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sábado, julho 31, 2021

Enquanto a alquimia iludir, a rentabilidade pode esperar?

Em Julho de 2008 desenhei este esquema:

Que pode ser lido desta forma:

  • quando a taxa de juro bancário é baixa a exigência de rentabilidade é menor e, por isso, a exigência de risco é menor, e por isso, as empresas pensam menos em pureza estratégica
  • quando o ambiente económico é mais incerto, num mundo normal as taxas de juro subiriam, o que implicaria maior exigência de rentabilidade e, por isso, maior pureza estratégica. No entanto, um ambiente económico incerto também implica maior dificuldade em perceber o que resulta e, por isso, menor pureza estratégica. E isso cria um dilema interessante: porque aumenta a taxa de mortalidade dos projectos económicos
Ao longo dos anos tenho defendido aqui a necessidade de fazer escolhas, recordar os dinossauros e a necessidade de compromissos (lembro-me de desenhar este esquema em Guimarães).

Interessante, nestes tempos de incerteza, nestes tempos de alquimia dos bancos centrais, recordo os nabateus ao ler:

"Resilient organizations have redundancies that many Six Sigma aficionados find unacceptable—they’re less efficient than they could be by their very nature. Yet resilience is the new strategy for growth. The life span of companies that have built themselves on Porteresque thinking is shrinking. The companies that have been the most aggressive about enterprise architecture, like GE, Motorola, and Xerox, are foundering. An armada of cutting-edge agile startups has already drowned because they couldn’t hold their breath long enough to resurface when Covid hit.

Today’s mandate is more than performance. It’s also survival and recovery. Organizations have spent decades trying to build unsinkable ships or faster speedboats. Those strategies work in gentle seas, but not when nature unleashes her wrath upon you."

Enquanto a alquimia iludir, a rentabilidade pode esperar? 


Trecho retirado de “Rogue Waves: Future-Proof Your Business to Survive and Profit from Radical Change” de Jonathan Brill.

quarta-feira, fevereiro 10, 2016

Lembram-se de Bruce Jenner? (parte III)

Parte I e parte II.
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A importância da coerência de um modelo de negócio para atingir níveis de desempenho superiores:
"Exceptional Winners figure out what they’re really good at, and configure their business model as well as operating model accordingly. They focus intensely on  what they do better than others to win in the market and build truly distinctive capabilities. Successful companies have a clear understanding of how they win in the market and create value, and have developed a clear positioning strategy.
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However, the bridge between strategy and impact is the business and operating model, and by configuring the business model to create a system of mutually reinforcing capabilities, the competitive advantage can become more powerful.
...
We measured the Business Model Coherence as a function of how closely  aligned the company was to a certain business model type.
...
A company with a high Business Model Coherence score has made conscious choices about using a single business model throughout the entire company, whereas a company with a low coherence score operates multiple business models."
Este "low coherence score" fez-me recuar a 2008 e ao tema das estratégias puras e híbridas:


Trechos retirados de "Business model innovation in consumer goods" 

quinta-feira, fevereiro 06, 2014

Concentração e foco

"Jason Fried, an Inc. columnist and founder of 37signals, a Chicago-based software company, announced today that his company would begin focusing exclusively on one of its products, Basecamp, the popular project-management application. Not only that, the company will be changing its name and entire identity to reflect the new focus--Basecamp the product, Basecamp the company.
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Business has never been better, so it’s not as if this were some kind of forced retrenchment. Fried says he simply had a realization that quality and culture would likely suffer if the company continued to expand. So he did the exact opposite.
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What's wrong with continuing to grow into a larger company, with more employees? Most companies would be excited about the growth.JF: There's nothing inherently wrong with it, but it's at odds with our culture. We take being a small company very seriously. We absolutely love it. We think small companies have advantages that large companies simply cannot have." (1)
Recordar:
""When Steve Jobs returned to Apple in 1997, after having been ousted in 1984, he found a company with a sea of products—computers, peripheral products for computers, twelve different types of Macintosh. The company was floundering. His strategy was simple: focus. Instead of dozens of products, Apple would concentrate on just four: one computer and one laptop each for two markets, consumer and professional. Just as in his Zen practice, where recognizing you’ve become distracted helps you concentrate, he saw that “[deciding what not to do is as important as deciding what to do.”(2)
E ainda:
"Phase 1: When we really have clarity of purpose, it leads to success.
Phase 2: When we have success, it leads to more options and opportunities.
Phase 3: When we have increased options and opportunities, it leads to diffused efforts.
Phase 4: Diffused efforts undermine the very clarity that led to our success in the first place." (3)


(1) Trechos retirados de "Your Business Is Booming. Time to Change Course"
(2) Trecho retirado de "Focus - The Hidden Driver of Excellence" de Daniel Goleman
(3) Trecho retirado de "The Disciplined Pursuit of Less"

sexta-feira, janeiro 24, 2014

O caso Valbona (parte II)

Parte I..
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A descrição da Valbona remete-me logo para dois nomes Terry Hill e Wickam Skinner.
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As empresas existem para servir clientes. Na parte I, na descrição da situação da Valbona, percebe-se o dilema. Se desenharmos o ecossistema da procura

vamos chocar com o poder do dono da prateleira. Os produtos só chegam aos consumidores, aos utilizadores, através da prateleira.
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A única forma da Valbona chegar directamente aos consumidores é através do marketing. Só através de um marketing forte, associado a produtos genuinamente diferenciadores, é que os consumidores poderão "vergar" o poder do dono da prateleira. O dono da prateleira montou um negócio em torno da eficiência e quer o preço mais baixo. Contudo, sabe que o que realmente interessa é o retorno por m2 de prateleira e, esse retorno, tanto pode ser obtido pela rotação de muitas unidades a um preço baixo, como pela rotação de menos unidades a um preço mais alto (recordar os frangos Purdue e o Evangelho do Valor).
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O que acontece é que muitas "Valbonas" subestimam-se e desinvestem no marketing, para compensar os "impostos revolucionários" cobrados pela distribuição grande e, por isso, entram numa espiral de perda de valor intangível junto dos consumidores... mas já estou a derivar e a fugir do objectivo deste postal.
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Voltemos ao ecossistema da procura simplificado lá de cima. Se agora identificarmos o que é que cada interveniente procura e valoriza:
Simplificando podemos dizer que a distribuição grande quer:
  • Qualidade no sentido de conformidade, de ausência de defeitos;
  • Preço mais baixo;
  • Prazo de entrega cumprido.
Que os consumidores se dividem em dois grandes grupos. Os que querem acima de tudo:
  • Preço mais baixo;
  • Conformidade; e
  • Disponibilidade.
E os que querem acima de tudo:
  • Inovação, mais qualidade no sentido de mais atributos;
  • Novidade;
  • Marca que dê confiança, que suporte os tópicos anteriores.
As "Valbonas" que pensam, ao tentar servir a distribuição grande e os dois tipos de consumidores, ao analisarem a sua estrutura produtiva deparam-se com o quadro que aprendi a construir com Terry Hill:

Para ser bom a servir uns, tenho de ser menos bom a servir os outros. Aquilo em que tenho de especializar para servir os "pretos" vai minar a minha capacidade de servir bem os "azuis" e, vice-versa.
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Claro que as "Valbonas" que não pensam chegam à situação espelhada pelas bolas vermelhas:
Não têm uma estrutura produtiva alinhada. Por exemplo, a máquina flexível que permite fazer trocas rápidas de série de produção. não consegue ter a cadência rápida de uma máquina dedicada a grandes séries. Como dar a volta a isto?
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Skinner é um velho conhecido, basta pesquisar nos marcadores a sua intervenção neste blogue, por exemplo aqui onde recordo o famoso pwp (plant within the plant):
"For example, if the company is currently involved in five different products, technologies, markets, or volumes, does it need five plants, five sets of equipment, five processes, five technologies, and five organizational structures? The answer is probably yes. But the practical solution need not involve selling the big multipurpose facility and decentralizing into five small facilities.
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In fact, the few companies that have adopted the focused plant concept have approached the solution quite differently. There is no need to build five plants, which would involve unnecessary investment and overhead expenses.
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The more practical approach is the “plant within a plant” (PWP) notion in which the existing facility is divided both organizationally and physically into, in this case, five PWPs. Each PWP has its own facilities in which it can concentrate on its particular manufacturing task, using its own work-force management approaches, production control, organization structure, and so forth. Quality and volume levels are not mixed; worker training and incentives have a clear focus; and engineering of processes, equipment, and materials handling are specialized as needed.
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Each PWP gains experience readily by focusing and concentrating every element of its work on those limited essential objectives which constitute its manufacturing task
. Since a manufacturing task is an offspring of a corporate strategy and marketing program, it is susceptible to either gradual or sweeping change. The PWP approach makes it easier to perform realignment of essential operations and system elements over time as the task changes."
O risco das "Valbonas" que não pensam é o de quererem ir a todos os segmentos e canais, é o de quererem ser uma espécie de "Arca de Noé" e servir o mercado do meio-termo. Contudo esse mercado está a desaparecer por todo o lado... o mundo requer cada vez mais estratégias puras do que estratégias híbridas porque o dinheiro é cada vez mais caro.
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Querer servir o middle-market geralmente resulta em "stuck-in the midlle"
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Continua com o problema sob o ponto de vista do balanced scorecard.

terça-feira, janeiro 07, 2014

O que é que a sua empresa está a fazer de diferente hoje...

No Verão de 2008 desenhei esta figura:
Durante décadas, o preço do dinheiro foi embaratecendo. Por isso, foi possível enveredar por estratégias cada vez mais híbridas e com menos risco associado. Assim, a rentabilidade, o retorno do capital investido seguiu um caminho de decréscimos sucessivos:

Hoje o filme é outro... qual o preço a que fica o dinheiro?
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Qual o retorno que o capital investido tem de ter para não haver barraca?
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O que é que a sua empresa está a fazer de diferente hoje para aumentar a rentabilidade do capital investido?

quarta-feira, janeiro 01, 2014

Acerca do chocolate e da estratégia

Ainda consigo rastrear o dia, 20 de Julho de 1987. Fácil, foi o dia seguinte à eleição que levou à primeira maioria absoluta de Cavaco Silva e toda a gente na fábrica falava nisso.
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Fui entrevistado por um alemão(?), radicado em Portugal há muitos anos, mas a coisa não chegou a bom porto e, por isso, nunca cheguei a ingressar na fábrica de chocolates Imperial.
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Isso nunca me impediu de seguir de perto com curiosidade o percurso dessa empresa. Ao ler este artigo "O segredo da fábrica de chocolates", sublinho duas notas, uma positiva e, uma outra que me parece negativa, esperemos que o erro seja meu.
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Vamos à positiva:
" a Imperial prepara-se para fechar o ano com um doce crescimento de dois dígitos no volume de negócios, que ronda os 25 milhões de euros. Claro que o aumento da exportação deu uma ajuda. Um quarto da faturação é feita fora de portas, numa geografia variada
...
Mas o aumento das vendas não se esgota na exportação. Num mercado interno anémico e parado, a Imperial vai cometer a proeza de crescer 10%, o que significa que está a roubar quota à concorrência estrangeira."
Como é que se justifica este desempenho? Voltemos ao texto do artigo para obter a resposta da fábrica:
"O segredo da fábrica de chocolates Imperial consiste numa ágil combinação entre diferentes ingredientes: inovação, flexibilidade, qualidade e o hábil manejar do marketing na relação emocional forte que as suas marcas têm com o consumidor." (Moi ici; Sublinho só estes dois factores porque os restantes são só para o mercado nacional
Agora vamos à parte... talvez não seja negativa, talvez seja só a pulga atrás da orelha:
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Tenho medo desta conjugação:
"O segredo da fábrica de chocolates Imperial consiste numa ágil combinação entre diferentes ingredientes: inovação, flexibilidade, qualidade"
A que acrescento:
"só no último trimestre lançou no mercado 30 novos produtos - o que ajuda a perceber porque é que a Cotec a distinguiu com o Prémio Inovação 2012." 
Com esta outra informação:
"e a Suíça, onde bate o coração da indústria de chocolate e a maior cadeia alimentar do país acaba de encomendar toda a linha Jubileu." 
A minha pulga atrás da orelha é esta; de um lado, uma aposta na inovação, do outro, desconfio, uma aposta no volume se calhar com margens mais baixas, incapazes de suportar a aposta na inovação no médio-longo prazo. Ainda na passada segunda-feira tentei comprar uns produtos congelados da Maggi numa loja do Continente e fui informado que deixaram de trabalhar com o Continente. Há marcas que não estão para aturar as "tiranices" da distribuição grande. E, convém recordar:
"Concentration in food retailing in Hungary and in Switzerland surpasses the US’s retail concentration."
E perceber a situação na Suiça:

Quanto custa servir a cadeia de distribuição na Suiça? Que margens são praticáveis? Sobretudo quando não há uma marca forte para lhe fazer frente... recordar a Purdue.
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Provavelmente é uma especulação minha, mais uma, sem razão de ser. É tudo uma questão de saber o preço a que lhes fica o dinheiro... recordar que não há almoços grátis. Como estarão a evoluir as margens? Qual o retorno da inovação?
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BTW, recordar "Empresa do grupo RAR registou em 2012 o seu melhor ano de sempre, com um crescimento de 17% nas vendas"
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Volume is Vanity, Profit is Sanity.

Imagem retirada de "Retailization - Brand Survival in the Age of Retailer Power"... Uau, grande livro...

quinta-feira, dezembro 05, 2013

A inércia e o medo de fazer opções

"Two uncomfortable strategic truths face the vast majority of executives and companies – and probably you, too. First, you don’t have a powerful strategy. And second, you aren’t doing much about it.
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The widespread absence of a powerful strategy is clear from our recent study of 3,000 of the world’s largest companies, which finds that just 20 percent in that group create 90 percent of its total economic profit. The rest of the companies, more than 2,400, simply do not have a strategy that effectively outperforms the market.
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A second new McKinsey study delves into the question of what executives are doing about their strategic shortfall, and concludes that most are not doing enough.
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While they should increase investment in the parts of their business with the best shot at creating value and cut investment in business lines that are tapped out, they don’t. Instead they divvy up their corporate resources in the same way year after year, giving businesses, whether great or weak, essentially the same slice of corporate resources they had the year before."
Recordar esta figura

originalmente apresentada em "Não há almoços grátis: Há que optar"
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Estratégias híbridas são mais amorfas. Implicam menos riscos mas geram rentabilidades medíocres. E quando o dinheiro fica caro... tem de render mais!

Trechos retirados de "Get the Strategy You Need — Now"

domingo, outubro 02, 2011

Para reflexão

Sem pôr em causa o título deste artigo do jornal i "PME. Sem financiamento muitas empresas morrerão até 2013" atrevo-me a perguntar:

  • quantas PMEs localizadas em Portugal vão conseguir sobreviver porque os seus clientes não têm financiamento para fazer importações?
  • quantas PMEs localizadas em Portugal vão conseguir sobreviver porque importadores europeus não vão ter financiamento para fazer importações da China?
  • quantas PMEs localizadas em Portugal vão conseguir sobreviver porque concorrentes habituados a viver com dinheiro fácil a taxas de juro baixas vão ter de mudar de estratégia ou fechar?

sexta-feira, agosto 05, 2011

Qual a rentabilidade dos seus investimentos?

"Maló corta salários, atrasa pagamentos e acumula cheques pré-datados" Não conheço o caso em particular para me pronunciar, no entanto, gostaria de recordar que o preço do dinheiro mudou e muito... muito mesmo.
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Passámos de dinheiro quase dado que podia ser aplicado em investimentos com rentabilidades marginais e passamos para um mundo onde o dinheiro é cada vez mais caro. E tem de ser aplicado em projectos com rentabilidades superiores, muito superiores... ou salvo e transferido para investimentos alternativos "Espanha: falências aumentam 20% no segundo semestre" e "Transferência em curso".
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O nosso esquema do Verão de 2008 está cada vez mais actual

E já agora, para os empresários que se queixam, e às vezes com razão, de concorrentes capazes de fazerem preços mais competitivos por causa de uns amigalhaços que lhes dão davam condições especiais nos bancos, esta é a altura para aproveitar as vantagens de uma estrutura financeira mais sã, menos carregada de dívidas, menos juros.

terça-feira, janeiro 11, 2011

Estratégias híbridas e puras... risco, flexibilidade e rentabilidade

No postal de 2008 "Não há almoços grátis: Há que optar" utilizei e expliquei a figura que se segue:

Quanto mais pura for a estratégia, afinal a ideia ideia por detrás do mosaico:
  • maior a rentabilidade;
  • mas também, maior o risco e menor a flexibilidade, num mundo cada vez mais carregado de incerteza.
É preciso fazer escolhas!!!
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Uns decisores optam por mais risco e outros por menos risco. Uns são beneficiados e outros pagam o preço das decisões honestas que tomaram e falharam. É, também assim, que nasce a heterogeneidade dentro de um mesmo sector de actividade.
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William Barnett em "The Red Queen Among Organizations - How Competitiveness Evolves" aborda este tema:
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"A fundamental argument in modern organization theory is that the process of change is especially hazardous the more that the change disrupts established organizational routines, roles, procedures, capabilities, and
identities. Put differently, the more capable and established an organization, the more that changing the organization is disruptive. Being well adapted implies the ability to perform well but also acts to constrain attempts to alter organizational activities. Organizational change is difficult and hazardous precisely when organizations are well adapted to their environment.
...
Competition-Inertia Hypothesis: The more an organization experiences a history of competition in one context, the more hazardous it will be for the organization to move into another context.
One implication of this hypothesis is that organizations do not become inert in isolation, but rather they do so in the company of their competitors.
As one organization competes and becomes well adapted to its context, and so less able to change significantly, its competitors are in the same situation. This raises again the problem of organizations collectively descending into competency traps, as discussed in chapter 3. If organizations turn to one another as social referents, then they may learn from one another. Such learning, however, promises to reinforce inertia as competing organizations collectively become both better adapted to one environment and especially vulnerable to disruption should they change to another." (Moi ici: Daí que quando os factores abióticos mudam e influenciam negativamente, é como se uma epidemia atacasse todo um sector)

segunda-feira, janeiro 03, 2011

O modelo NK de Kauffman - uma introdução (parte II)

Continuado daqui.
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"With a low K value, an organization can change a particular attribute without significantly impacting the fitness contribution of other organizational attributes. Put more abstractly, with a low K value, the organization faces a highly correlated fitness landscape and is therefore able to engage in effective local adaptation.
...
With higher levels of K, local adaptation is not an effective response to a change in the fitness landscape. A change in a single organizational attribute is likely to have repercussions for the fitness contribution of a variety of other organizational attributes. As a result, with a higher level of K, survival subsequent to a change in the fitness landscape is much more dependent on a successful long-jump or reorientation than local adaptation. Thus, as suggested by the work of Tushman and Romanelli (1985), there may be a correlation between survival and reorientations, but the analysis implies that this correlation should be present only for organizations that have a relatively high intensity of epistatic interactions. When organizations are tightly coupled, and as a result the fitness space is only weakly correlated, local adaptation is not very effective. Under such conditions, survival in the face of a changing environment becomes more linked to a successful (lucky or visionary) long-jump or reorientation."
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Daí que, perante uma importante alteração abiótica, seja preciso tempo para que as organizações façam as alterações estruturais que lhes permitam voltar a um desempenho adequado.
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Trechos  retirados de Trecho retirado de capítulo 13 "Organizational Capabilities in Complex" de Daniel Levinthal que faz parte do livro “The Nature and Dynamics of Organizational Capabilities”, editado por Giovanni Dosi, Richard R. Nelson, Sidney G. Winter.

sexta-feira, dezembro 31, 2010

O modelo NK de Kauffman - uma introdução

"An important contribution of Kauffman's work is the finding that the topography of the fitness landscape is determined by the degree of interdependence of the fitness contribution of the various attributes (genes) of an organism. In the literature on population genetics, such interaction effects are termed epistatic effects. If organizational fitness is highly interactive, that is the value of a particular feature of the organization depends on a variety of other features of the organization, then the fitness landscape will tend to be quite rugged. (Moi ici: Fundamental este ponto.
Não há uma receita única!!!) In such a setting, even if only one element is changed, the fitness contribution of those attributes that did not change might still be affected.
...
Despite the importance of such interactive effects on fitness, much of the population genetics literature, as well as the organizations' literature, has tended to treat facets of the organism (organization) as if their fitness contribution is independent of other attributes of the organism (organization). Kauffman (1993) has developed a simple but powerful analytic structure to represent epistatic interactions, which he terms the NK model. An entity, an organization for our purposes here, is characterized as consisting of N attributes where each attribute can take on A possible values. Thus, the fitness space consists of A (elevado a) N possible types of organizations. The degree to which the fitness of the organization depends on interaction effects among the attributes is specified by the variable K. In particular, the contribution of a given attribute of the organization to the organization's overall fitness is assumed to be influenced by K other attributes. Therefore, if K equals zero, then the contribution of each element of the organization (such as strategy, personal system, structure, etc.) is independent of all other attributes. At the other extreme, if K equals N − 1, then the fitness contribution of any one attribute depends on the value of all other attributes of the organization. As a result, adjacent locations in the fitness space need not have similar fitness values. In this sense, the value K determines the intensity of interaction effects and, in turn, how rugged or correlated is the fitness space.
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Consider the problem of identifying a coherent set of policies, that is a set of behaviours for which there are positive complementarities. This is a problem of finding an attractive peak in a rugged fitness landscape. If organizational capabilities are an outcome of such a search process, what general statements can we make about such a process?
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Intelligent, non-exhaustive, search processes are sensitive to the topography of the problem space being explored. This may be the actual topography or, as in many efforts at calculative rationality, a representation of the actual topography.
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At one level, this sensitivity to the topography is a statement of minimal intelligence of the search process. Clearly, if a search process is to reflect any intelligence, it should be sensitive to the fitness value of alternative locations in the space of possible solutions. In particular, the engineering challenge is to design an algorithm that is effective at finding extreme points in such a space.
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However, search processes tend to be sensitive to the topography of the solution space in a stronger sense as well. The particular extreme value that is identified by a given algorithm is typically sensitive to the initial proposed solution at which search started. Furthermore, the extreme value that is identified will be (or quite close to) a local peak in the solution space.


Consider the outcome of a process of local search on a rugged landscape. In particular, suppose that search takes the form of examining alternatives in the immediate neighborhood of the current proposed solution and that search ceases when a local optimum is obtained. Finally, imagine carrying out a large number of such search efforts at randomly chosen starting locations in the space of possible solutions. Except by chance, the initial ‘solutions’ for each of the search efforts will differ. However, after a few iterations of local search, the number of distinct solutions will decline radically. This reduction in the number of identified ‘solutions’ reflects the fact that while the solutions were initially distributed randomly in the landscape, many initial starting points share the same local optimum. Kauffman (1993) terms the set of locations in the landscape for which local search results in a common local optimum as belonging to a common ‘basin of attraction’.
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The number of local optima that are reached increases as the landscape becomes more ‘rugged’. In particular, consider the landscape that results when K = 0. As noted earlier, when K = 0 there is a single maximum in the space of alternative solutions. If a policy array is located at any point other than the optimum, there is a location in the immediate neighborhood, involving a change in a single attribute that enhances performance. Since K = 0, changing this attribute improves the performance independent of the other N−1 attributes. Therefore, a process of local search results in a ‘walk’ to the optimum from all starting positions.


For K > 0, the landscape has multiple local optima. More generally, as K increases the landscape becomes less correlated and the number of local optima increases. (Moi ici: Estão a ver as consequências? Pode-se competir de muito mais maneiras do que simplesmente pelo preço/custo!!!) As a result, search efforts may become ‘trapped’ at a suboptimal local peak(Moi ici: E não só, não é tudo falta de visão para descobrir o pico máximo, é também o leque de opções deixado aberto pelo espaço de MInkowski. è possível visionar picos mais atraentes mas reconhecer que não se tem ADN empresarial para lá chegar e triunfar de forma sustentada) This property is clearly an implication of the limited nature of local search. The ‘ruggedness’ of the landscape has an impact on organizational form to the extent that there are peaks and valleys beyond the ‘vision’ of the search algorithm. Thus, greater vision attenuates the effect of a given level of K. However, as long as the search effort is not exhaustive, the qualitative properties of search leading to, possibly inferior, local peaks remains. Furthermore, the number of such peaks increases with K for a given range, or vision, of neighborhood search.
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This analysis of local search in complex landscapes has important implications for contingency theory arguments regarding variation in organizational forms in a population. Contingency theory is typically expressed as an argument for a correspondence between facets of organizations and features of the environment in which organizations function. In this discussion of movement on rugged fitness landscapes, all organizations face the same environment. What differs is their initial composition. As a result of these different starting points, organizations are led to adopt distinct organizational forms. Local search in a multi-peak landscape results in organizational adaptation being path-or history-dependent. (Moi ici: Cá está o espaço de MinkowskiAs a result, the observed distribution of organizational forms in a population may reflect heterogeneity in the population of organizations at earlier points in time rather than variation in niches in the environment, as suggested by ecological analyses, or a set of distinct external conditions, as generally suggested by contingency theories."
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Isto faz-me pensar numa outra consequência... a exploração que uma empresa faz na paisagem enrugada em busca da optimização do seu desempenho pode levar aquilo a que se chamam estratégias puras... (estratégias puras e híbridas - o dilema: parte I e parte II, ou seja, não há almoços grátis) estratégias puras geram maiores retornos mas têm um problema...
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Empresas que seguem estratégias puras são menos robustas a enfrentar alterações importantes no meio abiótico!!! Quanto mais interdependência, quanto mais sinérgico for o mosaico, maior o compromisso com determinada visão do futuro do meio abiótico... e se este muda... menor a flexibilidade da empresa, Minkowski outra vez, para recuar para uma posição anterior e recomeçar a busca numa paisagem alterada.
Empresa (ponto vermelho) aperfeiçoa-se para trepar de 1 para 2 e de 2 para 3. Quando começa a pensar em chegar a uma etapa 4...
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Oooppsss!
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Uma alteração imprevista do meio abiótico baralha os planos da empresa que aterrou na etapa 4.
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E quem garante que a alteração no meio abiótico não terá réplicas que fragilizarão ainda mais a posição competitiva da empresa?
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Em Portugal a reacção típica nestas circunstâncias é pedir ajuda ao governo... ou seja, adiar o inevitável... como as escolas privadas hoje em dia. Recordarei sempre o exemplo da Pirelli.
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Trecho retirado de capítulo 13 "Organizational Capabilities in Complex" de Daniel Levinthal que faz parte do livro “The Nature and Dynamics of Organizational Capabilities”, editado por Giovanni Dosi, Richard R. Nelson, Sidney G. Winter.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

terça-feira, outubro 12, 2010

A versão chinesa da polarização do mercado

Em 2005 este artigo "The vanishing middle market" deliciou-me, passou a ser um referencial para mim.
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Hoje o The McKinsey Quarterly lança mais uma acha com uma versão da polarização na China com "China’s new pragmatic consumers" onde se pode ler:
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"They spend more in categories they highly value, and they generally trade down in less compelling ones.
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Increasingly, Chinese consumers are behaving like their counterparts in the developed world. They are more demanding and pragmatic than ever as their horizons expand beyond basic concerns about product features. Also, they are willing to pay for better value and quality and are spending more time researching and are exploring product nuances.
...
Chinese consumers remain brand conscious but, unlike shoppers elsewhere, they focus on value so intensely that brand loyalty is often secondary.
...
Most intriguingly, though, China’s consumers prioritize purchases across different product categories by trading off among them: the Chinese maximize their buying power by spending more in the categories they care about most and less in others.
...
Chinese shoppers are also moving in the direction of consumers elsewhere in that emotional considerations increasingly influence purchase decisions. ... Another fast-growing key buying factor is the “what fits me” (or “what’s good for me”) category emerging in China’s younger (and more affluent) mass-market demographic. These shoppers are less concerned about following the crowd or the way what they buy defines them in the eyes of others than about how specific products fit their real-life needs. This factor is the main reason consumers trade up when their circumstances change and also explains why they tend to be more satisfied with better products."
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A polarização é essencial para eliminar o mercado do meio-termo e obrigar a abandonar estratégias híbridas, e obrigar as empresas a fazerem opções, e permitir estratégias viradas para nichos, para o elevado valor acrescentado associado ao pertencer a uma tribo.

quinta-feira, agosto 26, 2010

Play only with what you can afford to lose

Não basta ter um bom produto!
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Não basta ter clientes satisfeitos!
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É preciso ganhar dinheiro!
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"Segundo dados que vou conhecendo através dos jornais a marca portuguesa de vestuário cheyenne entrou em insolvência. Sabe-se que tinha marca própria e, de acordo com o feed back de alguns clientes, estavam satisfeitos com a qualidade dos produtos.

Qual a razão de ter falhado?" (trecho retirado de um comentário a um postal anterior).
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Não sei as razões da falha, não conheço o caso em concreto. Gostaria de recordar este postal "Lugar do Senhor dos Perdões (parte I)" e, sobretudo, este texto do Público "Fim da Cheyenne deixa 300 pessoas no desemprego" onde se pode ler:
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"redução na procura, uma política de expansão da rede de lojas incompatível com a capacidade financeira, uma estrutura organizacional pesada, a falência de alguns clientes estrangeiros são alguns dos factores que, segundo o administrador de insolvência, conduziram às dificuldades que levaram à “total falta de liquidez”.

O relatório de insolvência realça ainda a “confusão nas relações entre as empresas do grupo, nas quais se destacam a Paulo Serra & Irmãos [declarada insolvente em Maio] e a Imobiliária das Pateiras” bem como “o conflito com o antigo sócio e gerente José Alexandre Serra Rodrigues”"
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BTW, ainda este mês me arrepiei, ao folhear as páginas da revista Exame, ao tomar consciência do endividamento, para alimentar a expansão, da empresa por detrás da marca Salsa. E qual foi um dos motivos por detrás da falência do projecto Aerosoles?
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Recordo a primeira regra que Tony Hsieh aprendeu com o poker relativamente à parte financeira "Always be prepared for the worst possible scenario."
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Não basta ter um bom produto!
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Não basta ter clientes satisfeitos!
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É preciso ganhar dinheiro!
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No template para descrever um modelo de negócio usado por Osterwalder é fácil de ver:
Existem duas partes no modelo: a da esquerda, relacionada com a parte externa da organização (clientes, relação com clientes, canais de distribuição e fluxo de entrada de dinheiro) e; a da direita, relacionada com a parte interna da organização (parceiros, actividades-chave, infraestruturas-chave e ... estrutura de custos). Não basta uma das partes estar OK, as duas têm de estar OK e equilibradas.
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Recordo Julho de 2008 em que discuti aqui aquilo que seria a crescente pressão para aumentar a rentabilidade dos negócios assentes em endividamento: mais endividamento, mais risco, taxas de juro reais superiores, necessidade de maior rentabilidade para as suportar, necessidade de estratégias mais puras para obter mais rentabilidade e maior o risco do negócio falhar...
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Recordo Charan e a sua frase para os tempos de crise... e como muito boa gente evitaria problemas se o escutasse, alguns até assistiram à sua conferência recente em Lisboa mas ... parece que só vão para o social...
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"Your focus must shift from the income statement to the balance sheet. Protecting cash flow is the most important challenge almost all companies face today whether they realize it or not.
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Pursuit of revenue growth must give way to understanding the cash implications of everything your company does.
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Because lack of liquidity will be an ever-present lethal threat, you will have to manage conservatively, lowering your cash breakeven point as rapidly as possible for the worst-case scenario.
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After spending their careers in a single-minded pursuit of growth, business leaders have to adjust their mentality. Some CEOs are telling their people that they should go for market share against competitors whose conditios could be unraveling. You should pursue that kind of growth only if it is profitable and cash-efficient."

sábado, agosto 07, 2010

Estarei a puxar a brasa à minha sardinha?

Ao ler este artigo "Why Britain's consumers and companies should ignore exhortations to borrow more" não pude deixar de recordar este postal de 2008 "Que futuro?"
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Ao ouvir este trecho na TSF "Ministra acusada de má-fé devido a congelamentos de subsídios" não pude deixar de recordar este postal "O paradoxo da estratégia (parte VIII: cenários, futurização e incerteza)" sobretudo esta porção:
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"Ainda podemos acrescentar a actuação dos governos, que pode decidir aplicar políticas que afectem a taxa de ocupação das escolas públicas e privadas." e a segunda figura.
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Na figura deste postal "Só a imagem" clicando duas vezes pode apreciar-se a figura em grande e constatar a previsão do que ia acontecer aos apoios às escolas privadas.
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Qualquer dos casos converge, na minha opinião, para uma mesma realidade, a necessidade de ser mais claro, de assumir prioridades e apostar na diferenciação...
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Ah!!! E claro, para a necessidade de apostar cada vez mais no desenho de cenários e reflexão sobre os mesmos. Imaginem a vantagem de uma escola que tenha começado a abordar este desafio à 2 anos sobre outra que acorda agora com as calças na mão para o problema.
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Já agora, o mesmo vai acontecer às escolas profissionais que, em vez de evoluírem para modelos de cooperação com as empresas (formação à medida) optaram pelo mais fácil e mergulharam nos CEFs que mais tarde ou mais cedo vão fechar por falta de verba.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Lucro e quota de mercado

Recorte retirado do livro “Value Creation Strategies for the Chemical Industry”:
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“There are two problems around growth in the commodity chemicals segment.
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First, too many companies have sought to achieve scale without paying enough attention to the return on their invested capital. The clearest finding of our research reinforces this basic point: return on invested capital matters far more than revenue growth. Even those companies with above-average returns on invested capital had the same market-to-book ratios, no matter whether they were growing quickly or slowly.”
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Isto faz recordar aquela máxima "Profit is sanity. Volume is vanity."
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Faz recordar também, Hermann Simon e o seu livro "Manage for Profit not for Market Share: A Guide to Greater Profits in Highly Contested Markets"
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Faz recordar ainda, estratégias puras e híbridas.

quarta-feira, julho 08, 2009

O dilema da produtividade

Há cerca de um ano reflectia neste blogue sobre estratégias puras e híbridas (O paradoxo da estratégia (parte I: Compromissos); Estratégias puras ou híbridas (parte II); Estratégias puras ou híbridas (parte I)), trata-se de um tema que me atrai e fascina.
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Sou um partidário da concentração das empresas no que é essencial, sou um partidário da aposta no numerador (eficácia) em detrimento do denominador (eficiência), tenho a minha explicação sobre o porquê da incompatibilidade da aposta em simultâneo na eficiência e eficácia (figura 12)
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Por isso, é com gosto que encontro artigos como este "Perspectives on the productivity dillema" publicado em Fevereiro de 2009 pelo Journal of Operations Management. Mais, artigos como este reforçam ainda mais a minha defesa de que o abaixamento administrativo de salários não é uma estratégia sustentável.
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"The capabilities that enable consistent execution can also hinder learning and innovation, leaving organizations rigid and inflexible. Many once-successful organizations collapse when they prove unable to adapt to environmental shifts. By optimizing their processes for maximum efficiency in the short term, organizations become brittle. In the Productivity Dilemma, Abernathy (1978) conjectured that short-term efficiency and longterm adaptability are inherently incompatible."
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"More than 30 years ago, Abernathy (1978) suggested that a firm’s focus on productivity gains inhibited its flexibility and ability to innovate. Abernathy observed that in the automobile industry, a firm’s economic decline was directly related to its efficiency and productivity efforts. He suggested that a firm’s ability to compete over time was rooted not only in increasing efficiency, but also in its ability to be simultaneously innovative (Abernathy, 1978, p. 173).
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"Process management’s success in improving manufacturing efficiency has led to its migration beyond operations to other parts of organizations, for instance, to adjacent processes for selecting and developing technological innovations (Brown and Duguid, 2000; Scott-Young and Samson, 2008). As the efficiency oriented focus of process management spreads to centers of innovation, it increasingly stunts an organization’s dynamic capabilities (Cole and Matsumiya, 2007)."
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"We argue that process management techniques stabilize and rationalize organizational routines, while establishing a focus on relatively easily available efficiency and customer satisfaction measures. While increased efficiency results from these dynamics in the short run, they also trigger internal biases for certainty and predictable results. The diffusion of process management techniques favors exploitative innovation at the expense of exploratory innovation. We argue that while exploitation and inertia may be functional for organizations within a given technological trajectory or for existing customers, these variance reducing dynamics stunt exploratory innovation (see also Christensen, 1997)."

terça-feira, maio 12, 2009

Estratégias puras e híbridas

"Extremes will emerge
According to Ko Floor in his excellent new book, Branding a Store, the shopping of goods will split into four extremes. The key question for brands is, where do you want to be? There's little point being in the middle as that is a road to nowhere.
Choose your battlefield well - it will decide your destiny.
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The in-betweenys have had it
Price will polarize markets and medium-priced retail brands will increasingly disappear. Low price and high value will rule the waves. And premium brands with unique produts will continue to exploit their lucrative niches. No amount of Chinese copies is going to stop the Japanese from buying an original Louis Valliant bag.
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Middle offers increasingly lack clarity and sellable propositions to the shopper."
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Thomassen e Lincoln em Private Label
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Ou seja, propostas de valor claras e transparentes. Concentração em propostas de valor puras em detrimento de estratégias hibridas.