant the West End. It was where I couldn’t get a job earlier. The West End meant I was going to make it. I was determined to change the way things were done or leave hairdressing. For me it wasn’t a case of bouffants and arrangements. It was about structure and how you train the eye.”
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In the first week, they took in only fifty pounds, but after two years they had built the business to a point where they could move to the “right” end of Bond Street and compete with the top salons.
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And then one day, something caught his eye that was to transform his vision and the whole field of hairdressing. “One Saturday, one of the guys was drying a client’s hair and just using a brush and drier without any rollers. I thought about it over the weekend, and on the Monday I asked him why he had dried her hair like that. He said he’d been in a hurry and didn’t want to wait for her to come out of the dryer. ‘Hurry or not,’ I said, ‘you’ve discovered something, and we are going to work on this.’ For us, that’s how blow drying started.”
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Vidal Sassoon was to create a revolution in cutting and styling hair that changed the industry and the way that women looked around the world."
Cynthia Montgomery deu-me a conhecer a história da IKEA. Hoje, olhamos para esta descrição do mosaico de actividades IKEA:
E tudo parece planeado, deliberado, organizado... e, no entanto, Kamprad e a sua IKEA construíram quase todo o mosaico fugindo das restrições e constrangimentos... as situações fizeram emergir oportunidades que gente atenta aproveitou.
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Na revista Forbes aprendi a lição de Mary Kay, sempre atenta sinais emergentes que a rodeavam:
"The ideas and innovations that make a difference often appear to us, at first, as mere fragments or flickers of an idea. They’re weak signals, easily missed. The best idea people know enough to pay attention to those signals and follow them through stages of reflection and development.
A classic example is the founding of Mary Kay Inc., the global direct sales company that started out as the faintest of signals.
In the early 1950s, Mary Kay Ash was selling mops and other household cleaning products at a house party in Texas, when she noticed something. It was the remarkably smooth complexions of the women there, which they owed to a homemade facial cream offered by their friend, the hostess.
At the time, Mary Kay was driven to be the best mop saleswoman she could be, and she could have easily forgotten about the women’s complexions (or not even noticed this weak signal in the first place). But she was interested in the skin cream: the hostess sent her home with a bottle, and it gave her face a similar glow." 
E agora recordo a história de Amâncio Ortega como a conheci em Novembro de 2004 na revista HBR no artigo "Rapid-Fire Fulfillment". Amâncio Ortega era um pacato subcontratado que produzia em regime de private label para quem o contratasse. Até que um dia aconteceu-lhe uma desgraça:
"When a German wholesaler suddenly canceled a big lingerie order in 1975, Amancio Ortega thought his fledgling clothing company might go bankrupt. All his capital was tied up in the order. There were no other buyers. In desperation, he opened a shop near his factory in La Coruña, in the far northwest corner of Spain, and sold the goods himself. He called the shop Zara....The lesson Ortega learned from his early scare was this: To be successful, “you need to have five fingers touching the factory and five touching the customer.” Translation: Control what happens to your product until the customer buys it. In adhering to this philosophy,Zara has developed a superresponsive supply chain. The company can design, produce, and deliver a new garment and put it on display in its stores worldwide in a mere 15 days. Such a pace is unheard-of in the fashion business, where designers typically spend months planning for the next season. Because Zara can offer a large variety of the latest designs quickly and in limited quantities, it collects 85% of the full ticket price on its retail clothing, while the industry average is 60% to 70%."
É fundamental, conciliar as estratégias pretendidas e deliberadas com a abertura de espírito e a atenção aos sinais que acontecem... podem fazer emergir estratégias interessantes.

  

sábado, janeiro 08, 2011

The Road to serfdom - parte I

"The crucial point is that it is infinitely more difficult rationally to comprehend the necessity of submitting to forces whose operation we cannot follow in detail, than to do so out of the humble awe which religion, or even the respect for the doctrines of economics, did inspire. It may indeed be the case that infinitely more intelligence on the part of everybody would be needed than anybody now possesses, if we were even merely to maintain our present complex civilisation without anybody having to do things of which he does not comprehend the necessity. The refusal to yield to forces which we neither understand nor can recognise as the conscious decisions of an intelligent being is the product of an incomplete and therefore erroneous rationalism. .
It is incomplete because it fails to comprehend that the co-ordination of the multifarious individual efforts in a complex society must take account of facts no individual can completely survey. And it fails to see that, unless this complex society is to be destroyed, the only alternative to submission to the impersonal and seemingly irrational forces of the market is submission to an equally uncontrollable and therefore arbitrary power of other men. In his anxiety to escape the irksome restraints which he now feels, man does not realise that the new authoritarian restraints which will have to be deliberately imposed in their stead will be even more painful."
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Mais actual que nunca e a conjugar bem com a emergência e Seth Godin.

Continua.

Alimentar discussões sobre hipotéticos futuros

Talvez Martin Feldstein esteja a ser demasiado optimista "Harvard’s Feldstein Says U.S., China Trade Gap on Path to Resolution"
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No entanto,  a valorização do yuan e o crescimento do mercado doméstico chinês são dois poderosos factores abióticos que estão a alterar a paisagem competitiva enrugada.
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Que estratégias podem emergir destas alterações?
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O que é que as associações industriais estão a fazer para gerar a discussão entre os seus associados? Não para darem origem a planos quinquenais, mas para gerarem carambolas nas mentes dos mais ambiciosos, dos mais apaixonados, dos mais temerários, para que nasçam dezenas, centenas de planos individuais, à medida de cada empresa, à medida da experiência, à medida do cadastro, à medida do CV de cada empresa/empresário... Minkowski em acção!
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Enquanto escrevo isto, o twitter avisou-me que Seth Godin publicou um novo postal... nem de propósito:
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"The sure-fire recipe for business success
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Wait, I was confused. There's a sure-fire recipe for delicious chocolate chip cookies. There is in fact a magic formula.
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For businesses, not so much. There isn't one secret, one process, one solution. Instead, there are a thousand or maybe a million.
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It's not a jigsaw puzzle, it's a strand of DNA, easily rearranged and sometimes it even works. For a while."

Uma investigação que precisava de ser feita - uma emergência que precisava de ser reconhecida

Era bom que os jornais não se ficassem só por isto "Preço da "t-shirt" portuguesa dispara 42% nas exportações".
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Aquela frase "os industriais portugueses dizem que se está a "vender menos e a ganhar mais"" devia ser investigada.
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Era interessante que 2/3 jornalistas bons investigassem 6/7 casos concretos de empresas bem sucedidas. Os relatos dessas histórias, com nomes, com moradas, com casos concretos, deviam ser divulgados por todas as empresas do sector para perceberem que além do choradinho habitual da associação, há alternativas, há formas de fugir do campeonato do preço/custo para entrar no campeonato do valor.
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Recordando esse velhinho artigo de Mintzberg "Crafting Strategy" pode acontecer que algumas das empresas que estão a ter bons resultados estejam a tirar partido de uma conjugação não deliberada que surtiu efeito, uma estratégia emergente. Também para elas seria útil reflectir e racionalizar sobre o que está a acontecer, para poderem ... fazer batota. Em vez de apenas tirar partido dos factores críticos de sucesso já existentes, passar inflacionar essa vantagem, trabalhá-la ainda mais para a aprofundar.
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Talvez fosse interessante fazer a radiografia de Terry Hill, até que ponto a estratégia e a organização das operações formam uma estrutura sinérgica que se auto-reforça? Ou será que há ainda várias hipóteses de melhoria?
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Ainda, talvez fosse interessante mergulhar e estudar as diferenças entre o têxtil que está a dar a volta e o têxtil que ainda está a fechar como relatado aqui, o que é que o sector pode aprender?
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"Emergence is an important topic: it deals with behaviors and or qualities that arise without warning, without apparent central control and are properties of the entire system and environment and not of individual components. The wetness of water can be considered an emergent property or the flocking behavior of a large group of birds. Both have qualities and properties that cannot be found in individual agents.

The idea of emergence includes the idea of emergent design through adaptation to dynamic conditions. Consider the case of DNA versus intelligent design. Evolution by adaptive DNA is without apparent central control and develops without warning and usually in unpredictable ways with unforeseeable magnitudes of outcomes; intelligent design takes the opposite position in every way: central control according to a pre-established plan that goes according to design with foreseeable and specified outcomes.

Johnson offers the following components and behaviors that seem to apply to most complex systems and situations.

Components:
  • The system contains a collection of many interacting objects.
  • The behavior of agents/objects is affected by memory or feedback.
  • Objects/agents can adapt their strategies based on memory or feedback.
  • Exists in an open system, affected by the environment.
Behaviors:
  • The system appears to be alive.
  • Filled with emergent phenomenon that are surprising and can be extreme.
  • Absence of an invisible hand or central controller.
  • There is a mix of orderly and disorderly behavior." 
Trecho retirado de "An executive summary of complexity theory"
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"With Emergence, such involved behaviours are not specified directly by a set of rules, they arise as a dynamic result of the rest of the system. Just as simple rules can lead to complex behavior, complex rules (just look at tax law) can lead to stupid behavior. We love detail. And attention to detail can lead to success, but it can equally lead to morale-killing stagnation, meetings, and compromise. You can't plan, forecast, or predict everything, but you can cultivate an environment that facilitates the kind of emergent behaviour from which you can benefit: "Design broadly. Iterate locally. Finalize specifically.""

Trecho retirado de "Emergence"

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Acerca da Gestão Estratégica

Encontrei um livro sobre a construção, sobre formulação da estratégia, com um conjunto de reflexões sobre o que é a gestão estratégica:
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"Strategic management is, for us, a way of regenerating an organization, through continuous attention to a vision of what the people who make up an organization wish to do. It is a pro-active process of seeking to change the organization, (Moi ici: estratégia é caminho, estratégia é transformação. Falar em estratégia, para manter o status-quo é absurdo.) its stakeholders, and the context, or 'environment', which it seeks to attain its aspirations. It is, particularly, about stretching the organization to gain leverage from its individuality (Moi ici: Como é que uma organização pode fazer a diferença? Como é que uma organização pode criar valor de forma sustentada?)- its distinctive competencies and ability to change them. Strategic management involves creating and moulding the future, along with making sense of the past, constructing rather than simply predicting, and responding to, some predetermined future reality. It is also importantly about developing the capability for long term flexibility and strategic opportunism rather than making and sticking to long term plans." (Moi ici: Criar, construir e moldar o futuro, em vez de esperar por ele. E, ser capaz de equilibrar o longo-prazo com o oportunismo estratégico, um pouco como escreveu Isenberg.)
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"It follows that we see effective strategy as a coherent set of individual discrete actions in support of a system of goals, and which are supported as a portfolio by a self-sustaining critical mass, or momentum, of opinion in the organization."
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"Strategy making thus includes analysing and determining how core distinctive competencies are to be exploited as a livelihood scheme or a business model through the process of adding value."
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Trechos retirados de "Making Strategy - The Journey of Strategic Management" de Colin Eden & Fran Ackermann.

segunda-feira, agosto 24, 2009

O seguro morreu de velho

Neste postal escrevemos:

Imaginem um grupo perdido e desorientado no meio do deserto... algures no tempo, a discussão, o pranto, o ranger de dentes, a indignação, tem de dar lugar a uma mente mais "feminina" - mais pragmática - algures no tempo vamos ter de colocar o locus de controlo cá dentro de nós e não lá fora, no exterior. Algures no tempo vai ser preciso escolher uma direcção e pormo-nos a caminho para sair do deserto em direcção a uma Terra Prometida.

Há certezas de que o caminho é o certo? Não, nunca haverá, não somos deuses, só somos humanos! Mas temos algo pelo qual vale a pena lutar, algo pelo qual sacrifícios parecem valer a pena. Afinal qual é a alternativa?

Neste outro postal escrevemos:

Até aqui demos o nosso melhor, trabalhamos com rigor, com prudência, sonhamos, tentámos desenhar cenários sobre o futuro envolvente que iríamos encontrar… mas apesar de tudo, só somos humanos (e tudo isto não passa de vaidade):
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"Nas minhas investigações debaixo do sol, vi ainda que a corrida não é para os ágeis, nem a batalha para os bravos, nem o pão para os prudentes, nem a riqueza para os inteligentes, nem o favor para os sábios: todos estão à mercê das circunstâncias e da sorte. O homem não conhece a sua própria hora: semelhantes aos peixes apanhados pela rêde fatal, aos passarinhos presos no laço, os homens são enlaçados na hora da calamidade que se arremessa sobre eles de súbito." Eclesiastes 9, 11-12.
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"O homem não conhece o futuro. Quem lhe poderia dizer o que há de acontecer em seguida?" Eclesiastes 10, 14.
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E no entanto:"Semeia a tua semente desde a manhã, e não deixes tuas mãos ociosas até à noite. Porque não sabes o que terá bom êxito, se isto ou aquilo, ou se ambas as coisas são igualmente úteis."
Eclesiastes 11, 6
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Demos o nosso melhor, fizemos as nossas apostas mas temos de estar, temos de permanecer atentos e abertos a mudar, a corrigir o tiro, tendo em conta os sinais que emergem da realidade durante a viagem a caminho do futuro desejado, por que o que vamos obtendo é o futuro real.

O que ambos os postais descrevem é a necessidade de reflectir, de estudar, de especular, de decidir, de planear e de executar. Algo a que Burgelman chama “Induced Strategic Action".

Contudo, como só somos humanos, podemos estar enganados, ou a realidade pode alterar-se tornando obsoletas as nossas bem intencionadas acções, decorrentes das iniciativas estratégicas.

Por isso, aquilo a que Burgelman chama “Autonomous strategic action involves initiatives of individuals or small groups that are outside the scope of the corporate strategy at the time that they come about” permite funcionar como uma espécie de seguro contra o imprevisto por que as certezas absolutas não existem.

“Strategy-making as adaptive organizational capability involves keeping both processes in play simultaneously at all times, even though one process or the other may be more prominent at different times in a company’s evolution.”

“A company rationally tolerates autonomous strategic initiatives because such initiatives explore and potentially extend the boundaries of the company’s competencies and opportunities. They generate learning about variations in markets and technologies.”

Esta confiança por um lado e curiosidade e abertura por outro, podem ajudar a fazer face à realidade de modo muito mais eficaz.

Acreditar mas não confiar demasiado!

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Uma perspectiva interessante do que é a estratégia

Ver a estratégia real de uma organização, como o somatório de pequenas decisões tomadas anonimamente por diferentes pessoas, em diferentes locais, em diferentes momentos, ...



"Emergent strategy... bubbles up from within the organization, is the cumulative effect of day-to-day prioritization and investment decisions made by middle managers, engineers, salespeople, and financial staff. These tend to be tactical, day-to-day operating decisions that are made by people who are not in a visionary, futuristic, or strategic state of mind."


""To understand companies' actual strategies, pay attention to what they do, rather than what they say." In our parlance , this means that a company's strategy is what comes out of the resource allocation process, not what goes into it."


"The resource allocation process is the filter through which all strategic actions must flow. Because it is so complex and diffused throughout a company, it is rare that senior executives can simply devise a new strategy and "implement" it."

É preciso comunicar, comunicar, envolver, envolver, partilhar, partilhar.



Trechos retirados de The Innovator’s solution – Creating and Sustaining Successful Growth” de Clayton Christensen e Michael Raynor.

terça-feira, julho 10, 2007

"nature evolves away from constraints, not toward goals"

Há cerca de dois meses. ao ler um livro, reparei numa frase e sublinhei-a:


"nature evolves away from constraints, not toward goals"


Desde então, tem-me andado a fazer cócegas. Volta e meia regressa, para me interrogar...


A frase faz-me relacionar este poema:


"Life is the most resilient thing on the planet. I has survived meteor showers, seismic upheavals, and radical climate shifts. And yet it does not plan, it does not forecast, and, except when manifested in human beings, it possesses no foresight. So what is the essential thing that life teaches us about resilience?

Just this: Variety matters. Genetic variety, within and across species, is nature's insurance policy against the unexpected. A high degree of biological diversity ensures that no matter what particular future unfolds, there will be at least some organisms that are well-suited to the new circumstances.


"Poema de Gary Hamel e Liisa Valikangas em "The quest for resilience", Harvard Business Review, Setembro de 2003 (aqui).


Com esta maneira de pensar aqui.


Preciso de espaço para reflectir nas consequências, nas implicações da frase... pressinto que encerra algo de importante...