domingo, fevereiro 16, 2014

Dois tipos de professores

O que é que o professor vulgar ensina?
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A responder!
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A ter a resposta certa!
"In a curious way, Google is all about answers. So you could say that Google is increasing answers over time, but what's interesting is that answers are becoming cheap; they're almost free, and I think what becomes scarce in this kind of place that we're headed to is questions, a really good question, because a really good question can unleash new questions.                                     .
In a certain sense what becomes really valuable in a world running under Google's reign, are great questions, and that means that for a long time humans will be better at than machines.
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Machines are for answers; humans are for questions.
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The world that Google is constructing—a world of cheap and free answers - having answers is not going to be very significant or important. Having a really great question will be where all the value is."
O que é que os Professores excepcionais ensinam?
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A fazer perguntas! A questionar a realidade! A não aceitar respostas pré-cozinhadas!
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Trecho retirado de "A Conversation with Kevin"

O poder do contexto

Deste extenso artigo sobre o calçado português, "Portuguese Do It Better", saliento o caso da Eureka:
"«Percebi depressa que as discotecas e os sapatos se complementavam. Estou sempre a olhar para os pés das pessoas e vejo que há uma percentagem muito grande de clientes do Eskada [discoteca] que também são clientes da Eureka e que associam as duas marcas ao mesmo estilo de vida.
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«Fazemos desfiles, temos montras com calçado Eureka no interior das discotecas e damos descontos aos clientes regulares, quer das discotecas quer das lojas»."
 Há cerca de um ano que descobri esta associação e que fiquei fascinado com ela. Atraiu-me o poder do contexto, da oportunidade, para apresentar a oferta.
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Uma oferta destinada a uma tribo, apresentada no ponto de encontro da tribo.
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Exactamente o oposto de uma publicidade que apanhei há dias numa caixa multibanco, no interior de um Intermarché na cidade da Sertã(?). Estive para fotografar o ecrã, uma publicidade acerca de um congresso, ou seminário, ou encontro, sobre marketing digital(?) a ter lugar na AEP(?) em Matosinhos. O que achei verdadeiramente "weird" neste caso era o desperdício... quantos olhos iriam olhar para aquilo, iriam fazer parte de um indicador qualquer que contribui para o ego de alguém (acho que é o Eric Ries que escreve sobre isto dos indicadores para o ego mas que não levam a lado nenhum) mas com uma taxa de conversão absurdamente baixa...
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É também pelo poder do contexto que ando interessado numa start-up que está a testar um modelo de negócio em que consegue moldar e plastificar a colocação publicitária de imagens nos contextos adequados.

Acerca da emigração

Ainda na passada Sexta-feira ouvi na rádio o argumento que o desemprego baixou por causa da emigração que é muito elevada.
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- Qual o último ano com números sobre a emigração?
- 2012.
- Quantos portugueses emigraram?
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- Não sei!
- Não sabe?! Então o INE não publica esses números?
- Sim, publica, mas quem aparece como emigrante não é necessariamente português. O INE define emigrante como: Emigrante - Pessoa (nacional ou estrangeira) que, no período de referência, tendo permanecido no país por um período contínuo de pelo menos um ano, o deixou com a intenção de residir noutro país.
- OK! Leve lá a bicicleta, quantas pessoas emigraram em 2012?
- Segundo o INE, 121 418 pessoas
- E quantas emigraram em 2011?
- Segundo o INE, 100 978 pessoas
- E em 2010?
- Parece que não há números de 2009 e 2010.
- Ah! OK.
- Mas há de anos anteriores.
- Algo a salientar?
- Não, o normal. Em 2008 emigraram 101595...
- Está bem, está bem, não vale a pena recuar mais.
- Em 2007 emigraram 108 388 pessoas.
- Já lhe disse, já chega...
- Outro Miró?


BTW, porque é que durante a década anterior, período em que emigraram mais de 700 000 pessoas, ninguém, a não ser Álvaro Santos Pereira, falou do assunto?

Quando tudo é prioritário...

Quando tudo é prioritário, nada é prioritário:
"Prioridades estratégicas
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Todas as prioridades estratégicas são voltadas para os clientes com foco na criação de valores e no crescimento lucrativo
  • Liderança tecnológica (Moi ici: Inovação, R&D, Investigação, estar na crista da onda)
  • Serviços excepcionais (Moi ici: Estar próximo do cliente e ser capaz de flexibilidade, resposta rápida, serviço à medida, proximidade, ...)
  • Melhorias operacionais contínuas (Moi ici: Eficiência, eficiência, eficiência)
  • Vantagem colaborativa" (Moi ici: Co-criação, interacção... como a distinguir de um serviço excepcional?)
Uma boa receita para o stuck-in-the-middle... espero que não liguem a estas declarações ou vão ter problemas.

Trecho retirado daqui.

sábado, fevereiro 15, 2014

Curiosidade do dia

"A world without banks: why Barclays and co should be afraid"
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Como é que um disruptor cria uma testa de ponte?
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Não começa pelos segmentos mais apetitosos e valiosos do mercado, começa pela franja que os incumbentes menos valorizam e apreciam. Começa pelo grupo de clientes que quando perdidos pelos incumbentes, estes até agradecem, pois perdiam dinheiro com eles.
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Esses serão os alicerces para a construção de uma nova realidade.

Mongo em todo lado

Dois países, duas abordagens

França:

Holanda:


À atenção dos novos velhos

À atenção dos novos velhos:
"They measured the success of this design-led segment of companies against other companies in the stock market, and found that, indeed, those that put design first had a significant stock market advantage."
Trecho retirado de "Study: Good Design Is Good For Business".
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Conselho: Não se tentem impor através de ordens e legislação, usem o vosso know-how para seduzir os clientes e os clientes dos clientes.

Somos satisficers não maximizers

Escreveu Camilo Lourenço no Jornal de Negócios da passada Quinta-feira em "O "desenrascanço" como ferramenta":
"Com o consumo estagnado, ou a crescer muito pouco, as empresas que viviam do mercado interno passaram a ter um problema. Muitas delas, percebendo que as coisas não irão mudar muito nos próximos anos (o endividamento provoca indigestão prolongada), foram à procura de soluções: viraram-se para o exterior.
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Mas qual foi o catalizador desse movimento? O "desenrascanco", típica ferramenta de gestão portuguesa (neste caso, a procura de um mercado de substituição)? Ou, como diz Pedro Reis, foi a aposta no exterior, porque ela traz mais valor? Estou convencido de que a primeira hipótese pesou mais do que a segunda: os empresários portugueses são uns "desenrascados". Se fosse a procura de mais valor, teriam ido para o mercado externo mais cedo, quando não havia crise.
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É paradoxal, dir-se-á: o que leva um gestor a centrar-se no mercado interno, que proporciona rentabilidades mais baixas, em detrimento do externo, onde tem margens mais elevadas? Muita coisa: falta de capitais próprios, tamanho das empresas, gestão deficiente, etc. Mas é provável que a principal razão seja outra: o conforto. O crescimento da despesa interna (por recurso a dívida) nos últimos 20 anos dava-lhes a tranquilidade de lucros moderados... mas seguros."
Não creio que seja algo de paradoxal, julgo mesmo que é algo muito humano.
"A maximizer is like a perfectionist, someone who needs to be assured that their every purchase or decision was the best that could be made. The way a maximizer knows for certain is to consider all the alternatives they can imagine. This creates a psychologically daunting task, which can become even more daunting as the number of options increases. The alternative to maximizing is to be a satisficer. A satisficer has criteria and standards, but a satisficer is not worried about the possibility that there might be something better." (daqui)
Daqui:
"Satisficing is a decision-making strategy or cognitive heuristic that entails searching through the available alternatives until an acceptability threshold is met. This is contrasted with optimal decision making, an approach that specifically attempts to find the best alternative available. The term satisficing, a portmanteau of satisfy and suffice, was introduced by Herbert A. Simon in 1956, although the concept "was first posited in Administrative Behavior, published in 1947." Simon used satisficing to explain the behavior of decision makers under circumstances in which an optimal solution cannot be determined. He pointed out that human beings lack the cognitive resources to optimize: We can rarely evaluate all outcomes with sufficient precision, usually do not know the relevant probabilities of outcomes, and possess only limited memory. Simon formulated the concept within a novel approach to rationality, which takes into account these limitations. He referred to this approach as bounded rationality."
 É o mesmo fenómeno que faz dos apoios keynesianos um veneno. O mundo muda e as empresas têm dificuldade em adaptar-se. Então, para ajudar durante a fase de transformação, os governos aparecem com subsídios e apoios associados à produção do tradicional. Esses apoios acabam por diminuir o interesse, ou a urgência, em procurar alternativas de mercado novas e... congela-se a transformação e instala-se a adição. Enquanto o governo tiver dinheiro para torrar, as empresas vão viver ligadas à máquina, felizes e despreocupadas.

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Curiosidade do dia

"The first is that business schools have been captured by the academic guild.
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many of the people who run business schools are approaching the future in the most unbusinesslike manner. The mood at this year’s meeting of deans in Gothenburg, Sweden, was a mixture of gloom and fatalism. They talked about academic inflation, image problems and the threat of MOOCs or massive open online courses. But they showed little confidence in their own ability to grasp opportunities or combat threats.
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The deans have few levers at their disposal to reorganise their schools or cut costs: more than 80% of their bills go on academic salaries. They also have few incentives to pull what levers they have: almost all of them are former academics who are appointed for a maximum of five years. Michael Porter of HBS once warned that the most dangerous place for a business is to be stuck in the middle without an obvious advantage of cost or quality. Over the next few years a striking number of business schools are going to discover just how right he was."

Trechos retirados de "Those who can’t, teach"

Recordar:
E se Mongo não for tão exigente face ao conhecimento certificado?
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Ah! Já me esquecia:
O Horror!!! Sem universidades aguarda-nos uma nova Idade das Trevas.
Como é possível que gente sã opte por outras alternativas? E se essas alternativas forem privadas, ainda maior o horror!

E acham que os governos têm alguma coisa a ver com isto?

Do calçado já sabíamos:
"Sector português do calçado exporta mais 8% em 2013 e supera máximo histórico de 1.700 milhões"
Do têxtil também já sabíamos:
"A indústria do têxtil e vestuário também não se ficou atrás. No ano passado, exportou 4,257 mil milhões, um aumento de 3,5%, o que traduz o melhor exercício dos últimos cinco anos, realçou em comunicado a ATP (Associação Têxtil e Vestuário de Portugal). As exportações para países não comunitários cresceram 9% e pesam já 18% no volume total exportado." 
Talvez não seja tão divulgado este outro facto:
"As exportações portuguesas de mobiliário e colchoaria aumentaram 10% de janeiro a novembro de 2013, para mais de mil milhões de euros, no que terá sido um "ano recorde" para o setor, segundo a respetiva associação." 
E acham que os governos têm alguma coisa a ver com isto?
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Se não atrapalhassem tanto ainda podia ser melhor!

Acerca do PIB e da espiral recessiva

"Católica: Portugal cresceu 1,3% no último trimestre de 2013" (a 22 de Janeiro último)
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"BBVA calcula que Portugal estagnou no último trimestre de 2013" (a 23 de Janeiro último)
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Hoje, aqui:
"O último trimestre do ano passado trouxe primeiro o crescimento homólogo da economia desde o início de 2011, com o PIB a crescer 1,6% face ao quarto trimestre de 2012. Na comparação face aos três meses anteriores o PIB cresceu 0,5%, no terceiro trimestre consecutivo de crescimento. Este resultado fixou a variação do PIB de 2013 nos -1,4%, melhor do que o esperado pelo Governo."
 Para contextualizar:

BTW, deliciosa a perspectiva do JN:
"A economia portuguesa caiu 1,4% no conjunto de 2013, mas registou um crescimento homólogo de 1,6% no último trimestre do ano, de acordo com os números avançados, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística"

Largar a cabotagem e... seja o que Deus quiser

Esta frase:
"1. Understand the urgency of the situation. Half-measures simply won't do. The only way to grow is to abandon your strategy of doing what you did yesterday, but better. Commit."
Remete-me outra vez para o sexo...
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Em vez de apostar na eficiência, em vez de tentar melhorar o que já se faz, arriscar em algo desconhecido, algo diferente.
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Seguro? Garantido?
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Não, longe disso, e, por isso, tantos optam pelo ramram, pela lenta erosão do status-quo, na esperança de um milagre... ou do apoio do Estado.
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Por isso, é que os que arriscam são de certa forma uns heróis... a merecerem, como referiu Taleb, uma estátua ao empresário anónimo, ao empresário desconhecido, a sua disponibilidade individual para tentar e falhar, é que no agregado tornam uma sociedade mais resiliente e, neste caso, também anti-frágil.

Ainda acerca da estratégia

Ao ler "Johnson: Strategically speaking":
"Managers are well-advised to take strategy seriously, and professionalise strategic thinking. But no journalist should be fooled even for a moment that a canny boss is going to give the strategic game away in an annual report or a press conference. A strategy consisting of “be the best” is no strategy at all."
Recuei a 2006, e mesmo mais atrás até, quando aqui escrevi:
"Foi nessa altura que dei comigo a dizer para os meus botões "Os sindicalistas deviam aprender a ler mapas da estratégia", hoje acrescento "Os ministros da Economia, e os jornalistas económicos, deviam aprender a ler mapas da estratégia"."
BTW, acredito que nos negócios esconder uma estratégia tem um grave problema, os trabalhadores, os seus executores, os seus implementadores não a vão conhecer. O mundo dos negócios não é, necessariamente, um jogo de soma nula.

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Curiosidade do dia

Porque vamos precisar de uma quarta vinda da troika:
"Candidatura ao Euro-2020 em cima da mesa"
Talvez seja para apoiar as obras de renovação da cobertura do Estádio da Luz.

A importância da história e da experiência

Ontem, em "Um adepto e promotor incondicional da concorrência imperfeita (parte III)", escrevi:
"Uma PME não tem recursos para adquirir competências que permitam enxertar um outro ADN na sua matriz. Assim, o novo futuro tem de partir de uma base que já tem, que já domina"
Conhecem a Baxter? Não é uma PME. É uma multinacional farmacêutica com recursos. Em Maio de 2002 lançou no mercado a Pulse, uma marca de água com nutrientes:
" A subsidiary of Baxter International Inc. today launched PULSE, a line of water + nutrients supplements. PULSE products are the first dietary supplements of this type to be developed and marketed by an established, global health care company.
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"Baxter is uniquely positioned to launch this product given our knowledge and history in nutrition, and our experience developing health-related products," said Arline McDonald, Ph.D., senior project manager at Baxter. "PULSE is another first from a company that is a recognized innovator in the health care industry.""
Este lançamento porquê?
"The bottled water market was (and still is) one of the fastest growing beverage segments. More than $25 billion in bottled water was sold in the United States in 2000, and this volume was expected to keep growing at more than 5 percent annually.
Meanwhile, nutritional supplements were growing at rates of between 7 and 15 percent annually.
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Seduced by these alluring statistics and trends, many companies - ranging from beverage manufacturers to pharmaceutical companies - introduced new products aimed at grabbing a piece of this growing market.
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To make a long story short, PULSE was a flop. Walk into your grocery store today and you’re very likely to find other leading “nutritional waters,” including Dasani Nutriwater from Coca-Cola, Veryfine Fruit20 from Kraft, and Propel and Aquafina Essentials from PepsiCo. You’re very unlikely to find anything called PULSE.... What went wrong? Simply put, Baxter was leaving behind its strengths and entering an entirely new strategic segment - a strategic segment of ready-to-serve water and soft drinks that was crowded with established players that already understood the retail channel in a way that Baxter never would. Skill in packaging water - other than the purely promotional aspect of packaging - was mostly irrelevant in this market. There was almost no chance that Baxter would achieve economies of scope or scale or would provide a compelling enough menu of benefits to consumers for PULSE to dislodge the other entrants in the field."
Parece que não são só as PMEs que têm de se manter fieis ao seu ADN, à sua experiência, à sua história.
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Se nem uma multinacional pode fugir a esta regra, cuidado com a sua PME.
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Trechos retirados de "Where Value Hides" de Stuart Jackson.

"Não fazemos arte depois de nos tornarmos artistas"

A propósito deste trecho:
"Mas continua a faltar um plano de acção e uma avaliação objectiva das metas atingidas para garantir que a inovação deixa de ser apenas uma palavra bonita nos discursos e passa a ser um verdadeiro agente dinamizador da economia."
Há momentos, a folhear um livro numa livraria deparei-me com a frase:
"Não fazemos arte depois de nos tornarmos artistas.
Tornamos-nos artistas ao fazer arte incessantemente."
Planos nacionais, planos top-down, para criar empresas inovadoras, geram equívocos chamados Qimondas.
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Os macacos não voam!

Acerca da estratégia

Estão a ver as politicas dos sistemas de gestão de empresas certificadas na qualidade, ambiente, segurança, inovação, ...
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Muitas vezes interrogo-me, para que servem?
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Tão extensas, tão cheias de compromissos em cumprir a lei, os regulamentos e toda uma série de coisas que não diferenciam as empresas.
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Por isso, nos projectos em que me envolvo como consultor não quero ouvir falar em políticas disto e daquilo. Prefiro usar o termo prioridades estratégicas, dessa forma liberto as pessoas dos moldes em que estão enformadas.
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É um tema que aprecio e que faz todo o sentido, não é conversa da treta para satisfazer auditor, é uma forma de comunicar para dentro alinhamento, prioridades, atenções e motivações. Por isso, saliento este texto "The Art of Crafting a 15-Word Strategy Statement":
"“keep the strategy statement simple.” Rather than a long, often vague document, the company’s strategy should summarize the chosen target customers and the value proposition in one page." (Moi ici: Aqui divirjo um pouco. Sim, deve identificar quem são os clientes-alvo. No entanto, como assumo que é um documento para uso interno, não faz sentido descrever a proposta de valor. A proposta de valor é uma promessa que se faz aos clientes. Privilegio a descrição breve dos factores do mosaico de actividades ou práticas internas em que temos de ser danados de bons, para que a proposta de valor não seja um slogan vazio)
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In my consulting work, I take this idea even further by asking my clients to summarize their strategy in less than 15 words. (Moi ici: Interessante o que este colete de forças revela)
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The 15-word constraint is a test that often reveals a profound lack of alignment among managers. In a 100-page strategy document you can state everything you want, which makes everyone in the organization feel comfortable. (Moi ici: Tão verdadeiro) The trouble is that managers then interpret the 100 pages according to their view and aspiration of the company’s strategy. The result: one planning document, many different strategies.
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All great business strategies can be summarized in a short headline. Easy to understand and communicate, they convey clarity internally and externally to the customer."

Válido para pessoas e empresas

"the incoming barrage of information has degraded our ability to create long-term plans, and instead sets us up to react, react, react.
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Urgency is a great motivator, but a flimsy one. The problem with urgency is that no one can remember what’s really important, so we spend too much time and energy on activities that don’t matter.
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Part of reducing present shock is refusing to react. The best practice I’ve come up with is to not react to demands as they come in. Instead, I recognize them, and add them to a running list.
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The moment we enter reaction mode, we’ve surrendered our day to the whims of others"

Trechos retirados de "Why You Need a Daily Prioritization Meeting"

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Curiosidade do dia

Figura retirada de "Is Europe’s Economy Really Sick?"

Um adepto e promotor incondicional da concorrência imperfeita (parte III)

A pergunta com que concluí a parte II:
"Como é que cada empresa descobre o seu monopólio, o seu mercado particular, a sua diferenciação, os seus clientes-alvo?"
Pode muito bem ser o alicerce para o terceiro capítulo.
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OK! A minha empresa reconhece que precisa de mudar de vida, por onde começar essa mudança?
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Alguns pressupostos que seguimos:
  • Uma PME não pode ter a veleidade de mudar o mundo. Uma PME é como uma casca de noz no meio do oceano, não pode mudar o oceano, mas pode tentar perceber para onde vai o mundo;
  • Uma PME não tem recursos para adquirir competências que permitam enxertar um outro ADN na sua matriz. Assim, o novo futuro tem de partir de uma base que já tem, que já domina;
  • Uma PME não pode aspirar a querer servir todo o tipo de clientes, tem de se especializar e servir um grupo, um segmento de clientes-alvo.
A abordagem mais pensada, mais reflectida, mais estruturada passa por equacionar 3 vertentes:


Assim, a primeira vertente passa por olhar para dentro e perceber qual é o ADN da empresa. Qual é a sua experiência, qual é a sua história. Passa por reflectir sobre os seus pontos fortes e fracos. Uma analogia usada neste blogue é a do espaço de Minkowski, as posições anteriormente ocupadas por uma empresa, durante o seu trajecto de vida, limitam as posições futuras possíveis.
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Uma segunda vertente passa por olhar para o mundo, o tal oceano onde navega a PME, e tentar perceber para onde é que ele pode ir, que oportunidades e ameaças pode oferecer. Tentar, através de uma análise PESTEL, listar uma série de factores que podem influenciar o futuro da paisagem competitiva onde actua a PME. É claro que os humanos não gozam da capacidade de prever o futuro, por isso, a parte que se segue deve ser interpretada com cuidado. É possível, a partir das oportunidades e ameaças identificadas e dos factores da análise PESTEL identificados, construir um gerador de cenários, para perceber para onde pode ir o mundo onde opera a PME. É como se a casca de noz, tentasse perceber quais são as marés, os ventos e as correntes para melhor as aproveitar, já que não as pode controlar.
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A terceira vertente passa por identificar os vários segmentos de clientes que operam no mercado onde a empresa actua. Com que segmento de clientes tem a empresa trabalhado? Com que segmentos tem tido melhores resultados? Com que segmentos tem tido melhores margens? Com que segmentos gosta mais de trabalhar? 
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Por fim, a partir da lista de pontos fortes e fracos e das oportunidades e ameaças, é possível construir uma SWOT dinâmica, também chamada por alguns de TOWS, para listar as combinações que parecem fazer melhor sentido para o futuro.
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Com base nestes pontos é possível desenvolver um racional para identificar que clientes-alvo a empresa vai servir.
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Continua com o salto para o ecossistema da procura.


A importância da proximidade entre a produção e o cliente

Lê-se "The Unexpected Benefits of Rapid Prototyping" e pensa-se em duas coisas:

  • o ecossistema da procura (designer - client - user)... e com esta chuva lembrei-me que os arquitectos, como Calatrava, só pensam nos clientes e esquecem os utilizadores, sobtretudo quando se trata de um concurso público);
  • a importância da proximidade entre a produção e o cliente, neste mundo acelerado, incerto, volúvel e cheio de tribos, a proximidade é um trunfo há muito celebrado neste blogue. 

Começar a partir da experiência do cliente

Há dias, aqui, escrevi:
"É por isto que sou um adepto incondicional da concorrência imperfeita, gente que consegue vender areia com marca. Os que vendem areia como comodity, concentram-se na areia. Os que vendem areia com marca, concentram-se no cliente, concentram-se no serviço que o cliente vai fazer com a areia, concentram-se na razão que leva o cliente a comprar areia e, descobrem que ele pode precisar de muito mais do que areia."
Hoje, encontrei este trecho:
"it's not the thing that's important, it's the *experience* of the thing.
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"You've got to start with the customer experience and work backwards to the technology. You can't start with the technology and try to figure out where you're going to try and sell it.....we have tried to come up with a strategy and a vision for Apple, it started with “What incredible benefits can we give to the customer? Where can we take the customer?” Not starting with “Let’s sit down with the engineers and figure out what awesome technology we have and then how are we going to market that?” And I think that’s the right path to take.""
Se forem à fonte, encontrarão outra lição que também aqui gostamos de salientar, a do foco no essencial.

Tão maduros que são vulneráveis ...

Quando escrevo aqui sobre Mongo é também sobre isto que escrevo "Currency exchange goes social with WeSwap’s person-to-person service".
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Empresas estabelecidas, com modelos de negócio bem sucedidos, testados, maduros...
" “If you spend money on your debit card abroad, your bank will charge you 3pc to 4pc. A Bureau de Change at the airport can charge up to 17pc on top of the interbank rate.”"
Tão maduros que são vulneráveis ao aparecimento de novos concorrentes, com modelos baseados na internet e que apostam na disrupção:
"WeSwap charges customers 1pc on top of the interbank lending rate for anonymous swaps through its social network. "
E a sua empresa, até que ponto precisa de repensar o seu modelo de negócio? Até que ponto a internet pode abrir a porta a novos modelos de negócio?
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Será que precisa de mudar? Será que pode aproveitar oportunidades abertas? Será que precisa de repensar a estratégia? Será que precisa de repensar quem são os clientes-alvo?

terça-feira, fevereiro 11, 2014

Curiosidade do dia

Deixou-me a pensar

Ontem, no Jornal de Negócios, o artigo "Tendências para o sector agro-alimentar" da Portugal Foods deixou-me a pensar...
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"Guarda o que não presta e terás o que precisas
"O consumidor tenderá a adaptar os seus hábitos ao actual contexto económico, assumindo atitudes de maior racionalização, e a indústria reage com inovações ao nível do tamanho da embalagem, por exemplo, as unidoses (...)".
(Moi ici: E em que prateleiras se vendem as unidoses? E quem são os clientes-alvo? E quais são as prateleiras-alvo? Quem é o dono das prateleiras-alvo? E será que precisam de fazer como o calçado para exportar, escolher um tipo de consumidor diferente do consumidor nacional-tipo? Ou será que desconheço que existe um documento estratégico, para o sector, que propõe várias estratégias-tipo que cada empresa pode escolher?)
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Prazeres simples
"Vemos o florescer de ofertas 'low cost', como reacção ao enquadramento económico e ao novo perfil de consumidor (Moi ici: Novo perfil? Ou serão novos perfis?), e no mesmo alinhamento vemos que ofertas premium têm vindo a aumentar, numa atitude de procura de indulgência."" (Moi ici: Em que é que isto ajuda as empresas, vão trabalhar em simultâneo para os dois extremos? E os trade-offs)

O poder de uma marca

Independentemente de clubismos, acho esta evolução, num país em espiral recessiva, muito interessante:
"Sem números oficiais em cima da mesa, mas servindo-se dos dados que têm saído na imprensa, Rui Oliveira e Costa estima que a Benfica TV possa vir a custar cerca de 2,25 milhões de euros por mês. “O que significa que, a custar oito euros por subscrição (que é um número que está dentro do que foi veiculado), o canal teria de ter qualquer coisa como 281 mil assinantes para ser viável”. Um número muito elevado se se tiver em conta que a Sport TV – que tem muito mais canais – é subscrita por 550 mil assinantes."(1) (Março de 2013)
"Sete meses depois de arrancar com as suas emissões como canal “Premium”, a Benfica TV já ultrapassou os 300 mil subscritores, refere em comunicado citado pelo jornal “Record”." (2) (Fevereiro de 2014)
Qual será a quebra de subscritores da SporTV?

Trecho 1 retirado de "Benfica TV paga é uma ideia “arriscada”"
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Trecho 2 retirado de "Benfica TV tem mais de 300 mil assinantes"

Um adepto e promotor incondicional da concorrência imperfeita (parte II)

A parte I e esta parte podem muito bem ser a base do Capítulo 2.
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A parte I introduz o conceito de concorrência imperfeita. Depois, talvez explicar o que é a concorrência perfeita e as suas implicações... talvez recorrendo aos dinossauros azuis.
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Depois, fazer o paralelismo com a biologia, para salientar o papel da diferenciação, não esquecendo a cladística (mais a parte II).
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Depois, tentar introduzir o tema das paisagens competitivas enrugadas, para explicar por que é que Mongo funciona.
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Os adeptos da concorrência perfeita, olham para um sector de actividade e delimitam as suas fronteiras:

Todas as empresas com o mesmo código de classificação, ou códigos aproximados, são concorrentes.
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Assim:
Cada bola vermelha representa uma empresa a operar dentro do sector e, por isso, concorrentes entre si.
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No entanto, para quem está no terreno, para quem não se ilude com as classificações estatísticas, para quem percebe a importância da heterogeneidade, a realidade é percepcionada de uma outra forma:

Ou seja,
Cada empresa ocupa um pico diferente na paisagem, cada empresa opera num mercado diferente, cada empresa criou o seu monopólio informal na mente dos clientes, através da especialização.
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E este será o pontapé-de-saída para o capítulo 3.
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Como é que cada empresa descobre o seu monopólio, o seu mercado particular, a sua diferenciação, os seus clientes-alvo?

Longe do fisco

Muito dinheirinho abençoado circula por esta região, graças a Deus:
"Feira Fumeiro transaciona perto de 500 mil euros em Vinhais"
Mais os milhões da Castanha, mais ...
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Autênticos "lamed waf"!

Pois, o problema é do euro que nos tira competitividade...

Pois, o problema é do euro que nos tira competitividade...
""Com um crescimento de 3,5% no total, as exportações da ITV Portuguesa tiveram como destinos 184 países distribuídos por todos os continentes. Com um peso de 18%, os países não comunitários foram os que registaram, em média, melhores desempenhos tendo as exportações para estes mercados crescido quase 9%", diz um comunicado da ATP.
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Em termos absolutos, Portugal exportou mais 47,3 milhões de euros para o Reino Unido (crescimento de 13,3%), mais 21 milhões de euros para os EUA (mais 12%), mais 14 milhões para a Tunísia (mais 33%), mais 14 milhões para Espanha (mais 1,1%) e mais 11 milhões para Angola (mais 14,1%).
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O crescimento das exportações para a China foi de 11% e para Hong-Kong 34%."
Trecho retirado de "Exportações de têxteis e vestuário cresceram 3,5% em 2013"
"Citando dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE), a associação refere que o ano de 2013 "foi o melhor dos últimos 5 anos em termos de exportações da ITV Portuguesa"

segunda-feira, fevereiro 10, 2014

Curiosidade do dia

Lembram-se do "Se subir o desemprego, ainda desce"?
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Vale a pena ler "O que está a acontecer ao desemprego" ou "Quanto pesa a emigração na descida do desemprego?", é sobre o mesmo fenómeno, muito melhor explicado.

Como eu gostava ...

Como eu gostava de ver o modelo de negócio da cultura do tomate em Portugal.
"Produtores de tomate dizem que exportações estão em risco"
Produzem-se 1,2 milhões de toneladas de tomate.
95% da produção é para exportação.
A exportação vale 250 milhões de euros.
O país europeu com a mais elevada produtividade por hectare.
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Qual será o preço médio de venda à indústria?
Qual será o custo médio de produção?
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Faz-me recordar que os subsídios aos inquilinos, para ajudar a pagar a renda, são usados pelos proprietários para pedir alugueres mais altos.
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E vai tomate português para Espanha só para melhorar a qualidade da mistura na indústria espanhola? E sem subsídios o tomate não tem saída?

Acerca das exportações, um esforço de contextualização

O que nos diz o Jornal de Negócios?
"No conjunto do ano as exportações de bens cresceram 4,6% face a 2012, o que corresponde a um abrandamento, ainda que na recta final do ano, em Dezembro, o aumento tenha sido de 8%."
Reparem no título seleccionado pelo Negócios "Crescimento das exportações abranda em 2013 para 4,6%".
"2013 representa assim o quarto ano consecutivo de aumento das exportações. Nos últimos 10 anos apenas um ano foi verificada uma queda da venda para o exterior de bens nacionais, tendo sido em 2009, período em que as exportações diminuíram 18,4%.
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Já em Dezembro, verificou-se um aumento de 8%, em termos homólogos, o que corresponde a uma aceleração. Este é mesmo o ritmo mais acentuado de crescimento desde Setembro, adiantam os dados do INE." (Moi ici: Terá sido por causa do aumento da actividade da indústria automóvel?)
Ao ver estes números fiquei curioso, como terá sido o desempenho nos outros países da zona euro?
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Encontrei estas previsões para 2013 (feitas em Dezembro de 2013) para bens e serviços (Se as exportações de serviços mantiverem o desempenho conseguido entre Janeiro e Outubro de 2013 o crescimento das exportações de bens e serviços poderá rondar os 4,9%)

Nada mau, para uma zona euro em que o PIB caiu 0,5% em 2013, sabendo que mais de 70% das exportações portuguesas são para a a UE.

Um adepto e promotor incondicional da concorrência imperfeita

Lembram-se de "1 O exemplo do calçado"?
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Por que é que o calçado português consegue ter o desempenho ilustrado no texto acima referido?
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Então não ouvimos e lemos que é preciso sair do euro para sermos mais competitivos nas exportações?
Então não ouvimos e lemos que é preciso reduzir salários para sermos mais competitivos nas exportações?
Então não ouvimos e lemos que temos de trabalhar mais horas para sermos mais competitivos nas exportações?
Então não ouvimos e lemos que temos de mexer na TSU para sermos mais competitivos nas exportações?
Então não ouvimos os dirigentes do sector do calçado dizer que o objectivo é continuar a aumentar os preços de venda?
O que é que não bate certo entre a realidade dos números e a narrativa sobre o aumento da competitividade?
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Por que é que a narrativa que tem acesso aos media tradicionais não consegue enquadrar o desempenho do sector do calçado?
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Por que razão as soluções encontradas pelas PMEs portuguesas para terem sucesso no mercado internacional, não passam pelas medidas previstas na narrativa que tem acesso aos media tradicionais?
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Por que é que pessoas como Daniel Bessa foram incapazes de adivinhar o sucesso do calçado português?
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Os seguidores da narrativa oficial, sejam eles de direita, defendendo a redução de salários, ou de esquerda, defendendo o retorno ao escudo, foram educados numa escola de pensamento económico que entende que os mercados de concorrência perfeita, porque permitem uma eficiência superior das empresas, são o modelo a seguir, são o modelo mais adequado. Esta ideia da concorrência perfeita tornou-se no modelo mental da gestão anglo-saxónica que permeia e molda o pensamento dos autores da narrativa oficial, aqui e no resto do mundo.
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Qualquer livro de Economia não só descreve a concorrência perfeita como o modelo económico a seguir, como associa a concorrência imperfeita a situações extremas, associadas a práticas monopolistas formais, que devem ser evitadas num mercado que se quer livre.
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Na pátria do capitalismo, havia mesmo um académico americano, nos anos sessenta, que era contra a existência de marcas porque, dizia ele, as marcas introduzem fricção na concorrência que se quer perfeita. E, havia mesmo leis que impediam que um mesmo produto pudesse ser vendido a diferentes preços a diferentes clientes, porque isso não seguia o modelo da concorrência perfeita.
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Adiante.
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Por que é que o calçado português consegue ter o desempenho ilustrado no texto acima referido?
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Porque abandonou a concorrência perfeita. Se estivesse a competir na grande arena onde estão os fabricantes asiáticos o negócio seria decidido pelo preço e, aí não têm hipóteses.
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Fabricantes portugueses e chineses podem estar no mesmo sector, podem partilhar a mesma classificação estatística mas pertencem a mercados distintos.
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Os analistas "oficiais" não têm tempo para descer ao terreno e perceber o quanta heterogeneidade existe dentro de um mesmo sector, por isso, recorrem a modelos cegos que fazem sorrir quem está no mercado, como este exemplo da Reuters ilustra:
"as mudanças na estrutura da economia portuguesa sob o acordo de resgate estão a ajudar as exportações, embora os trabalhadores estejam a pagar um preço elevado, pelo menos a curto prazo.
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As reformas dolorosas exigidas pela UE e pelo FMI melhoraram a competitividade sobretudo através da redução dos custos laborais. Os patrões podem agora contratar e despedir pessoas de forma mais simples e pagam menos pelas horas extraordinárias. Os portugueses têm também de trabalhar mais dias por ano.
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Os salários são baixos e estão a descer."
Como se os salários portugueses baixassem o suficiente para competir com a Ásia. Não é a fazer mais do mesmo cada vez mais depressa, é com sexo, muito sexo.
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Prefiro outra narrativa, mais cheia de diversidade, mais heterogénea, mais pessoal, mais carregada de imperfeição nos mercados, mais carregada de Davids e as suas fundas. Este texto "McLaren, Guarda Real de Omã e mineiros mongóis usam calçado português da Lavoro" exemplifica o que penso ser a resposta à pergunta inicial:
"Segundo o empresário, o segredo do sucesso da marca passa pelo desenvolvimento, quase personalizado, (Moi ici: Recordar o poder da interacção...
referido aqui e, recordar os fundamentos da Service-Dominat Logic) do calçado mais adequado a cada tipologia de ambiente de trabalho, recorrendo, para isso, a um Centro de Estudos de Biomecânica (SPODOS) que é "a única no sector" a possuir.
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"Por exemplo, no Médio Oriente o segmento em explosão é o petróleo e o gás, pelo que tivemos que nos adaptar desenvolvendo uma gama de calçado profissional adequado a esse segmento", explicou.
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Já para os engenheiros e técnicos de mecânica automóvel do Grupo McLaren, sediado no Reino Unido, a Lavoro desenvolveu para "um sapato leve, flexível e desportivo", que se adaptasse ao espírito da empresa, mas cujas biqueira em compósito, para proteger do impacto, e palmilha resistente à perfuração asseguram a necessária segurança.
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No caso da empresa mineira que a Lavoro fornece na Mongólia, os rigores da actividade e do clima extremamente frio são contornados com "uma gama de calçado com forro em pelo de carneiro verdadeiro, que resiste a temperaturas de -20 ou, mesmo, -30 graus", precisou José Freitas."
Personalização, customização, domínio técnico, tudo coisas que encarecem os custos de produção e desenvolvimento e, paradoxalmente, para os adeptos da concorrência perfeita, deviam tornar o produto menos competitivo.
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Faz-me lembrar o empresário que exporta portões e gradeamentos para Malta. Como é que o conseguiu, como é que ultrapassou os italianos? Porque fez algo que os italianos nunca tinham feito, meteu-se no avião e foi visitar o primeiro potencial cliente.
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É por isto que sou um adepto incondicional da concorrência imperfeita, gente que consegue vender areia com marca. Os que vendem areia como comodity, concentram-se na areia. Os que vendem areia com marca, concentram-se no cliente, concentram-se no serviço que o cliente vai fazer com a areia, concentram-se na razão que leva o cliente a comprar areia e, descobrem que ele pode precisar de muito mais do que areia.
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Não se esqueçam que se podem comprar botas de segurança na net por 30 euros ou menos, a cumprir as normas e com marcação CE.

Já repensou ...

Isto "Quinta de Alcube, vinho da Arrábida sem intermediários" é artigo ou publicidade paga?
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O que me interessa é:
"Imagine um produtor de vinhos com uma propriedade de 200 hectares em pleno coração do Parque Natural da Arrábida, dos quais 50 são de vinha, com uma produção anual da ordem das 250 mil garrafas e que vende tudo à porta da adega. Acha impossível? Pois não é. É isso que faz a Quinta de Alcube, que além de vinhos também produz artesanalmente queijo de Azeitão, tem um dos últimos pomares de laranjas de Setúbal e possui um enoturismo muito activo."
A partir deste exemplo, e a sua empresa?
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Já repensou os seus canais de distribuição?
Já repensou as prateleiras onde expõe os seus serviços/produtos?

domingo, fevereiro 09, 2014

Curiosidade do dia

Um tema que volta e meia é abordado aqui no blogue, a obsolescência dos indicadores.
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Indicadores definidos numa e para uma época, são incapazes de captar as subtilezas da mudança do mundo, por exemplo o caso do comércio online e as vendas no retalho físico.
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Ainda ontem se escrevia aqui "Acerca dos números do emprego". Por isso, recomendo a leitura de "Time to say goodbye to the unemployment rate":
"The unemployment rate is a recent invention designed for limited purposes, yet it has come to assume totemic status in a way that makes it almost impossible to have a cogent discussion of labor in the United States (or anywhere else in the world that keeps similar numbers) and design meaningful public and private responses to our challenges.
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the grand illusion of the unemployment rate and indeed of all of our leading statistics and indicators. We treat them as absolute markers, and reliable guides to our world. They are not. They are numbers that we invented remarkably recently and that then assumed a place of importance in shaping our sense of the world out of proportion to what they can and do measure.
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There is, therefore, no unemployment rate, at least not as currently understood. There are multiple rates, by race, by gender, by geography and above all by educational attainment. When people talk of an unemployment crisis, it would be more accurate to speak of an education crisis or a crisis of men whose skills are mismatched to the jobs of today. It would be more accurate to speak of a jobs crisis in specific regions of the country, or for specific industries such as heavy industry. Yet, we maintain the collective fiction that one simple average accurately captures a multiplicity of realities."

O que é que a sua empresa faz?

Há dias, durante um jantar de francesinhas, o Aranha, mostrou-me esta fotografia:
Pedi-lhe logo uma cópia anónima.
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O que é que a sua empresa faz, que pequenos gestos, que pequenas experiências, para criar estes momentos de cumplicidade não solicitada, estas surpresas?
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De certa forma fez-me lembrar o "Crédito fácil e barato". Porque ninguém está à espera é que é mais valioso para quem recebe.

Sexo, jardineiros, intervencionistas, Taleb e Cavaco Silva (parte III)

Mantenho o título por voltar à parte do sexo.
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Ontem, ao ler o artigo "Designing Business Models for Value Co-Creation", citado em "Acerca do ecossistema da procura", encontrei a referência a "Escaping the Red Queen Effect in Competitive Strategy: Sense-testing Business Models".
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À noite, ao lê-la, fiquei logo apanhado pela relação com o sexo...
"The ‘red queen effect’ refers to the red queen’s advice in Lewis Carroll’s Through the Looking Glass in which she says, in order to stay in a (competitive) place you have to run very hard, whereas to get anywhere you have to run even harder. In today’s knowledge and mobile environments we know that businesses cannot survive by just running harder, but rather by running differently and ‘smarter’ than competitors."
Primeiro, recordar o comportamento dos afídeos da parte II quando as condições ambientais mudam.
"To counter direct competitive challenges, organizations often continuously learn new ways of improving their efficiency and performance. (Moi ici: Uma paisagem competitiva conhecida, um mercado conhecido, concorrentes conhecidos. Nada de extraordinário, a eficiência é suficiente para continuar a jogar. Reprodução assexuada) Having familiarized themselves over a number of years with such ways of doing business, their first reaction to discontinuous (fast-changing, disruptive) competition is to ‘‘work harder’’, (Moi ici: Esta é a parte em que os membros da tríade, de Vítor Bento e Ferraz da Costa, até João Ferreira do Amaral, acham que se reduzirmos salários, aumentarmos horários de trabalho ou voltarmos ao escudo, conseguimos ultrapassar esta diferença:Reparem, a economia portuguesa, no tempo do escudo, nunca teve de competir com diferenças desta ordem de grandeza) when what they need to do is to ‘‘unlearn’’ what they know and ‘‘work differently’’"
Na biologia, o sexo é uma espécie de ‘‘unlearn’’ what they know and ‘‘work differently’’, voltar a baralhar as cartas, os genes, para testar novas abordagens, para barrar o acesso a abordagens anteriores pelos vírus.
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Sem sexo, ou seja, sem sair fora da caixa, sem a possibilidade de falir, com acesso a bail-outs:
"Several observers have commented that even though many companies work harder to improve themselves in increasingly fierce competitive environments, results improve slowly or not at all. This is a characteristic situation that could be described as the ‘‘Red Queen effect’’. It is a competency trap where ‘‘running harder’’ becomes customary: it is of an analytic-benchmark nature, it shows short-term success and is less risky in the near horizon, but ultimately holds long-term downfall.
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Working ‘‘differently’’ seems to be an intuitively suitable approach for survival or even prosperity in the present era’s increasingly competitive business landscape. Companies need to change industry rules (the accepted way of doing business in the industry) by fundamentally questioning their tendency to conform to useful but ‘‘unoriginal’’ (copied, imitated, improved) practices, lessons, and experiences." (Moi ici: Como os afídeos, em tempo de mudança, saltar para o sexo)

"the Internet on crystal meth" e Mongo (parte VII)

O futuro é meter código no que já existe...
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Por exemplo, no que vestimos e usamos como adorno, "Fashion Designers Are Finally Getting Serious About Wearable Devices"
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Por que será que Angela Ahrendts  vai para a Apple?

sábado, fevereiro 08, 2014

Curiosidade do dia

"Yet even more importantly, as small businesses increase their access to powerful technology, they are overturning Coase’s key insight about the benefits of large firms.  As information advantages diminish, the key competitive assets are passion and purpose, rather than scale and access."



Trecho retirado de "How Technology Is Helping Small Businesses Compete"

Acerca dos números do emprego

Acerca destes números "Admirados".
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Uma explicação possível pode estar no ilusionismo estatístico.
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Os agricultores foram obrigados a burocracias como declarar o início da actividade. Será que ao declarar o início da actividade, como passam a trabalhadores por conta própria, passam à categoria de trabalhadores não remunerados e tornam-se invisíveis? Será que os que não declararam o início da actividade, quando questionados pelo INE, respondem que deixaram a actividade, com medo de cruzamento de informação?
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Recordar "Estou sempre a aprender" e relacionar com "Where Are All the Self-Employed Workers?"
“I don’t think they’re missing people who are working; they’re just categorizing them using methods they developed in 1950. Changing that survey takes an act of God, because it messes up all the time series.”

Acerca do ecossistema da procura

Recordei esta história "Arquitecto de paisagens competitivas (parte II)" depois de ler:
"The transition from linear value chain thinking towards collaborative value network thinking renders firm boundaries increasingly permeable, fuzzy and fleeting. All market actors can be viewed as open systems, ‘effectively depending on the resources of others to survive’. This interdependence creates a need for specific exchange and interaction processes  aimed at integrating an actor’s own resources with the resources of other actors,
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The idea of value co-creation in a network includes the idea of reciprocity, that is not only should one be freed from a dyadic perspective, (Moi ici: Deixar de pensar só nos clientes, naqueles que pagam as facturas e alargar o alcance do radar e, perceber que outros, na sua busca e sem ser preciso corrompê-los, podem influenciar os cientes) but also from the provider–customer notion. We take an actor-to-actor perspective and mainly use the term ‘actor’ as a generic construct of all resource integrators, and focal actor’ for the actor that is designing a business model for value co-creation. (Moi ici: Estes são os meus clientes-alvo ideais, actores (empresas) que já perceberam que não chega a relação "1 para 1" e é preciso trabalhar ao nível sistémico, ao nível de um modelo de negócio)
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The relevant actors to include in the analysis vary based on the specific co-creation type the focal actor is aiming for. ... identify a spectrum of co-creation, involving co-conception, co-design, co-production, co-promotion, co-pricing, co-distribution, co-consumption, co-maintenance, co-disposal and co-outsourcing. All of these forms of value co-creation will require different resource configurations amongst various actors.
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The evolution from value created and distributed by the manufacturing firm to value co-created in a network poses focal managerial challenges: How can the focal firm engage customers and other actors in purposeful co-creation?"
Há dias, no Twitter, discutia-se: de que vale um produto excepcional sem o acesso à prateleira, sem a capacidade de comunicar com os utilizadores:
"the evolution of customers from ‘passive audiences’ to ‘active players’. Firms do not exist in order to distribute value along a value chain, but rather to support customers in their value-creating processes. Thus, customers are not to be viewed as extensions of firms’ production processes. Rather, firms need to be viewed as extensions of customers’ value-creating processes."
Trechos retirados de "Designing Business Models for Value Co-Creation" de Kaj Storbacka, Pennie Frow, Suvi Nenonen and Adrian Payne.

Admirados

O texto desta notícia "Agricultura perdeu 53 mil trabalhadores em 2013" tem um trecho delicioso:
"Os dados divulgados causaram admiração nos representantes do sector contactados pelo DN."
Ilustra como os ditos representantes estão divorciados da realidade, estão longe das bases.
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Como conjugar esta fotografia da realidade tirada pelo INE com a fotografia da realidade tirada pelo governo no passado mês de Dezembro:
"Nos últimos anos tem-se registado a criação de emprego no mundo agrícola, hoje são 280 os novos empresário agrícolas que se instalam mensalmente em Portugal,"

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

Curiosidade do dia

"Português cria segundo maior site do mundo de venda online de artigos de luxo"

"É português o fundador do segundo maior site do mundo dedicado às vendas online de artigos de luxo. No ano passado faturou 140 milhões de euros, e este ano deverá ter um aumento de 70 por cento."

Sexo, jardineiros, intervencionistas, Taleb e Cavaco Silva (parte II)

Parte I.
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Esta manhã, durante os meus 16 km de jogging debaixo de chuva, ouvi o capítulo 3 de "The Red Quenn - Sex and the Evolution of Human Nature" de Matt Ridley.
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A certa altura oiço:
"sex and dispersal often seem to be linked. Thus, grass grows asexual runners to propagate locally but commits its sexually produced seeds to the wind to travel farther. Sexual aphids grow wings; asexual ones do not: The suggestion that immediately follows is that if your young are going to have to travel abroad, then it is better that they vary because abroad may not be like home.'
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Aphids multiply during the summer on a rosebush, and monogonont rotifers multiply in a street puddle. But when the summer comes to an end, the last generation of aphids or of monogonont rotifers is entirely sexual: It produces males and females that seek each other out, mate, and produce tough little young that spend the winter or the drought as hardened cysts awaiting the return of better conditions. To Williams this looked like the operation of his lottery. While conditions were favorable and predictable, it paid to reproduce as fast as possible—asexually. When the little world came to an end and the next generation of aphid or rotifer faced the uncertainty of finding a new home or waited for the old one to reappear, then it paid to produce a variety of different young in the hope that one would prove ideal."
E a minha mente voou para o paralelismo com a economia... e recordei por um lado a poesia de Hamel e Valikangas sobre a resiliência da vida na Terra e, por outro, os crentes no Grande Planeador.
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Depois, Nassim Taleb veio juntar-se à festa, foi ao sexto km, com a humildade por detrás da "via negativa"... os intervencionistas, quase sempre cheios de boa vontade, querem intervir para "ajudar" as empresas a fazerem face a uma qualquer evolução desfavorável.
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Interessante como os afídeos perante a alteração das condições, deixam de confiar na replicação dos seus genes e apostam no sexo, para criar novas combinações de genes que talvez possam enfrentar melhor o futuro.
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Os intervencionistas que intervêm, os que decidem o que salvar e o que condenar são os mesmos que não sabem fazer as contas para um simples concurso público.
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Depois dos jardineiros, lembrei-me logo da intervenção de Cavaco... outro intervencionista.

Sexo, jardineiros, intervencionistas, Taleb e Cavaco Silva (parte I)

A propósito desta história "Manutenção dos espaços verdes do Parque das Nações vai ser feita por 16 jardineiros, antes eram 70".
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Impressionou-me, por um lado a incapacidade de gente, que lida com tantos milhões de euros impostados aos contribuintes, para fazer contas básicas e, sobretudo a dúvida. Por que é que o cliente se preocupa a impor requisitos acerca do número de jardineiros que vão manter o espaço? Não era mais adequado e mais próximo do que se deseja, impor requisitos acerca do resultado do trabalho dos jardineiros?
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Voltei a recordar esta história ontem, ao ler num jornal o desejo do presidente:
"Cavado Silva afirmou ainda que «Portugal deve continuar a apostar na educação, no conhecimento e na inovação para que deixemos de ser um país que exporta acima de tudo produtos de baixa ou média tecnologia e passemos a exportar produtos de média e alta tecnologia e isso exige a continuação dos investimentos na área da I&D»."
O presidente coloca mal o desafio, a Qimonda cumpria o desejo do presidente e, no entanto, era um buraco financeiro insustentável. O desafio não deve ser exportar produtos de médio e alta tecnologia, mais uma vez concentramos-nos no processo e não nos resultados. O desafio, em minha opinião, deve ser apostar em produtos e serviços de mais alto valor acrescentado, sejam eles de baixa ou alta tecnologia, só o alto valor acrescentado permite a melhoria de vida das pessoas.
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O presidente coloca o desafio desta maneira porque, como muitos, acha que existem sectores económicos condenados.
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Continua.

Não deixe a sua empresa ser apanhada na curva

"What business are you in?  It seems like a straightforward question, and one that should take no time to answer.  But the truth is that most company leaders are too narrow in defining their competitive landscape or market space.  They fail to see the potential for “non-traditional” competitors, and therefore often misperceive their basic business definition and future market space."
O mesmo tema do artigo que Theodore Levitt escreveu em 1960, "Marketing Myopia"?
"Getting your business definition and competitor set right requires two things: first, an understanding of who your customer is, and second, an honest view of both the high level and detailed use-case problem you are solving for them.
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Today, that kind of world-changing innovation seems to be happening faster and faster.  New megatrends are fundamentally altering market dynamics and business definitions.  These trends include the share economy, crowdsourcing, the mobile and tablet revolution, Big Data, and what I sense will be perhaps the most disruptive of all to business definitions — the Internet of things."
Daí ser fundamental pensar:
"So the critical question for businesses to ask — more now than ever — is not what business you are in today, but what business you should be in tomorrow." 
 Tanto fabricante de coisas que vai ser apanhado na curva por Mongo, por causa da redução de consumo promovida pela economia do aluguer e artilha, por causa da entrada do código nas coisas mais comezinhas, por causa do retorno do semi-industrial. (Ainda ontem à noite, no canal História, fiquei a pensar, ao ver o programa "Restauradores", no valor sentimental que as pessoas atribuem a algo que fez parte da sua vida, ou dos seus familiares, no passado. Em Mongo, porque não o mesmo tipo de envolvimento com algo que vai fazer parte da sua vida no futuro?)

Trechos retirados de "The First Strategic Question Every Business Must Ask"

"a means to solving a problem"

Actualmente, durante o jogging, ando a ouvir "The Red Queen: Sex and the Evolution of Human Nature" de Matt Ridley. Este trecho fixou a minha atenção:
"It seems to treat evolution as some kind of imperative, as if evolving were what species exist to do - as if evolving were a goal imposed on existence.'
This is, of course, nonsense. Evolution is something that happens to organisms. It is a directionless process that sometimes makes an animal's descendants more complicated, sometimes simpler, and sometimes changes them not at all: We are so steeped in notions of progress and self-improvement that we find it strangely hard to accept this. But nobody has told the coelacanth, a fish that lives off Madagascar and looks exactly like its ancestors of 300 million years ago, that it has broken some law by not " evolving.
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Indeed, the coelacanth, far from being a flop, is rather a success: It has stayed the same—a design that persists without innovation, like a Volkswagen beetle. Evolving is not a goal but a means to solving a problem."
Aplicando esta pensamento à economia temos aquela frase de Nassim Taleb:
"Stress is information
 Se a cada recessão temos a intervenção keynesiana do Estado, para torrar uns milhões de euros a apoiar provisoriamente umas empresas, ou sectores escolhidos, os problemas para essas empresas são abafados, escondidos, temporariamente ... corta-se a motivação para a evolução.
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Fazendo o paralelismo com Kotter, a mudança não ocorre por causa de relatórios e razões muito racionais, a mudança ocorre por causa de se estar com uma espada contra a parede, ocorre por causa de uma "burning platfform", por causa do barco de madeira estar a arder em pleno oceano:



quinta-feira, fevereiro 06, 2014

Curiosidade do dia

Mongo is everywhere!!!
"The company, founded in September 2012, offers people the opportunity to memorialize their loved ones with a custom design that highlights both that person's unique interests and personality. The creations (as you can see in gallery above) are what those in the real estate industry might delicately call "taste specific."
...
each marker is created specifically according to the vision of the purchaser. While there's a catalog from which bereaved families can choose certain broad templates, customization is an important part of the idea, and Pineau makes it clear that that's a point of pride for the company. "We made about 100 monuments in the first year, and all of them are installed in .... We do not sell our products to be displayed in showrooms. We create unique works tailor-made for our customers."

Em que sector será? Um doce para quem adivinhar!!!
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Trecho retirado daqui.

O Eu.Criança

Durante os meus tempos ingénuos de fundação da Quercus, o Falco tinnunculus (peneireiro de dorso malhado ou francelho) era, para mim, uma espécie de pardal das aves de rapina, dado que era muito comum e fácil de identificar através da conjugação da cor e do peneirar.
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Com o tempo, deixei de os ver. Já não faço birdwatching como fazia, mas mesmo em sítios onde os costumava ver, deixei de os ver.

Hoje, 8 e pico da manhã, a entrar na A29 em Salreu, sou surpreendido por um exemplar, com aquele perfil inconfundível, a voar contra o vento forte.

Acerca da estratégia

Interessante, não sabia que esta constatação empírica "A biologia é um manancial de lições sobre a economia" e aqui repetida "É preciso estar sempre alerta", era conhecida e citada:
"David Packard once famously quipped, “More companies die from overeating than starvation.”"
Cuidado com tudo ser prioridade.

Trecho retirado daqui.

Válido para pessoas e para empresas

"The key is changing your frame to focus on your advantages, not your shortcomings.
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When you’re trying to understand your unique abilities, it helps to think about scarcity. What background or skills do you have that might be rare in a given context?
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To understand what’s so special about you, you have to compete on your playing field, not someone else’s. If you let others set the terms of the debate ... you will lose almost every time. There will always be someone who knows more than you do about a given topic, or who has more directly relevant experience.
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Instead, you have to seize the confidence to say their criteria are irrelevant (or at least less relevant), and there’s another yardstick that matters more. Too many professionals accept the limitations of other people’s viewpoints, and see themselves as falling short. When you understand what you possess that’s scarce, and are strong enough to make the case for yourself based on your own metrics, you’re likely to be far more persuasive than you ever imagined."
Trechos retirados de "Your Weakness May Be Your Competitive Advantage"

Material para a criação de cenários

Uma temática que costumamos abordar aqui, o futuro do emprego, o futuro dos carros, a economia da partilha e aluguer, e como tudo interage:
"For more than a century, big corporations existed because it was cheaper and more efficient to gather and own talent and the means of production in-house than it was to go out and find whatever you needed whenever you needed it. But today, networks and software are changing that.
...
This fuels a movement toward smaller, lighter companies at the core, and the core is where people will have "jobs" - full-time gigs sitting alongside colleagues who all have similar full-time gigs. The cores will shrink, leaving fewer of these jobs. Instead, companies will outsource everything they can. (Moi ici: E, depois, alguém há-de interrogar-se, "Por que precisamos delas?")
...
Jobs are being replaced by work. (Moi ici: E isto é algo que os "certificadores de competências", as universidades, vão ter de perceber que as pessoas vão precisar menos de canudos e diplomas e mais de conhecimento e aprendizagem contínua pragmática) Employees are being replaced by the talent cloud - an ephemeral place where micro-entrepreneurs and small groups of skilled people connect to the companies that need them.
...
The sharing economy is the start of consumers outsourcing the assets they don't have to own. It is to consumers in the 2010s what "re-engineering" was to corporations in the 1990s: a way to slim down, spend smarter, and have more options.
...
Cars are a perfect place to start. They are wildly expensive and, with the exception of minivans owned by suburban soccer moms with three kids, shamefully underutilized."

Trecho retirado de "Your Garage May Be the Next Target of 'Un-Scaling'"

Concentração e foco

"Jason Fried, an Inc. columnist and founder of 37signals, a Chicago-based software company, announced today that his company would begin focusing exclusively on one of its products, Basecamp, the popular project-management application. Not only that, the company will be changing its name and entire identity to reflect the new focus--Basecamp the product, Basecamp the company.
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Business has never been better, so it’s not as if this were some kind of forced retrenchment. Fried says he simply had a realization that quality and culture would likely suffer if the company continued to expand. So he did the exact opposite.
...
What's wrong with continuing to grow into a larger company, with more employees? Most companies would be excited about the growth.JF: There's nothing inherently wrong with it, but it's at odds with our culture. We take being a small company very seriously. We absolutely love it. We think small companies have advantages that large companies simply cannot have." (1)
Recordar:
""When Steve Jobs returned to Apple in 1997, after having been ousted in 1984, he found a company with a sea of products—computers, peripheral products for computers, twelve different types of Macintosh. The company was floundering. His strategy was simple: focus. Instead of dozens of products, Apple would concentrate on just four: one computer and one laptop each for two markets, consumer and professional. Just as in his Zen practice, where recognizing you’ve become distracted helps you concentrate, he saw that “[deciding what not to do is as important as deciding what to do.”(2)
E ainda:
"Phase 1: When we really have clarity of purpose, it leads to success.
Phase 2: When we have success, it leads to more options and opportunities.
Phase 3: When we have increased options and opportunities, it leads to diffused efforts.
Phase 4: Diffused efforts undermine the very clarity that led to our success in the first place." (3)


(1) Trechos retirados de "Your Business Is Booming. Time to Change Course"
(2) Trecho retirado de "Focus - The Hidden Driver of Excellence" de Daniel Goleman
(3) Trecho retirado de "The Disciplined Pursuit of Less"

quarta-feira, fevereiro 05, 2014

Curiosidade do dia

"Today [28 de Janeiro] may be a milestone in the 3D printing revolution: one of the key 3D printing patents related to Selective Laser Sintering (SLS) technology expires today.
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2014 will be an important year for 3D printing development. Another patent set to expire this year is the following: (Moi ici: E segue-se a lista)
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The technology behind all of these patents promises to be an incredible boon for the development of 3D printing.
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Thus, 2014 – and perhaps even today's date – may make the annals of 3D printing history."
Trechos retirados de "Let the revolution begin: key 3D printing patent expires today"

O que os keynesianos esquecem

Esta manhã troquei a ordem, assim, ouvi o noticiário da TSF às 8 da manhã. De repente, sou surpreendido com esta reportagem, "Carpintaria de Famalicão produziu nova loja do Barcelona em Camp Nou".
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Gostei, sobretudo de:
"«Mesmo durante a crise tivemos sempre muito trabalho porque nunca cedemos ao facilitismo de baixar a qualidade para fabricar barato."
O que os keynesianos esquecem é que o stress gerado por uma recessão é informação que motiva os agentes a procurarem alternativas:
"Desde que foi fundada, a CSJ ultrapassou a crise no setor da construção civil, virou-se para o mobiliário personalizado e à boleia do "boom" dos centros comerciais nos anos 90 apostou na decoração de lojas"
Com apoios e subsídios dificilmente haveria necessidade de mudar, de subir na escala de valor, de diversificar, de tentar algo novo.

Acerca de Mongo

"Additive-manufacturing technologies could alter the way companies add value to their products and services. The outsourcing of conventional manufacturing helped spur companies such as Nike to rely more on their design skills. Likewise, 3-D printing techniques could reduce the cost and complexity of other kinds of production and force companies to differentiate their products in other ways. These could include everything from making products more easily reparable (and thus longer lived) to creating personalized designs.
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Indeed, reducing the reliance on hard tooling (which facilitates the manufacture of thousands of identical items) creates an opportunity to offer customized or bespoke designs at lower cost—and to a far broader range of customers. The additive manufacture of individualized orthodontic braces is just one example of the potential of these technologies. As more such offerings become technically viable, companies will have to determine which are sufficiently appealing and commercially worthwhile. The combination of mass customization and new design possibilities will up the ante for many companies and could prove very disruptive to traditional players in some segments.
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Of course, retailers too could someday use fabs—for example, to let customers tailor products such as toys or building materials to suit their needs. That business model could represent a value-chain play for manufacturers if, for instance, they owned the machines, core designs, or both.
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Many benefits of 3-D printing could cut the cost of market entry for new players: for example, the use of the technology to lower tooling costs makes it cheaper to begin manufacturing, even at low volumes, or to serve niche segments. The direct manufacturing of end products greatly simplifies and reduces the work of a designer who would only have to take products from the computer screen to commercial viability. New businesses are already popping up to offer highly customized or collaboratively designed products. Others act as platforms for the manufacture and distribution of products designed and sold online by their customers. These businesses are gaining insights into consumer tastes and building relationships that established companies could struggle to match.
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Initially, these new competitors will be niche players, operating where consumers are willing to pay a premium for a bespoke design, complex geometry, or rapid delivery. Over the longer term, however, they could transform industries in unexpected ways, moving the source of competitive advantage away from the ability to manufacture in high volumes at low cost and toward other areas of the value chain, such as design or even the ownership of customer networks. Moreover, the availability of open-source designs for 3-D printed firearms shows how such technologies have the potential to create ethical and regulatory dilemmas and to disrupt industries."

Trechos retirados de "3-D printing takes shape"

Um exemplo português

Um exemplo português da economia da partilha, do aluguer, das tribos, de Mongo em "SlowFastCycles".
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Ainda este Domingo reparei, na Rua Costa Cabral, no Porto, por volta das 13h, um grupo de ciclistas à porta de uma loja de porta aberta que me parecia servir esta tribo.

Quem é este ministro?

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