sexta-feira, fevereiro 13, 2009
O ministro Pinho precisa de ajuda
A propósito do ministro Pinho na SIC-N agora mesmo:
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O ministro Pinho ainda não percebeu que está em curso uma recalibração geral!!!!!!!!!!!
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O ministro ainda não percebeu que existe um excesso de capacidade instalada na indústria automóvel e que nada vai ficar como dantes!!!!!!!!!!
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Isto de financiar o status-quo, o de ajudar as empresas da fileira automóvel a suster temporariamente a respiração debaixo de água à espera da retoma... vai atrasar a reconversão necessária, vai torrar dinheiro e...
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O ministro Pinho ainda não percebeu que está em curso uma recalibração geral!!!!!!!!!!!
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O ministro ainda não percebeu que existe um excesso de capacidade instalada na indústria automóvel e que nada vai ficar como dantes!!!!!!!!!!
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Isto de financiar o status-quo, o de ajudar as empresas da fileira automóvel a suster temporariamente a respiração debaixo de água à espera da retoma... vai atrasar a reconversão necessária, vai torrar dinheiro e...
Acordar as moscas que estão a dormir (parte V)
Chamem-me bruxo, depois desta sequência: parte I, parte II, parte III e Parte IV
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Basta ouvir o que disse Daniel Bessa sobre a redução de salários (a partir do segundo 50)
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Não sou bruxo nenhum, basta olhar para os factos, pensar no futuro e não acreditar no Pai Natal.
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Basta ouvir o que disse Daniel Bessa sobre a redução de salários (a partir do segundo 50)
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Não sou bruxo nenhum, basta olhar para os factos, pensar no futuro e não acreditar no Pai Natal.
Não está tudo mal
"Portugal entrou em recessão pela primeira vez em cinco anos, depois do PIB se ter contraído 2% no quarto trimestre, revelou o INE."
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Este mês já visitei várias empresas das fileiras tradicionais em Portugal que só sabem que existe crise por que ouvem falar dela nas notícias.
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Por que é que os media não falam dessas empresas que não precisam do estado, que não precisam de apoios? Será por não serem sexy?
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Este mês já visitei várias empresas das fileiras tradicionais em Portugal que só sabem que existe crise por que ouvem falar dela nas notícias.
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Por que é que os media não falam dessas empresas que não precisam do estado, que não precisam de apoios? Será por não serem sexy?
Acordar as moscas que estão a dormir (parte IV)
Na sequência de Acordar as moscas que estão a dormir (parte II) e de Acordar as moscas que estão a dormir (parte III) agora temos:
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"Portugueses vão pagar mais 320 milhões em impostos em 2010"
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"O Governo prometeu à Comissão Europeia aumentar os impostos em 2010 e 2011.
A decomposição da receita fiscal, prevista no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) aprovado no final de Janeiro no Parlamento e já entregue em Bruxelas, deixa claro que os impostos directos e indirectos vão aumentar nos próximos dois anos, avança o «Correio da Manhã». "
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"Carga fiscal sobe de novo em 2010"
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"320 milhões de euros será o impacto do aumento de 0,2 pontos percentuais na carga fiscal em 2010, se o PIB rondar os 160 mil milhões de euros.
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480 milhões de euros será o impacto da subida da carga fiscal em 0,1 pontos percentuais, em 2011, caso o PIB seja próximo dos 160 mil milhões de euros."
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Ah monstro insaciável, Ah cuco ganancioso, estás quase a matar o hospedeiro. E depois, como viverás?
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Será que este aumento fará parte das promessas bandeira durante a próxima campanha eleitoral?
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Depois, algumas comentadoras deste blogue ainda acreditam no Pai Natal ...
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"Portugueses vão pagar mais 320 milhões em impostos em 2010"
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"O Governo prometeu à Comissão Europeia aumentar os impostos em 2010 e 2011.
A decomposição da receita fiscal, prevista no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) aprovado no final de Janeiro no Parlamento e já entregue em Bruxelas, deixa claro que os impostos directos e indirectos vão aumentar nos próximos dois anos, avança o «Correio da Manhã». "
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"Carga fiscal sobe de novo em 2010"
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"320 milhões de euros será o impacto do aumento de 0,2 pontos percentuais na carga fiscal em 2010, se o PIB rondar os 160 mil milhões de euros.
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480 milhões de euros será o impacto da subida da carga fiscal em 0,1 pontos percentuais, em 2011, caso o PIB seja próximo dos 160 mil milhões de euros."
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Ah monstro insaciável, Ah cuco ganancioso, estás quase a matar o hospedeiro. E depois, como viverás?
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Será que este aumento fará parte das promessas bandeira durante a próxima campanha eleitoral?
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Depois, algumas comentadoras deste blogue ainda acreditam no Pai Natal ...
Amor e sedução
Eu falo de amor pelos produtos, clientes, negócio. Descobri que Jeanne Liedtka usa a palavra sedução: "Seduction and the Art of Seduction".
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“If you want to achieve strategic success, use strategy to treat employees like lovers instead of prostitutes.”
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“… leaders see the strategies that they invent as “real” and “true.” But because they see these strategies as “real” and “true” rather than as products of their own invention, they believe that if they merely (and, of course, one should not underestimate the difficulty of even this) communicate it clearly, others will also see it as real and true, and work to implement it. But this assumption cannot be supported.
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No strategy is ever “true” – all strategies are inventions. They are man-made designs. Business is not governed by natural laws – our strategies are not “discovered” truths, like e = mc2.
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Business leaders make them up because they want the future to be different than the past. This is good, and such inventions play a useful purpose – something else that we also know from change theory. But because leaders are so close to their own inventions, and because these inventions flow out of the way they see the world, leaders believe that their strategies are as compelling to others as they are to them. After all, leaders normally have analysis to “prove” that their inventions are true. But you can never “prove” that an invented design for a possible future is “true” – especially using a rationale that flows out of a single view of “reality.”
…
Successful strategies are compelling and persuasive in the eye of the beholder – put more vividly, they are seductive. The real power of any strategy is the opportunity it affords to entice people into sharing an image of the future. Notice that I said entice – not delude or manipulate.
…
Second, not just any conversation will do – we need a conversation that starts with a focus on the possibilities, rather than the risks, constraints, or uncertainties.
...
We also know that chemistry matters. Look for the sparks, the passion. If your pulse does't quicken any point in the conversation, something is wrong.”
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É muito mais fácil criar, sentir e transmitir a paixão, a sedução necessária para energizar uma transformação estratégica, quando se conhece o 'milieu', quando se vê para lá da superfície das coisas e das relações.
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“If you want to achieve strategic success, use strategy to treat employees like lovers instead of prostitutes.”
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“… leaders see the strategies that they invent as “real” and “true.” But because they see these strategies as “real” and “true” rather than as products of their own invention, they believe that if they merely (and, of course, one should not underestimate the difficulty of even this) communicate it clearly, others will also see it as real and true, and work to implement it. But this assumption cannot be supported.
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No strategy is ever “true” – all strategies are inventions. They are man-made designs. Business is not governed by natural laws – our strategies are not “discovered” truths, like e = mc2.
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Business leaders make them up because they want the future to be different than the past. This is good, and such inventions play a useful purpose – something else that we also know from change theory. But because leaders are so close to their own inventions, and because these inventions flow out of the way they see the world, leaders believe that their strategies are as compelling to others as they are to them. After all, leaders normally have analysis to “prove” that their inventions are true. But you can never “prove” that an invented design for a possible future is “true” – especially using a rationale that flows out of a single view of “reality.”
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Successful strategies are compelling and persuasive in the eye of the beholder – put more vividly, they are seductive. The real power of any strategy is the opportunity it affords to entice people into sharing an image of the future. Notice that I said entice – not delude or manipulate.
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Second, not just any conversation will do – we need a conversation that starts with a focus on the possibilities, rather than the risks, constraints, or uncertainties.
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We also know that chemistry matters. Look for the sparks, the passion. If your pulse does't quicken any point in the conversation, something is wrong.”
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É muito mais fácil criar, sentir e transmitir a paixão, a sedução necessária para energizar uma transformação estratégica, quando se conhece o 'milieu', quando se vê para lá da superfície das coisas e das relações.
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Acordar as moscas que estão a dormir (parte III)
Continuado daqui: Acordar as moscas que estão a dormir (parte II)
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Ontem na SIC-N, no programa "Negócios da semana" parecia que Bagão Felix tinha lido este blogue. Qual foi o tema de abertura?
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A redução de salários...
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BTW qual o tema da crónica "Os erros repetem-se" assinada pelo presidente do forum para a competitividade?
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"O desequilíbrio da balança comercial evidencia bem a queda da nossa competitividade externa, independentemente da pressão adicional causada pela subida abrupta do preço do petróleo. E o nosso desequilíbrio externo evidencia que vivemos muito acima das nossas possibilidades.
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Actualmente o seu financiamento tornou-se mais caro e mais difícil e pode até vir a ser impossível. É por isso muito assustador ver como o Governo, sem reconhecer a crise interna e as dificuldades derivadas do desequilíbrio externo e das limitações ao seu financiamento, se prepara para injectar dinheiro em políticas dispersas no pressuposto de que a recuperação virá em 2010.
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E se não vier? E se os mercados não aceitarem dívida de Portugal, Espanha, Grécia, Itália e Irlanda?
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É um cenário que já é discutido, tanto nos gabinetes internacionais como na imprensa, mas cuja discussão é ignorada em Portugal, salvo honrosas e raras excepções que não chegam à opinião pública.
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À opinião pública só chegam notícias de desemprego que justificam por antecipação todos os apoios governamentais, para os quais já se constituíram as filas do costume.
Ter um nível de consumo equivalente ao de 1996 - menos um terço do que actualmente - seria, apesar de tudo, aceitável e resolveria quase todas as dúvidas dos nossos financiadores. Mas não há qualquer plano para demonstrar que teremos de chegar a um nível que se situará, irremediavelmente, entre esse e o actual.
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O ajustamento que teremos de fazer devia levar-nos a começar desde já a preparar um conjunto de medidas equivalentes às das cartas de intenções assinadas com o FMI.
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Não sei qual é a equipa que as terá de negociar, mas duvido que seja a actual."
.
A ideia começa a fazer o seu percurso.
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Pode vir a tornar-se uma inevitabilidade, sobretudo para a função pública e para os pensionistas, imposta pela falta de dinheiro.
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No entanto, custa-me ver o presidente do forum para a competitividade a não encontrar outra alternativa para a iniciativa privada.
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Este combate de Ferraz da Costa pela redução de salários não é recente basta recordar Combates laterais, combates secundários .
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É sintomático que o presidente do forum para a competitividade nunca fale do numerador da equação da produtividade, nunca fale em tornar-mo-nos alemães.
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A que propósito é que ele se tornou presidente de tal forum? Qual o CV que o tornou adequado para a função? Que experiência de vida o dotou para lidar com tal desafio?
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Ontem na SIC-N, no programa "Negócios da semana" parecia que Bagão Felix tinha lido este blogue. Qual foi o tema de abertura?
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A redução de salários...
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BTW qual o tema da crónica "Os erros repetem-se" assinada pelo presidente do forum para a competitividade?
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"O desequilíbrio da balança comercial evidencia bem a queda da nossa competitividade externa, independentemente da pressão adicional causada pela subida abrupta do preço do petróleo. E o nosso desequilíbrio externo evidencia que vivemos muito acima das nossas possibilidades.
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Actualmente o seu financiamento tornou-se mais caro e mais difícil e pode até vir a ser impossível. É por isso muito assustador ver como o Governo, sem reconhecer a crise interna e as dificuldades derivadas do desequilíbrio externo e das limitações ao seu financiamento, se prepara para injectar dinheiro em políticas dispersas no pressuposto de que a recuperação virá em 2010.
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E se não vier? E se os mercados não aceitarem dívida de Portugal, Espanha, Grécia, Itália e Irlanda?
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É um cenário que já é discutido, tanto nos gabinetes internacionais como na imprensa, mas cuja discussão é ignorada em Portugal, salvo honrosas e raras excepções que não chegam à opinião pública.
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À opinião pública só chegam notícias de desemprego que justificam por antecipação todos os apoios governamentais, para os quais já se constituíram as filas do costume.
Ter um nível de consumo equivalente ao de 1996 - menos um terço do que actualmente - seria, apesar de tudo, aceitável e resolveria quase todas as dúvidas dos nossos financiadores. Mas não há qualquer plano para demonstrar que teremos de chegar a um nível que se situará, irremediavelmente, entre esse e o actual.
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O ajustamento que teremos de fazer devia levar-nos a começar desde já a preparar um conjunto de medidas equivalentes às das cartas de intenções assinadas com o FMI.
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Não sei qual é a equipa que as terá de negociar, mas duvido que seja a actual."
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A ideia começa a fazer o seu percurso.
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Pode vir a tornar-se uma inevitabilidade, sobretudo para a função pública e para os pensionistas, imposta pela falta de dinheiro.
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No entanto, custa-me ver o presidente do forum para a competitividade a não encontrar outra alternativa para a iniciativa privada.
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Este combate de Ferraz da Costa pela redução de salários não é recente basta recordar Combates laterais, combates secundários .
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É sintomático que o presidente do forum para a competitividade nunca fale do numerador da equação da produtividade, nunca fale em tornar-mo-nos alemães.
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A que propósito é que ele se tornou presidente de tal forum? Qual o CV que o tornou adequado para a função? Que experiência de vida o dotou para lidar com tal desafio?
Back to the basics
Nestes tempos de recalibração é necessário voltar ao fundamental, ao bê-á-bá.
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"To identify your core business, first identify the five following assets:
1. Your most potentially profitable, franchise customers;
2. Your most differentiated and strategic capabilities;
3. Your most critical product offerings;
4. Your most important channels;
5. Any other critical strategic assets that contribute to the above (such as patents, brand name, position at a control point in a network).
...
What is the business definition where you compete?
What is your core business and source of potential competitive advantage?"
.
Chris Zook in "Profit from the Core"
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"To identify your core business, first identify the five following assets:
1. Your most potentially profitable, franchise customers;
2. Your most differentiated and strategic capabilities;
3. Your most critical product offerings;
4. Your most important channels;
5. Any other critical strategic assets that contribute to the above (such as patents, brand name, position at a control point in a network).
...
What is the business definition where you compete?
What is your core business and source of potential competitive advantage?"
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Chris Zook in "Profit from the Core"
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
Acordar as moscas que estão a dormir (parte II)
A propósito de Acordar as moscas que estão a dormir.
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É nestas coisas que eu aprecio os checos, esta falta de diplomacia, este comportamento de elefante em loja de porcelana que estraga os arranjinhos dos governos da velha Europa:
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"Ainda se desconhece a dimensão e duração da actual crise, mas já começou o debate na UE sobre quando deverão os países corrigir os seus défices excessivos, actualmente em espiral ascendente para contrariar a recessão económica. A República Checa, ainda fora do euro mas no leme da UE durante este semestre, faz jus à sua tradição ortodoxa e está a ‘forçar a barra'."
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"Presidência da UE quer anular défices já em 2012" Estão a imaginar como é que em Portugal isto vai ser atingido? Estão já a imaginar a classificação de rico deslizar e ser aplicada a simplesmente quem tem um salário?
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Ah! Isso é com os ricos.
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Estamos todos à espera de quê? O cobrador vai bater à porta e de que maneira!
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É nestas coisas que eu aprecio os checos, esta falta de diplomacia, este comportamento de elefante em loja de porcelana que estraga os arranjinhos dos governos da velha Europa:
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"Ainda se desconhece a dimensão e duração da actual crise, mas já começou o debate na UE sobre quando deverão os países corrigir os seus défices excessivos, actualmente em espiral ascendente para contrariar a recessão económica. A República Checa, ainda fora do euro mas no leme da UE durante este semestre, faz jus à sua tradição ortodoxa e está a ‘forçar a barra'."
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"Presidência da UE quer anular défices já em 2012" Estão a imaginar como é que em Portugal isto vai ser atingido? Estão já a imaginar a classificação de rico deslizar e ser aplicada a simplesmente quem tem um salário?
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Ah! Isso é com os ricos.
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Estamos todos à espera de quê? O cobrador vai bater à porta e de que maneira!
Acerca dos processos (parte I)
A ISO 900o define processo como:
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"conjunto de actividades interrelacionadas e interactuantes que transformam entradas em saídas"
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No entanto, quando começamos a 'olhar' para um processo, as actividades são a última coisa em que nos concentramos, são o menos importante.
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O que é um processo? É um método definido para atingir um dado resultado, e esse resultado é que é fundamental para a definição de um processo, muito mais do que o trabalho, as actividades que se desenvolvem no seu interior.
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As actividades são sempre instrumentais, o essencial é o resultado.
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Muitas organizações confundem processos com departamentos atribuindo-lhes designações como: "Recursos Humanos"; "Comercial" ou "Aprovisionamentos".
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Um processo é uma realidade horizontal, transversal. Um departamento é uma realidade vertical, mais precupada com a gestão dos recursos e especialidades do que com o fluxo do trabalho.
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Um processo deve ser designado por um verbo + um substantivo (um processo é acção, é transformação), por exemplo:
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"conjunto de actividades interrelacionadas e interactuantes que transformam entradas em saídas"
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No entanto, quando começamos a 'olhar' para um processo, as actividades são a última coisa em que nos concentramos, são o menos importante.
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O que é um processo? É um método definido para atingir um dado resultado, e esse resultado é que é fundamental para a definição de um processo, muito mais do que o trabalho, as actividades que se desenvolvem no seu interior.
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As actividades são sempre instrumentais, o essencial é o resultado.
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Muitas organizações confundem processos com departamentos atribuindo-lhes designações como: "Recursos Humanos"; "Comercial" ou "Aprovisionamentos".
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Um processo é uma realidade horizontal, transversal. Um departamento é uma realidade vertical, mais precupada com a gestão dos recursos e especialidades do que com o fluxo do trabalho.
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Um processo deve ser designado por um verbo + um substantivo (um processo é acção, é transformação), por exemplo:
- Formar colaboradores;
- Comprar matérias-primas;
- Planear produção;
- Colaboradores formados;
- Matérias-primas compradas;
- Produção planeada;
terça-feira, fevereiro 10, 2009
Passar da estória individual para um padrão e do padrão para uma explicação, para uma teoria
IMHO este é um dos melhores postais de Pedro Arroja "às vezes, ao desbarato".
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O autor escreve: "Eu não me tinha dado ainda conta da enorme incapacidade dos portugueses para o pensamento abstracto, e da sua excessiva concentração nas formas concretas de pensamento."
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Estou quase a sair do escritório para trabalhar com uma empresa hoje de tarde, associo um dos desafios dessa empresa àquilo a que Geoffrey Moore chamou "Crossing the Chasm".
Um produto inovador tem sucesso junto de 'meia-dúzia' de Visionários (estes representam os Early adopters da figura) e depois... nada.
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Parece que há uma barreira ao crescimento, à difusão do produto inovador pelo mercado em geral. Daí o abismo o 'chasm' entre os Early adopters e a Early majority.
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Desde tenra idade que me habituei a ver na televisão o desaparecido Fernando Pessa, e outros locutores, a entrevistarem 'inventores' que se queixavam de que ninguém lhes ligava às suas invenções, ninguém financiava a sua expansão,... o choradinho do cortejo dos coitadinhos em que o nosso país se tornou expert.
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Agora voltando a Arroja; a nossa cultura concentrada em formas concretas de pensamento, habituada só a ver o que se vê acima da superfície das águas, dificilmente mergulha para estudar a dimensão do iceberg e retirar lições gerais sobre o assunto (por isso é que fomos e somos bons a desbravar caminho, a bater o terreno inexplorado: Estilos de gestão ).
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O que Geoffrey Moore fez foi pegar nessas estórias individuais, verificar que havia um padrão que se repetia, avançar com uma explicação e com uma hipótese sobre como enfrentar a situação.
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A coisa chega a este limite de caracterizar psicologicamente os Visionários dos Pragmatistas:
Nós... pela palmadinha nas costas e pela cedência do megafone para carpir mágoas.
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Vejam como eu sou um desgraçadinho incompreendido. Tenham pena de mim! Associem-se solidariamente à minha tristeza.
É só fazer as contas
"José Sócrates garante ser possível identificar os ricos"
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"É uma proposta razoável, exequível, a favor da equidade fiscal e da justiça fiscal", replicou José Sócrates, explicando que o que propõe é que o próximo Governo faça uma reforma do sistema fiscal "de modo a que os rendimentos mais elevados tenham menos deduções" e, "aproveitando essa folga", se possam reduzir os impostos à classe média. "
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Seguindo a velha máxima da política portuguesa "É só fazer as contas!" Façamos as contas:
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Pressuposto inicial
Estado quer aliviar a carga fiscal sobre a classe média sem perder receita fiscal.
Assim, reduz as deduções fiscais aos ricos e aumenta-as à classe média. Logo:
O acréscimo global de receita fiscal sacada aos ricos = Alívio do fardo fiscal impostado à classe média .
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Em quanto é que cada sujeito fiscal incluído na classe média vai ser aliviado?
Não tenho acesso aos números para poder fazer a conta mas cheira-me a malabarismo com as palavras. O número total de sujeitos fiscais classificados como ricos é muito, mas mesmo muito inferior ao número total de sujeitos fiscais classificados na classe média. Daí que o alívio individual deva ser irrisório.
.
ADENDA: Nem de propósito
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"Quanto ao impacto que esta redução das deduções para os mais ricos pode vir a ter em termos de alívio fiscal para a classe média, Saldanha Sanches está convencido que será «muito reduzido».
.
«Estamos a falar de pequenas quantias, quase simbólicas, semelhantes ao corte da taxa de IVA em 1%»."
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"Corte de deduções fiscais para os ricos quase sem impacto"
.
ADENDA (07h09 de 11.02.09)
.
"são apenas alguns exemplos entre os cerca de 31 mil agregados familiares a quem o primeiro-ministro quer retirar benefícios fiscais. José Sócrates ainda não definiu quem considera serem os "ricos", mas tendo em conta a taxa que o próprio definiu, o grupo dos que ganham mais de 62 546 euros e pagam 42 % de IRS, será o atingido. No entanto, estes 31 mil são apenas 1% do total dos agregados, o que fará com que o "bolo" das deduções dividido pela classe média dê "valores tão pequenos que se tornam ridículos","
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(Sócrates tira a 'ricos' mas não ajuda classe média)
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"É uma proposta razoável, exequível, a favor da equidade fiscal e da justiça fiscal", replicou José Sócrates, explicando que o que propõe é que o próximo Governo faça uma reforma do sistema fiscal "de modo a que os rendimentos mais elevados tenham menos deduções" e, "aproveitando essa folga", se possam reduzir os impostos à classe média. "
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Seguindo a velha máxima da política portuguesa "É só fazer as contas!" Façamos as contas:
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Pressuposto inicial
Estado quer aliviar a carga fiscal sobre a classe média sem perder receita fiscal.
Assim, reduz as deduções fiscais aos ricos e aumenta-as à classe média. Logo:
O acréscimo global de receita fiscal sacada aos ricos = Alívio do fardo fiscal impostado à classe média .
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Em quanto é que cada sujeito fiscal incluído na classe média vai ser aliviado?
Não tenho acesso aos números para poder fazer a conta mas cheira-me a malabarismo com as palavras. O número total de sujeitos fiscais classificados como ricos é muito, mas mesmo muito inferior ao número total de sujeitos fiscais classificados na classe média. Daí que o alívio individual deva ser irrisório.
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ADENDA: Nem de propósito
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"Quanto ao impacto que esta redução das deduções para os mais ricos pode vir a ter em termos de alívio fiscal para a classe média, Saldanha Sanches está convencido que será «muito reduzido».
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«Estamos a falar de pequenas quantias, quase simbólicas, semelhantes ao corte da taxa de IVA em 1%»."
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"Corte de deduções fiscais para os ricos quase sem impacto"
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ADENDA (07h09 de 11.02.09)
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"são apenas alguns exemplos entre os cerca de 31 mil agregados familiares a quem o primeiro-ministro quer retirar benefícios fiscais. José Sócrates ainda não definiu quem considera serem os "ricos", mas tendo em conta a taxa que o próprio definiu, o grupo dos que ganham mais de 62 546 euros e pagam 42 % de IRS, será o atingido. No entanto, estes 31 mil são apenas 1% do total dos agregados, o que fará com que o "bolo" das deduções dividido pela classe média dê "valores tão pequenos que se tornam ridículos","
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(Sócrates tira a 'ricos' mas não ajuda classe média)
Ah! Isso é com os ricos.
Ao ler este trecho:
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"Não há nenhuma razão para que aqueles que são mais ricos passem a deduzir o mesmo que a classe média portuguesa deduz. Têm despesas com a educação, despesas com a saúde, muito bem, mas as suas deduções não devem ser o mesmo que é para a classe média. É por isso que teremos de reduzir essas deduções com um objectivo: o dinheiro que aí se poupará de despesa fiscal servirá para aliviar aquilo que são as contribuições fiscais da classe média",
.
Ao recordar o filme da evolução do apetite do monstro (é olhar bem para a explosão insaciável) ocorre-me perguntar:
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"Primeiro vieram buscar os Comunistas,
e eu não disse nada,porque eu não era Comunista.
Então vieram buscar os Judeus,
e eu não disse nada,
porque eu não era Judeu.
Então vieram buscar os Católicos,
e eu não disse nada,
porque eu era Protestante.
Então vieram buscar-me a mim,
e nessa altura,
já não havia ninguém para falar por mim."
.
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"Não há nenhuma razão para que aqueles que são mais ricos passem a deduzir o mesmo que a classe média portuguesa deduz. Têm despesas com a educação, despesas com a saúde, muito bem, mas as suas deduções não devem ser o mesmo que é para a classe média. É por isso que teremos de reduzir essas deduções com um objectivo: o dinheiro que aí se poupará de despesa fiscal servirá para aliviar aquilo que são as contribuições fiscais da classe média",
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Ao recordar o filme da evolução do apetite do monstro (é olhar bem para a explosão insaciável) ocorre-me perguntar:
- qual a definição de rico?
- a definição de rico é estática ou situacional, ou seja, pode mudar por decisão de quem alimenta o monstro?
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"Primeiro vieram buscar os Comunistas,
e eu não disse nada,porque eu não era Comunista.
Então vieram buscar os Judeus,
e eu não disse nada,
porque eu não era Judeu.
Então vieram buscar os Católicos,
e eu não disse nada,
porque eu era Protestante.
Então vieram buscar-me a mim,
e nessa altura,
já não havia ninguém para falar por mim."
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O copo meio-cheio
A revista Business Week recorda que há quem aproveite a migração de valor que está a ocorrer:
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"For Some Small Businesses, Recession Is Good News"
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"For Some Small Businesses, Recession Is Good News"
O alfaiate industrial parte II
A propósito dos 20 anos de casa daqui.
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Este trecho do livro "Os Novos Líderes" de Daniel Goleman, Richard Boyatzis e Annie McKee
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"Quando os líderes se envolvem na estratégia apenas a nível intelectual, torna-se quase impossível manter a energia e o entusiasmo, e o processo de aprendizagem fica prejudicado. Então, do que é que os líderes da empresa mais precisavam? Como disse aquele gestor, precisavam "de se envolver emocionalmente, com os seus sonhos e paixões - tanto entre eles como com a estratégia -, e de se ligarem às possibilidades do futuro, a fim de permitir que se fizesse alguma coisa para construir esse futuro."
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Este trecho do livro "Os Novos Líderes" de Daniel Goleman, Richard Boyatzis e Annie McKee
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"Quando os líderes se envolvem na estratégia apenas a nível intelectual, torna-se quase impossível manter a energia e o entusiasmo, e o processo de aprendizagem fica prejudicado. Então, do que é que os líderes da empresa mais precisavam? Como disse aquele gestor, precisavam "de se envolver emocionalmente, com os seus sonhos e paixões - tanto entre eles como com a estratégia -, e de se ligarem às possibilidades do futuro, a fim de permitir que se fizesse alguma coisa para construir esse futuro."
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
Preto no branco sem esconder nada.
O Norteamos alertou-me para esta explicação sobre a Qimonda:
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"Quimonda: Os marxistas «say it better»"
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Vale a pena ler.
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"Quimonda: Os marxistas «say it better»"
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Vale a pena ler.
As consequências do curto-prazismo batem à porta quando menos se espera e com juros
"estes “desenvolvimentos evidenciam a necessidade de os Estados-membros tomarem em linha de conta a sustentabilidade orçamental quanto analisam e implementam medidas de resgate” da banca e da economia real. "
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No Jornal de Negócios de hoje "Ministros europeus "preocupados" com dificuldades dos Governos em financiarem-se".
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Os ministros das Finanças da Zona Euro estão crescentemente preocupados com o facto de alguns Governos estarem a sentir dificuldades acrescidas em financiarem-se nos mercados internacionais."
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De que é que estavam à espera?
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No Jornal de Negócios de hoje "Ministros europeus "preocupados" com dificuldades dos Governos em financiarem-se".
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Os ministros das Finanças da Zona Euro estão crescentemente preocupados com o facto de alguns Governos estarem a sentir dificuldades acrescidas em financiarem-se nos mercados internacionais."
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De que é que estavam à espera?
You can see where this is going.
Vai ser bonito ... depois do caseiro "Compro o que é nosso" temos a França, a Espanha, os Estados unidos, o Japão (Consommons français ! )
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Evans-Pritchard relata:
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"Spain's unemployment has jumped to 3.3m – or 14.4pc – and will hit 19pc next year, on Brussels data. The labour minister said yesterday that Spain's economy could not "tolerate" immigrants any longer after suffering "hurricane devastation". You can see where this is going. " (Bond market calls Fed's bluff as global economy falls apart )
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Se começarmos a fazer um exercício de identificação de relações de causa-efeito para especular sobre onde é que isto nos pode levar...
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Evans-Pritchard relata:
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"Spain's unemployment has jumped to 3.3m – or 14.4pc – and will hit 19pc next year, on Brussels data. The labour minister said yesterday that Spain's economy could not "tolerate" immigrants any longer after suffering "hurricane devastation". You can see where this is going. " (Bond market calls Fed's bluff as global economy falls apart )
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Se começarmos a fazer um exercício de identificação de relações de causa-efeito para especular sobre onde é que isto nos pode levar...
O alfaiate industrial
O semanário Expresso deste sábado traz mais um exemplo de quem ou formulou, ou descobriu uma estratégia competitiva.
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Muitas vezes, neste espaço, chamo a atenção para a importância de ter relações amorosas com clientes, produtos e serviços, algo que falta a macro-economistas, burocratas de Bruxelas e consultores. Só o conhecimento que advém dessa intimidade permite ser rápido a circular nos OODA loops.
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Em Agosto de 2007 escrevi neste blogue acerca da Maconde:
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"Quando trabalho como consultor para uma organização, procuro ser provocador, para levar as pessoas a abandonar o terreno conhecido, mas aviso sempre, e tento manter a minha guarda interna: só sou consultor, no final do projecto não fico com a criança. Para que me oiçam, mas não dê-em demasiada ênfase ao que digo... posso estar errado.
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Um consultor, tal como um gestor, sabe (ou julga saber) umas regras básicas de gestão, tem experiência e conhecimentos de casos anteriores, procura formar-se e informar-se, pode até desenvolver carinho, ou clubite, pelas instituições e amizade pelas pessoas com quem trabalha, mas falta-lhe uma especiaria, o conhecimento intrínseco do negócio, o instinto para o negócio da organização consultada. A abordagem do consultor corre o risco de ser asséptica, aplicam-se as fórmulas e "prontos".
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Se isto se pode dizer de mim como consultor, será que posso generalizar e chamar a atenção para os gestores da Maconde? Será que não sofriam do mesmo mal, e estando numa posição de poder executivo, tomaram decisões demasiado assépticas?Repare-se, depois da saída de Pais de Sousa (veio da Vulcano) em Março passado, a empresa viu entrar Cândida Morais (veio da Barbosa & Almeida)...
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Quem sou eu, não tenho qualquer informação sobre este caso em particular mas... depois de ler todos os cortes e cortes que a empresa fez, acho que alguém se esqueceu que é preciso ganhar dinheiro (ver Gertz & Baptista: emagrecer, emagrecer até ser grande!!!)"
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No artigo do Expresso do passado Sábado "O alfaiate industrial de Vila do Conde" encontro:
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"No Verão de 2007, a velha Maconde agonizava sem encomendas e um passivo de €50 milhões (32 milhões à banca). Na altura, restava a unidade de Vila do Conde, autonomizada como Macvila. Face à falência iminente, Luísa Rocha, engenheira com 20 anos de casa, José Amorim, contabilista e o advogado José Pedro Vieira apresentaram um projecto que convenceu o Governo e o consórcio bancário liderado pelo BCP."
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O artigo descreve a adopção de uma proposta de valor próxima da consultoria, liderança pelo serviço: ""A nossa vantagem competitiva está nos produtos mais complexos e na capacidade de respostas rápidas", dis Luísa Rocha. Nesta nova cruzada comercial há uma sigla - MTM - que traduz a sua nova ambição. Made to measure (feito à medida) é mais um desafio da empresa que pretende tornar-se um alfaiate industrial de alemães, britânicos e irlandeses. Em lojas requintadas desses mercados, a Macvila disponibiliza uma gama de tecidos e modelos à escolha do cliente. O retalhista transmite as medidas e em 12 dias recebe o fato encomendado."
...
"A verdade, é que a unidade enfrenta 2009 com o entusiasmo redobrado de quem recebeu o dobro dos pedidos de colecções para a estação Outono/Inverno em que trabalha. Não é seguro que todos os pedidos se transformem em encomendas, mas é um sinal de vitalidade..."
...
Cá vai a seguir a tradução prática daquilo a que chamo abusar daquilo em que se pode fazer a diferença:
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""As colecções são mais complexas e diversificadas, induzindo séries mais pequenas", nota Luísa Rocha."
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Muitas vezes, neste espaço, chamo a atenção para a importância de ter relações amorosas com clientes, produtos e serviços, algo que falta a macro-economistas, burocratas de Bruxelas e consultores. Só o conhecimento que advém dessa intimidade permite ser rápido a circular nos OODA loops.
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Em Agosto de 2007 escrevi neste blogue acerca da Maconde:
.
"Quando trabalho como consultor para uma organização, procuro ser provocador, para levar as pessoas a abandonar o terreno conhecido, mas aviso sempre, e tento manter a minha guarda interna: só sou consultor, no final do projecto não fico com a criança. Para que me oiçam, mas não dê-em demasiada ênfase ao que digo... posso estar errado.
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Um consultor, tal como um gestor, sabe (ou julga saber) umas regras básicas de gestão, tem experiência e conhecimentos de casos anteriores, procura formar-se e informar-se, pode até desenvolver carinho, ou clubite, pelas instituições e amizade pelas pessoas com quem trabalha, mas falta-lhe uma especiaria, o conhecimento intrínseco do negócio, o instinto para o negócio da organização consultada. A abordagem do consultor corre o risco de ser asséptica, aplicam-se as fórmulas e "prontos".
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Se isto se pode dizer de mim como consultor, será que posso generalizar e chamar a atenção para os gestores da Maconde? Será que não sofriam do mesmo mal, e estando numa posição de poder executivo, tomaram decisões demasiado assépticas?Repare-se, depois da saída de Pais de Sousa (veio da Vulcano) em Março passado, a empresa viu entrar Cândida Morais (veio da Barbosa & Almeida)...
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Quem sou eu, não tenho qualquer informação sobre este caso em particular mas... depois de ler todos os cortes e cortes que a empresa fez, acho que alguém se esqueceu que é preciso ganhar dinheiro (ver Gertz & Baptista: emagrecer, emagrecer até ser grande!!!)"
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No artigo do Expresso do passado Sábado "O alfaiate industrial de Vila do Conde" encontro:
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"No Verão de 2007, a velha Maconde agonizava sem encomendas e um passivo de €50 milhões (32 milhões à banca). Na altura, restava a unidade de Vila do Conde, autonomizada como Macvila. Face à falência iminente, Luísa Rocha, engenheira com 20 anos de casa, José Amorim, contabilista e o advogado José Pedro Vieira apresentaram um projecto que convenceu o Governo e o consórcio bancário liderado pelo BCP."
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O artigo descreve a adopção de uma proposta de valor próxima da consultoria, liderança pelo serviço: ""A nossa vantagem competitiva está nos produtos mais complexos e na capacidade de respostas rápidas", dis Luísa Rocha. Nesta nova cruzada comercial há uma sigla - MTM - que traduz a sua nova ambição. Made to measure (feito à medida) é mais um desafio da empresa que pretende tornar-se um alfaiate industrial de alemães, britânicos e irlandeses. Em lojas requintadas desses mercados, a Macvila disponibiliza uma gama de tecidos e modelos à escolha do cliente. O retalhista transmite as medidas e em 12 dias recebe o fato encomendado."
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"A verdade, é que a unidade enfrenta 2009 com o entusiasmo redobrado de quem recebeu o dobro dos pedidos de colecções para a estação Outono/Inverno em que trabalha. Não é seguro que todos os pedidos se transformem em encomendas, mas é um sinal de vitalidade..."
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Cá vai a seguir a tradução prática daquilo a que chamo abusar daquilo em que se pode fazer a diferença:
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""As colecções são mais complexas e diversificadas, induzindo séries mais pequenas", nota Luísa Rocha."
domingo, fevereiro 08, 2009
Pós-Graduação Gestão das Organizações e Desenvolvimento Sustentável
Gestão Ambiental e Ecoeficiência.
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Não esquecer a palavra-chave.
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Não esquecer a palavra-chave.
- Acetatos: parte I; parte II e parte III
- Exemplo de levantamento ambiental para a PLC
- Ferramenta Ecomap pode ser encontrada aqui.
- Exemplos de levantamentos ambientais podem ser encontrados nas declarações ambientais destas empresas registadas no EMAS
Não consigo resistir ...
... já o confessei váias vezes neste local.
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Tenho um fraco por soundbytes e poesia, pronunciar palavras e frases que deslizam bem no sistema fisiológico e em simultâneo adoçam o pensamento, por que o significado é potente e razoável. Por exemplo:
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"There is, however, a missing link. For if too much debt is at the heart of the crisis, what about the over-borrowers? What do they have to say?
.
I'm not talking about unfortunate souls who have slipped behind as a result of redundancy or family crisis. I'm more interested in Smart Alecs who signed for a dozen credit cards and then spent over the limits. Or homebuyers who enjoyed a burst of creativity when it came to disclosing incomes on mortgage forms. Or heavily geared buy-to-let merchants who worked out that instead of paying for a house, they could get a house to pay for them.
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These and others have played a role in creating the credit crunch. But we rarely hear from them or about them. The reason, I fear, is that after 12 years of a government which has infantilised the electorate by telling it that the state will always provide, there has been a shocking diminution of personal responsibility. We are a society addicted to victimhood.
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As such, when things go wrong, we seek bogeymen rather than face up to our own shortcomings. We expect instant, painless solutions to self-inflicted problems. Britain's booze culture is blamed on the slick advertisements of drinks companies and the cut-price tactics of supermarkets. Our obesity epidemic is the fault of junk-food outlets and confectionery suppliers. And our personal indebtedness, the highest it has ever been, is the result of a pernicious campaign by greedy banks to enslave their customers. Oh yes, and the crash was caused by beastly Americans.
.
It is a mindset that is fostered by cynical politicians who see few votes in telling people that which discomforts them, even if it's the truth. Much better to identify a "dark force" and then roll out an initiative to tackle it. This exculpates the guilty, while creating an impression of activity."
.
Já agora especulo com outro motivo para o fenómeno (tendo em conta as teorias de Pedro Arroja sobre as distinções entre a sociedade prot e a sociedade cath) talvez a culpa não seja dos políticos, mas do progressivo aumento de católicos em Inglaterra. Just kidding.
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Trechos retirados de "We're in denial: afraid to face up to the real causes of recession"
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Tenho um fraco por soundbytes e poesia, pronunciar palavras e frases que deslizam bem no sistema fisiológico e em simultâneo adoçam o pensamento, por que o significado é potente e razoável. Por exemplo:
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"There is, however, a missing link. For if too much debt is at the heart of the crisis, what about the over-borrowers? What do they have to say?
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I'm not talking about unfortunate souls who have slipped behind as a result of redundancy or family crisis. I'm more interested in Smart Alecs who signed for a dozen credit cards and then spent over the limits. Or homebuyers who enjoyed a burst of creativity when it came to disclosing incomes on mortgage forms. Or heavily geared buy-to-let merchants who worked out that instead of paying for a house, they could get a house to pay for them.
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These and others have played a role in creating the credit crunch. But we rarely hear from them or about them. The reason, I fear, is that after 12 years of a government which has infantilised the electorate by telling it that the state will always provide, there has been a shocking diminution of personal responsibility. We are a society addicted to victimhood.
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As such, when things go wrong, we seek bogeymen rather than face up to our own shortcomings. We expect instant, painless solutions to self-inflicted problems. Britain's booze culture is blamed on the slick advertisements of drinks companies and the cut-price tactics of supermarkets. Our obesity epidemic is the fault of junk-food outlets and confectionery suppliers. And our personal indebtedness, the highest it has ever been, is the result of a pernicious campaign by greedy banks to enslave their customers. Oh yes, and the crash was caused by beastly Americans.
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It is a mindset that is fostered by cynical politicians who see few votes in telling people that which discomforts them, even if it's the truth. Much better to identify a "dark force" and then roll out an initiative to tackle it. This exculpates the guilty, while creating an impression of activity."
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Já agora especulo com outro motivo para o fenómeno (tendo em conta as teorias de Pedro Arroja sobre as distinções entre a sociedade prot e a sociedade cath) talvez a culpa não seja dos políticos, mas do progressivo aumento de católicos em Inglaterra. Just kidding.
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Trechos retirados de "We're in denial: afraid to face up to the real causes of recession"
Uma teoria interessante...
... que leva a um modelo que simula a nossa realidade e ajuda a percebê-la e a encadear os acontecimentos "The Roving Cavaliers of Credit".
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Alguns trechos:
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"Thus rather than credit money being created with a lag after government money, the data shows that credit money is created first, up to a year before there are changes in base money. This contradicts the money multiplier model of how credit and debt are created: rather than fiat money being needed to “seed” the credit creation process, credit is created first and then after that, base money changes.
.
It doesn’t take sophisticated statistics to show that the second prediction is wrong—all you have to do is look at the ratio of private debt to money. The theoretical prediction has never been right—rather than the money stock exceeding debt, debt has always exceeded the money supply—and the degree of divergence has grown over time."
...
"“In the real world, banks extend credit, creating deposits in the process, and look for reserves later”.[5]
.
Thus loans come first—simultaneously creating deposits—and at a later stage the reserves are found. The main mechanism behind this are the “lines of credit” that major corporations have arranged with banks that enable them to expand their loans from whatever they are now up to a specified limit."
...
"Thus causation in money creation runs in the opposite direction to that of the money multiplier model: the credit money dog wags the fiat money tail. Both the actual level of money in the system, and the component of it that is created by the government, are controlled by the commercial system itself, and not by the Federal Reserve."
...
"The only way that Bernanke’s “printing press example” would work to cause inflation in our current debt-laden would be if simply Zimbabwean levels of money were printed—so that fiat money could substantially repay outstanding debt and effectively supplant credit-based money.
.
Measured on this scale, Bernanke’s increase in Base Money goes from being heroic to trivial. Not only does the scale of credit-created money greatly exceed government-created money, but debt in turn greatly exceeds even the broadest measure of the money stock—the M3 series that the Fed some years ago decided to discontinue."
...
"We are therefore not in a “fractional reserve banking system”, but in a credit-money one, where the dynamics of money and debt are vastly different to those assumed by Bernanke and neoclassical economics in general.[10]
.
Calling our current financial system a “fiat money” or “fractional reserve banking system” is akin to the blind man who classified an elephant as a snake, because he felt its trunk. We live in a credit money system with a fiat money subsystem that has some independence, but certainly doesn’t rule the monetary roost—far from it."
...
"Though in some ways the answers are obvious, it lets us see why banks are truly cavalier with credit. The conclusions are that bank income is bigger:
.
However, in the real world, they do control the creation of credit. Given their proclivity to lend as much as is possible, the only real constraint on bank lending is the public’s willingness to go into debt. In the model economy shown here, that willingness directly relates to the perceived possibilities for profitable investment—and since these are limited, so also is the uptake of debt.
.
But in the real world—and in my models of Minsky’s Financial Instability Hypothesis—there is an additional reason why the public will take on debt: the perception of possibilities for private gain from leveraged speculation on asset prices."
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A furna vulcânica no fundo do oceano...
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Alguns trechos:
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"Thus rather than credit money being created with a lag after government money, the data shows that credit money is created first, up to a year before there are changes in base money. This contradicts the money multiplier model of how credit and debt are created: rather than fiat money being needed to “seed” the credit creation process, credit is created first and then after that, base money changes.
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It doesn’t take sophisticated statistics to show that the second prediction is wrong—all you have to do is look at the ratio of private debt to money. The theoretical prediction has never been right—rather than the money stock exceeding debt, debt has always exceeded the money supply—and the degree of divergence has grown over time."
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"“In the real world, banks extend credit, creating deposits in the process, and look for reserves later”.[5]
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Thus loans come first—simultaneously creating deposits—and at a later stage the reserves are found. The main mechanism behind this are the “lines of credit” that major corporations have arranged with banks that enable them to expand their loans from whatever they are now up to a specified limit."
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"Thus causation in money creation runs in the opposite direction to that of the money multiplier model: the credit money dog wags the fiat money tail. Both the actual level of money in the system, and the component of it that is created by the government, are controlled by the commercial system itself, and not by the Federal Reserve."
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"The only way that Bernanke’s “printing press example” would work to cause inflation in our current debt-laden would be if simply Zimbabwean levels of money were printed—so that fiat money could substantially repay outstanding debt and effectively supplant credit-based money.
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Measured on this scale, Bernanke’s increase in Base Money goes from being heroic to trivial. Not only does the scale of credit-created money greatly exceed government-created money, but debt in turn greatly exceeds even the broadest measure of the money stock—the M3 series that the Fed some years ago decided to discontinue."
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"We are therefore not in a “fractional reserve banking system”, but in a credit-money one, where the dynamics of money and debt are vastly different to those assumed by Bernanke and neoclassical economics in general.[10]
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Calling our current financial system a “fiat money” or “fractional reserve banking system” is akin to the blind man who classified an elephant as a snake, because he felt its trunk. We live in a credit money system with a fiat money subsystem that has some independence, but certainly doesn’t rule the monetary roost—far from it."
...
"Though in some ways the answers are obvious, it lets us see why banks are truly cavalier with credit. The conclusions are that bank income is bigger:
- If the rate of money creation is higher (this is by far the most important factor);
- If the rate of circulation of unlent reserves is higher; and
- If the rate of debt repayment is lower—which is why, in “normal” financial circumstances, banks are quite happy not to have debt repaid.
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However, in the real world, they do control the creation of credit. Given their proclivity to lend as much as is possible, the only real constraint on bank lending is the public’s willingness to go into debt. In the model economy shown here, that willingness directly relates to the perceived possibilities for profitable investment—and since these are limited, so also is the uptake of debt.
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But in the real world—and in my models of Minsky’s Financial Instability Hypothesis—there is an additional reason why the public will take on debt: the perception of possibilities for private gain from leveraged speculation on asset prices."
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A furna vulcânica no fundo do oceano...
sábado, fevereiro 07, 2009
Quando a esmola é grande o pobre desconfia
O Le Monde bem tenta animar a malta com algum optimismo "Le bout du tunnel ?"
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Mas ao ler Edward Hugh sobre a situação italiana "Italy Needs EU Bonds And It Needs Them Now! " desconfio da esmola francesa.
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Mas ao ler Edward Hugh sobre a situação italiana "Italy Needs EU Bonds And It Needs Them Now! " desconfio da esmola francesa.
Vamos fazer um exercício...
Quando inicio um projecto de transformação estratégica com uma organização, procuro trabalhar as oportunidades e ameaças que identificam no meio envolvente com um pouco da análise PESTEL, para criar uma representação dinâmica de factores externos que podem influenciar o futuro da organização.
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A partir daí podemos identificar incertezas críticas e equacionar alguns cenários para o futuro. O propósito é o de obrigar a transformação estratégica a ter alguma aderência à realidade e evitar os devaneios da gestão.
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Aqui vai um extracto do último que fiz para alimentar uma discussão durante a semana que passou.
Uso estes esquemas para que os intervenientes percebam, vejam (por que assim salta aos olhos) que as decisões que tomam nunca são isoladas, e podem gerar uma cadeia de reacções de causa-efeito positivas, negativas ou ambas.
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As nossas decisões nunca são neutras, nunca ficam impunes. Mais tarde, ou mais cedo as suas consequências voltam a bater-nos à porta, para nosso deleite ou para nosso tormento.
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Tudo isto a propósito do que ouvi ontem na rádio e li hoje nos jornais:
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No Público de hoje, no artigo "Governo deve intervir para facilitar acesso ao crédito", assinado por Luísa Pinto:
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"Associações reivindicam papel mais activo do Estado para desbloquear os empréstimos que são indispensáveis para as empresas portuguesas."
...
"Por isso, defende José António Barros, "apesar das próprias dificuldades dos bancos em refinanciarem, neste momento, as suas carteiras de crédito, face à escassez de liquidez e de confiança que ainda permanece nos mercados financeiros internacionais", é importante existir "uma maior pro-actividade na concessão de crédito às PME e na maior razoabilidade do seu custo". "
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Admitamos que os bancos se esquecem da sua função de proteger os depósitos de quem neles confiou e de desprezarem os interesses dos seus accionistas.
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Conjuguemos esse esquecimento com o que está a acontecer com a derrocada da procura "Dez empresas por dia declaram falência" no JN de ontem, onde se pode ler:
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"No mês de Janeiro, 299 empresas fecharam ou entraram em processo de insolvência, uma média de 10 firmas por dia. No primeiro mês de 2008, entraram em idênticos processos um total de 293 firmas."
.
Os bancos ficariam mais seguros ou não?
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Bancos menos seguros conseguem melhores taxas de juro ou não?
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Bancos menos seguros teriam mais acesso a crédito ou não? (Basta atentar no exemplo dos nossos vizinhos: Nas costas dos outros vemos as nossas )
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Além do desempenho dos bancos, qual o desempenho dos nossos políticos (posição e oposição) haverá cada vez mais ou menos facilidade em emprestar dinheiro a Portugal? (Cuidado com o exemplo desta semana em Espanha que não conseguiu colocar toda a dívida de longo prazo que queria.)
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Edward Hugh escreveu, relativamente a Espanha:
.
"So - with budget GDP growth estimates which consistently underestimate the size of the contraction, and tax revenue falling as unemployment payments rise (onde é que nós já vimos isto?) - little by little the money is drying up, and this isn't surprising, since Spain can't print its own euros, and so, given the difficulties of borrowing them externally, liquidity becomes very, very tight. Not desperately so yet, but tight. But it is obvious that if things carry on like this we will begin to see a gradual grinding to a halt of the public sector, and all those "functionarios" and pensioners who have so far been very carefully protected from the crisis will find themselves more exposed to the full force of the crunch."
.
Daniel Amaral escreveu no Diário Económico de ontem:
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"Os sacrifícios que nos esperam são incomensuráveis e o próximo orçamento vai ser dramático. (Acrescento eu aqui: By the way: Acordar as moscas que estão a dormir. O próximo orçamento vai ser redigido antes ou depois das eleições? You know the answer! So prepare yourself for the day-after) ) Mas não creio que tal seja perceptível para a generalidade das populações. Então, uma de duas: ou começamos a trabalhar num apoio político alargado ou arriscamos um chumbo de consequências imprevisíveis. Talvez o Presidente da República possa dar uma ajuda. Eu não tenho grandes dúvidas: falhar este orçamento é entrar em 2010 com o país feito em cacos."
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Posto isto, um exercício interessante seria o de desenhar a cadeia inexorável de reacções de causa-efeito que resultaria se os bancos fossem "obrigados" a serem mãos-largas.
.
Então aquele apelo de Joaquim Cunha da Associação PME para que os bancos emprestem mais dinheiro e com mais facilidades às famílias...
.
Cuidado com o curto-prazismo.
Recuperemos o conhecimento das relações de causa-efeito e a responsabilidade que quem vivia ligado à terra tão bem conhecia.
.
E já agora, será que algum político vai falar verdade sobre o day-after durante a campanha eleitoral? E será que os media tradicionais ainda têm jornalistas não engajados que tenham a coragem de fazer perguntas sobre o day-after drante a campanha eleitoral?
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A partir daí podemos identificar incertezas críticas e equacionar alguns cenários para o futuro. O propósito é o de obrigar a transformação estratégica a ter alguma aderência à realidade e evitar os devaneios da gestão.
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Aqui vai um extracto do último que fiz para alimentar uma discussão durante a semana que passou.
Uso estes esquemas para que os intervenientes percebam, vejam (por que assim salta aos olhos) que as decisões que tomam nunca são isoladas, e podem gerar uma cadeia de reacções de causa-efeito positivas, negativas ou ambas.
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As nossas decisões nunca são neutras, nunca ficam impunes. Mais tarde, ou mais cedo as suas consequências voltam a bater-nos à porta, para nosso deleite ou para nosso tormento.
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Tudo isto a propósito do que ouvi ontem na rádio e li hoje nos jornais:
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No Público de hoje, no artigo "Governo deve intervir para facilitar acesso ao crédito", assinado por Luísa Pinto:
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"Associações reivindicam papel mais activo do Estado para desbloquear os empréstimos que são indispensáveis para as empresas portuguesas."
...
"Por isso, defende José António Barros, "apesar das próprias dificuldades dos bancos em refinanciarem, neste momento, as suas carteiras de crédito, face à escassez de liquidez e de confiança que ainda permanece nos mercados financeiros internacionais", é importante existir "uma maior pro-actividade na concessão de crédito às PME e na maior razoabilidade do seu custo". "
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Admitamos que os bancos se esquecem da sua função de proteger os depósitos de quem neles confiou e de desprezarem os interesses dos seus accionistas.
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Conjuguemos esse esquecimento com o que está a acontecer com a derrocada da procura "Dez empresas por dia declaram falência" no JN de ontem, onde se pode ler:
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"No mês de Janeiro, 299 empresas fecharam ou entraram em processo de insolvência, uma média de 10 firmas por dia. No primeiro mês de 2008, entraram em idênticos processos um total de 293 firmas."
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Os bancos ficariam mais seguros ou não?
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Bancos menos seguros conseguem melhores taxas de juro ou não?
.
Bancos menos seguros teriam mais acesso a crédito ou não? (Basta atentar no exemplo dos nossos vizinhos: Nas costas dos outros vemos as nossas )
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Além do desempenho dos bancos, qual o desempenho dos nossos políticos (posição e oposição) haverá cada vez mais ou menos facilidade em emprestar dinheiro a Portugal? (Cuidado com o exemplo desta semana em Espanha que não conseguiu colocar toda a dívida de longo prazo que queria.)
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Edward Hugh escreveu, relativamente a Espanha:
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"So - with budget GDP growth estimates which consistently underestimate the size of the contraction, and tax revenue falling as unemployment payments rise (onde é que nós já vimos isto?) - little by little the money is drying up, and this isn't surprising, since Spain can't print its own euros, and so, given the difficulties of borrowing them externally, liquidity becomes very, very tight. Not desperately so yet, but tight. But it is obvious that if things carry on like this we will begin to see a gradual grinding to a halt of the public sector, and all those "functionarios" and pensioners who have so far been very carefully protected from the crisis will find themselves more exposed to the full force of the crunch."
.
Daniel Amaral escreveu no Diário Económico de ontem:
.
"Os sacrifícios que nos esperam são incomensuráveis e o próximo orçamento vai ser dramático. (Acrescento eu aqui: By the way: Acordar as moscas que estão a dormir. O próximo orçamento vai ser redigido antes ou depois das eleições? You know the answer! So prepare yourself for the day-after) ) Mas não creio que tal seja perceptível para a generalidade das populações. Então, uma de duas: ou começamos a trabalhar num apoio político alargado ou arriscamos um chumbo de consequências imprevisíveis. Talvez o Presidente da República possa dar uma ajuda. Eu não tenho grandes dúvidas: falhar este orçamento é entrar em 2010 com o país feito em cacos."
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Posto isto, um exercício interessante seria o de desenhar a cadeia inexorável de reacções de causa-efeito que resultaria se os bancos fossem "obrigados" a serem mãos-largas.
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Então aquele apelo de Joaquim Cunha da Associação PME para que os bancos emprestem mais dinheiro e com mais facilidades às famílias...
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Cuidado com o curto-prazismo.
Recuperemos o conhecimento das relações de causa-efeito e a responsabilidade que quem vivia ligado à terra tão bem conhecia.
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E já agora, será que algum político vai falar verdade sobre o day-after durante a campanha eleitoral? E será que os media tradicionais ainda têm jornalistas não engajados que tenham a coragem de fazer perguntas sobre o day-after drante a campanha eleitoral?
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
Acordar as moscas que estão a dormir.
Nas vésperas dos dois últimos actos eleitorais alguém prometeu subir impostos?
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O que aconteceu a seguir?
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Já sabem a resposta.
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Na véspera da próxima eleição: será que alguém vai prometer a redução dos salários dos funcionários públicos e das pensões para os reformados?
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O que acontecerá no day-after?
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Será que já sabem a resposta?
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Singapura, Irlanda e Espanha... does it ring a bell?
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"Of course, there is another way to go here, we could decide to reduce prices and salaries in the public sector (ie internal deflation as an alternative to devaluation), and bring the budget more back into line with Spain's ability to pay. This is what they seem to be doing in Ireland, although, even there, the prime minister allegedly threatened to call in the IMF if the public sector unions failed to agree on the spot to a five percent salary reduction." (Nas costas dos outros vemos as nossas )
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Os canários vão à frente ...
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O que aconteceu a seguir?
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Já sabem a resposta.
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Na véspera da próxima eleição: será que alguém vai prometer a redução dos salários dos funcionários públicos e das pensões para os reformados?
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O que acontecerá no day-after?
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Será que já sabem a resposta?
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Singapura, Irlanda e Espanha... does it ring a bell?
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"Of course, there is another way to go here, we could decide to reduce prices and salaries in the public sector (ie internal deflation as an alternative to devaluation), and bring the budget more back into line with Spain's ability to pay. This is what they seem to be doing in Ireland, although, even there, the prime minister allegedly threatened to call in the IMF if the public sector unions failed to agree on the spot to a five percent salary reduction." (Nas costas dos outros vemos as nossas )
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Os canários vão à frente ...
Por favor, alguém que conte a verdade aos agricultores. Não os tratem como criancinhas.
Por vezes a realidade brinda-nos com estórias que ilustram perfeitamente as teorias de Pedro Arroja sobre as sociedades católicas e protestantes.
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Quando morre um familiar próximo, os pais tentam esconder o facto às suas criancinhas. Normalmente optam por não revelar a verdade de chofre, e desviam a conversa e falam de viagens e blábláblá.
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O semanário Vida Económica publicado esta semana traz um desses casos. Um caso em que ninguém... ninguém com poder e autoridade, tem a coragem de contar a verdade aos adultos, aos agricultores. No artigo "Jaime Silva contestado pelos produtores de milho" pode ler-se o protesto dos adultos (de idade fisiológica) contra a realidade:
.
"Em causa está o facto de o preço dos adubos ter aumentado 100%, o gasóleo 40% e os pesticidas mais de 50%. E face a estes aumentos o preço a que o milho é vendido mantém-se exactamente igual ao que é praticado desde 1989."
.
Por que é que não explicam aos agricultores a realidade? Por que é que não explicam aos agricultores o que significa produzir uma commodity? Por que é que os agricultores devem ser apoiados e os operários da antiga Quimigal em Estarreja que produziam ácido sulfúrico não?
.
" «É um cenário extremamente difícil para os produtores», afiança Luís Vasconcellos e Souza. O mesmo responsável acrescenta que «há muito tempo que o Estado não investe no sector» e destaca não se conformar com a resposta de que «não há dinheiro». «Há fundos comunitários específicos para o sector», sublinha para acrescentar de imediato: «não sei o que é feito ao dinheiro». Jaime Silva é alvo de críticas directas: «é uma pessoa muito inteligente mas que não percebe nada do sector». O responsável da Associação Nacional de Produtores de Milho abrange a sua crítica ao afirmar que «não é só no sector da agricultura que o ministro está deslocalizado»."
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O que será, o que significará este «há muito tempo que o Estado não investe no sector»?
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Se os agricultores produzem um produto básico, standard, indiferenciado, vendido a granel, como é que os agricultores querem fazer face à realidade?
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Se não fosse a crise financeira que atravessamos e que secou o capital, dentro de dois anos teríamos umas empresas na Rússia a produzir autênticos oceanos de cereal em terrenos aráveis que estão em pousio e que se preparavam para ser trabalhados (Estratégia na agricultura ).
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Como é que os agricultores portugueses iriam fazer face a essas produções concorrentes?
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Enquanto não lhes contarem a verdade eles nunca vão procurar alternativas, ou seja, fazer o mesmo que fez o sector do calçado para voltar a ter sucesso.
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Quando morre um familiar próximo, os pais tentam esconder o facto às suas criancinhas. Normalmente optam por não revelar a verdade de chofre, e desviam a conversa e falam de viagens e blábláblá.
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O semanário Vida Económica publicado esta semana traz um desses casos. Um caso em que ninguém... ninguém com poder e autoridade, tem a coragem de contar a verdade aos adultos, aos agricultores. No artigo "Jaime Silva contestado pelos produtores de milho" pode ler-se o protesto dos adultos (de idade fisiológica) contra a realidade:
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"Em causa está o facto de o preço dos adubos ter aumentado 100%, o gasóleo 40% e os pesticidas mais de 50%. E face a estes aumentos o preço a que o milho é vendido mantém-se exactamente igual ao que é praticado desde 1989."
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Por que é que não explicam aos agricultores a realidade? Por que é que não explicam aos agricultores o que significa produzir uma commodity? Por que é que os agricultores devem ser apoiados e os operários da antiga Quimigal em Estarreja que produziam ácido sulfúrico não?
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" «É um cenário extremamente difícil para os produtores», afiança Luís Vasconcellos e Souza. O mesmo responsável acrescenta que «há muito tempo que o Estado não investe no sector» e destaca não se conformar com a resposta de que «não há dinheiro». «Há fundos comunitários específicos para o sector», sublinha para acrescentar de imediato: «não sei o que é feito ao dinheiro». Jaime Silva é alvo de críticas directas: «é uma pessoa muito inteligente mas que não percebe nada do sector». O responsável da Associação Nacional de Produtores de Milho abrange a sua crítica ao afirmar que «não é só no sector da agricultura que o ministro está deslocalizado»."
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O que será, o que significará este «há muito tempo que o Estado não investe no sector»?
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Se os agricultores produzem um produto básico, standard, indiferenciado, vendido a granel, como é que os agricultores querem fazer face à realidade?
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Se não fosse a crise financeira que atravessamos e que secou o capital, dentro de dois anos teríamos umas empresas na Rússia a produzir autênticos oceanos de cereal em terrenos aráveis que estão em pousio e que se preparavam para ser trabalhados (Estratégia na agricultura ).
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Como é que os agricultores portugueses iriam fazer face a essas produções concorrentes?
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Enquanto não lhes contarem a verdade eles nunca vão procurar alternativas, ou seja, fazer o mesmo que fez o sector do calçado para voltar a ter sucesso.
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
Nas costas dos outros vemos as nossas
A capa do Jornal de Negócios de hoje tem uma caixa, com a foto do ministro das finanças, onde se lê: "Emissão de dívida pública de curto prazo imune ao corte do "rating" da República".
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O pormaior que me escapou numa primeira leitura foi aquele "curto prazo".
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Escreve o jornal na página 23:
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"A justificar o bom resultado estará o facto de, dada a elevada aversão ao risco no mercado, os investidores estarem a procurar mais títulos de dívida pública e, em especial, títulos de curto prazo (maturidade até um ano).
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O teste de fogo para a dívida pública portuguesa terá, contudo, lugar no primeiro leilão de títulos com maturidade de cinco ou dez anos (Obrigações do Tesouro), sobre os quais os investidores têm maiores reservas."
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O que me preocupa, sabendo que somos governados por gente que gasta mais do que pode (quer da situação, quer da oposição) é saber que a Espanha tem um risco inferior a Portugal e, no entanto:
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"And the centre is having problems, as we saw in the case of yesterday's €7bn 10 year treasury bond auction (Tuesday) which produced a Spanish yield differential jump at its highest level since the euro came into existence - 137 basis points above the equivalent German Bunds. More ominously, foreign investors were notably absent, leaving Spanish banks to soak up the debt. Which makes all that nonsense Spanish people have been seeing on their TV screens this week about how the banks are not lending enough to households and businesses seem even more ridiculous, since it is the needs of the government itself which is increasingly "crowding out" all the rest."
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Ainda: durante anos ouvi estórias da minha irmã, estórias carregadas de 'inveja', onde me contava como o dinheiro para o Ambiente em Espanha nunca faltava, nunca era rateado, enquanto que do lado de cá ...
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Pois bem:
"Another minor but revealing anecdote about all this came my way yesterday afternoon, when a friend of mine who works for the municapal authority in one of Barcelona's "sattelite towns" told me she had just had a frustrating day trying to buy a ticket for a trip to Brussels (you know, to sign something, and appear in the photo) for one of their civic dignitaries. Now the travel agents were quite happy to make the reservation, and prepare the ticket. What they were not willing to do was hand it over. As they said to her "I'm afraid you can only have it after you pay". She was bemused by all this - it isn't really her job to do this kind of thing - so she went to see the responsible parties in the accounts department (the flight is the day after tomorrow) and to her amazement they told her "right now this is impossible, tell them we can let them have the money within two weeks"
.
Mês após mês... as afirmações peremptórias de Manuela Ferreira Leite, há mais de seis meses vão-se confirmando uma após outra. Por exemplo, o escândalo que foi quando disse "Não há dinheiro!"
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Vejamos Espanha:
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"So - with budget GDP growth estimates which consistently underestimate the size of the contraction, and tax revenue falling as unemployment payments rise (onde é que nós já vimos isto?) - little by little the money is drying up, and this isn't surprising, since Spain can't print its own euros, and so, given the difficulties of borrowing them externally, liquidity becomes very, very tight. Not desperately so yet, but tight. But it is obvious that if things carry on like this we will begin to see a gradual grinding to a halt of the public sector, and all those "functionarios" and pensioners who have so far been very carefully protected from the crisis will find themselves more exposed to the full force of the crunch."(Oopss!!! Isto não pode transpirar cá em Portugal, há três eleições à porta durante este ano)
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E que tal:
.
"Of course, there is another way to go here, we could decide to reduce prices and salaries in the public sector (ie internal deflation as an alternative to devaluation), and bring the budget more back into line with Spain's ability to pay. This is what they seem to be doing in Ireland, although, even there, the prime minister allegedly threatened to call in the IMF if the public sector unions failed to agree on the spot to a five percent salary reduction."
.
Este postal de Edward Hugh é preocupante e quiçá premonitório:
.
"But the debate which is going on in Spain (Portugal acrescento eu) about the current crisis is still light years away from the country's rapidly evolving reality, so the question which keeps going round and round in my head is: just how long will it be before some crazy politician out there in one of Spain's minor autonomous communities starts proposing to issue regional IOUs/quasi money of the Argentinian type. If and when this does happen, then we will know that the end is well and truly begining (ie that the point of no return has been passed), and if you like we could treat such a hypothetical event as an early potential indicator of impending disaster."
.
Ah, e BTW:
.
"No serious politician can threaten the banks in this way and hope to maintain investor confidence. Maybe even more worrying is the fact that Zapatero has not already "corrected" him. This kind of statement is a declaration of weakness and not one of strength."
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Trechos retirados de The (Credit) Drought In Spain Falls Mainly On The Plane
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O pormaior que me escapou numa primeira leitura foi aquele "curto prazo".
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Escreve o jornal na página 23:
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"A justificar o bom resultado estará o facto de, dada a elevada aversão ao risco no mercado, os investidores estarem a procurar mais títulos de dívida pública e, em especial, títulos de curto prazo (maturidade até um ano).
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O teste de fogo para a dívida pública portuguesa terá, contudo, lugar no primeiro leilão de títulos com maturidade de cinco ou dez anos (Obrigações do Tesouro), sobre os quais os investidores têm maiores reservas."
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O que me preocupa, sabendo que somos governados por gente que gasta mais do que pode (quer da situação, quer da oposição) é saber que a Espanha tem um risco inferior a Portugal e, no entanto:
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"And the centre is having problems, as we saw in the case of yesterday's €7bn 10 year treasury bond auction (Tuesday) which produced a Spanish yield differential jump at its highest level since the euro came into existence - 137 basis points above the equivalent German Bunds. More ominously, foreign investors were notably absent, leaving Spanish banks to soak up the debt. Which makes all that nonsense Spanish people have been seeing on their TV screens this week about how the banks are not lending enough to households and businesses seem even more ridiculous, since it is the needs of the government itself which is increasingly "crowding out" all the rest."
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Ainda: durante anos ouvi estórias da minha irmã, estórias carregadas de 'inveja', onde me contava como o dinheiro para o Ambiente em Espanha nunca faltava, nunca era rateado, enquanto que do lado de cá ...
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Pois bem:
"Another minor but revealing anecdote about all this came my way yesterday afternoon, when a friend of mine who works for the municapal authority in one of Barcelona's "sattelite towns" told me she had just had a frustrating day trying to buy a ticket for a trip to Brussels (you know, to sign something, and appear in the photo) for one of their civic dignitaries. Now the travel agents were quite happy to make the reservation, and prepare the ticket. What they were not willing to do was hand it over. As they said to her "I'm afraid you can only have it after you pay". She was bemused by all this - it isn't really her job to do this kind of thing - so she went to see the responsible parties in the accounts department (the flight is the day after tomorrow) and to her amazement they told her "right now this is impossible, tell them we can let them have the money within two weeks"
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Mês após mês... as afirmações peremptórias de Manuela Ferreira Leite, há mais de seis meses vão-se confirmando uma após outra. Por exemplo, o escândalo que foi quando disse "Não há dinheiro!"
.
Vejamos Espanha:
.
"So - with budget GDP growth estimates which consistently underestimate the size of the contraction, and tax revenue falling as unemployment payments rise (onde é que nós já vimos isto?) - little by little the money is drying up, and this isn't surprising, since Spain can't print its own euros, and so, given the difficulties of borrowing them externally, liquidity becomes very, very tight. Not desperately so yet, but tight. But it is obvious that if things carry on like this we will begin to see a gradual grinding to a halt of the public sector, and all those "functionarios" and pensioners who have so far been very carefully protected from the crisis will find themselves more exposed to the full force of the crunch."(Oopss!!! Isto não pode transpirar cá em Portugal, há três eleições à porta durante este ano)
.
E que tal:
.
"Of course, there is another way to go here, we could decide to reduce prices and salaries in the public sector (ie internal deflation as an alternative to devaluation), and bring the budget more back into line with Spain's ability to pay. This is what they seem to be doing in Ireland, although, even there, the prime minister allegedly threatened to call in the IMF if the public sector unions failed to agree on the spot to a five percent salary reduction."
.
Este postal de Edward Hugh é preocupante e quiçá premonitório:
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"But the debate which is going on in Spain (Portugal acrescento eu) about the current crisis is still light years away from the country's rapidly evolving reality, so the question which keeps going round and round in my head is: just how long will it be before some crazy politician out there in one of Spain's minor autonomous communities starts proposing to issue regional IOUs/quasi money of the Argentinian type. If and when this does happen, then we will know that the end is well and truly begining (ie that the point of no return has been passed), and if you like we could treat such a hypothetical event as an early potential indicator of impending disaster."
.
Ah, e BTW:
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"No serious politician can threaten the banks in this way and hope to maintain investor confidence. Maybe even more worrying is the fact that Zapatero has not already "corrected" him. This kind of statement is a declaration of weakness and not one of strength."
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Trechos retirados de The (Credit) Drought In Spain Falls Mainly On The Plane
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Sem título, que título deveria dar a uma estória destas?
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Estão é a precisar de patins
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This is not happening, tirem-me deste filme.
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Estão é a precisar de patins
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This is not happening, tirem-me deste filme.
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Usarás indicadores e metas com critério e inteligência
Parte da minha profissional é dedicada a apoiar empresas a transformarem-se na empresa do futuro, a empresa capaz de produzir os resultados futuros desejados de uma forma perfeitamente normal.
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Faço-o recorrendo à seguinte metodologia. No ponto 5 desenvolvemos um balanced scorecard que se traduz num conjunto de indicadores. Depois, associamos a cada indicador um desafio de desempenho, uma meta.
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Faço-o, faço-o de consciência tranquila, e tenho bons resultados. Não gosto é de perder tempo com tretas.
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Contudo reconheço que nisto de usar indicadores e metas há algo de arte. Como pessoa que 'nasceu' no mundo da Qualidade, tenho sempre na mente a contradição entre o que faço e o aviso que Deming nos lançou "Eliminar as metas numéricas". Por que existe sempre o risco das metas serem o resultado de delírios da gestão, raios lançados por Zeus lá de cima do Olimpo e sem qualquer aderência à realidade.
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Com Wheeler, sobretudo com o seu Understanding Variation, lido num comboio-bala entre Kioto e Tóquio, aprendi a respeitar a definição de metas para evitar estes episódios.
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Assim, não abandonando a definição de objectivos (indicadores e metas) e sabendo o que pode acontecer a quem aborda o assunto de forma leviana, recomendo a leitura deste artigo "Goals Gone Wild: The Systematic Side Effects of Over-Prescribing Goal Setting" de Lisa D. Ordóñez, Maurice E. Schweitzer, Adam D. Galinsky e Max H. Bazerman.
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Faço-o recorrendo à seguinte metodologia. No ponto 5 desenvolvemos um balanced scorecard que se traduz num conjunto de indicadores. Depois, associamos a cada indicador um desafio de desempenho, uma meta.
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Faço-o, faço-o de consciência tranquila, e tenho bons resultados. Não gosto é de perder tempo com tretas.
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Contudo reconheço que nisto de usar indicadores e metas há algo de arte. Como pessoa que 'nasceu' no mundo da Qualidade, tenho sempre na mente a contradição entre o que faço e o aviso que Deming nos lançou "Eliminar as metas numéricas". Por que existe sempre o risco das metas serem o resultado de delírios da gestão, raios lançados por Zeus lá de cima do Olimpo e sem qualquer aderência à realidade.
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Com Wheeler, sobretudo com o seu Understanding Variation, lido num comboio-bala entre Kioto e Tóquio, aprendi a respeitar a definição de metas para evitar estes episódios.
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Assim, não abandonando a definição de objectivos (indicadores e metas) e sabendo o que pode acontecer a quem aborda o assunto de forma leviana, recomendo a leitura deste artigo "Goals Gone Wild: The Systematic Side Effects of Over-Prescribing Goal Setting" de Lisa D. Ordóñez, Maurice E. Schweitzer, Adam D. Galinsky e Max H. Bazerman.
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quarta-feira, fevereiro 04, 2009
Aprendizes de feiticeiros querendo esturricar dinheiro impostado aos saxões
À atenção de Pedro Adão e Silva:
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"Consider the manufacture of memory chips. The process involves some of the most sophisticated technology in the world, with incredible quality controls, clean room environments, and highly complex manufacturing techniques (bom para o ego dos políticos e comentadores encartados. Ah ganda choque tecnológico). The investment requirements are prodigious. The industry consumes enormous quantities of capital, with new factories costing one to two billion dollars.
.
Yet, the industry is profitless. Once every five or six years, when supply is tigth, a ray of profitability appears from behind the clouds. The the clouds close in, and the industry loses money for years, with no prospect of structural profitability in sight.
.
Sometimes, there is no way to reverse the situation. Sometimes, the best course of action is to walk away. That's the decision Intel made in 1985.
.
Intel recognized and was willing to acknowledge the bitter reality of life in a no profit zone. It had excellent engineering talent, worked exceptionally hard, competed successfully with the Japanese, invested enormous amount of capital - and made no money. In fact, it lost $200 million in 1985. Worst of all, there was no action that Intel could take to reverse the situation (pois, não tinham Pedro Adão e Silva para os alumiar), nor was there any prospect that circumstances would improve. Intel confronted the reality of the no profit zone pattern and made the toughest decision in its history - it walked away."
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Trecho de Adrian Slywotzky e David Morrison in "Profit Patterns".
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"Consider the manufacture of memory chips. The process involves some of the most sophisticated technology in the world, with incredible quality controls, clean room environments, and highly complex manufacturing techniques (bom para o ego dos políticos e comentadores encartados. Ah ganda choque tecnológico). The investment requirements are prodigious. The industry consumes enormous quantities of capital, with new factories costing one to two billion dollars.
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Yet, the industry is profitless. Once every five or six years, when supply is tigth, a ray of profitability appears from behind the clouds. The the clouds close in, and the industry loses money for years, with no prospect of structural profitability in sight.
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Sometimes, there is no way to reverse the situation. Sometimes, the best course of action is to walk away. That's the decision Intel made in 1985.
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Intel recognized and was willing to acknowledge the bitter reality of life in a no profit zone. It had excellent engineering talent, worked exceptionally hard, competed successfully with the Japanese, invested enormous amount of capital - and made no money. In fact, it lost $200 million in 1985. Worst of all, there was no action that Intel could take to reverse the situation (pois, não tinham Pedro Adão e Silva para os alumiar), nor was there any prospect that circumstances would improve. Intel confronted the reality of the no profit zone pattern and made the toughest decision in its history - it walked away."
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Trecho de Adrian Slywotzky e David Morrison in "Profit Patterns".
Medonho, medonho
Mais uma praga bíblica...
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"Spain lost almost 200,000 jobs in January in the worst one-month rise since records began, lifting the unemployment rate to 14.4pc and inflicting further damage on the credibility of the Spanish government. "
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Evans-Pritchard "Spain's downward spiral spooks bond investors"
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"Spain lost almost 200,000 jobs in January in the worst one-month rise since records began, lifting the unemployment rate to 14.4pc and inflicting further damage on the credibility of the Spanish government. "
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Evans-Pritchard "Spain's downward spiral spooks bond investors"
terça-feira, fevereiro 03, 2009
Macro-economistas
Pedro Arroja propõe o corporativismo, ou seja o enfoque nas relações harmoniosas entre os concorrentes, remetendo o cliente para segundo plano (organização corporativa - como se ainda vivêssemos num mundo de escassez).
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Pedro Arroja propõe ainda o proteccionismo "Na realidade, a melhor maneira para segurar o nível de vida da população num período de crise económica é o proteccionismo - e tanto mais quanto menos mobilidade existir na sua força de trabalho", remetendo-nos para uma vida de Trabants e afins.
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Saldanha Sanches, Daniel Amaral e Olivier Blanchard propõem a redução dos salários como forma de aumentar a produtividade (Disputando migalhas).
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Contudo, olhamos para os alemães e vêmos:
2007 Unit Labour Cost Index (2000=100)
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Será que o seu salário baixou para aumentar a sua produtividade?
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Além de errada, baixar os salários teria de ser uma medida a usar necessariamente a cada x anos. Quem tem uma moeda forte não pode assentar a sua competitividade nisso, tem de aprender com os alemães.
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BTW, interessante esta tabela:
Em 2050, se for vivo, terei quase 90 anos ... grande clube: gregos, franceses e portugueses. Grande exemplo... depois vêm falar de sustentabilidade ambiental, mas não têm pejo em fazer da geração seguinte uns escravos da dívida.
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Daqui: Do BRICs (and Germans) Eat PIGS?
Imposto revolucionário
"Estradas de Portugal pedem meio milhão (de euros) por cada inauguração" na capa do Jornal de Negócios de hoje.
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Concessionárias pagam sem poder escolher fornecedores.
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De onde virá o dinheiro?
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Concessionárias pagam sem poder escolher fornecedores.
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De onde virá o dinheiro?
De arrepiar...
... o comentário de Pedro Adão e Silva no Rádio Clube Português esta manhã.
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Isto de comentadores sem experiência de vida dos negócios mandarem bitaites sobre o que é que o estado deve fazer com o dinheiro impostado aos saxões.
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Abençados alemães da Saxónia que não vão em cantigas.
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Enfim, mais um normando.
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Isto de comentadores sem experiência de vida dos negócios mandarem bitaites sobre o que é que o estado deve fazer com o dinheiro impostado aos saxões.
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Abençados alemães da Saxónia que não vão em cantigas.
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Enfim, mais um normando.
Mudança do modelo de negócio...
Tempos de mudança acentuada (recalibração ou mudança de nível) podem requerer mudança do modelo de negócio. Por que aquilo que funcionava pode deixar de funcionar:
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O que se segue é válido para as empresas e para os governos dos países:
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"... the hardest thing to change successfully in any company is its gross-margin model. Every such change leads to radical downsizing and reorganization, but this is rarely accompanied by wholesale replacement of the executive team. There is no infusion, in other words, of the new skills required to make the new margin model work. Instead there is an increasingly strained old guard struggling to adapt to patterns and problems it has no experience in handling.
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In our view, therefore, the best practice for dealing with a failure to gain marketplace acceptance with a current generation of offers should be to undertake an immediate restructuring designed to maintain the margin model over a smaller base of revenue and to focus on getting the following generation of offers back into the mainstream. This keeps the enterprise within the experience base of the current management team maintains a financial model that can support its current organizational model, albeit at a smaller scale."
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Trecho retirado de "Dealing With Darwin" de Geoffrey Moore
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O que se segue é válido para as empresas e para os governos dos países:
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"... the hardest thing to change successfully in any company is its gross-margin model. Every such change leads to radical downsizing and reorganization, but this is rarely accompanied by wholesale replacement of the executive team. There is no infusion, in other words, of the new skills required to make the new margin model work. Instead there is an increasingly strained old guard struggling to adapt to patterns and problems it has no experience in handling.
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In our view, therefore, the best practice for dealing with a failure to gain marketplace acceptance with a current generation of offers should be to undertake an immediate restructuring designed to maintain the margin model over a smaller base of revenue and to focus on getting the following generation of offers back into the mainstream. This keeps the enterprise within the experience base of the current management team maintains a financial model that can support its current organizational model, albeit at a smaller scale."
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Trecho retirado de "Dealing With Darwin" de Geoffrey Moore
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
Produção industrial japonesa
Uma catástrofe de proporções bíblicas... equiparável a uma das pragas que ceifou o Egipto.
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"If it is, Japan industrial production will have fallen 28% (non annualized) in four months. It will have fallen by a third in about a year. Nothing in the history of major nations compares. A 28% decline in four months would be more than half of the entire decline in U.S. industrial production over the 3 years and nine months of the U.S. Great Depression."
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"Veneroso: Japan on the Edge of the Abyss"
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Um pouco de veneno certeiro:
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"To my mind the real reason why the yen soars is because it soars. ... Since everyone now ignores fundamentals and only looks at the witchcraft of charts and technical tools they now all have the next technical objective of 79 yen to the dollar on the brain."
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"If it is, Japan industrial production will have fallen 28% (non annualized) in four months. It will have fallen by a third in about a year. Nothing in the history of major nations compares. A 28% decline in four months would be more than half of the entire decline in U.S. industrial production over the 3 years and nine months of the U.S. Great Depression."
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"Veneroso: Japan on the Edge of the Abyss"
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Um pouco de veneno certeiro:
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"To my mind the real reason why the yen soars is because it soars. ... Since everyone now ignores fundamentals and only looks at the witchcraft of charts and technical tools they now all have the next technical objective of 79 yen to the dollar on the brain."
Procrastinação e falta do sentido de urgência
Kotter propõe que na base dos projectos de mudança bem sucedidos está sempre a presença de um sentido de urgência.
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Falta de sentido de urgência é uma falha que encontro em muitas organizações. Costumo pensar que na sua origem está a falta de mais mulheres em posições de chefia. Os homens são bons em atenção concentrada, não em atenção dispersa.
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A falta de sentido de urgência está associada à procrastinação.
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Uma arreliadora e permanente falta de consciência sobre a urgência de agir traduz-se no adiamento das decisões/acções e no avolumar dos problemas.
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Daí que a leitura do artigo "Procrastinating Again? How to Kick the Habit" seja um bom investimento a não adiar.
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Falta de sentido de urgência é uma falha que encontro em muitas organizações. Costumo pensar que na sua origem está a falta de mais mulheres em posições de chefia. Os homens são bons em atenção concentrada, não em atenção dispersa.
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A falta de sentido de urgência está associada à procrastinação.
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Uma arreliadora e permanente falta de consciência sobre a urgência de agir traduz-se no adiamento das decisões/acções e no avolumar dos problemas.
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Daí que a leitura do artigo "Procrastinating Again? How to Kick the Habit" seja um bom investimento a não adiar.
Modelo de negócios e processos (parte II)
Continuado daqui.
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A figura que se segue mostra como um modelo de negócio se divide em duas partes: uma virada para o exterior, concentrada na criação de valor; e outra virada para o interior, concentrada na captação de algum retorno desse valor criado através da organização e desenvolvimento interno.
Espero que a figura ilustre a quantidade de trabalho, a arquitectura, a filigrana a criar, desenvolver e fomentar antes de se olhar para o interior da organização.
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Assim, o que dizer dos projectos de re-engenharia, de melhoria que começam sem se perceber o mecanismo de criação de valor: quem são os clientes-alvo; quem são os distribuidores; qual a proposta de valor; quais os momentos de verdade e de batota.
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Isso por que se parte do princípio de que o propósito da melhoria de um processo é sempre o de o tornar mais rápido e mais barato.
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Contudo, assumir que o objectivo é sempre o de baixar os custos, aumentar a eficiência e reduzir o tempo de ciclo significa admitir que a proposta de valor é a do preço-baixo.
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Se o cliente-alvo não der a prioridade máxima ao preço (order qualifier não order winner), então, simplesmente fazer as coisas mais rapidamente ou mais barato não tornará as coisas melhores.
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Quando o mundo é recalibrado e muda de nível ou de temporada, é fundamental reflectir sobre o que fazer, e não só sobre o como fazer.
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A figura que se segue mostra como um modelo de negócio se divide em duas partes: uma virada para o exterior, concentrada na criação de valor; e outra virada para o interior, concentrada na captação de algum retorno desse valor criado através da organização e desenvolvimento interno.
Espero que a figura ilustre a quantidade de trabalho, a arquitectura, a filigrana a criar, desenvolver e fomentar antes de se olhar para o interior da organização.
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Assim, o que dizer dos projectos de re-engenharia, de melhoria que começam sem se perceber o mecanismo de criação de valor: quem são os clientes-alvo; quem são os distribuidores; qual a proposta de valor; quais os momentos de verdade e de batota.
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Isso por que se parte do princípio de que o propósito da melhoria de um processo é sempre o de o tornar mais rápido e mais barato.
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Contudo, assumir que o objectivo é sempre o de baixar os custos, aumentar a eficiência e reduzir o tempo de ciclo significa admitir que a proposta de valor é a do preço-baixo.
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Se o cliente-alvo não der a prioridade máxima ao preço (order qualifier não order winner), então, simplesmente fazer as coisas mais rapidamente ou mais barato não tornará as coisas melhores.
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Quando o mundo é recalibrado e muda de nível ou de temporada, é fundamental reflectir sobre o que fazer, e não só sobre o como fazer.
Marcadores:
abordagem por processos,
clientes-alvo,
estratégia,
modelo de negócio,
momentos de verdade,
order-winning,
processos,
processos contexto,
processos críticos,
proposta de valor
domingo, fevereiro 01, 2009
Está tudo ligado
O gráfico deste postal "GDP Data Show Pain of U.S. Slump Abroad " ilustra bem o que previmos.
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A Grande Recessão em marcha nos países ocidentais, e que se traduz todos os dias em milhares de despedimentos, apesar de tudo não vai ser tão forte como nos anos trinta do século XX. Por que os despedimentos que ocorreram nos anos trinta num curto espaço de tempo, têm vindo a acontecer no Ocidente nos últimos 20 anos, primeiro com a invasão japonesa e depois com a invasão chinesa e indiana.
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Agora na China, a fábrica do mundo, um país que não criou uma classe-média suficiente para locomover a procura interna, como Henry Ford preconizou, o futuro não parece nada pacífico:
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A Grande Recessão em marcha nos países ocidentais, e que se traduz todos os dias em milhares de despedimentos, apesar de tudo não vai ser tão forte como nos anos trinta do século XX. Por que os despedimentos que ocorreram nos anos trinta num curto espaço de tempo, têm vindo a acontecer no Ocidente nos últimos 20 anos, primeiro com a invasão japonesa e depois com a invasão chinesa e indiana.
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Agora na China, a fábrica do mundo, um país que não criou uma classe-média suficiente para locomover a procura interna, como Henry Ford preconizou, o futuro não parece nada pacífico:
Disputando migalhas
A propósito do artigo de opinião "Os salários (ir)reais", assinado por Daniel Amaral no Diário Económico de quinta-feira passada, salientamos os seguintes trechos:
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"A situação é complexa. Medidos em termos absolutos, os nossos salários são de facto muito baixos, o que é confrangedor. Mas quando os comparamos com a riqueza produzida eles são dos mais altos da Europa, o que é insuportável (já o mostrou Frasquilho acrescento eu). Daí a dúvida: devemos pagar em função do que necessitamos ou tão-só daquilo que a economia nos pode dar? A escolha tem recaído na primeira hipótese, com os resultados conhecidos. Eu entendo que ninguém deveria gastar o que não tem.
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Sejamos claros. A economia portuguesa enfrenta um problema gravíssimo de competitividade. E, a essa luz, o que deveríamos estar aqui a discutir era um eventual corte nos salários, que "comem" metade da produção. Mas nenhum governo faria isso, ademais em período de eleições. A solução é aguentar. Ainda há dias a UE recordava o óbvio: os países onde os custos salariais unitários mais têm subido são a Grécia, a Irlanda, a Itália e Portugal. Pois..."
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Saldanha Sanches toca na mesma tecla "redução de salários" no Expresso desta semana.
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Gostava, gostava tanto de chegar à fala com estes senhores e pedir-lhes, com bons modos, que me demonstrassem quanto teria o salário dos portugueses de baixar para as empresas poderem ser tão competitivos quanto as alemãs.
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Desconfio que concluiriam que os portugueses teriam de pagar para trabalhar.
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Enquanto se preocuparem com o denominador lutarão por migalhas.
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Só quando acordarem para o numerador é que começarão a pensar à alemão.
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Por que não pensam antes em reduzir o peso efectivo, real (não percentual) do cuco-gafanhoto?
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"A situação é complexa. Medidos em termos absolutos, os nossos salários são de facto muito baixos, o que é confrangedor. Mas quando os comparamos com a riqueza produzida eles são dos mais altos da Europa, o que é insuportável (já o mostrou Frasquilho acrescento eu). Daí a dúvida: devemos pagar em função do que necessitamos ou tão-só daquilo que a economia nos pode dar? A escolha tem recaído na primeira hipótese, com os resultados conhecidos. Eu entendo que ninguém deveria gastar o que não tem.
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Sejamos claros. A economia portuguesa enfrenta um problema gravíssimo de competitividade. E, a essa luz, o que deveríamos estar aqui a discutir era um eventual corte nos salários, que "comem" metade da produção. Mas nenhum governo faria isso, ademais em período de eleições. A solução é aguentar. Ainda há dias a UE recordava o óbvio: os países onde os custos salariais unitários mais têm subido são a Grécia, a Irlanda, a Itália e Portugal. Pois..."
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Saldanha Sanches toca na mesma tecla "redução de salários" no Expresso desta semana.
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Gostava, gostava tanto de chegar à fala com estes senhores e pedir-lhes, com bons modos, que me demonstrassem quanto teria o salário dos portugueses de baixar para as empresas poderem ser tão competitivos quanto as alemãs.
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Desconfio que concluiriam que os portugueses teriam de pagar para trabalhar.
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Enquanto se preocuparem com o denominador lutarão por migalhas.
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Só quando acordarem para o numerador é que começarão a pensar à alemão.
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Por que não pensam antes em reduzir o peso efectivo, real (não percentual) do cuco-gafanhoto?
Modelo de negócios e processos (parte I)
Qual é o modelo de negócio que uma empresa arquitecta para se desenvolver de forma sustentada?
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Qual grande restrição, qual o grande constrangimento ao desenvolvimento de uma empresa?
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A escassez de clientes!
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Assim, tudo deve convergir para eles. Por isso, a primeira parte do modelo é virada para o exterior:
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Quem são os clientes-alvo?
Por que não podemos servir bem todo o tipo de clientes.
Por que não conseguimos defender-nos dos imitadores se não os obrigar-mos a fazer opções, opções difíceis, opções 'perigosas', temos nós, empresa, de fazer escolhas e seleccionar o tipo de clientes que melhor se ajusta ao nosso posicionamento, à nossa essência, aos nossos recursos e experiências.
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Como vamos cultivar a relação com esses clientes-alvo?
Que momentos de verdade vamos 'engenheirar' para criar as experiências que captarão os clientes-alvo e os prenderão à nosa oferta?
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Se não vendemos directamente aos clientes, se temos distribuidores entre nós e os utilizadores, que relações, que experiências, que momentos de verdade vamos criar, cultivar, alimentar e desenvolver com eles?
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Qual é a proposta de valor que vamos oferecer?
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Primeiro: Focar todo o esforço na criação de valor.
Sem criação de valor nunca teremos clientes dispostos a trocar o seu dinheiro por algo que lhes oferecemos.
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Uma vez criado o valor há que garantir que a empresa consegue ser paga e ganhar com isso.
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Muitas empresas carregadas de encomendas fecham por que fazem com que os clientes ganhem, capturem valor, mas elas próprias não conseguem captar o minimo para a sua subsistência, quanto mais para o seu desenvolvimento.
.
O interior da empresa deve ser disciplinado, moldado, adequado à produção sistemática, dedicada, paranóica da proposta de valor e momentos de verdade para os clientes-alvo e distribuidores. Tudo o que se afaste disto é canga, é desperdício, é treta.
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Quais são os processos em que temos de ser bons, execelentes? Aqueles onde o que é importante é a eficácia e não a eficiência.
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Em que recursos e infra-estruturas devemos investir?
Aqueles que farão dos processos críticos máquinas de competição impecáveis!
.
Será que faz sentido recorrer a parceiros externos que nos podem ajudar a queimar etapas, que nos podem ajudar a reforçar as nossas competências?
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Agora, depois desta viagem, convido a uma reflexão sobre os projectos de melhoria dos processos, sobre os projectos de re-engenharia dos processos.
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Continua na parte II
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Qual grande restrição, qual o grande constrangimento ao desenvolvimento de uma empresa?
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A escassez de clientes!
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Assim, tudo deve convergir para eles. Por isso, a primeira parte do modelo é virada para o exterior:
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Quem são os clientes-alvo?
Por que não podemos servir bem todo o tipo de clientes.
Por que não conseguimos defender-nos dos imitadores se não os obrigar-mos a fazer opções, opções difíceis, opções 'perigosas', temos nós, empresa, de fazer escolhas e seleccionar o tipo de clientes que melhor se ajusta ao nosso posicionamento, à nossa essência, aos nossos recursos e experiências.
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Como vamos cultivar a relação com esses clientes-alvo?
Que momentos de verdade vamos 'engenheirar' para criar as experiências que captarão os clientes-alvo e os prenderão à nosa oferta?
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Se não vendemos directamente aos clientes, se temos distribuidores entre nós e os utilizadores, que relações, que experiências, que momentos de verdade vamos criar, cultivar, alimentar e desenvolver com eles?
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Qual é a proposta de valor que vamos oferecer?
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Primeiro: Focar todo o esforço na criação de valor.
Sem criação de valor nunca teremos clientes dispostos a trocar o seu dinheiro por algo que lhes oferecemos.
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Uma vez criado o valor há que garantir que a empresa consegue ser paga e ganhar com isso.
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Muitas empresas carregadas de encomendas fecham por que fazem com que os clientes ganhem, capturem valor, mas elas próprias não conseguem captar o minimo para a sua subsistência, quanto mais para o seu desenvolvimento.
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O interior da empresa deve ser disciplinado, moldado, adequado à produção sistemática, dedicada, paranóica da proposta de valor e momentos de verdade para os clientes-alvo e distribuidores. Tudo o que se afaste disto é canga, é desperdício, é treta.
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Quais são os processos em que temos de ser bons, execelentes? Aqueles onde o que é importante é a eficácia e não a eficiência.
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Em que recursos e infra-estruturas devemos investir?
Aqueles que farão dos processos críticos máquinas de competição impecáveis!
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Será que faz sentido recorrer a parceiros externos que nos podem ajudar a queimar etapas, que nos podem ajudar a reforçar as nossas competências?
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Agora, depois desta viagem, convido a uma reflexão sobre os projectos de melhoria dos processos, sobre os projectos de re-engenharia dos processos.
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Continua na parte II
Marcadores:
abordagem por processos,
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processos críticos,
proposta de valor
sábado, janeiro 31, 2009
Aprendizes de feiticeiro (parte II)
No sítio da SIC no artigo "Fabricantes voltam a parar produção" pode ler-se:
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"O motivo para as paragens da produção dos principais fabricantes de automóveis deve-se à queda das encomendas em plena crise internacional e que já levou o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, a apresentar um plano para o sector."
.
Para que servirá o plano do ministro?
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Para promover a mudança ou para adiar o inevitável?
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O chefe da Ford na Alemanha (Bernhard Mattes) afirma que na Europa existe um excesso de capacidade produtiva instalada que ronda os 27 milhões de unidades/ano.
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27 milhões são 27 milhões.
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É impossível manter esta disparidade, este desequilibrio por muito mais tempo... cheira-me que o dinheiro dos impostos, como avança o senhor Bernhard Mattes:
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"Subventionen für ein Geschäftsmodell ohne Zukunft wären sinnlos,"
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Vai ser torrado a subsidiar um modelo de negócio que está esgotado e não tem futuro.
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Por que, ao contrário do que vemos nos jornais portugueses, há jornalistas que põem o dedo na ferida:
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"Verhindert der Staat durch sein Eingreifen eine ansonsten fällige Marktbereinigung?"
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Ou seja, será que a intervenção do estado não está a evitar uma necessária revolução no mercado?
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Usem corrector e acrescentem o primeiro nome que lhe vier à cabeça aqui.
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"O motivo para as paragens da produção dos principais fabricantes de automóveis deve-se à queda das encomendas em plena crise internacional e que já levou o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, a apresentar um plano para o sector."
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Para que servirá o plano do ministro?
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Para promover a mudança ou para adiar o inevitável?
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O chefe da Ford na Alemanha (Bernhard Mattes) afirma que na Europa existe um excesso de capacidade produtiva instalada que ronda os 27 milhões de unidades/ano.
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27 milhões são 27 milhões.
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É impossível manter esta disparidade, este desequilibrio por muito mais tempo... cheira-me que o dinheiro dos impostos, como avança o senhor Bernhard Mattes:
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"Subventionen für ein Geschäftsmodell ohne Zukunft wären sinnlos,"
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Vai ser torrado a subsidiar um modelo de negócio que está esgotado e não tem futuro.
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Por que, ao contrário do que vemos nos jornais portugueses, há jornalistas que põem o dedo na ferida:
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"Verhindert der Staat durch sein Eingreifen eine ansonsten fällige Marktbereinigung?"
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Ou seja, será que a intervenção do estado não está a evitar uma necessária revolução no mercado?
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Usem corrector e acrescentem o primeiro nome que lhe vier à cabeça aqui.
Lidar com burocratas
A criatividade das organizações, que devia estar concentrada em servir, satisfazer, surpreender clientes, tem de ser desviada para fazer face aos burocratas.
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"Uma casa na pradaria” foi a série que acompanhou a infância de muita gente por todo o mundo, sendo exibida de 1974 a 1983.
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Uma colecção dos seus episódios acaba de ser posta à venda na Finlândia, tendo recebido a classificação de "Maiores de 18". E não, não se espera que Michael Landon e os restantes membros da família Ingalls sejam vistos em práticas pouco condizentes com o seu estatuto de figuras de culto para o imaginário infantil.
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É que a editora da séria não a quis submeter à análise do organismo que classifica as idades adequadas para cada programa, para poupar dinheiro, levando a uma classificação automática. Assim, "Uma casa na pradaria" vai estar nas prateleiras das lojas na companhia de filmes, esses sim, não aconselháveis a crianças."
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No Diário Económico aqui.
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"Uma casa na pradaria” foi a série que acompanhou a infância de muita gente por todo o mundo, sendo exibida de 1974 a 1983.
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Uma colecção dos seus episódios acaba de ser posta à venda na Finlândia, tendo recebido a classificação de "Maiores de 18". E não, não se espera que Michael Landon e os restantes membros da família Ingalls sejam vistos em práticas pouco condizentes com o seu estatuto de figuras de culto para o imaginário infantil.
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É que a editora da séria não a quis submeter à análise do organismo que classifica as idades adequadas para cada programa, para poupar dinheiro, levando a uma classificação automática. Assim, "Uma casa na pradaria" vai estar nas prateleiras das lojas na companhia de filmes, esses sim, não aconselháveis a crianças."
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No Diário Económico aqui.
Aprendizes de feiticeiro
Brincar, fazer experiências com dinheiro alheio é muito cool.
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"Manuel Pinho e Basílio Horta estão desalinhados na recuperação da Aerosoles e na participação da Aicep neste processo. Enquanto o ministro da Economia defende que se deve continuar a injectar dinheiro na empresa de calçado para garantir a sua viabilidade no curto prazo, o presidente da Aicep quer, primeiro, ver definido o modelo de reestruturação e os novos órgãos sociais."
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No Diário Económico "Pinho e Basílio Horta divididos na solução para a Aerosoles"
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"Manuel Pinho e Basílio Horta estão desalinhados na recuperação da Aerosoles e na participação da Aicep neste processo. Enquanto o ministro da Economia defende que se deve continuar a injectar dinheiro na empresa de calçado para garantir a sua viabilidade no curto prazo, o presidente da Aicep quer, primeiro, ver definido o modelo de reestruturação e os novos órgãos sociais."
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No Diário Económico "Pinho e Basílio Horta divididos na solução para a Aerosoles"
sexta-feira, janeiro 30, 2009
Onde está?
Onde está? Por onde anda?
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Qual é o pensamento estratégico?
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O que vão fazer? O que vão mudar? Que opções têm pela frente?
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"Transportadores temem que 10% das empresas desapareçam"
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Se há dias dava um exemplo de locus de controlo interno (Um bom exemplo! ), este artigo no DN de hoje mostra o que é uma "classe" com o seu locus de controlo no exterior, não se vêem a dominar os acontecimentos... estranho, gente que anda ao volante literalmente, não se consegue ver ao volante dos acontecimentos em sentido figurado.
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Assim, todas as medidas têm de vir do exterior, se deram passos maiores do que a perna, a culpa foi do exterior...
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Qual é o pensamento estratégico?
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O que vão fazer? O que vão mudar? Que opções têm pela frente?
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"Transportadores temem que 10% das empresas desapareçam"
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Se há dias dava um exemplo de locus de controlo interno (Um bom exemplo! ), este artigo no DN de hoje mostra o que é uma "classe" com o seu locus de controlo no exterior, não se vêem a dominar os acontecimentos... estranho, gente que anda ao volante literalmente, não se consegue ver ao volante dos acontecimentos em sentido figurado.
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Assim, todas as medidas têm de vir do exterior, se deram passos maiores do que a perna, a culpa foi do exterior...
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Elefantes e formigas
Este pequeno artigo no DN de hoje "Vendemos menos mas ainda consigo pagar as contas a tempo e horas" chama a atenção para a essência da resposta estratégica de uma pequena organização quando vê o seu terreno ocupado por vários elefantes.
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"O segredo é o atendimento personalizado e acompanhar as tendências do mercado", revela. Para isso, a loja "tem como lema apostar na qualidade do serviço prestado e criar soluções que satisfaçam o cliente. Não uma coisa standard, mas adaptada àquilo que são os gostos e as necessidades dos fregueses"."
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Os elefantes, os 4 hipermercados estacionados em Mangualde, não têm inserido no seu ADN a capacidade de fornecer coisas não standard. Assim, há uma oportunidade que pode ser aproveitada, abusando dessa vantagem competitiva.
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"O segredo é o atendimento personalizado e acompanhar as tendências do mercado", revela. Para isso, a loja "tem como lema apostar na qualidade do serviço prestado e criar soluções que satisfaçam o cliente. Não uma coisa standard, mas adaptada àquilo que são os gostos e as necessidades dos fregueses"."
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Os elefantes, os 4 hipermercados estacionados em Mangualde, não têm inserido no seu ADN a capacidade de fornecer coisas não standard. Assim, há uma oportunidade que pode ser aproveitada, abusando dessa vantagem competitiva.
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Ainda vamos recorrer ao FMI?
Considerando esta opinião:
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""Vamos precisar de uma comissão internacional, um programa de estabilização como tivemos o Fundo Monetário Internacional ", diz João Salgueiro, prevendo que Portugal irá entrar em incumprimento de pagamento de créditos ao exterior e precisará de recorrer a uma linha de crédito junto do Banco Central Europeu."
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E considerando este artigo "Spain Bonds Signal More Pain as Highest Yields Fail to Lure Axa"
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Onde se pode ler:
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"“My view is that the fiscal situation is going to get worse,” said Komal Sri-Kumar, chief global strategist at TCW Asset Management in Los Angeles, which has $127 billion in assets. “The euro zone is going to have a severe recession and that is clearly going to affect the ability of various governments, including Spain, to service their obligations.”"
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Lembramo-nos logo da homilia de hoje de Peres Metelo na TSF contra as agências de rating.
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""Vamos precisar de uma comissão internacional, um programa de estabilização como tivemos o Fundo Monetário Internacional ", diz João Salgueiro, prevendo que Portugal irá entrar em incumprimento de pagamento de créditos ao exterior e precisará de recorrer a uma linha de crédito junto do Banco Central Europeu."
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E considerando este artigo "Spain Bonds Signal More Pain as Highest Yields Fail to Lure Axa"
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Onde se pode ler:
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"“My view is that the fiscal situation is going to get worse,” said Komal Sri-Kumar, chief global strategist at TCW Asset Management in Los Angeles, which has $127 billion in assets. “The euro zone is going to have a severe recession and that is clearly going to affect the ability of various governments, including Spain, to service their obligations.”"
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Lembramo-nos logo da homilia de hoje de Peres Metelo na TSF contra as agências de rating.
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Valor é algo subjectivo e atribuído por quem está no exterior
J.C. Larreche no seu livro “The Momentum Effect” expõe por que é que as empresas devem pensar em clientes-alvo, por que é que as empresas não devem tratar os clientes como A miudagem e proceder como os profilers do FBI.
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“… a product does not really drive a company’s success. It is the product’s customer value that does. Products and services are only temporary vehicles to carry value from a firm to its customers. The only reason customers buy products and services is to obtain value.
…
It’s important to note that a product that some customers see as providing strong value will leave others indifferent – some may even perceive it as offering negative value.
…
Conclusion – a product or service has no intrinsic value, its value is only in the perception of customers.
…
… the question of whether an offer presents compelling value or not depends solely on the customer’s perception of it at any given point in time.
…
It is crucial not only to ensuring the proper design and execution of products, but also to targeting specific customers who perceive the highest value of the offering.
…
Moment-deficient firms believe that value is singular and absolute, when in fact different customers make different evaluations of the same product.
…
Same product – different perceptions of value. Truth is not unique.”
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Estas mesmas razões devem ser consideradas quando escutamos os políticos avançarem com explicações racionais e baseadas na capacidade produtiva das empresas e no seu know-how para justificarem a salvação de empresas.
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“… a product does not really drive a company’s success. It is the product’s customer value that does. Products and services are only temporary vehicles to carry value from a firm to its customers. The only reason customers buy products and services is to obtain value.
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It’s important to note that a product that some customers see as providing strong value will leave others indifferent – some may even perceive it as offering negative value.
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Conclusion – a product or service has no intrinsic value, its value is only in the perception of customers.
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… the question of whether an offer presents compelling value or not depends solely on the customer’s perception of it at any given point in time.
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It is crucial not only to ensuring the proper design and execution of products, but also to targeting specific customers who perceive the highest value of the offering.
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Moment-deficient firms believe that value is singular and absolute, when in fact different customers make different evaluations of the same product.
…
Same product – different perceptions of value. Truth is not unique.”
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Estas mesmas razões devem ser consideradas quando escutamos os políticos avançarem com explicações racionais e baseadas na capacidade produtiva das empresas e no seu know-how para justificarem a salvação de empresas.
quarta-feira, janeiro 28, 2009
Questão que me interroga
Depois de ler esta história "Billionaire Schaeffler Shunned School to Lead Company" e pensando nesta outra "Pfizer’s Buy of Wyeth Threatens New Jersey Town’s Jobs, Deli" e em mais uma dezena de outras tantas há uma dúvida que paira na minha mente.
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Será que neste novo nível do jogo económico, após a recalibração em curso, ter gandes empresas é a melhor opção para actuar num mundo com uma procura mais rarefeita e atomizada, com uma economia menos alavancada?
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A progressiva 'monguização' do planeta não favorecerá empresas mais pequenas? Empresas que conseguem ser mais flexíveis, que conseguem prosperar com volumes de vendas mais baixos?
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Se calhar é a minha parcialidade que está a afectar as minhas conclusões mas ...
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Como serão os medicamentos do futuro, uniformes e iguais para todos ou ajustados ao perfil genético de cada um?
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Como serão as sociedades do futuro, uniformes e monolíticas ou plenas de diversidade, repletas de nichos atrás de nichos?
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Como serão os media do futuro, uniformes e mainstream ou galáxias de galáxias de preferências?
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Será que neste novo nível do jogo económico, após a recalibração em curso, ter gandes empresas é a melhor opção para actuar num mundo com uma procura mais rarefeita e atomizada, com uma economia menos alavancada?
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A progressiva 'monguização' do planeta não favorecerá empresas mais pequenas? Empresas que conseguem ser mais flexíveis, que conseguem prosperar com volumes de vendas mais baixos?
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Se calhar é a minha parcialidade que está a afectar as minhas conclusões mas ...
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Como serão os medicamentos do futuro, uniformes e iguais para todos ou ajustados ao perfil genético de cada um?
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Como serão as sociedades do futuro, uniformes e monolíticas ou plenas de diversidade, repletas de nichos atrás de nichos?
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Como serão os media do futuro, uniformes e mainstream ou galáxias de galáxias de preferências?
Bingo!!! Jackpot!!! Jogos florais são treta!!! (parte II)
Em Dezembro de 2006 a revista Harvard Business Review publicou um artigo muito interessante “Strategy & Society – The Link Between Competitive Advantage and Corporate Social Responsibility”. Na altura sublinhei o seu valor neste postal Bingo!!! Jackpot!!! Jogos florais são treta!!! .
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Apreciei, sobretudo, esta linguagem:
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"…, they would discover that Corporate Social Responsibility can be much more than a cost, a constraint, or a charitable deed – it can be a source of opportunity, and competitive advantage.”
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Pois ela vai ao encontro do meu pensamento, a necessidade de sintonizar e aproveitar as sinergias entre o ambiente e a estratégia para um negócio, deixando de lado a conversa da treta.
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"The most important thing a corporation can do for society, and for any community, is to contribute to a prosperous economy."
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Pois bem, encontrei mais um bom artigo na mesma senda, com o mesmo propósito "Does It Pay to be Green? A Systematic Overview" de Stefan Ambec e Paul Lanoie, publicado em Novembro de 2008 pela Academy of Management Perspectives.
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A figura que se segue sistematiza sete possibilidades em que as preocupações ambientais de uma organização podem contribuir para o negócio: através de oportunidades para aumentar as vendas e de oportunidades para reduzir os custos.
Trata-se de mais um bom artigo que recomendo a quem quiser implementar, transformar, um sistema de gestão ambiental alinhado com a estratégia para o negócio.
terça-feira, janeiro 27, 2009
Conta com uma grande «força de trabalho altamente qualificada» e uma «capacidade já instalada»
Trecho retirado de "BE quer ouvir Mário Lino no Parlamento sobre falências".
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"Alda Macedo defendeu ainda «a necessidade de ser promovida a aquisição da empresa no sentido da sua reconversão», lembrando que a Qimonda conta com uma grande «força de trabalho altamente qualificada» e uma «capacidade já instalada»."
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A questão não é a força de trabalho nem a capacidade instalada ... num mundo de excesso, num mundo de abundância, o que conta são os clientes.
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Se não existirem clientes, se os clientes não estiverem disponíveis para trocar o seu dinheiro em troca do que o fabricante produz ... nada feito.
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E os clientes são como nós consumidores, a menos que sejam obrigados a recorrer a um monopolista, são egoístas, pensam no seu interesse próprio.
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Bom, talvez tenhamos oportunidade de ver Louçã a gerir a Qimonda e a promover a sua reconversão.
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"Alda Macedo defendeu ainda «a necessidade de ser promovida a aquisição da empresa no sentido da sua reconversão», lembrando que a Qimonda conta com uma grande «força de trabalho altamente qualificada» e uma «capacidade já instalada»."
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A questão não é a força de trabalho nem a capacidade instalada ... num mundo de excesso, num mundo de abundância, o que conta são os clientes.
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Se não existirem clientes, se os clientes não estiverem disponíveis para trocar o seu dinheiro em troca do que o fabricante produz ... nada feito.
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E os clientes são como nós consumidores, a menos que sejam obrigados a recorrer a um monopolista, são egoístas, pensam no seu interesse próprio.
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Bom, talvez tenhamos oportunidade de ver Louçã a gerir a Qimonda e a promover a sua reconversão.
Estratégia como um punhado de regras simples
Em vez de ser arrastado para o lado negro da crise, procurar as oportunidades que sempre existem e aparecem.
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Kathleen Eisenhardt e Donald Sull publicaram em Janeiro de 2001, na revista Harvard Business Review o artigo "Strategy as Simple Rules", de onde retirei os seguintes trechos:
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“In traditional strategy, advantage comes from exploiting resources or stable market positions. In strategy as simple rules, by contrast, advantage comes from successfully seizing fleeting opportunities.
…
Managers using this strategy pick a small number of strategically significant processes and craft a few simple rules to guide them. The key strategic processes should place the company where the flow of opportunities is swiftest and deepest.
…
Like all effective strategies, strategy as simple rules is about being different. But that difference does not arise from tightly linked activity systems or leveraged core competencies, as in traditional strategies. It arises from focusing on key strategic processes and developing simple rules that shape those processes.
…
In stable markets, managers can rely on complicated strategies built on detailed predictions of the future. But in complicated, fast-moving markets where significant growth and wealth creation can occur, unpredictability reigns. It makes sense to follow the lead of entrepreneurs and underdogs – seize opportunities in the here and now with a handful of rules and a few key processes. In other words, when business becomes complicated, strategy should be simple.”
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A abordagem proposta é sufcientemente fluida para se adaptar ao fluxo dos acontecimentos. Em vez de pensar num posicionamento a defender, ou de recursos a gerir, pensar em: processos críticos; regras simples e no fluxo de oportunidades a acompanhar.
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Kathleen Eisenhardt e Donald Sull publicaram em Janeiro de 2001, na revista Harvard Business Review o artigo "Strategy as Simple Rules", de onde retirei os seguintes trechos:
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“In traditional strategy, advantage comes from exploiting resources or stable market positions. In strategy as simple rules, by contrast, advantage comes from successfully seizing fleeting opportunities.
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Managers using this strategy pick a small number of strategically significant processes and craft a few simple rules to guide them. The key strategic processes should place the company where the flow of opportunities is swiftest and deepest.
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Like all effective strategies, strategy as simple rules is about being different. But that difference does not arise from tightly linked activity systems or leveraged core competencies, as in traditional strategies. It arises from focusing on key strategic processes and developing simple rules that shape those processes.
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In stable markets, managers can rely on complicated strategies built on detailed predictions of the future. But in complicated, fast-moving markets where significant growth and wealth creation can occur, unpredictability reigns. It makes sense to follow the lead of entrepreneurs and underdogs – seize opportunities in the here and now with a handful of rules and a few key processes. In other words, when business becomes complicated, strategy should be simple.”
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A abordagem proposta é sufcientemente fluida para se adaptar ao fluxo dos acontecimentos. Em vez de pensar num posicionamento a defender, ou de recursos a gerir, pensar em: processos críticos; regras simples e no fluxo de oportunidades a acompanhar.
segunda-feira, janeiro 26, 2009
Um bom exemplo!
Já aqui escrevi várias vezes sobre o locus de controlo (por exemplo aqui: Isto é mesmo um desafio digno de Hercules ).
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Aqui:
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"Persons with an external locus of control view events as being under the control of external factors such as luck (Marsh & Weary, 1995).
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For example, a person with an internal locus of control will attribute the failure to meet a desired goal to poor personal preparation, whereas, one with an external locus of control will attribute failure to circumstances beyond the individual’s control (aos chineses, por exemplo). The way individuals interpret such events has a profound affect on their psychological well-being. If people feel they have no control over future outcomes, they are less likely to seek solutions to their problems."
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Lembrei-me deste tema por causa do documento "Plano Estratégico 2007-2013" da Indústria do Calçado que se encontra no portal da APICCAPS.
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Por causa de um trabalho a realizar neste sector tive oportunidade de estudar o documento neste fim-de-semana que passou.
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Conclusão: julgo ter percebido a razão para o sucesso da indústria do calçado nos últimos anos. O locus de controlo está todo no interior!
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Algo de muito pouco português, infelizmente.
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Além do locus de controlo estar no interior, é surpreendente, para quem está habituado a encontrar conversa da treta, neste tipo de documentos institucionais, que torcida e apertada não tem sumo nenhum, encontrar um documento com real valor (pelo menos IMHO), um documento que não assume uma visão monolítica e aborda as diversas oportunidades para prosperar: diferentes tipos de clientes-alvo; diferentes vectores de inovação (materiais - nanomateriais, tratamente de superfícies por plasma ou laser, biodegradáveis, tecnologia, organização - por exemplo na actividade comercial e na logística, produtos e modelo de negócio).
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Julgo que mais sectores ganhariam em serem contaminados por este tipo de postura mental. A postura mental é fundamental para alicerçar estratégias competitivas num mercado aberto e hipercompetitivo.
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Aqui:
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"Persons with an external locus of control view events as being under the control of external factors such as luck (Marsh & Weary, 1995).
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For example, a person with an internal locus of control will attribute the failure to meet a desired goal to poor personal preparation, whereas, one with an external locus of control will attribute failure to circumstances beyond the individual’s control (aos chineses, por exemplo). The way individuals interpret such events has a profound affect on their psychological well-being. If people feel they have no control over future outcomes, they are less likely to seek solutions to their problems."
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Lembrei-me deste tema por causa do documento "Plano Estratégico 2007-2013" da Indústria do Calçado que se encontra no portal da APICCAPS.
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Por causa de um trabalho a realizar neste sector tive oportunidade de estudar o documento neste fim-de-semana que passou.
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Conclusão: julgo ter percebido a razão para o sucesso da indústria do calçado nos últimos anos. O locus de controlo está todo no interior!
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Algo de muito pouco português, infelizmente.
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Além do locus de controlo estar no interior, é surpreendente, para quem está habituado a encontrar conversa da treta, neste tipo de documentos institucionais, que torcida e apertada não tem sumo nenhum, encontrar um documento com real valor (pelo menos IMHO), um documento que não assume uma visão monolítica e aborda as diversas oportunidades para prosperar: diferentes tipos de clientes-alvo; diferentes vectores de inovação (materiais - nanomateriais, tratamente de superfícies por plasma ou laser, biodegradáveis, tecnologia, organização - por exemplo na actividade comercial e na logística, produtos e modelo de negócio).
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Julgo que mais sectores ganhariam em serem contaminados por este tipo de postura mental. A postura mental é fundamental para alicerçar estratégias competitivas num mercado aberto e hipercompetitivo.
Sem atacar as causas-raiz de um problema ...
... apenas estamos a transferir o fardo para outros, ou para mais tarde e, ainda por cima, ampliado. É um dos arquétipos avançados por Peter Senge no seu livro "A Quinta Disciplina", o shift the burden:
Perante os sintomas de um problema, em vez de ir à solução fundamental (a que elimina as causas-raiz), opta-se pelas soluções sintomáticas superficiais que vão contribuir, estilo avalanche, para o agudizar do problema.
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Evans-Pritchard, além de nos recordar cenários vividos nos anos 30 do século passado, escreve:
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"The wash of money should ensure that the next 18 months will not mimic the cascade of disasters from late 1931 to early 1933.
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It buys time.
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But it does not solve the deeper problem, which is that a West addicted to Ponzi credit has put off the day of reckoning with ever more extreme monetary policy with each downturn, stealing prosperity from the future."
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ADENDA: A argumentação de Peres Metelo na TSF ... agora a culpa é da Standards & Poor!!!
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Perante os sintomas de um problema, em vez de ir à solução fundamental (a que elimina as causas-raiz), opta-se pelas soluções sintomáticas superficiais que vão contribuir, estilo avalanche, para o agudizar do problema.
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Evans-Pritchard, além de nos recordar cenários vividos nos anos 30 do século passado, escreve:
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"The wash of money should ensure that the next 18 months will not mimic the cascade of disasters from late 1931 to early 1933.
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It buys time.
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But it does not solve the deeper problem, which is that a West addicted to Ponzi credit has put off the day of reckoning with ever more extreme monetary policy with each downturn, stealing prosperity from the future."
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ADENDA: A argumentação de Peres Metelo na TSF ... agora a culpa é da Standards & Poor!!!
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domingo, janeiro 25, 2009
... eles nem a queriam se fosse oferecida
Primeiro uma ressalva: não conheço a situação concreta da Qimonda, e não a posso investigar, por isso, o que se segue baseia-se na minha interpretação dos factos e opiniões que vou conhecendo e juntando.
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Acho impressionante e sintomático do tempo que vivemos (não da crise internacional, mas da nossa crise interna que é anterior e vem de mais longe - basta recordar a lista de 2007 ) tempo em que os políticos atiram dinheiro para cima dos problemas (isto vai ter de ser pago com mais impostos? a pagar por quem?)
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Assim, no DN de hoje no artigo "Qimonda rende-se às fábricas da China e de Taiwan" pode ler-se:
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"A imprensa alemã chamou ontem a falência da Qimonda às primeiras páginas e o assunto é também alvo de comentário nos principais jornais. "Era evidente que a Qimonda não tinha salvação. E só com apoios irresponsáveis do Estado seria possível mantê-la, mas nunca a longo prazo", escreve o jornal Die Welt."
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Um aparte: a malta da Qualidade se estivesse no governo perante esta falha perguntaria "O que é que no nosso modo de decisão, o que é que no nosso modo de análise dos problemas está a falhar e a permitir que dinheiro dos (saxões) contribuintes seja irresponsavelmente esbanjado, para evitar que se volte a repetir a falha noutra situação futura?
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"O principal jornal económico alemão, o Handelsblatt, afirma que "talvez só a compra por um concorrente pudesse salvar a Qimonda, mas eles nem a queriam se fosse oferecida" ,e considera "sábia" a decisão do governo regional da Saxónia, onde se situa a principal fábrica da empresa, de não investir ainda mais dinheiro na Qimonda."
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Se ao menos alguma lição fosse aprendida com esta estória... Seria interessante...
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E ainda ... as palavras do director-geral da fábrica de Vila do Conde em 2007 não são coerentes com a narrativa dos factos que nos trouxeram até aqui, ou então, a especialização dos produtos não era, afinal, tão especial assim.
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Acho impressionante e sintomático do tempo que vivemos (não da crise internacional, mas da nossa crise interna que é anterior e vem de mais longe - basta recordar a lista de 2007 ) tempo em que os políticos atiram dinheiro para cima dos problemas (isto vai ter de ser pago com mais impostos? a pagar por quem?)
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Assim, no DN de hoje no artigo "Qimonda rende-se às fábricas da China e de Taiwan" pode ler-se:
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"A imprensa alemã chamou ontem a falência da Qimonda às primeiras páginas e o assunto é também alvo de comentário nos principais jornais. "Era evidente que a Qimonda não tinha salvação. E só com apoios irresponsáveis do Estado seria possível mantê-la, mas nunca a longo prazo", escreve o jornal Die Welt."
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Um aparte: a malta da Qualidade se estivesse no governo perante esta falha perguntaria "O que é que no nosso modo de decisão, o que é que no nosso modo de análise dos problemas está a falhar e a permitir que dinheiro dos (saxões) contribuintes seja irresponsavelmente esbanjado, para evitar que se volte a repetir a falha noutra situação futura?
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"O principal jornal económico alemão, o Handelsblatt, afirma que "talvez só a compra por um concorrente pudesse salvar a Qimonda, mas eles nem a queriam se fosse oferecida" ,e considera "sábia" a decisão do governo regional da Saxónia, onde se situa a principal fábrica da empresa, de não investir ainda mais dinheiro na Qimonda."
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Se ao menos alguma lição fosse aprendida com esta estória... Seria interessante...
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E ainda ... as palavras do director-geral da fábrica de Vila do Conde em 2007 não são coerentes com a narrativa dos factos que nos trouxeram até aqui, ou então, a especialização dos produtos não era, afinal, tão especial assim.
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