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sexta-feira, julho 26, 2013

Curiosidade do dia

"É no circuito almoçarista que se decidem as prebendas, numa espécie de contrabando de intrigas, boatos e boutades.
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O ministro-sempre-a-prazo foi desprezado porque descurou a Lisboa do almocinho, da palmadinha, do empurrãozinho, ó Álvaro, dê lá um jeitinho naquela cena que a gente sabe, ah?
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Com a previsibilidade das cadelinhas de Pavlov, o cinismo queirosiano reagiu de imediato e o ex transformou-se numa caricatura desonesta."
Trecho retirado de "Álvaro: o inocente que revelou palhaços"

quarta-feira, julho 24, 2013

Obrigado Álvaro!

Só para me situarem, para mim, sempre considerei Vítor Gaspar como um socialista.
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Assim, dou o meu agradecimento a Álvaro Santos Pereira pela sua passagem pelo ministério da Economia.
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Um 'alien' vindo do Canadá foi sempre uma chatice para os rentistas deste país, aguentou mais tempo do que eu pensava.
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O ideal para mim era nem haver ministério da Economia mas havendo, que cause os menores estragos possíveis. E, com Álvaro Santos Pereira os estragos foram minimizados.
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Acrescento assim o nome de Álvaro Santos Pereira à curta lista de ministros aos quais tirei o meu chapéu, o outro é Jaime Silva.
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Este artigo do DE de hoje "O guião de Pires de Lima para a Economia" ilustra bem como, mais uma vez, os putos chegaram ao porta-moedas da mãe e preparam-se para gastar o que encontraram e comprar a fiado:
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1 - Reduzir cortes salariais na Função Pública - mais défice
2 - Salário mínimo de 500 euros - mais défice e mais desemprego
3 - Baixar IRS - mais défice
4 - Desburocratizar (A ministra Cristas já foi informada?)
5 - Financiar as PME - mais défice
6 - Reduzir IRC - mais défice
7 - Empreendedorismo e capital de risco - mais défice
8 - Investigadores nas empresas pagos pelo Estado - mais défice
9 - Diplomacia Económica - Recordar sempre o grito "Espanha! Espanha! Espanha!"
10 - Turismo prioritário - os projectos com dinheiro do BES agradecem
11 - Menos custos de contexto - com mais défice, como vão querer baixar custos de contexto?

Claro que sou adepto das medidas 3 e 6 mas sei que têm de ser realizadas ao mesmo tempo que se corta na despesa forte e feio.

quinta-feira, maio 02, 2013

Acerca da re-industrialização

Um artigo interessante, "Is U.S. manufacturing making a comeback — or is it just hype?", equilibrado e com muita informação:
"Lenovo, a Beijing-based computer maker, opened a new manufacturing line in Whitsett, N.C., to handle assembly of PCs, tablets, workstations and servers.
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The rationale? The company is expanding into the U.S. market and needs the flexibility to assemble units for speedy delivery across the country
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Besides the shrinking wage gap between China and the United States, the productivity of the American worker keeps rising. Shipping costs are rising, making outsourcing more costly. And the surge in shale gas drilling gives the United States a wealth of cheap domestic energy to bolster industries such as petrochemicals.
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All that could combine to make U.S. factories more competitive in the years ahead, not just with Europe and Japan, but with the manufacturing behemoth in China. This shift likely won’t mean the United States will have 19 million manufacturing workers again, the way it did in the 1980s. For one thing, automation is still a powerful force. And the types of jobs that come back will be very different from the ones that vanished. (Moi ici: Também aqui se faz sentir o efeito de Mongo, o Estranhistão, a re-industrialização não se fará com base num retorno à produção do século XX. É um outro campeonato!)
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China has been getting wealthier, and its factory workers are demanding ever-higher wages. Whereas the gap in labor costs between the two countries was about $17 per hour in 2006, that could shrink to as little as $7 per hour by 2015, says Dan North, an economist with Euler Hermes, a credit insurer that works with manufacturers.
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If you’re a U.S. company and the advantage is only $7 per hour, suddenly it may be worth staying home,” North says. “If I stay here, I have lower inventory costs, lower transportation costs. I’m closer to my market, I can have higher-quality production and I can keep my technology.”
This notion appears to be catching on."
 Entretanto, o Aranha, enviou-me um e-mail com uma referência a este postal, onde sublinhou:
“…Álvaro Santos Pereira. Sempre que o oiço falar de re-industrialização, desconfio que ele sonha com a indústria do século XX.”
E, depois, acrescentou da sua lavra:
"Of course, mas mais ainda. Ele afirmou ontem mesmo que o que falta às empresas portuguesas para se afirmarem na exportação é escala.
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Donde, grande é que é bom, e grande é que tem que ser ajudado subsidiado."
Não ouvi mas infelizmente não me surpreende.
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Relacionei logo esta crença num retorno à escala do século XX com este resultado irlandês:
"Os mercados de trabalho mais flexíveis tendem a reflectir mais rapidamente os choques, mas também a recuperar mais depressa. Aqui isso não está a acontecer. Porquê?.
O crescimento é muito baixo e está concentrado no sector exportador que não é tão trabalho-intensivo como o sector doméstico." (Moi ici: A empresa exportadora-tipo irlandesa pertence a uma multinacional que exporta grandes quantidades, que aposta no volume, e necessita de pouca mão de obra. Contribui de forma interessante para o PIB e para os números das exportações mas geram pouco emprego)

sexta-feira, janeiro 13, 2012

JUST DO IT!!!

Just do it!!!
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Caro ministro Álvaro Santos Pereira, considera-se um político profissional? Quer fazer carreira na política? Se for expulso da política tem rede que o ampare na queda não tem?
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Então, por favor, deixe-se deste tipo de discurso "O ministro da Economia afirmou hoje que Portugal precisa de "coragem para fazer reformas" e de "desbloquear problemas que estagnaram o seu crescimento" nos últimos 10 anos, quando se apostou num "modelo económico errado", baseado no investimento público.", por favor.
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Portugal não existe, Portugal não é um ser que decide.
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Tenha a coragem de decidir e avançar, se lhe cortarem as vasas não perde nada!
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JUST DO IT!!!

terça-feira, novembro 22, 2011

Não é tudo igual

Há muitos anos li uma frase que ficou para sempre gravada na minha mente:
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Não há acasos. Todas as coincidências são significativas.
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Ontem à noite enquanto lia este artigo "Álvaro Santos Pereira reúne com maiores exportadoras" apareceu na minha fita do tempo no twitter este título "Why Big Business Marketing Strategies Won't Work for You"
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"The truth is that small businesses can learn very little from studying the behavior of big companies and established brands, because the rules under which such business operate are simply not applicable to smaller firms.
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The only effective way for a smaller firm to differentiate itself is by offering something that the larger firms can’t (or won’t) offer: like a unique product or more personalized service.
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In short, for a small firm, customer loyalty and a growing customer base isn’t going to emerge from “branding.” It’s going to emerge from the quality of the product, how easy you make it for the customer to buy that product, and how pleased the customer is with that product.
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That is what is going to create your “brand.” Not the “branding” junk that big companies use to differentiate between them and their just-as-huge competitors."
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Eu sei que o autor escreve sobre marketing...
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O mesmo ministro Álvaro Santos Pereira tem um secretário de Estado do Empreendedorismo, alguém com uma experiência de vida... e o empreendedorismo é todo igual? 
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"What’s a startup? Who’s an entrepreneur? How do the ecosystems differ for each one? What’s the role of public versus private funding?
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Six Types of Startups – Pick One
There are six distinct organizational paths for entrepreneurs: lifestyle business, small business, scalable startup, buyable startup, large company, and social entrepreneur.All of the individuals who start these organizations are “entrepreneurs” yet not understanding their differences screws up public policy because the ecosystem in supporting each type is radically different."

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Acerca da competitividade

"Innovation can give a company a competitive advantage and profits, but nothing lasts forever. Success brings on imitators, who respond with superior features, lower prices, or some new way to draw customers away. Time,  the denominator of economic value, eventually renders nearly all advantages obsolete.
Yet, as obvious as this principle of competition is, we have no way to use it in establishing an organization’s strategy. How long and through what means can an organization expect to sustain its specific competitive advantage?"
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"Às vezes, perguntamo-nos o que causou a alegada perda de competitividade das nossas exportações nos últimos 10-15 anos. A resposta mais ouvida (e que tem um grande fundo de verdade) é que a perda da competitividade das nossas exportações se deve principalmente ao facto de que os nossos custos unitários do trabalho terem subido mais rapidamente do que na Zona Euro, (Moi ici: Mas tirando a produção de automóveis, onde é que nós competimos ombro a ombro com concorrentes localizados na Zona Euro?) o que tornou as nossas exportações menos atractivas e originou elevados défices da balança comercial (e contribuiu de sobremaneira para o nosso endividamento externo).
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Pessoalmente, não duvido que parte da perda de competitividade também ocorreu através deste mecanismo. No entanto, também me parece que nem só dos custos unitários do trabalho vive a competitividade das nossas exportações. Mais concretamente, há toda uma série de custos de contexto que urge diminuir para tornar as nossas exportações mais atractivas." (Trechos retirado deste postal de Álvaro Santos Pereira "Custos da Competitividade"
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É verdade que os nossos custos unitários do trabalho subiram muito mais rapidamente que na Zona Euro, é verdade que há toda uma série de custos de contextos que sufocam a nossa indústria e promovem a destruição de empresas sem a contrapartida da renovação do tecido empresarial, é uma destruição sem a criatividade associada de que falava Schumpeter.
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Mas, como revela esta tabela (retirada daqui), uma vez abertas as comportas do comunismo na Europa de
Leste e na China, ficámos com um posicionamento competitivo insustentável.
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Não somos hoje um país que possa competir pelo preço por volumes de produtos maduros e básicos. Muitas empresas desapareceram, estão a desaparecer e continuam a definhar (aqui e aqui) por que o modelo de negócio, a lógica competitiva em que assentavam ficou obsoleta.
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Claro que quanto mais os nossos custos subirem, maior será a velocidade de destruição das empresas que vão tentando sobreviver.
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As empresas que estão a dar a volta e a ter sucesso são as empresas que não competem no negócio pelo preço, ou seja, onde o preço não é o order winner. Competem com base em tecnologia e, sobretudo, competem com base na rapidez e na flexibilidade, aproveitam também a boleia da escassez do crédito para se tornarem mais atractivas em franjas onde competem com asiáticos.
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A nossa adesão à UE, a queda do Muro de Berlim e a adesão da China à OMC culminaram num pico de globalização uniformizadora, vantajosa para o negócio do preço e do volume. A nossa abertura económica, com empresas pequenas e, sobretudo, muito viradas para o mercado interno, dizimou essas empresas impreparadas para a competição internacional (foi como no interior do país, assim que abre uma auto-estrada que facilita as comunicações entre o litoral e o interior, adeus empresas do interior que tinham na proximidade a sua vantagem competitiva num mercado regional). Qual a hipótese competitiva de uma empresa portuguesa preparada para competir num mercado de 10 milhões de habitantes quando chega um concorrente com acesso a mais capital e habituado a competir num mercado de 40 ou 50 milhões aqui ao lado? Tal qual europeus com armas de fogo a combater e a aniquilar os incas e aztecas das Pandoras sul-americanas.
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A nossa adesão à UE, os apoios comunitários, os salários baixos e a inexistência da Europa de Leste e China como opção produtiva, até porque não existiam as infra-estruturas de comunicação que o boom das dotcom criou no final do século passado, abriram a porta às multinacionais que vivem dos negócios baseados no preço, ou seja, nos custos baixos. Vimos que foi chão que deu uvas assim que os nossos custos laborais ficaram incomportáveis.
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A recuperação em curso da nossa competitividade assenta, também, numa alteração macro-económica ainda em desenvolvimento, aquilo a que chamo a mongolização do planeta, aquilo a que Ghemawatt chama a semi-globalização. Muitas empresas, muitos sectores estão a descobrir o mundo da heterogeneidade, o mundo das tribos, o mundo da rapidez (já devem estar à venda na Catalunha t-shirts com a cara de Mourinho e um 5-0 impresso), incompatível com os contentores chineses e, os custos que se escondem por detrás dos markdown de final de estação e dos sell-out não repostos.
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Somos alemães e temos de competir com uma moeda forte... não há alternativa estratégica sustentável dentro do actual euro a esta realidade. E é a única forma de a prazo os portugueses viverem melhor num país sustentável.
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IMHO, neste momento o que faz falta é abrir as comportas à criação de empresas, para isso há que reduzir o peso do Estado-cuco-normando. Não há forma de dar a volta à questão e, por isso, é que os instalados do regime, uma certa burguesia tem medo do FMI.
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Trecho inicial retirado de "How Sustainable Is Your Competitive Advantage?" de Jeffrey R. Williams
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Para os que de fora, em vez de rachar lenha, mandam umas bocas sobre a capacidade gestora dos empresários (daqui):
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"organizations that are reliable and accountable are those that can survive (favored by selection). A negative by-product, however, of the need for reliability and accountability is a high degree of inertia and a resistance to change. A key prediction of organizational ecology is that the process of change itself is so disruptive that it will result in an elevated rate of mortality.
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The theory fragment on niche width distinguishes broadly between two types of organizations: generalists and specialists. Specialist organizations maximize their exploitation of the environment and accept the risk of experiencing a change in that environment. On the other hand, generalist organizations accept a lower level of exploitation in return for greater security (Hannan and Freeman 1977: 948).
Niche theory shows that specialisation is generally favoured in stable or certain environments. However, the main contribution of the niche theory is probably the finding that “generalism is not always optimal in uncertain environments” (Hannan and Freeman 1977: 958). The exception is produced by environments which “place very different demands on the organization, and the duration of environmental states is short relative to the life of the organization” (Hannan and Freeman 1977: 958)."
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Sempre gostei deste esquema de 2008 feito no tempo em que tinha um tablet: