quarta-feira, fevereiro 05, 2014

O que os keynesianos esquecem

Esta manhã troquei a ordem, assim, ouvi o noticiário da TSF às 8 da manhã. De repente, sou surpreendido com esta reportagem, "Carpintaria de Famalicão produziu nova loja do Barcelona em Camp Nou".
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Gostei, sobretudo de:
"«Mesmo durante a crise tivemos sempre muito trabalho porque nunca cedemos ao facilitismo de baixar a qualidade para fabricar barato."
O que os keynesianos esquecem é que o stress gerado por uma recessão é informação que motiva os agentes a procurarem alternativas:
"Desde que foi fundada, a CSJ ultrapassou a crise no setor da construção civil, virou-se para o mobiliário personalizado e à boleia do "boom" dos centros comerciais nos anos 90 apostou na decoração de lojas"
Com apoios e subsídios dificilmente haveria necessidade de mudar, de subir na escala de valor, de diversificar, de tentar algo novo.

2 comentários:

Bruno Fonseca disse...

fenomenal. mesmo.
belo exemplo.

a minha principal questão é mesmo como conseguiu chegar a esse tipo de clientes.

ou seja, depois de ter feito a loja do Barcelona e ir a umas feiras publicitando isso, creio que não será demasiado dificil conseguir novos clientes.

mas até lá chegar, por norma vão à boleia de algum cliente, o que não me parece ser o caso.

belo exemplo

Carlos Albuquerque disse...

O que os keynesianos esquecem parece bem menos significativo do que aquilo que outros esquecem: que a economia existe para as pessoas e que as pessoas são mais do que agentes económicos.

Acresce, claro, que o stress só é bom até certo ponto. Acima de certo limite o stress destrói o agente e não há alternativas.

Achar que o importante é uma economia mais saudável mesmo que à custa do desaparecimento de todos os que não aguentam o stress pode dar jeito aos sobreviventes mas não indicia um nível civilizacional muito elevado.