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terça-feira, agosto 15, 2017

Artesãos do futuro

Ao folhear muitos postais deste blogue é fácil relacionar entre si algumas palavras-chave:
  • Mongo;
  • tribos;
  • diferenciação;
  • paixão;
  • artesãos;
  • autenticidade.
Por exemplo, há dias escrevi:
"Em paralelo a esta evolução, que vai sugar os mais apaixonados para uma nova Idade de Ouro de artesãos do século XXI"
No caderno de Economia deste fim de semana encontrei um texto que relaciona estas mesmas palavras-chave, "À procura de artesãos no tempo dos ecrãs táteis":
"No entanto, quem aposta com visão em segmentos como o têxtil, a carpintaria, a latoaria, a joalharia, a encadernação, a cerâmica, os bordados, o restauro ou a cestaria pode ter um futuro promissor pela frente,
...
outra área de forte procura: o trabalho artesanal em madeira. “Todos os dias chegam pedidos de marceneiros, profissionais de serralharia artística.” São cada vez mais, também, os casos de sucesso de novos negócios, sempre de nicho, que começam no risco, chegam à autossustentabilidade e culminam na exportação.
...
Ao contrário do preconceito que possa persistir, de que o trabalho do artesão é pesado, sujo e moroso e de que a produção não se adaptou ao consumidor contemporâneo, “o artesanato não ficou estagnado”, sublinha Luís Rocha. O sector está a rejuvenescer e a qualificar-se.
...
a formação superior conjugada com a técnica adquirida nos cursos profissionais resulta na evolução criativa que tem dinamizado o sector. Ao mesmo tempo, “a procura [de produções artesanais] tem aumentado porque o mercado está cansado do produto massificado e quer, cada vez mais, objetos com forte cariz cultural, identitários e diferenciadores”. Cabe ao artesão “ganhar essa oportunidade”, analisa o diretor, que defende o investimento em marcas culturais com design de luxo.
...
Se nos domínios da carpintaria, marcenaria e costura, encontrar emprego por contra de outrem é relativamente comum, nos nichos da cerâmica artística, vidro ou bordados, muitos não esperam que o mercado chame por eles e criam diretamente oportunidades, uma situação que se terá acentuado nos últimos seis anos. “O desemprego fomentou o empreendedorismo e isso foi muito importante para dinamizar o sector”"
E na linha do que tenho reflectido aqui sobre o seru e a não-necessidade de máquinas-monumento , sobre o impacte de Mongo na dimensão das empresas, sobre o impacte da digitalização na redução da fricção de que falava Coase, na ascensão do DIY e dos makers, é interessante a referência aos ecrãs tácteis no título. Acredito que os artesãos do futuro trabalharão cada vez com mais tecnologia e mais valor acrescentado.



BTW, ontem fui a Rio Tinto com 4 moradas de lojas e fábricas de candeeiros. Ao chegar a uma delas, com todo o aspecto de oficina artesanal, deparei-me com caixas com marcas de renome e referências a feiras italianas. Fui recebido com atenção e simpatia mas comunicaram-me que tinham deixado de trabalhar para o público e começado a trabalhar para marcas portuguesas do segmento médio-alto e focadas na exportação.


segunda-feira, junho 05, 2017

Abrir uma caixa de Pandora?


A propósito deste texto de opinião "Os condomínios de Coase" nem de propósito, esta leitura de há dias "Why Uncertainty Makes Us Less Likely to Take Risks":
"Our willpower diminishes when the outcome is ambiguous. “People really want to avoid uncertainty,”
...
“Whether or not we prefer the future or the present, whether or not we delay our choices, depends in large part upon the uncertainty of what we face,”
...
“People really don’t like the complexity and cognitive load of making decisions under uncertain circumstances,”"
E mais esta de ontem, "Not Quite Rational Man":
"One increasingly acknowledged flaw of neoclassical theory is its oversimplified model of human nature, known by academics as “homo-economicus.”"

quarta-feira, abril 12, 2017

"Smart contracts substitute boundaries"

"Smart contracts substitute boundaries. The architecture of a firm is a live social graph of networked interdependence and accountability."
Este trecho que li ontem ficou-me na memória porque, de certa forma, relaciona-se com conversa que tive durante a manhã numa reunião em Gaia. Conversa em que discutíamos o quanto a tecnologia está a baixar as barreiras à entrada (a democratizar a produção) e a permitir arranjos empresariais novos e exóticos.

O que antes existia sob o tecto de uma empresa caminha cada vez mais para ser realizado por uma orquestra de entidades independentes.

As ideias de Coase e o papel da tecnologia na redução da fricção.

Consigo recuar a Michael Hammer (Junho de 2007) e a uma previsão: a extensão da reengenharia do interior das empresas para os fluxos inter-empresas.
"No fundo trata-se de uma vertente de aplicação do conceito que Michael Hammer promoveu no seu livro "The agenda", publicado em 2001(?). Depois de aplicar a re-engenharia internamente (e ainda há muito por fazer a este nível nas empresas e sobretudo na Administração Pública - basta recordar que a aplicação de metodologias de gestão na Administração Pública norte-americana, levou ao corte do número de funcionários públicos nos Estados Unidos em cerca de 15-20% durante a administração Clinton), pode e deve-se replicar o conceito na relação com os clientes e com os fornecedores. Se deitarmos abaixo as paredes que nos separam dos clientes, porque é que o cliente há-de ter armazém de matéria-prima? Porque é que o cliente há-de ter dinheiro enterrado em inventário e instalações? Porque é que o cliente há-de ter pessoal que não gera valor, a pastorear inventário? Porque é que o fornecedor não entrega directamente à produção do cliente? Idêntico pensamento pode ser feito a montante, em relação aos fornecedores."
Só que aqui a realidade está a seguir um percurso que não conseguia prever em 2007. Não é a reengenharia entre as entidades do passado (a empresa e os seus fornecedores e clientes) é a explosão da empresa clássica em entidades mais pequenas.

Trecho retirado de "Business game design"


terça-feira, janeiro 24, 2017

Magnitograd vs Estranhistão

Tão Mongo... recordar Coase e a redução das fricções.
"Corporations are the dominant mechanism by which economic activity is organized.
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Over the past years, intelligent technologies, peer-to-peer cryptocurrencies and the Internet have laid the foundation for a very small size and a very low-cost enterprise with the potential for managing very large numbers of business relationships. [Moi ici: Every laptop is a corporation] The impact of these new actors is still hard to grasp because we are used to thinking about work from a different perspective.
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Our thinking arises from a make-and-sell economic model. Most managers still subscribe to this and think that the core of creating value is to plan and manage a supply chain.
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In the mass-market economy, the focus was to create a quality product. With increased global competition that is not enough any more. The focus changes to a joint process of defining and solving contextual problems. You and your customer necessarily then become cooperators. [Moi ici: A aposta na interacção, na co-criação, a tal "shared identities"] You are together creating value in a way that both satisfies the customer and ensures a profit for you. New economic spaces beyond incumbent firms are emerging."


Trechos retirados de "The programmable enterprise"

sexta-feira, setembro 02, 2016

Market Networks

Mais uma peça no sentido de Mongo, no sentido de empresas mais pequenas, no sentido da democratização da produção. Tenho chamado a atenção para um futuro de plataformas cooperativas ou de 2ª geração, por contraponto às do tipo Uber ou Airbnb e, agora, encontro esta terminologia: Market Networks.
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Este texto "From Social Networks To Market Networks" descreve uma evolução que reduz os custos das transacções, (recordar Coase) democratizando ainda mais o acesso de pequenas organizações, capazes de coordenarem equipas de indivíduos e outras empresas ao estilo dos projectos de Hollywood.
"This many-to-many transaction pattern is key. HoneyBook is an N-sided marketplace — transactions happen in a 360-degree pattern like a network. That makes HoneyBook both a marketplace and network.
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A market network often starts by enhancing a network of professionals that exists offline. Many of them have been transacting with each other for years using fax, checks, overnight packages and phone calls.
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By moving these connections and transactions into software, a market network makes it significantly easier for professionals to operate their businesses and clients to get better service."

segunda-feira, maio 16, 2016

O impacte tecnológico a montante

Mais um texto sobre o mundo novo que já está por aí, ainda que mal distribuído:
"I strongly believe that we are on the edge of a new industrial revolution: “Industry 4.0”, the rise of intelligent automation in manufacturing, where digital manufacturing meets the Internet’s democratisation of design. Digital manufacturing is maturing and 3D printing is now widely used in aerospace, automotive and medical industries for rapid prototyping, the ability to manufacture “impossible” shapes and completely custom products.
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A recent PwC survey found that 71.1% of US manufacturing companies now use 3D printing in some way, which demonstrate how more and more manufacturing processes changing toward 3d printing.
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Digital Forming has created a suite of custom services which allow you to build mass customisation into your customer journey, whether you are selling traditional items in a more personal way, or building a full digital supply chain. By building mass customisability into your existing customer journey, you can build your future piece by piece.
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Along with mass customisation, emotional branding is key to engaging the modern, millennial consumer. Emotional branding stems from the understanding that people are willing to pay for experiences as well as features."
Um artigo que li ontem perguntava se o progresso tecnológico ia acabar com os gestores intermédios nas empresas. Na minha mente formou-se outra frase, serão precisas empresas grandes em Mongo?
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O impacte do progresso tecnológico vai actuar também a montante, na dimensão e tipo de empresas.

"The Power of Customisation Without The Pain – Digital Forming Blog"

sexta-feira, novembro 06, 2015

"everything that can become a platform will"

"It used to be that companies would gain a competitive edge by bringing more and more people, assets, and resources inside the company in order to reduce transaction costs. The Internet has stripped that advantage away. Now, the smartest companies are using the Internet’s ability to facilitate collaboration by leveraging assets, resources, and expertise outside of their sphere of control. I call this new collaboration “Peers Inc.” and we are seeing its transformative and disruptive power in every sector of the economy.
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Governments need to recognize and prepare for this new third way of working which is neither full-time nor temporary part-time, but a new way of life. The Internet exists and everything that can become a platform will.
...
In a world struggling to cope with incessant disruption brought on by fast-paced technical innovation, climate change, urbanization, and globalization, Peers, Inc. is the structure for our times. It enables us to experiment, iterate, adapt, and evolve at the required pace. I’m happy this flexible new tool has come to exist."
Trechos retirados de "Who Benefits from the Peer-to-Peer Economy?"

quinta-feira, setembro 24, 2015

Mais sintomas do fim do regime 1984

Ontem, a minha manhã começou cedo e com este retweet:
Depois, ao final do dia li "Death and transfiguration":
"Today’s corporate empires comprehend every corner of the earth. They battle their rivals with legions of highly trained managers. They keep local politicians in line with a promise of an investment here or a job as a consultant there.
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Corporate profits more than tripled in 1980-2013, rising from 7.6% of global GDP to 10%, of which Western companies captured more than two-thirds. The after-tax profits of American firms are at their highest level as a share of national income since 1929.
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The golden age of the Western corporation, they argue, was the product of two benign developments: the globalisation of markets and, as a result, the reduction of costs.
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Now a more difficult era is beginning. More than twice as many multinationals are operating today as in 1990, making for more competition. Margins are being squeezed and the volatility of profits is growing. The average variance in returns to capital for North American firms is more than 60% higher today than it was in 1965-1980. MGI predicts that corporate profits may fall from 10% of global GDP to about 8% in a decade’s time.
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Two things in particular are shaking up the comfortable world of the old imperial multinationals. The first is the rise of emerging-market competitors.
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The second factor is the rise of high-tech companies in both the West and the East. These firms have acquired large numbers of customers in the blink of an eye.[Moi ici: O tal poder das plataformas da primeira geração]
...
Such firms can also provide smaller companies with a low-cost launching pad that allows them to compete in the global market.
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The relative decline of the Western corporation could also lead to a rethinking of some of the long-standing assumptions about what makes for a successful business. Public companies may lose ground to other types of firm"
Conseguem recordar e juntar as peças do mosaico que temos trazido para aqui ao longo dos tempos?

  • Mongo, o Estranhistão e as suas tribos apaixonadas;
  • Clientes que não querem ser tratados como plankton;
  • Fugir da miudagem e dos fantasmas estatísticos;
  • O fim do eficientismo e de Magnitograd;
  • O poder das plataformas e como mudam a fricção que Coase identificou como sendo a base para a justificação da empresa do século XX;
  • Os rouxinóis de MacArthur;
Vamos viver tempos interessantes, tempos muito mais para piratas do que para marinheiros de uniforme com visão analítica e racional.


O Estranhistão vai ser um local muito mais colorido do que o Normalistão.





domingo, agosto 16, 2015

Não confundir com perigosa propaganda neoliberal, é só a biologia a funcionar

Mais sintomas do avanço de Mongo:
Para a maioria isto é perigosa propaganda neoliberal, para mim é a simples evolução de uma etapa da economia para outra etapa.
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Não a considero nem melhor nem pior em si mesma. Considero-a a mais adequada para um novo ecossistema. Há 150 anos a maioria dos cidadão de um país não eram empregados de uma empresa ou do Estado. Hoje, são-no. No futuro, talvez não.

"It is true that some of these new websites undermine existing business models, just as file-sharing wrecked music-publishing companies.
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By reducing the cost of information, the internet kills some business models. But not all.
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Many more people are likely to be self-employed, offering services to a wide range of customers. In a sense, they will be artisans, not employees. Activities such as sales, marketing and accounting—matters that salaried employees leave in the hands of specialist colleagues—will become the responsibility of the individual. Such workers will have to be more, not less, sensitive to the market economy than the typical office drone."

"The existence of high transaction costs outside firms led to the emergence of the firm as we know it, and management as we still have it. A large part of corporate economic activity today is still designed to accomplish what high market transaction costs prevented earlier. But the world has changed.
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What really matters now is the reverse side of the Coasean argumentation. If the (transaction) costs of exchanging value in the society at large go down drastically as is happening today, the form and logic of economic entities necessarily need to change! Coase’s insight turned around is the number one driver of change today! The traditional firm is the more expensive alternative almost by default. This is something that he did not see coming.
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Accordingly, a very different kind of management is needed when coordination can be performed without intermediaries with the help of new technologies. Digital transparency makes responsive coordination possible. This is the main difference between Uber and old taxi services. Apps can now do what managers used to do.
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For most of the developed world, firms, as much as markets, make up the dominant economic pattern. The Internet is nothing less than an extinction-level event for the traditional firm. The Internet, together with technological intelligence, makes it possible to create totally new forms of economic entities, such as the “Uber for everything” -type of platforms/service markets that we see emerging today. Very small firms can do things that in the past required very large organizations. [Moi ici: O que lêem os que frequentam os Encontros da Junqueira ou os Avelinos de Jesus?]
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We stand on the threshold of an economy where the familiar economic entities are becoming increasingly irrelevant."
A economia co-evoluiu em função do meio que também altera, é uma continuação da biologia.

quarta-feira, março 05, 2014

Implicações de Mongo

Excelente texto, "Why Companies are Not Startups". Imagino as implicações para a vida em Mongo em que a inovação vai imperar:
"We’re now learning that companies are not larger versions of startups.
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There’s been lots written about how companies need to be more innovative, but very little on what stops them from doing so.
Companies looking to be innovative face a conundrum: Every policy and procedure that makes a them efficient execution machines stifles innovation.
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paradoxically, in spite of all their seemingly endless resources, innovation inside of an existing company is much harder than inside a startup. For most companies it feels like innovation can only happen by exception and heroic efforts, not by design. The question is – why?
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A company is a permanent organization designed to execute a repeatable and scalable business model.
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Once you understand that existing companies are designed to execute then you can see why they have a hard time with continuous and disruptive innovation.
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Every large company, whether it can articulate it or not, is executing a proven business model(s)."
Imagino o caldo:

  • Mongo, tribos, inovação, diferenciação e dificuldade das empresas grandes em inovar, e o pós-Coase


quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Música celestial para este blogue

"A business movement focused on the little guy"
"An entire network of companies and organizations have sprung from, or for, the maker community. These organizations aim to help individual creators compete with the largest companies for consumer attention. Some of these companies are already familiar names, others will be. From websites and communities that provide inspiration, instruction, and designs -- such as Pinterest and Instructables -- to companies like Tech Shop that provide access to tools, to the tool-makers themselves, such as MakerBot and ShopBot, supporting services and platforms are enabling more people to make things.
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For the makers who believe others might also want to see and use their creations, companies like Kickstarter and Indiegogo offer access to funding, firms like Quirky and Shapeways help take ideas to market, while Etsy and Threadless provide marketplaces that can connect makers to consumers. For those who want to reach a larger audience, a growing host of companies are acting as incubators and orchestrators to connect makers with production, manufacturing, and distribution channels.
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The rapidly growing network around makers has enabled a significant shift in power from large companies to individuals. In effect, this network has allowed the little guy, in many cases an individual, to punch above his weight and start nibbling away at the big guys' market share. In Gladwell's view, the underdog has a competitive advantage precisely because he has lacked advantages, making him scrappier, more capable of improvisation, and, most notably, less invested in winning.
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The maker trend represents the democratization of the means of production. And it is happening on a broad scale. It might be tempting, as a big company, to be complacent, to wave this off as a phenomenon limited to the coasts or big cities. That would be a mistake. In the same way that newspapers or the music industry dismissed early Internet efforts and suffered the disruptive consequences, makers are encroaching on the traditional domains of consumer goods and manufacturing. Our colleague Duleesha Kulasooriya notes that, "increasingly, any entrepreneur can have a global storefront and a global audience. Now that building new products is easier, competition can, and will, come from everywhere."






domingo, dezembro 29, 2013

Acerca da gestão de talentos

Duas chamadas de atenção importantes:
"“Employment” will not be the only way organizations engage people.
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 Even when people do become “employees,” trends suggest shorter tenure, lower loyalty and employment “deals” designed to last just a few years.  Once you rethink the idea of employment as the engagement model, the options for optimal hiring expand immensely.
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The “organization” or “corporation” will not be the only collaboration model.
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Also, the concept of an “organization” hardly applies to the community of video gamer volunteers that solved a riddle about the structure of the AIDS virus, which had eluded organizational R&D scientists.
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We need a useful and lively debate about the future of hiring, and the future of work that it represents.  No doubt optimal solutions will be as diverse as the Organization Man and Tours of Duty.  Yet, the answer to optimized talent management requires more, including questioning assumptions."
Trechos retirados de "To Optimize Talent Management, Question Everything"

sábado, novembro 30, 2013

Ponto de vista

Eu assumo-o claramente!
Trabalho para e com PMEs, gosto de trabalhar para e com PMEs. Por isso, tento ver o mundo económico pelo seu ponto de vista, sem conotações cor-de-rosa, o mais realisticamente possível.
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Para quem trabalha uma Accenture? Para que tipo e dimensão de empresas? Não fará sentido ver o mundo pela óptica que melhor as serve?
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Atentemos em "Using Mass-Customization in the Age of Differentiated Products":
"As demand for more tailored products grows, industrial product manufacturers face the challenge of keeping pace. One solution could lie in developing mass-customization capabilities facilitated by 3D printing. (Moi ici: Será que faz sentido pensar na mass-customization quando a democratização da produção pode avançar e permitir que cada um produza em sua casa ou recorra a um "artesão" para fazer as coisas à sua maneira?)
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The appeal of mass-customization, the mass-production of individually customized goods and services, lies in its potential to help manufacturers reduce costs and gain a competitive advantage (Moi ici: É natural que este seja o pensamento de quem olha para o fenómeno pelo lado das empresas, grandes ou pequenas. Aqui, tento abrir mais a perspectiva e questionar se o ponto é mesmo o dos custos ou, se não será o da proximidade, o da flexibilidade, o da "made by me", o da "do it yourself". O autor sublinha os custos, eu, pensando pelo lado das empresas pensaria no pós democratização da produção. Como é que uma PME pode aspirar a captar clientes quando os clientes podem fazer em casa, ou podem mandar fazer num "artesão do seu bairro"? Talvez as PMEs do futuro sejam "a oficina de artesãos do bairro". Os clientes podem fazer em o jantar em casa, no entanto, continuam a existir restaurantes abertos à noite. São mais baratos? Por que é que se vai jantar a um restaurante quando se pode fazer o jantar em casa? O factor custo está envolvido na decisão de ir ao restaurante?), in this emerging market. The use of 3D printing, a technology that is moving toward broad industrial use, is becoming a key aid to customizing products on a large scale.
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Integrating 3D printing into manufacturing processes could reduce production material costs by as much as 90 percent, according to the U.S. Department of Energy. It also could help manufacturers better respond to on-demand production and improve their long-tail product operations.
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Although the general rule has been that mass-produced items are much cheaper when made in large quantities, the trend toward more customized production will impact the mass-production model, where standardization of items has been an adequate and preferred trait. (Moi ici: Sempre o ponto de vista dos mass-producers e o que lhes pode ser útil. Proponho outra abordagem, ir ao fim da linha, ao utilizador final e pensar: "O que é que será melhor para ele?". Isso é que vai ditar a evolução do ecossistema da procura, a menos que, amigos em posições de influência nos governos, decidam proteger os incumbentes) Mass-customization might not replace mass-production anytime soon, but to sustain a strong competitive position, manufacturers should be prepared to incorporate elements of 3D printing into their processes.
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Though mass-customization will be increasingly critical to producing tailored items, so will the creative process needed to optimize their design. The digital platform on which 3D printing is based can enable multiple individuals—from an organization’s product engineers and other employees to customers and industry outsiders—to contribute to design ideas, resulting in more differentiated, better-designed products. This concept, called co-creation, will help companies become more agile and flexible in meeting the product needs of a rapidly changing market. (Moi ici: E se a coisa puder ser feita numa rede social, qual a vantagem em existir uma empresa pelo meio? Não fará mais sentido um indivíduo ou uma cooperativa de indivíduos? Coase tem sido muito citado neste blogue nos últimos tempos)
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Three-dimensional printing moves design closer to prototyping, (Moi ici: Impressão 3D levanta logo o tema da propriedade intelectual e das patentes. O que acontece nos sectores em que o design não é objecto de patente, como no vestuário? A forma de sobreviver é a moda!!! É a criação sucessiva de versões diferentes. No vestuário, vamos a caminho das 52 épocas por ano, veja-se o caso da Zara)  and thus new product concepts can be created in less time than traditional methods, which required sending designs to external prototyping firms.
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The impact of 3D printing will be felt in the supply chain because on-demand part creation means some parts will no longer be shipped. Businesses will need to develop a digital inventory management system for warehousing 3D digital files to support their inventory and mass-customization capabilities.
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As 3D printing and mass-customization processes advance, manufacturers will be able to respond more quickly to demand for the increasing variety of customized products"

terça-feira, novembro 12, 2013

O fim do modelo económico do século XX

Um artigo que parece retirado deste blogue, "It’s the end of Walmart—and mass-market retail—as you know it":
"For a long time, having the best supply chain was enough. This is how Walmart became the powerhouse retailer it is: by building the largest, broadest, most efficient system for moving products across the United States.
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Now those techniques have timed out, too. (Moi ici: O fim do modelo económico do século XX) We already know that 3D printing and robotic manufacturing technology can overtake centralized production. But the difference here is that a single company might not emerge to capitalize on these technologies (Moi ici: A democratização da produção, a ascensão da cultura indy, a explosão de variedade, o fim do poder das empresas grandes que apostam na escala e volume) the way singular brands like Walmart and Amazon have in the past. Instead, we are now entering the primacy of design. (Moi ici: A ascensão do design como a moeda-forte do futuro)
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(Moi ici: O que se segue é tão a visão deste blogue para o futuro do mundo económico, o Estranhistão) 3D printing, together with steady advances in robotics, is making it increasingly plausible to create smaller, more nimble production houses, which are more widely distributed closer to buyers. This shift in the distribution of manufacture means that those giant supply chains Walmart invested so heavily in are suddenly becoming obsolete....
 It’s a kind of inverse instance of the laws Ronald Coase (Moi ici: A terceira ou quarta vez que se escreve aqui sobre o fim do modelo de Coase neste blogue nos últimos dias) described as part of his 1991 Nobel-prize winning work, which stated that large corporations exist to utilize advantages of scale in transaction costs.
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The upshot of this is the very beginning of exponential growth in which design creates rapid-adoption online meritocracies, with the most popular designs enjoying widespread appeal and ready mimicry."
Mongo, Estranhistão, prosumers, democratização da produção, indy...

segunda-feira, novembro 11, 2013

Sonho? Tomo a nuvem por Juno? Ou será o jornalismo do Estranhistão?

E Mongo no jornalismo? (eheheh não confundir com jornalistas mongos)
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E jornalistas a trabalharem directamente para os seus leitores?
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E jornalismo que já não vive de textos a servirem de engodo para a publicidade, mas baseado num outro modelo de negócio: clientes-leitores que pagam os artigos que querem, que precisam, que têm interesse em ler.
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Em vez de salvar o jornalismo servindo os clientes overserved, com preços e custos cada vez mais baixos, apostar nos clientes underserved. Não é novo neste blogue:
Recordo também este postal de ontem, "Abraçar a mudança em vez de tentar incorporá-la", não são os jornais estabelecidos que vão aproveitar a oportunidade, são os que já não têm nada a perder e têm modelos mentais limpos, sem custos afundados. Quem? Os jornalistas!!!
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Recordo também este outro postal de ontem, "O poder potenciador das redes no Estranhistão", em vez dos jornais do passado, redes de jornalistas.
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Como já aqui afirmei várias vezes, perante este cenário:
Os jornais concentraram-se em fazer o que a UTAO defende, a procura está em baixo porque o produto é caro. E o produto é caro por causa dos custos fixos. Logo, há que despedir jornalistas caros e enxamear as redacções de estagiários. Logo, há que gastar menos dinheiro em investigação e comprar mais a centrais de notícias. Logo, há que incluir cada vez mais opinião (nunca me esquecerei de apanhar na TV Carlos Abreu Amorim a falar do tema da semana, a resposta americana ao Katrina... onde estão os especialistas?). Desta forma, tornaram os jornais cada vez mais, menos interessantes para os seus potenciais leitores. O leitor do preço vai para a net, o leitor que quer mais, que quer investigação, que quer rigor, que não quer propaganda travestida de informação fica underserved e aspira a algo de diferente, (até a minha mãe, até a minha mãe, e não consigo explicar o significado do que vou escrever a seguir em toda a sua dimensão, deixou de comprar o Público), a algo com mais qualidade, a algo com mais atributos.
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Era tão bom que isto "Plataforma portuguesa dedicada a jornalismo financiado por leitores é lançada na terça-feira", fosse uma genuína reacção de jornalistas interessados em aproveitar uma oportunidade de negócio para servir os leitores underserved...
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Era tão bom que fosse mais um pontapé no modelo económico do século XX e do seu teorizador Robert Coase

domingo, novembro 10, 2013

O poder potenciador das redes no Estranhistão

Mais uma alavanca que impulsionará o entranhamento do Estranhistão (Mongo) nas nossas vidas, "networks are the new companies".
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Isto é tão bom, tão carregado de sumo:
"Independent of the term, we all agree value comes from the creative source of a connected human. And to the earlier point, networks are the new companies. Connected individuals can now do what once only large organizations could. That tosses Ronald Coase’s work out the window. And those strategic constructs from the Porter frame of mind that suggest you can have an advantage over time are largely moot because sustainable advantages aren’t so sustainable anymore."
Ainda ontem ouvi na primeira pessoa, um relato sobre a evolução da Casa da Prisca. Vários dos presentes manifestaram alguma surpresa ao saberem que já exportam para mais de 30 países, apesar da sua dimensão. Quando questionado sobre como o faziam, como o conseguiam fazer, António Plácido não deixou de referir o poder, a importância do networking com outras empresas com produtos complementares, como factor de potenciação de resultados que há 10 anos só seriam atingidos como um estrutura muito mais pesada.
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As redes entre indivíduos e, entre PME's e, entre indivíduos e PMEs, podem criar sinergias que resultam em estruturas leves, flexíveis, mais ou menos transientes e, por isso, menos predispostas à inércia dos instalados incumbentes, mais abertas à variedade e à experiência... o ideal para prosperar no Estranhistão!!!
"value today comes from connected humans; not monolithic structures."

terça-feira, julho 02, 2013

Também se está a criar emprego por isto?

Impressionante!
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Já no século XXI, Robert Coase continua vivo e a espernear, apesar do avanço de Mongo!
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Por que existem empresas?
"In The Nature of the Firm (1937)—a brief but highly influential essay—Coase attempts to explain why the economy features a number of business firms instead of consisting exclusively of a multitude of independent, self-employed people who contract with one another. Given that "production could be carried on without any organization [that is, firms] at all", Coase asks, why and under what conditions should we expect firms to emerge?
...
Coase noted, however, a number of transaction costs involved in using the market; the cost of obtaining a good or service via the market actually exceeds the price of the good. Other costs, including search and information costs, bargaining costs, keeping trade secrets, and policing and enforcement costs, can all potentially add to the cost of procuring something from another party. This suggests that firms will arise which can internalise the production of goods and services required to deliver a product, thus avoiding these costs. This argument sets the stage for the later contributions by Oliver Williamson: markets and hierarchies are alternative coordination mechanisms for economic transactions."
A atenuação do "efeito China", por causa do aumento dos salários chineses e da aposta noutras propostas de valor que não a do preço mais baixo, está a criar uma falta de capacidade instalada entre os vendedores de minutos, as empresas no escalão mais baixo dos ecossistemas sectoriais.
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Estas, para aproveitar ao máximo o momento, começam a deitar para o lixo os acordos estabelecidos, as regras éticas e a palavra dada e dão prioridade na produção a quem pagar mais.
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Hoje acordam com a empresa A entregar na data X ao preço Y.
Amanhã, sem dizer nada a A, acordam com a empresa B entregar na data X ao preço Y+1.
Depois de amanhã surgirá a empresa C...
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Resultado?
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As empresas vão começar a desconfiar dos seus subcontratados, dos seus fornecedores de minutos e vão ter de assegurar elas próprias a capacidade produtiva?
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Isto para já não falar das empresas que receiam da sanidade financeira dos seus subcontratados, o que representa outra ameaça.

sexta-feira, maio 11, 2012

Um mundo novo de possibilidades

Ao ler este artigo "Wikispeed: How A 100 mpg Car Was Developed In 3 Months" a meio tive de refocar pois a minha mente já estava longe...
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Mais um exemplo das estruturas simples, do mundo de agentes livres, de free-lancers... rapidez, flexibilidade como nunca se viu.
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Agora que escrevo isto estou com vontade de reler Ronald Coase e rever os custos de transacção e  "The Nature of the Firm".

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Why Do Firms Exist?

"A firm will keep expanding and adding people as long as doing so is less expensive than securing the additional services in the marketplace."
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Esta afirmação parece tão simples mas encerra em si tanta coisa...
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Recentemente trabalhei com uma empresa que estava a crescer, face a 2009, cerca de 80%. Estavam com problemas de capacidade, as encomendas eram superiores à capacidade instalada. As entregas arrastavam-se...
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A gestão de topo dividia-se sobre qual o caminho a tomar: contratar mais gente ou recorrer a mais subcontratação?
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Contabilisticamente era mais barato contratar mais gente mas:

  • será que as pessoas que vamos contratar se vão integrar nas equipas que já temos? As pessoas que trabalham connosco formam equipas entrosadas que podem ser desestabilizadas por gente que vem de fora sem conhecimentos, sem experiência, sem história...
  • e se houver uma crise? Não será muito arriscado ter mais gente, mais responsabilidades dentro de casa?
  • mais gente representa mais entropia, representa a necessidade de recorrer a novas formas de organização interna para as gerir. E será que as chefias intermédias que já temos serão as mais adequadas para esse novo nível do jogo?
A decisão é muito menos linear do que pode parecer à primeira vista.

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Interessante este postal "Why Do Firms Exist?" acerca deste artigo "Why Do Firms Exist?"
"Capabilities are the key factors that define what an organization is able to accomplish."