quarta-feira, março 12, 2014

Sumo do Twitter




"Differentiation is the central concept of competitive strategy"

Este capítulo é excelente! Reparem no título "Differentiation creates private, not public markets"
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UAU!
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Posso traduzir para: a diferenciação cria a concorrência imperfeita, mercados desnivelados, não mercados onde vigora a concorrência perfeita.
"The convention is to say in an ‘industry’ or ‘market’. In other words, competition is taken to occur within either an industry or a market. Alternatively an industry is itself taken to be a kind of market. These two terms are explored in some depth. One conclusion is that the concept of the ‘industry’ is none too helpful in thinking about the competitive process. The other conclusion is that competition does take place in markets, but that in a world of differentiated offerings the boundaries of those markets are rather different from the conventional view of them. This has important practical implications.
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Whose point of view determines how an offering is positioned? The answer to this must be the customers’ point of view. The objective of a competitive strategy is to win the preferences of its target customers. It follows that the customers’ views determine how the offering is in fact positioned, how it compares with competing substitutes.
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Differentiation is the central concept of competitive strategy.
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[Moi ici: O trecho que se segue é pura poesia] the purpose of differentiating an offering, of distancing it from its competing substitutes, is to boost the seller’s freedom to set prices. Distancing is the means, pricing freedom the end."
Trechos retirados de "Creating Value Successful business strategies" de Shiv S. Mathur e Alfred Kenyon.

"- Please! Go ahead punk, make my day"

"Here’s a simple rule for the second machine age we’re in now: as the amount of data goes up, the importance of human judgment should go down."
Apetece dizer aos grandes:
- Please! Go ahead punk, make my day.
Nunca me esqueço de MacGyver vs... Sandy. Também recordo "Passou-lhe completamente ao lado ... no fim MacGyver vence a Sandy".
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Quando os grandes derem o poder de decisão às máquinas, vão ficar ainda mais previsíveis, ainda mais obsoletos. Entretanto, os outros vão poder apostar no factor humano, no inesperado, na paixão... na insurgência.

Bottom-up e skin in the game

Enquanto uns, crentes no Grande Geometra e no top-down, pedem programas de "crescimento" para os do costume assarem sardinhas com o lume dos fósforos. No entretanto, outros, com skin in the game, tratam da sua vida e animam a economia de forma sustentada e bottom-up:

BTW, recordar "Acerca do investimento"


Questões

Esta semana é a semana de lutar por mais socialismo na banca e protestar contra as comissões dos bancos.
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Para a semana é a semana de reclamar por mais fusões bancárias em Portugal.
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Quantos estarão em simultâneo nos dois lados da barricada?
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Um dos argumentos ouvidos há bocado na rádio era: o preço cobrado nas comissões não tem nada a ver com os custos das operações.
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Quantos estarão de acordo com esta crítica e, em simultâneo, estão contra a afirmação de Belmiro de Azevedo que relaciona salário e valor gerado?
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BTW, sempre que ouvirem um iluminado falar em fusões na banca lembrem-se que isso significa:

MENOS CONCORRÊNCIA

A concorrência é a única arma(?) aliado (?) que os clientes têm do seu lado.

Retratações

Ontem de manhã, enquanto conduzia ouvia o noticiário das 8 da manhã na Antena 1. Depois do noticiário, alguém ia começar a falar com o porta-voz do grupo dos 70 que nos colocaram nesta posição, João Cravinho.
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Perguntei-me a mim mesmo: o homem já se retratou e, cobriu de cinza e saco como penitência, do que disse das SCUTS?
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Que eu saiba não!
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Então, não pode ter credibilidade. E mudei para a M80.
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Há noite, encontrei este texto "A cegueira económica" escrito por quem? André Macedo!!!
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Um dos membros da tríade renegou a cartilha e, agora, com base no exemplo do calçado, critica a receita da troika.
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Será que André Macedo também já se retratou disto "Cuidado com as generalizações, não há "sunset industries""?
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BTW, recordar "Tanta superficialidade"
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BTW, já agora, as pessoas não têm de justificar os enganos nas suas previsões?

terça-feira, março 11, 2014

"Visão redutora, egoísta, tacanha e provinciana"

Sou do tempo em que um primeiro-ministro, "natural" de Tikrit, apresentava como justificação para a construção de uma auto-estrada no distrito de Bragança, o facto de ser o único distrito do continente sem um km de auto-estrada.
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Claro que o eleitoralismo de uns e outros levou a que esta justificação nunca tivesse sido questinada.
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Agora, para perceber porque nos temos de preparar para a quarta vinda da troika, oiçam esta pérola de Tikrit: "Vítor Pereira: não querer aeroporto, túneis na Serra e IC6 é «visão redutora»".
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Fico agoniado...
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Fico, qual Taylor, na cena final do Planeta dos Macacos... esta gente não aprendeu nada.

LOL aeroporto para escoar mercadorias de Tikrit... e mais, foi recentemente inaugurado um aeroporto em Castelo Branco, pelos vistos é preciso outro na Covilhã.
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Isto é de cortar os pulsos.

Sumo do Twitter


Mais um exemplo, na sequência do habitual "Acerca do nível do comentário político nos media"

"The competition is not between brands, but between branded offerings"

"What competes for customers is therefore the offering, not the company. We cannot treat the company as the subject of a competitive strategy in this sense. The collectivity of its offerings cannot have a single competitive position. Nor does it make sense to speak of customers choosing a
company, of price being determined for a company, competitively positioning or differentiating a company. None of these can apply to more than a single offering.
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Dissenters often argue that customers choose the company, by claiming that it is the company’s range of offerings, or its reputation, or especially its brand that customers choose.
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The competition is not between brands, but between branded offerings."
Trechos retirados de "Creating Value Successful business strategies" de Shiv S. Mathur e Alfred Kenyon

"o mercado se encarrega de remunerar os fatores produtivos, de forma espontânea"

À atenção da tríade, "Salário médio do calçado cresceu 15% desde 2008".
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- Oh, wait!!!
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"A remuneração média da indústria do calçado foi, em 2013, de 715,63 euros, o que representa um aumento de 15% nos últimos cinco anos. Em 2008, o salário médio praticado situava-se nos 621,71 euros.
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“É interessante ver que, num momento em que se fala em reduções nominais de salários no país, e apesar de não haver contratação coletiva há vários anos, o mercado se encarrega de remunerar os fatores produtivos, de forma espontânea, bem acima da inflação”, afirmou ao Dinheiro Vivo o diretor geral da APICCAPS.
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o salário médio estabelecido em contrato coletivo é de 514,58 euros, mas o salário médio efetivamente pago foi de 628,78 euros em 2013. Com as restantes parcelas, como o subsídio de alimentação, o rendimento médio atinge os 715,63 euros."

Os defensores da Torre de Babel (parte II)

Recordar a parte I.
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Continua aqui:
"The city read off five pages of assorted codes that I was in violation of. I already got most of them voided. So that was a big victory.
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Simon: This is so typical. These government officials look at you and decide, “We’ve got to get her. She’s doing something we don’t like.” And so they just come up with pages of senseless code violations hoping that something will stick.
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It’s all about terrorizing people, making them obedient, and readily dependent on the system. And anyone that defies that is an enemy to them, someone they have to go after. So they tried to make an example out of you and terrorize you.
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As I’ve written so many times before, we’re all guilty of violating some obscure law or regulation. They have criminalized –everything-. You can’t even apply for a passport anymore without being threatened with imprisonment."

Acerca do futuro desejado


"to reach your goals first write them down, and then determine different possible ways of achieving them. Then, close your eyes and imagine yourself following those paths. Imagination “warms up” the action brain and “jump starts” your brain.
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to improve your confidence, one especially helpful type of imagery that you can use is called motivational-general mastery (M-GM), which involves keeping an eye on your goal, while imagining coming from behind. M-GM stands in contrast to the static imagery of imagining having your goal in hand, as in holding up a trophy. Actually coming from behind to reach your goals appears to be a more powerful way to increase your confidence. To do this, clearly define your benchmarks, and then denote where you are and when and how you anticipate reaching and even exceeding them. Literally sketch this out on paper first so that you can use this script to create your mental image.
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The next question people often ask is: How can I imagine exceeding my benchmarks when I have no idea of how I will actually do it?
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Not knowing “how” doesn’t actually matter, since the brain will figure this out once you let it know where you want to go.
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Brain science teaches us that a picture is worth a 1000 words because it serves as an attentional guide, motivator and map to the brain to help you navigate your way to come from behind to reach or exceed your goals. Now that you know how to translate vision into reality, what’s stopping you?"
Depois de ler isto, sobre um tema que me fascina, não pude deixar de procurar e reler:



Trecho retirado de "To Reach Your Goals, Make a Mental Movie"

segunda-feira, março 10, 2014

Sumo do twitter


O essencial é a experiência

"Lesson: your where-to-play can be ordinary and even fixed, but a how-to-win that is extraordinary compared to your competitors will enable you to win.
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Expecting to win by offering essentially what your competitors are offering in essentially the same way and in essentially the same space is the business version of the insanity definition.
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It simply does not work. It never has and it never will."
Um bom remate final para um artigo, "How Will You Win (Strategically Speaking)?", onde se defende, a ideia tão cara a este blogue, que o essencial é a experiência. Vale a pena ler pela entrevista do "barista"

"Your competitive advantage ... resides in the minds of your customers"

"If Ivey Business School marketing professor Niraj Dawar is right, most of your competitors [Moi ici: E os membros da tríade] are still fighting the Industrial Revolution. They see their businesses as a collection of moving parts dedicated to producing stuff. If you can shift your perspective downstream and see your business as a fast-moving system dedicated to solving customers’ problems, Dawar says you’ll move up the value chain, from commodity supplier to trusted partner.
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Dawar revealed the simple question he asks to determine an organization’s place on the customer continuum: “What business are you in?.
Most of the answers I get relate to either the product or the upstream infrastructure of production,” he says. In other words, most executives say their organizations make windows, or french fries, or run a tool and die shop. “We are very much product- and production-obsessed,” Dawar says.
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To probe an organization’s ability to understand market needs, Dawar poses a second question: “Why do customers buy from you rather than your competitors?” When pushed, executives often admit it’s not because their product is better or lower-priced; it’s due to factors such as buyers’ trust in the brand, or its reliability. “Customers are loyal because of the ‘how,” not the ‘what,’” Levitt noted.
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Your competitive advantage no longer resides within your four walls,” he says. “It resides in the minds of your customers.”
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So instead of asking your team, “What else can we sell?” Dawar suggests you ask, “What else do our customers need?
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Now more than ever, the customer is king. If you don’t put customer insight at the forefront of your strategy, who else will?"
Trechos retirados do excelente "Make finding your customers’ point of thirst your competitive advantage"

Abraçar o futuro em vez de perder tempo a defender o passado

Sabem o que penso dos eucaliptos.
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Em Abril de 2010, neste postal, "Há marca e gente de carne e osso ou só funcionários?", elogiei um gestor da Portucel que em vez de se refugiar na defesa do passado, (como os loucos gestores da US Postal Service), abraçava as oportunidades ainda por descobrir que o futuro traria.
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Ontem, descobri este artigo "Shutterfly, Moo, Minted and Amazon give unexpected boost to U.S. paper industry" e pensei logo em Steve Jobs:
"He just smiled and said, “I am going to wait for the next big thing.”"
Sublinhei:
"But as business moved online, company President Thomas D. O'Connor Jr. was left to rescue the firm his grandfather founded 83 years ago in a former Civil War-era ax-handle factory.
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Mohawk, the town's largest private employer, was fast losing revenues as companies cut back on paper for brochures, reports and marketing materials. Operations at its 350,000 square-foot mill shrank from seven days a week to five to four. "For the first time in hundreds of years," Mr. O'Connor said, "paper had to justify itself."
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Then, in 2004, Mr. O'Connor made an extraordinary bet, given the digital revolution that appeared ready to crumple Mohawk and every paper firm like it: His company borrowed millions to expand into the fine stationery business.
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The investment is now paying off as Americans renew their relationship with paper—consuming less of the cheap stuff for reading news, bill-paying and record-keeping and, in Mohawk's case, buying more expensive stock for personalized holiday cards, announcements and photo books from online juggernauts such as Shutterfly Inc.
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[Moi ici: Outro exemplo] International Paper, the world's largest producer, is among the companies profiting from new digital habits. It bought several makers of corrugated cardboard boxes, which now fill with goods shipped by online retailers like Amazon.
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"We've been able to increase margins and profitability," said John V. Faraci, International Paper's chairman and chief executive, by relying less on the shrinking copy-machine paper business as it stakes out more lucrative territory.
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The company last month announced a nearly $70 million investment to double the size of an Ohio plant making food-industry paper products like the coffee cups used at Starbucks.
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Mohawk, for one, is taking advantage of paper's transformation from commodity to keepsake, supplying high-quality paper in a market "where paper really matters to people," said one company official—and where the margins are as high as 40%."

domingo, março 09, 2014

Bem verdade


Anything goes!

Anything goes!
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O "anything goes", o não haver receitas garantidas, é uma das características mais atraentes da micro-economia.
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Por exemplo, recordar as palavras de Braga da Cruz sobre a importância do conhecimento científico e sobre a tecnologia e comparar com "Jovem apostou na Internet e já exporta para vários países":
""Aqui não entram máquinas. É tudo manual, não são utilizados computadores ou 'software' de 'design'", destacou, enquanto apontava para o trabalho moroso e de minúcia que as bordadeiras executam em toalhas de linho."
Lembram-se do tal conselho que dei à artesã? Mudaram de mercado, de clientes-alvo, e de modelo de negócio, de marketing e de pricing:
"Em 2011, criaram um blogue para promover os produtos internacionalmente. O sucesso foi tanto que rapidamente evoluíram para um 'site', com um vasto portefólio de produtos, através do qual são realizados quase todos os contactos e negócios.[Moi ici: Marketing e modelo de negócio]
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Mais de 90% dos bordados, que incluem atoalhados de mesa, roupas e acessórios de moda que saem diariamente do seu ateliê destinam-se à exportação para França, Suíça, Estados Unidos e Austrália. [Moi ici: Outros mercados, outros clientes-alvo, outra proposta de valor]
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"Criámos peças aliando a tradição à modernidade", afirmou, explicando que o sucesso do negócio também se deve à aposta em mercados com elevado poder de compra, [Moi ici: Clientes-alvo e proposta de valor] com produtos inovadores, incluindo acessórios de moda, como lenços de seda e carteiras de senhora.
"Temos de fazer uma análise de cada mercado. [Moi ici: Também customizam o produto a cada mercado] Para cada um adaptamos o nosso produto. Ao fazê-lo, os clientes ficam satisfeitos e reconhecem o nosso trabalho" assinalou.
Algumas peças podem custar mais de 3.000 euros, o que reflete, observou, o tempo que demoram a fazer (em alguns casos mais de um mês) e o caráter exclusivamente manual e original de cada bordado." [Moi ici: IMHO há ainda aqui algum trabalho de pricing a fazer. Preço e custo não devem estar relacionados]

Um bom exemplo para mostrar a tanta gente como o tradicional se pode aliar à estratégia e à tecnologia mais elementar e já disponível, para criar Mongo.

Igualdade de oportunidades num Estado socialista


"Eu não quero ter um modelo de sociedade nem quero um país em que essa igualdade de oportunidades não se verifique em três aspetos fundamentais: saúde, educação, proteção social"
Num Estado socialista quando um político se refere a "igualdade de oportunidades" raramente fala das oportunidades dos clientes dos serviços prestados por esse Estado. Normalmente fala para os prestadores desses serviços, os funcionários do Estado.
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Vou dar um exemplo de "igualdade de oportunidades" num Estado socialista.
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No final do primeiro período deste ano lectivo um dos meus filhos teve 10 a Português. Cheguei junto dele e fiz-lhe uma proposta:
- Se tirares mais de 12 nos testes do segundo período, compro-te aquele smartphone de que falaste há dias (não fiz qualquer referência à nota no final do período porque sei que há professores que seguem uma norma absurda de não subir mais do que um valor de um período para o outro, para não ficarem mal vistos entre os colegas). Assim, a partir de Janeiro começas a ir às explicações de Português.
- Explicações de Português? Isso existe? Não é só ler?
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Durante o mês de Fevereiro recebeu a nota do primeiro teste: 15,6!
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Não sou propriamente rico, tenho é as minhas prioridades no que diz respeito ao gasto do dinheiro. Sim, continuo com o mesmo Skoda de 1996, sem ar condicionado nem direcção assistida.
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Porque tenho os meus critérios na aplicação do dinheiro que ganho, porque valorizo a educação dos meus filhos, a sua situação ficou resolvida.
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E a situação dos colegas dele, condenados a ter a mesma professora, sem direito a explicações por fora, porque os pais ou não têm dinheiro ou porque não fazem da educação dos filhos uma prioridade da casa?
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A professora tem o seu lugar garantido!
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E a professora de Matemática da minha filha que dava e dá aulas de Matemática sem ir ao quadro, só por powerpoint? Lugar garantido!
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E reparem, igualdade de oportunidades na saúde?
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Apliquem o critério referido acima! Estão a ver a igualdade no acesso à saúde via ADSE?

Salários e produtividade (parte II)

De certa forma, em resposta às afirmações de Belmiro de Azevedo referidas em "Salários e produtividade", aparecem as de Braga da Cruz em "Braga da Cruz defende que produtividade aumenta com "especialização produtiva"".
"Assim, frisou o ex-ministro da Economia, “só aumentamos a produtividade quando mudarmos o perfil daquilo que fazemos, quando nos especializarmos, quando integrarmos mais tecnologia, mais inovação e quando valorizarmos mais o conhecimento. Isso é garantir os fatores de competitividade que se prendem com a qualificação das pessoas e com a capacidade dos empresários fazerem diferente. Só depois disso é que a produtividade aumenta”."
Algumas notas sobre a afirmação:

  • se há coisa que aprendi nestes 27 anos de vida profissional ligada às empresas é que "anything goes" é mesmo verdadeiro;
  • assim, nuns casos o futuro passa por mais tecnologia embutida nos produtos (recordar a série "meter código". No entanto, muitas vezes associa-se o "mais tecnologia" a uma fórmula de sucesso garantido e, isso, está longe de ser verdade;
  • noutros casos, como o da artesã, o futuro passa por mudar de mercado sem mexer no produto;
  • noutros casos, o futuro passa por mudar de modelo de negócio;
  • noutros casos, o futuro passa por apostar no marketing e criar marcas próprias;
  • noutros casos, em quase todos os casos anteriores, o futuro passa por apostar no pricing. Há muito a aprender nas empresas e, sobretudo na academia com Marn e Rosiello ou com Simon e Dolan;
  • em todos os sectores de actividade económica, o futuro passa por baixar as barreiras legais e para-legais à entrada de novos participantes;
  • em todos os sectores de actividade económica, o futuro passa por uma sociedade que deixe de ver o lucro como uma "judiaria" tolerada;
  • em todos os sectores de actividade económica, o futuro passa por uma sociedade que perceba que o lucro de uma empresa não é dinheiro do "patrão", é dinheiro da empresa;
  • em todos os sectores de actividade económica, o futuro passa por uma sociedade que perceba que "a vida é como os interruptores, umas vezes para cima e outras vezes para baixo", não por má gestão, incompetência ou ilegalidades mas porque os clientes mandam e mandam mesmo e, umas vezes gostam do vermelho e outras preferem o amarelo. Azar de quem apostou no vermelho. É a vida!
  • em todos os sectores de actividade económica, o futuro passa por desenvolver relações amorosas com clientes e outras partes interessadas do ecossistema da procura. Estão a ver Braga da Cruz a falar de relações amorosas? Isso dá votos? Isso dá apoios, bolsas e subsídios?
  • em todos os sectores de actividade económica, o futuro passa por fazer escolhas, por vezes dolorosas, por vezes é preciso "matar um filho" (abandonar um produto ou serviço que deixou de ser rentável), por vezes é preciso "despedir" clientes (recordar Stobachoff);
  • considero fundamental aquele ponto "e com a capacidade dos empresários fazerem diferente". E quando eles não querem, ou não sabem, ou não podem? (Recordar que nós humanos somos satisficers, não maximizers) Vai um governo socialista intervir? E os burocratas de um Estado socialista sabem o que é que o mercado vai preferir? (Allende devia ser recordado também por esta loucura). E os burocratas de um Estado socialista vão nacionalizar as empresas? Acredito naquela frase de Deming para os empresários "It is not necessary to change. Survival is not mandatory." Por isso, é que a concorrência, a liberdade de entrar e sair no mercado é fundamental;
  • cuidado com a aposta cega na qualificação das pessoas, aqui trabalhadores, se os trabalhadores ficam qualificados mas não há procura para as qualificações que eles possuem... azar! Emigração, e pressão para salários mais altos do que a riqueza gerada... (recordar "Treta e obrigado")
  • só para terminar, os académicos que fazem estas afirmações bem intencionadas e ... sãos os que diziam isto do calçado há 9 anos "Para reflectir"
"Sempre que ouvirem um economista, um consultor, um ministro, botar faladura sobre o que devem ou não devem fazer, lembrem-se sempre deste texto" (daqui)

Os adoradores de Moloch

Diz Manuela Ferreira Leite:
""Eu não quero ter um modelo de sociedade nem quero um país em que essa igualdade de oportunidades não se verifique em três aspetos fundamentais: saúde, educação, proteção social", disse no seu comentário semanal na TVI 24.
"Se para isso é necessário impostos, pois que venham os impostos", sublinha."
Oh, wait!
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E então a segurança? As forças policiais não andam em manifestações?
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E então os militares? Será que os militares são menos que os polícias?
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E a justiça? Meu Deus a justiça deixada para trás?
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E os transportes públicos? Os trabalhadores da Carris, Metro, CP et al são menos do que os polícias?
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E os políticos? Os políticos são menos que os outros?
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E os amigos dos políticos? As construtoras, a formação profissional, ... não têm direitos adquiridos?
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E [preencher com o nome de grupo de pressão injustamente esquecido por Ferreira Leite]? São menos que os outros?
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Agora percebo melhor o significado desta afirmação "Ferreira Leite: corte de subvenções dos políticos é aumento de impostos encapotado". Para ela, os aumentos de impostos são bons e desejáveis, desde que não entrem no seu bolso. Não me digam que a senhora foi contra o aumento da TSU?

Trecho retirado de "Ferreira Leite diz "venham os impostos""

sábado, março 08, 2014

Jogadores da mesma selecção socialista

Ao ler textos deste tipo "António Costa defende programa de crescimento para países sob assistência financeira", sejam eles com as opiniões de socialistas do PS, ou socialistas do PSD ou socialistas do CDS, uma curiosidade fica sempre na minha mente:
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- Por que é nunca dão exemplos concretos do tipo de actividades, de projectos, que deveriam, ou poderiam fazer parte de um "programa de crescimento"?
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Andamos mais de uma década a torrar dinheiro em "programas de crescimento" para suportar de forma insustentável crescimentos raquíticos do PIB e suster a subida do desemprego.
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Fico sempre com a ideia de que se trata de gente a pedir para assar sardinhas com o lume dos fósforos.
"António Costa defendeu que "depois do programa de ajustamento é preciso um programa sério de fisioterapia que desenvolva o músculo", ou seja, de recuperação e de apoio ao crescimento, que signifique um "choque vitamínico" para que estes países possam "recuperar a capacidade" de beneficiar do euro."
Como eu gostava de ver preto no branco, como se eu fosse muito burro, o significado de "desenvolver músculo"...
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Quer isto dizer que:
  • o sucesso do calçado;
  • o sucesso do têxtil;
  • o sucesso do mobiliário;
  • o sucesso da metalomecânica;
  • o sucesso do agro-alimentar;
  • o sucesso da cerâmica;
  • o sucesso da química;
  • o sucesso dos componentes;
  • o sucesso de ...
não é músculo?
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Estaremos a falar de mais barragens? Estaremos a falar de mais auto-estradas? Estaremos a falar de reabilitação urbana? Estaremos a falar de chouriços de formação? Estaremos a falar de quê? Estaremos a falar de TGVs para expedir mercadorias a preços exorbitantes que nenhum industrial pagará e que terá de ser financiado pelos contribuintes?
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Enfim, António Costa, Pires de Lima, Paulo Campos e Sérgio Monteiro, jogadores da mesma selecção socialista, apesar de, aparentemente, parecerem de clubes diferentes.
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Recordar Nassim Taleb:
"Stress is information"
Aliás, é precisamente o contrário, os "programas de crescimento" é que fazem os músculos definhar:
"Just as spending a month in bed leads to muscle atrophy, complex systems are weakened or even killed when deprived of stressors.
...
The economic class doesn't realize an economy lives by stressors rather than by top-down control."

IDIC

É sempre um gosto ler Don Peppers, desta vez "Building Customer Relationships in Four Steps".
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Nós que aqui no blogue advogamos o papel da relação, da interacção com os clientes, da identificação dos clientes-alvo e da concentração e foco do negócio, não podíamos deixar de sublinhar:
"In order to set up and manage your relationships with individual customers, you have to accomplish four basic things:
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Identify customers individually. Obviously, you can’t have a relationship with an audience or a population, but only with an individual. So before you can establish a relationship you must be capable of identifying customers, one customer at a time.
...
Differentiate customers, one from another. Customers differ from each other, in terms of both their value to your business, and what they need from your business.
...
Interact with customers. Almost by definition, a relationship depends on some interaction between two parties. You want those interactions to be cost-efficient, so drive more and more interactions into more efficient channels. But you also want them to be effective -- that is, to tell you something about the customer's needs or value, for instance, that you can't learn simply by observing.
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Customize for customers. The “pay off step” for managing a customer relationship comes when your business behaves differently toward that customer. We call this "customization" even though we're not necessarily talking about it in terms of literally customizing the product or service. But whenever I treat Customer A different from Customer B, based on what I think I know about their differences, I am "customizing" the customer's treatment.
...
The first two tasks – identifying customers and differentiating them – are steps that a company can take in the privacy
...
By contrast, the third step – interaction – demands the customer’s personal attention and participation.
...
And the fourth step, customizing your behavior in some way to a particular customer, also involves the individual customer directly, as the "recipient" of this behavior."
I - Identificar
D - Diferenciar
I - Interagir
C - Customizar

Quem é que vai unir os pontos e colocar a questão?

Um excelente texto "Where Will You Play (Strategically Speaking)?"
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Duas notas:

  1. Muitas vezes os empresários nem se lembram que podem questionar o mercado onde operam. Não consideram que o mercado onde actuam é mais uma variável que podem tentar manipular em seu proveito e não uma constante ditada por Deus (recordar "Variável em vez de constante" e "Uma perspectiva interessante").
  2. Muitas vezes os empresários andam tão ocupados, tão preenchidos com a lufa-lufa do trabalho corrente, com as urgências, que estão desatentos, ou cegos, aos sinais das oportunidades que vão aparecendo. Por isso, este ponto:
"After Quicken had been in the market for a bit, complaints began to come into the customer service and support call center about the software. Over time a distinct pattern emerged, to the tune of "we like Quicken, except it has no accounts receivable or payable capability."
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Customer service reps would typically advise the caller that they were using Quicken for the wrong thing. Quicken was for personal finance, and you don't need AR or AP functionality for personal finance.
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At some point the pattern became prevalent enough to prompt the Jerry Seinfeld question: "Who. Are. These. People?!"
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Answer: Very small business owners. Businesses that could not afford huge, elaborate, and expensive accounting software systems. They wanted something a simple as Quicken, but focused on running a small company.
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And so Quickbooks was born to occupy a vacant space in the financial software market…the business, not consumer, space."
Se um empresário não tem tempo para aquela percepção e aquela pergunta:
"At some point the pattern became prevalent enough to prompt the Jerry Seinfeld question: "Who. Are. These. People?!"
Quem é que na empresa vai juntar as peças, unir os pontos
e colocar a questão?
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Pois, recordar Blakeman "Making Money Is Killing Your Business"

-Por isso, é que o futuro é para as empresas pequenas!

Ao ler "What Shake Shack Knows About Growth that McDonald’s Has Forgotten" sublinhei logo:
"The bottom line: if your growth plan is not grounded in your brand identity, it will likely disappoint in delivering the results you seek.  The problem with the areas of focus above is that none of them actually define what your company is and what it stands for. They are merely the means for executing and expressing your core, your essence — in other words, your brand.
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Great brands use their brand identities as their one true focus because that’s the only way to ensure continued relevance and resonance with customers — and continued value to shareholders."
Pensei logo nesta imagem:
 E nesta outra, a dos picos mais à direita:
Ambas símbolos do Estranhistão.
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O que é que acontece a uma empresa que serve um nicho e quer continuar a crescer?
Tem de passar a servir outro nicho... em simultâneo.
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E o que está a acontecer a caminho do Estranhistão?
Os nichos vão-se afastando cada vez mais uns dos outros.
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E o que vai acontecer a quem quer servir muitos nichos?
Desfocagem, incerteza.
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Ainda ontem, rematava, numa empresa, o comentário:
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-Por isso, é que o futuro é para as empresas pequenas!

sexta-feira, março 07, 2014

Curiosidade do dia

Não estava à espera das diferenças suecas e finlandesas.
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Imagem retirada daqui "Global Gender Pay Gap Map"

"great things almost always start small"

Li "What If The Key to Making It Big Is Starting Small?" e apeteceu-me logo dizer:
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-  Duh!
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Parece-me óbvio. Sobretudo num mundo de incerteza e em que o que é verdade hoje manhã é mentira e vice-versa.
"The challenge for a lot of us is that when we go about our lives, we interact with so many “big” things and we forget or don’t even know how they originally started. It’s difficult to understand how the evolutionary process of products and brands contributes and is vital to what they are today."
Só os socialistas, engenheiros sociais, acham que sabem o suficiente para arrasar o que existe para erguer algo de novo.
"What I’m starting to notice more and more, is that great things almost always start small." 


Começar pelos clientes-alvo

"However, though this financial objective of the business is fundamental, its attainment is primarily a matter of competitive success in winning profitable customers in commercial markets. The arbiter of whether a business survives is its financial market, but the means of survival, its returns, are decided by customers in its commercial markets.
...
Thus the ultimate reality of business is the need to satisfy financial markets by success in winning profitable customers in commercial markets."
Por isso o meu desafio, começar sempre pelos clientes-alvo. Quem são? O que procuram e valorizam?
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Uma empresa só tem razão de ser se virada para o exterior.
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Trechos retirados de "Creating Value Successful business strategies" de Shiv S. Mathur e Alfred Kenyon

E no caso da sua empresa?

"The old me was a slave to time. In the business of selling time you are limited to a ceiling of where you can profit. Once I figured out I could benefit from selling my designs for more if I spent more time with the client and actually interrogating how they made money online with what systems and what pains involved, [Moi ici: O poder da interacção] it made the number I put forward a lot less daunting.
...
If I were to sell the time on a project my incentive is to try and ask for more time and therefore my “real goal” is to drag the project out.
Now if I’m selling the value, my goals are my clients, they may have a low budget so when you quote I just reduce scope to fit my “real goal”.
...
[Moi ici: Segue-se um ponto fundamental] With the ability of no ceilings, my focus shifted to work I wanted to do and work I wanted to turn down. As soon as time and money wasn’t factored in I was thinking about work and folio a lot more."
E a sua empresa, concentra-se nos minutos ou no valor? Concentra-se na quantidade de trabalho e papéis, ou no valor?
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Estão a ver a relação do micro para o macro?
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Enquanto se estiver no modelo mental do passado, "Salários e produtividade", todos têm de correr mais. Quando se muda de modelo mental, o mundo muda...
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Trecos retirados de "How I Shifted to Value Pricing and Made More Money"

Salários e produditividade

Cuidado com esta frase:
"é impossível comparar os salários em Portugal com os de países como a Alemanha "pura e simplesmente porque os alemães, por hora, fazem três ou quatro vezes mais do que os portugueses"."
 Alguém acha que os trabalhadores alemães "correm" três ou quatro vezes mais do que os trabalhadores portugueses?
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A diferença de produtividade entre os trabalhadores portugueses e alemães não reside na diferença de quantidades produzidas, reside na diferença entre o valor acrescentado potencial dos artigos produzidos.
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A frase coloca a responsabilidade pelo aumento da produtividade nos ombros dos trabalhadores e, por isso:
"a competitividade em Portugal só pode ser estimulada através da "educação das pessoas"
Contudo, para o campeonato da produtividade de pouco serve educar os executantes. A educação dos trabalhadores que executam pode, eventualmente, contribuir para um aumento marginal da produtividade através do aumento marginal das quantidades produzidas.
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O aumento da produtividade para os níveis alemães passa por subir na escala de valor.
A educação só pode contribuir para este aumento da produtividade se actuar nos decisores das empresas e se actuar nos criadores das empresas.
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E mesmo:
"a competitividade em Portugal só pode ser estimulada através da ... aquisição das máquinas corretas""
Tem que se lhe diga, os insurgentes que o digam. O truque é a concentração nos clientes-alvo.
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Trechos retirados de "Salários só podem subir quando produtividade aumentar"

quinta-feira, março 06, 2014

Curiosidade do dia

Se isto é verdade, "happiness inspires productivity", e não me custa nada a crer que sim, então, mais uma razão para evitar ouvir Constança "cortisol" e Sá.
"when I turn on the news, it seems like the majority of the information is not positive, in fact it's negative. Most of it's about murder, corruption, diseases, natural disasters. And very quickly, my brain starts to think that's the accurate ratio of negative to positive in the world. What that's doing is creating something called the medical school syndrome -- which, if you know people who've been to medical school, during the first year of medical training, as you read through a list of all the symptoms and diseases that could happen, suddenly you realize you have all of them.
...
See what we're finding is it's not necessarily the reality that shapes us, but the lens through which your brain views the world that shapes your reality. And if we can change the lens, not only can we change your happiness, we can change every single educational and business outcome at the same time.
...
90 percent of your long-term happiness is predicted not by the external world, but by the way your brain processes the world. And if we change it, if we change our formula for happiness and success, what we can do is change the way that we can then affect reality. What we found is that only 25 percent of job successes are predicted by I.Q. 75 percent of job successes are predicted by your optimism levels, your social support and your ability to see stress as a challenge instead of as a threat.
...
If you can raise somebody's level of positivity in the present, then their brain experiences what we now call a happiness advantage, which is your brain at positive performs significantly better than it does at negative, neutral or stressed. Your intelligence rises, your creativity rises, your energy levels rise."

"businesses are designing for the sake of designing"

"Before we can tackle product design or product experiences, we must first recognize the role customers play in our business today and articulate how we envision relationships and experiences evolving over time.
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In many ways, experiences take a back seat to engagement. Rather than looking at people and the experience we want them to have, businesses tend to look at new technology as the crux of engagement. However, without defining the experiences that establish how people should think and feel, or what they should do next, engagement will always underperform against expectations.
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businesses are designing for the sake of designing, without regard for how someone feels, thinks, or acts as a result."
Conjugar isto com o texto "PMEs insurgentes".
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É, de certa forma, o que se passa com os media tradicionais, jornais e TV, estão numa race-to-the-bottom, tal como os insurgentes e o exército americano estão numa escalada tecnológica. É o que leva aos noticiários televisivos de 120 minutos. Um dia, alguém há-de fazer como os insurgentes e sair dessa corrida para voltar a apresentar um noticiário sucinto e profundo...

Trechos retirados de "What's the Future of Business" de Brian Solis.

Acerca do pensamento estratégico

"The task of business strategy is to make the business more valuable by a specific route: that of targeting profitable customers.
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that business exists to satisfy its financial funding markets.
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a business can only achieve this financial aim in its customer markets, by successfully targeting profitable customers. Customers are profitable if the business can sell to them at margins which yield returns at least equal to the cost of capital.
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Many have said that the purpose of business is to produce financial results, and very few writers would deny that financial results are mainly achieved by success in customer markets. However, that central insight is not always followed through. Much writing and much managerial practice gives one of two extreme impressions. One is that financial results depend entirely on operating efficiencies. [Moi ici: O discurso típico da tríade dos académicos, politicos e comentadoresAt the other extreme the object of business strategy is seen as maximum sales volume and market share, meeting customer preferences as if that alone were enough to produce acceptable levels of performance. [Moi ici: O discurso dos que acreditam no market share como um fim em si mesmo] The first focuses exclusively on costs, the second ignores them."
Trechos retirados de "Creating Value Successful business strategies" de Shiv S. Mathur e Alfred Kenyon

Uma preocupação genuína

Conhecem aquela frase de Hayek?
"Never will a man penetrate deeper into error than when he is continuing on a road that has led him to great success." 
Pois, este é o momento, "OMG e vão viver de quê?", em que começo a recear o sucesso. Recordar, "O sucesso passado é um perigo, porque cria uma nova realidade".
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Quando o sucesso se torna fácil (por favor não me interpretem mal), ou seja, quando o modelo de negócio fica testado e validado, acontecem coisas como esta "Calçado cria mais de 50 empresas ao ano", a par dos crescimentos a dois dígitos, corre-se um risco de exuberância. O lado das empresas começa a afectar a paisagem competitiva com mais intensidade.
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O sucesso traz uma nova realidade que nem todos estão dispostos a assumir ou nem todos se apercebem.
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Por exemplo, quem vai dar o primeiro passo e assumir que deixa de fazer férias em Agosto para se ajustar ao ritmo novo do sector?
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Por exemplo, quem vai perceber que as novas quantidades e ritmos vão requerer um outro tipo de gestão?
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E as árvores crescem até ao céu? E se houver um espirro no mercado, como se evita que se transforme numa pneumonia?
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Longe de mim criticar este sector que tanto tem feito pela minha sanidade mental e pelo país, isto é apenas uma preocupação genuína.

PMEs insurgentes

Gostei muito deste artigo "FoW (13): You think innovation means better drones? Faster jets? Wrong. We've been out-innovated for the last 13 years."
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Há muitos anos que aprendi, com Tom Peters, a usar a metáfora da Al-Qaeda para visualizar o tipo de actuação que as PMEs têm de desenvolver, para terem sucesso.
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Rapidez, flexibilidade, by-pass aos incumbentes, seguir o caminho menos percorrido.
"The 21st-century insurgent will be adaptive. He will seize opportunities as they break.
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The only way to fight and win as a state actor in the 21st century is to become as smart and as culturally sensitive as the insurgent."
Onde se lê insurgente leia-se PME. BTW, quanto ao poder dos incumbentes instalados, recordar este postal de ontem "Implicações de Mongo".
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Vale mesmo a pena ler o artigo.

quarta-feira, março 05, 2014

Curiosidade do dia

E é isto, não conseguimos sair disto, só socialistas-normandos sempre a pensar em impostar mais qualquer coisa:

Acerca de Mongo

"Segundo os dados do Kickstarter, em Portugal foram registados quase 5300 financiadores, o que totalizou financiamentos na ordem dos 730 mil dólares, ou pouco mais de 530 mil euros
O Kickstarter anunciou esta segunda-feira ter atingido a meta dos mil milhões de dólares doados a projectos através da sua plataforma. De acordo com a popular plataforma de crowdfunding, mais de metade deste valor terá sido doado só nos últimos 12 meses."

Trecho retirado de "Mais de mil milhões de dólares doados via Kickstarter"

Implicações de Mongo

Excelente texto, "Why Companies are Not Startups". Imagino as implicações para a vida em Mongo em que a inovação vai imperar:
"We’re now learning that companies are not larger versions of startups.
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There’s been lots written about how companies need to be more innovative, but very little on what stops them from doing so.
Companies looking to be innovative face a conundrum: Every policy and procedure that makes a them efficient execution machines stifles innovation.
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paradoxically, in spite of all their seemingly endless resources, innovation inside of an existing company is much harder than inside a startup. For most companies it feels like innovation can only happen by exception and heroic efforts, not by design. The question is – why?
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A company is a permanent organization designed to execute a repeatable and scalable business model.
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Once you understand that existing companies are designed to execute then you can see why they have a hard time with continuous and disruptive innovation.
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Every large company, whether it can articulate it or not, is executing a proven business model(s)."
Imagino o caldo:

  • Mongo, tribos, inovação, diferenciação e dificuldade das empresas grandes em inovar, e o pós-Coase


O que é difícil...

A coisa não é difícil, o que é difícil é mudar o chip mental. O que é difícil é escolher e dizer que não a dinheiro fácil e honesto:
"The real message here is that in order to build a business that truly can thrive you must understand who you are equipped to serve best and you must do everything in your power to attract, serve and choose them over all else."
Trecho retirado de "Customer Loyalty Is Mostly About Choosing the Right Customers"

OMG e vão viver de quê?

Neste postal de 31 de Dezembro de 2010, "O momento Janus (parte I)" escrevi sobre a esquizofrenia a que me tinha habituado:
"Um ano em que aprendi a viver e a distanciar-me da esquizofrenia de viver a trabalhar com uma economia de sucesso e, a ouvir os media a relatar quase exclusivamente outra economia, a pública e a dos bens não transaccionáveis."
A minha sanidade mental e o meu optimismo têm sido reforçados com a graça de lidar com empresas que lutam e vão tendo o seu sucesso.
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Nunca me esqueço do que eu já via e tocava, na minha relação com as empresas, e o que a "inteligentzia" nacional, entretanto,  imaginava lá nos corredores da côrte "lesboeta", aqui e aqui.
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Conseguem imaginar o mindset, a forma como se olha para o futuro, quando se obtém isto?
"O grupo Carité fechou o último exercício com uma facturação de 22 milhões de euros, "mais 25% do que no ano anterior", sendo que "este ano está tudo encaminhado para ser igual ou ainda melhor"."[Moi ici: Crescer 25% num ano]
Trecho retirado de "Carité vai produzir Adidas e criar mais trinta empregos"
"A Fly London, marca de sapatos do grupo Kyaia - o maior do sector português do calçado - fechou o exercício de 2013 com vendas de 34,2 milhões de euros, um crescimento de quase 16% face a 2012 - o dobro do registado pelo sector, que incrementou as exportações em 8% (para 1,7 mil milhões)."
Trecho retirado de "Fly London conquista América do Norte e abre loja em Dublin"

terça-feira, março 04, 2014

Curiosidade do dia

Olha, a espiral recessiva continua!

Proximidade (parte III)

A evolução descrita na parte II tem um lado muito positivo; a subida na escala de valor.
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A subida na escala de valor traduz-se na venda do produto a um preço unitário cada vez maior. Como o preço não pode ser imposto, a sua subida é a contrapartida para um aumento da percepção de valor potencial por parte dos clientes e consumidores.
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A mesma lógica por detrás deste discurso "CEO da McLaren explica porque é que só constrói carros desportivos".
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BTW, a lógica seguida pela Lamborghini parece ser a contrária, ao decidir avançar para a produção de um SUV. Ou seja, diluição da marca.

Recordar:

Proximidade (parte II)

Produzir bem é o alicerce. Assim que se assegura esse alicerce da excelência operacional, o passo seguinte pode passar por começar a exceder as expectativas a nível de serviço. Aí, entramos no mundo do fast-fashion e da parte I. É já uma evolução importante e de louvar.
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Contudo, não é o destino final. A evolução pode continuar e aspirar a ser marca, aspirar a chegar directamente à prateleira, aspirar a assimilar a margem que as marcas não-produtoras obtinham. Essa evolução deixa de apostar na proximidade e passa a depender do sonho, da experiência na vida do consumidor. Só essa evolução explica isto:

"Após anos de acumulação de "know-how", assim como de prestígio e fiabilidade produtivas, a empresa vimaranense decidiu, há cerca de dois anos, aventurar-se na criação de uma marca própria - a Paradigma, que, para já, vale apenas "5%" das vendas.
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O objectivo é fazer crescer o peso da marca Paradigma "para 30% dentro de cinco anos","

"Já a J.J. Heitor, empresa de Santa Maria da Feira que há 50 anos produz sapatos para outras marcas, surgiu na feira com a sua própria marca criada há um ano. “Temos um distribuidor na China que começou a trabalhar na época passada. Estamos a tentar também um representante na Rússia”, esclareceu o presidente da empresa, Joaquim José Heitor. Apesar de tímida, o responsável faz questão de sublinhar a conquista da primeira encomenda de 160 sapatos para a China.
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“Há muitas empresas a nascer neste sector e muitas a criar as suas próprias marcas de sapatos. Muita gente veio da área da moda. Este sector cria oportunidades de carreira”, ilustrou o director de comunicação da APICCAPS, Paulo Gonçalves."

"Têm sido os mercados extracomunitários o motor do crescimento das exportações portuguesas de calçado, que aumentaram 34% nos últimos cinco anos. De um total de 1,735 mil milhões de euros em 2013, o peso das vendas de sapatos fora da Europa passou de 8% em 2008 para 13%."
Claro que avançar de um estágio para o outro não é fácil, muito do que representa vantagem competitiva no estágio anterior, dificulta a fruição ou construção das vantagens competitivas no estágio seguinte.


Saúda-se

Saúda-se esta linguagem tão pouco comum nos média de hoje:
"É preciso que todos, políticos e eleitores, tenham a noção de que o crédito não pode ser a base das actividades do Estado, das empresas e dos particulares"
Trecho retirado de "Avaliações, troika e sustentabilidade económica"
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BTW, estranho como num país falido e não-confessional organismos e empresas públicas continuem a torrar dinheiro em cabazes de Natal.

O sonho de um anarco-libertário

Este artigo "The wine business is ripe for disruption, and this man is doing it" é um bálsamo para um anarco-libertário como eu, um apóstolo de Mongo que acredita no bottom-up.
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Tantos sectores económicos maduros para esta revolução da ligação directa entre o produtor e o consumidor, maduros para a aposta no "unscale":
"“There are only two important people in the wine business—the winemaker and the wine drinker. Right now, they’re both getting screwed.”"
E o mesmo se pode dizer dos lavradores, dos pastores, dos pescadores, dos artesãos, das PMEs... se a distribuição extrai mais valor do que o que ajuda a co-criar, está a mais.
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Claro que o texto tem coisas que não aprecio, como a natural incapacidade de um "accountant" para o value-based pricing, continua mergulhado no cost-based pricing:
"The astonishing thing about the wine business is that there isn’t a bottle in the world that can’t be made for about £10 [$17]. So there isn’t a bottle of wine that should cost more than £20. That’s what we want to do—take wines that others are charging £50, £100, or £300 and sell them for £20." 
Mas adiante:
"In many ways, the Naked Wines model is to wine what Made.com is to furniture, Everlane is to fashion, Warby Parker is to eyeglasses, and other disruptive direct-sales sites are to a wide range of other consumer industries. To varying degrees, these firms bypass distributors and other middle-men, eschew traditional marketing practices in favor of social media campaigns and word-of-mouth buzz, and generally bring producers closer to consumers.
...
Ideally, this benefits both sides—the markups that once went to distributors, retailers, and other gatekeepers are instead shared between maker and buyer. Put another way, they are no longer getting screwed.
...
Echoing the farm-to-table movement in the food industry, Naked Wines treats wine and winemaker as a package—the appeal of the maker is integral to the allure of what they make (and is branded as such.) Artisanal, small-batch production by one-man bands also taps the same zeitgeist that draws people to sites like Etsy to buy handcrafts."

Proximidade (parte I)

Proximidade.
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Um factor competitivo que há vários anos salientamos aqui no blogue.
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Batota, neste blogue, é abusar de forma consciente de um factor que nos dá vantagem. Por isso, sorri ao ler este título "Acelerar los tiempos del ‘fast fashion’: países estratégicos de la producción en proximidad":
"series cortas con fuerte componente diseño con un alto grado de rotación. Para estas líneas, la proximidad es determinante"

segunda-feira, março 03, 2014

Curiosidade do dia

Assim morrem as democracias:


"Bastaria dar à manivela de fabricar euros"
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Ou, talvez seja um ponto intermédio, afinal o mundo não acabou com a queda da Torre de Babel, talvez seja uma etapa para chegar a Mongo "Who Gets Thrown Under the Bus in the Next Financial Crisis?" (via Paulo Vaz no Facebook)

Porque o vendedor faz do preço o factor decisivo

Um excelente texto que devia ser lido por muito boa gente nas nossas PMEs, "Your Price is Too High! How to Handle this Most Common Sales Objection".
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Gosto particularmente de:
"I promise that it is almost NEVER about price. But, if it is, here is what probably went wrong.  You jumped right to what you were selling instead of focusing on the issue they needed to solve.  You failed to engage the customer in a discussion about their past experiences in similar projects. You did not share stories about issues other clients faced that you helped to solve. In short, you did not do anything to help you stand out from the competition. So, you reinforced the customer’s initial belief that you were just selling a commodity.
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Ask yourself what percentage of deals do you win when you don’t have a chance to discuss the project with the customer in advance.  If the number is less than 10%, then make a decision to not bid those projects unless you can have a conversation with the customer.  If you think the number is greater than 10%, then you might be kidding yourself. In most cases, we discover that companies win less than 5% of pursuits they chase without prior customer interaction.
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How Can You Improve the OddsFight for that opportunity to speak with the customer. Can you provide the best advice to them if you have to respond without any additional information?  Of course you cannot. It is in both your best interest and your client’s that you ask thoughtful questions to determine if there is a fit between their situation and what you offer.
The key, however, is to make an honest assessment. You just might learn that you are not the best alternative. In that case, let them know: “In this situation, we may not be the best solution. Would you be upset if we declined to participate?”  You might be surprised at how quickly you get invited to the party for the next opportunity."
 Acredito que muitas vezes o preço é o factor decisivo, porque o vendedor faz do preço o factor decisivo.
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Quantos vendedores interagem com o potencial cliente, para realmente perceber qual é o desafio que ele tem pela frente, em vez tentarem vender a "solução" que têm na prateleira?

Acerca das exportações para a China

Sim, eu sei, "Exportações portuguesas para China diminuíram 10% em 2013".
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Contudo, gosto mais dos números de 2013 do que dos de 2012:
"As exportações portuguesas para a China caíram 10% em 2013, devido sobretudo à redução das vendas de veículos fabricados pela AutoEuropa em Palmela, indicam estatísticas das alfândegas chinesas a que a agência Lusa teve hoje acesso.
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De acordo com as contas da Administração-geral das Alfândegas chinesas compiladas pela Comissão da ONU para o Comércio, em 2013, as exportações para a China de veículos feitos em Portugal desceram para 271,704 milhões de euros, contra 477,697 milhões de euros no ano anterior - uma quebra de cerca de 75%.
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Em quase todas as outras rubricas, nomeadamente vinhos, têxteis e calçado, as exportações subiram.
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As exportações chinesas para Portugal também diminuíram (3%), para cerca de 1.888 milhões de euros, indica a mesma fonte."

Nada me move contra a Autoeuropa; no entanto, mil euros recebidos por PMEs espalhadas pelo país têm um efeito multiplicador muito superior a mil euros recebidos por uma empresa grande.

O produto já não é suficiente

Nem de propósito, em sintonia, com o que temos lido nos últimos dias, com o que escrevemos quando escrevemos sobre ecossistema da procura e, com o que escrevemos sobre co-criação:
"As a result, even better products can disappear with alarming rapidity. By contrast, ecosystems that delight customers are difficult to build, but once built, are difficult to compete against.
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The winners will be determined not only by building a better mousetrap, but also how that mousetrap fits into the things that customers are trying to get done is their lives, in other words, their individual ecosystem. The quandary for companies is how to meet the idiosyncratic needs of millions of different customers?"
Trecho retirado de "Why Building A Better Mousetrap Doesn't Work Anymore"

Apostas

Eu gosto disto:
"When it comes to cell phone networks, bigger is better. But that doesn’t hold true for every company. Sometimes size creates more problems than it solves.
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It takes vision to announce a big, bold growth objective like VW’s, [Moi ici: A VW lançou há alguns anos o desafio de passar as vendas de algumas centenas de milhar de veículos vendidos por ano, para a meta de 1 milhão em 2018. No ano passado as vendas baixaram 7% estando nos 400 mil veículos vendidos] and the company deserves credit for setting its sights high. But stretching for a goal that’s too ambitious often leads managers to lose focus, as my own firm’s research on corporate growth has shown. By contrast, a company that maintains a razor-sharp focus on its core customers can continue to go to market with conviction, generating growth of a different kind—in customer satisfaction and consumer preference. That leads to ever-healthier margins that enable the company to maintain and even enhance its product and service quality.
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Ferrari is a recent case in point. The company just posted its second consecutive record sales year. Both revenue and profit are up since Ferrari decided actually to reduce the number of vehicles it produces. Ferrari sold fewer than 7,000 cars in 2013, a move designed to maintain and enhance the brand’s lofty aura."
Gosto de apostas que passam por aumentar o preço médio unitário, em detrimento de apostas que passam por aumentar a quantidade produzida. Recordar "Sobre a paranóia da eficiência e do eficientismo"
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Qual a aposta mais adequada a um mundo que além de estar a convergir para o Estranhistão, tem as questões ambientais e demográficas que tem?
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Trecho retirado de "Is Your Company a Volkswagen or a Ferrari?"

Medicina personalizada

A evolução que retratei no postal "Estranhistão, weirdistão" e que resulta num mundo de tribos, num mundo que já não é o mar de rosas para a produção em massa...
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Agora, ler este texto "Antibiotic Resistance, the End of Precision Medicine, & Job Security":
"antimicrobial resistance, by rendering our standard treatments obsolete, may reverse this trend relegating us back to a stage in which response to treatment is not predictable and treatment regimens may require a lot of expert-led contemplation and hypothesis testing"
Medicina personalizada... não é novidade neste blogue.

domingo, março 02, 2014

Para os aspirantes a Golias

"Do you need to have a brand new idea or invent something radically different in order to create difference? No, not necessarily. Starbucks didn't invent coffee, and Apple didn't invent the smartphone; these companies simply created new experiences of them, which in turn created a whole new set of meanings that we attached to what were once commodities.
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Fifty years ago, the focus of business was dominance. More was the shortcut to becoming an unbeatable Goliath in the marketplace. Today the shortcut to more is to matter —not to be different, but to do something that creates difference. It isn't the person with the best idea who wins; it's the person who has the greatest understanding of what really matters to people.
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Your way forward is not simply to look for opportunities to be distinguishable from, or one step ahead of, the competition. Your job is not to find ways to be the alternative. Just like your favourite cafe has somehow managed to become part of your story almost without your realising it, your job is to become 'the one'."

Trechos retirados de  “difference : the one-page method for reimagining your business and reinventing your marketing” de Bernadette Jiwa,

Sempre, o caminho menos percorrido

Quem se mete por esta via "Les pharmacies passent au libre-service automatique 7/24 et se dotent d'applications de localisation de distributeurs de produits de 1ère urgence" tem todo o direito a fazer essa opção. Contudo, ao fazê-lo, libertam forças que não são para todos.
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Eis um exemplo "Fitness Chains Feel the Burn as Startups Disrupt the Industry":
"The $21 billion U.S. health and fitness industry, with nearly 30,000 locations, is losing customers to YogaGlo and a host of other fitness companies—most of them startups—that are following a classic disruptive model. They don’t have all the frills of full-service gyms, but what they do offer is convenience and customization that brick-and-mortar operations simply can’t match—and at a much lower price.
...
[Moi ici: Interessante o ponto que se segue] More than 50 million Americans belong to health and fitness clubs, and 40 percent drop out each year, indicating that gyms don’t do a good job motivating people. By contrast, a friend of mine recently ran more than 80 miles in 16 days simply because his Strava app challenged him to do it. [Moi ici: Eu que o diga, nos últimos 2 meses e meio, à conta do Endomondo no smartphone já cheguei aos 21km de uma vez]"
Recordar "O meu desafio seria outro..."
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O instinto leva para a redução de custos... o que leva a uma race-to-the-bottom. O caminho menos percorrido é o da empatia, o da co-criação, o da interacção, o da motivação.

Não faz sentido evoluir da co-criação para a escala

Há dias, no Twitter, conversava com o @PauloPeres sobre a diferença entre Inovação Aberta e Co-Criação, na sequência do comentário que ele fez a este postal “""Unscale" cheira-me sempre a trabalho de duende e ...", por causa da possibilidade da empresa que começa a apostar na co-criação, depois, avançar para a escala.
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Entretanto, ao ler o livro “difference : the one-page method for reimagining your business and reinventing your marketing” de Bernadette Jiwa, encontrei isto:
“This thinking [Moi ici: O pensamento tradicional baseado na inovação incremental] has led us to bring things to market in a way that looks something like this:
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IDEA— > DEVELOP— > LAUNCH— > MARKET.
In contrast, difference thinkers don’t begin with an idea and think in increments of improvement; they start with empathy. This gives them the ability to take what is and understand what could be. The product or service that is born from creating difference in this way is the marketing. An idea developed with difference thinking looks like this:
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TRUTH— > PEOPLE— > IDEA— > LAUNCH”
É um campeonato completamente diferente, tal como referido em “O foco inicial”. Por isso, não faz sentido evoluir da co-criação para a escala.

"Bastaria dar à manivela de fabricar euros"

Por que é que o Zimbabué não se lembrou dessa solução?
"se os europeus fizessem o mesmo, os nossos problemas resolviam-se. Bastaria dar à manivela de fabricar euros”"
LOL
"“A única maneira de falar com os mercados é dizer-lhes: ‘Não, não pagamos’." 
Mas quem é que precisa mais, os mercados (os emprestadores de dinheiro), ou o governo de um país que gasta mais do que aquilo que consegue saquear aos seus contribuintes?
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Eheh, acho que à boa maneira do "Good Bye Lenin", por caridade, ainda ninguém teve coragem de contar a Soares o que se passa na Argentina.
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Trechos retirados de "Soares: “A única maneira de falar com os mercados é dizer-lhes: ‘Não, não pagamos’”"

A oportunidade chinesa

Acerca da China e dos modelos mentais obsoletos:

"E se, em média, um par de sapatos português é exportado a 23 euros - o segundo valor mais elevado do mundo -, a verdade é que, nas exportações para a China, o preço sobe para 32 euros o par, já bem próximo do praticado pelo calçado italiano, o mais caro do mundo, que ronda 35 euros o par. A que se deve esta valorização do calçado nacional num país que é, simultaneamente, o maior consumidor e também o maior fabricante mundial de calçado?"
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Agora, querem uma resposta a sério aquela pergunta?
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Imaginem o que será uma distribuição dos preços e modelos dos sapatos fabricados na China.
Imaginem o que será uma distribuição dos preços e modelos dos sapatos fabricados em Portugal.
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Conseguem imaginar que eventualmente poderá haver uma intersecção entre as duas distribuições? Assim, não fará sentido importar calçado português baratucho, isso os chineses têm aos pontapés. Por isso, a China importa só a parte superior da distribuição da produção portuguesa. Logo, a média dos preços é mais elevada, porque se amputaram os preços mais baixos, por não serem exportados. Uma distribuição truncada.

sábado, março 01, 2014

No sentido correcto...

No sentido correcto, em sintonia com Mongo, essencial para a subida na escala de valor.
Agora imaginem as implicações para quem trabalha na área do Marketing e Design...
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Pois... lembram-se dos novos já tão velhos? E dos banhos? (parte II)

LOL, "A perda para as pessoas na prática não existe."

Esta lógica é espectacular:
"Saímos do euro, recriamos o escudo e imediatamente determina-se que um escudo tem o mesmo valor que um euro. Todas as contas são transformadas de euros para escudos com o mesmo valor. E a seguir desvalorizamos o escudo. A perda para as pessoas na prática não existe."
Isto é tão LOL, pena que o jornalista estagiário não lhe tenha perguntado:

  • E qual passaria a ser o preço de um litro de gasolina?
  • E qual passaria a ser o preço de um pão?
  • E qual passaria a ser o preço de um ipad?
  • E qual passaria a ser o preço de um medicamento importado?
Esta lógica é redutora:
"Fora da zona euro, e fora da União Europeia, a própria evolução da moeda única em termos cambiais – aquilo que se pode designar euro forte ou euro caro – provocou uma perda de competitividade enorme nos países mais frágeis, nos países do Sul. A nossa capacidade de exportação está assente fundamentalmente em produtos em que há uma enorme concorrência em termos de preços. O euro tem--se mantido, com alguns picos ainda superiores, na ordem de 1,30 e qualquer coisa em relação ao dólar. Ora os países exteriores à União Europeia – Índia, China, do Norte de África, da América do Sul e Central, que têm a sua paridade correlacionada com o dólar – viram a sua competitividade aumentar substancialmente. E Portugal foi muito prejudicado em termos de exportações. E há outro aspecto que é pouco referido: aquele processo de deslocalização de empresas que começou em Portugal há uns anos também foi desencadeado pelo euro caro."
Pena que o jornalista estagiário não lhe tenha perguntado:

  • Acha então que Portugal está condenado a competir pelo preço?
  • Acha então que se não tivéssemos aderido ao euro teríamos desvalorizado o escudo o suficiente para competir com os salários chineses?
  • Sabe qual era a diferença entre o salário médio industrial chinês ou indiano e português em 2000?
Que investimento estrangeiro seria feito em Portugal depois dessa revolução e do repúdio da dívida?

Que dinheiro haveria para criar as empresas que teriam de passar a construir o que deixaria de se poder importar?
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Octávio Teixeira, como bom comunista, acredita piamente em Marx e traz no bolso uma pagela com as efígies de Marx, Engels, Lenin, e Estaline a encimar a frase:

"Valor é o resultado do trabalho incorporado"
Um bom comunista não percebe, não pode perceber que o valor não tem nada a ver com a produção, valor está na mente de quem compra.

Trecho retirado de "Octávio Teixeira “Ou se desvaloriza a moeda ou se desvalorizam salários. Não há milagres!”"

Uma oportunidade para escolas que se queiram diferenciar

Num corpo anquilosado, dominado pelas corporações, há muito que se perdeu a razão de ser da sua existência.
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Num mundo em mudança, o corpo devia ajustar-se, nunca perdendo de vista a sua razão de ser: preparar as gerações futuras. Contudo, isso, seria pôr em causa os direitos adquiridos de muita gente e, assim, nunca veremos isto "What's the Maker Movement and Why Should I Care?"
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Uma oportunidade para escolas que se queiram diferenciar, para clientes-alvo que não vêem a escola como um depósito.

Mongo nos funerais

Já me tinham chamado a atenção para este vídeo e, para este artigo, "Funalcoitão: a jovem funerária que nada recusa a um morto"
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Mais do que enterros, fazemos homenagens... um bom logo-verbal que descreve de uma assentada a missão da empresa.
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É Mongo, é a co-criação a funcionar. E, cada enterro é único.