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terça-feira, fevereiro 10, 2009
O alfaiate industrial parte II
A propósito dos 20 anos de casa daqui.
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Este trecho do livro "Os Novos Líderes" de Daniel Goleman, Richard Boyatzis e Annie McKee
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"Quando os líderes se envolvem na estratégia apenas a nível intelectual, torna-se quase impossível manter a energia e o entusiasmo, e o processo de aprendizagem fica prejudicado. Então, do que é que os líderes da empresa mais precisavam? Como disse aquele gestor, precisavam "de se envolver emocionalmente, com os seus sonhos e paixões - tanto entre eles como com a estratégia -, e de se ligarem às possibilidades do futuro, a fim de permitir que se fizesse alguma coisa para construir esse futuro."
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Este trecho do livro "Os Novos Líderes" de Daniel Goleman, Richard Boyatzis e Annie McKee
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"Quando os líderes se envolvem na estratégia apenas a nível intelectual, torna-se quase impossível manter a energia e o entusiasmo, e o processo de aprendizagem fica prejudicado. Então, do que é que os líderes da empresa mais precisavam? Como disse aquele gestor, precisavam "de se envolver emocionalmente, com os seus sonhos e paixões - tanto entre eles como com a estratégia -, e de se ligarem às possibilidades do futuro, a fim de permitir que se fizesse alguma coisa para construir esse futuro."
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
O alfaiate industrial
O semanário Expresso deste sábado traz mais um exemplo de quem ou formulou, ou descobriu uma estratégia competitiva.
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Muitas vezes, neste espaço, chamo a atenção para a importância de ter relações amorosas com clientes, produtos e serviços, algo que falta a macro-economistas, burocratas de Bruxelas e consultores. Só o conhecimento que advém dessa intimidade permite ser rápido a circular nos OODA loops.
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Em Agosto de 2007 escrevi neste blogue acerca da Maconde:
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"Quando trabalho como consultor para uma organização, procuro ser provocador, para levar as pessoas a abandonar o terreno conhecido, mas aviso sempre, e tento manter a minha guarda interna: só sou consultor, no final do projecto não fico com a criança. Para que me oiçam, mas não dê-em demasiada ênfase ao que digo... posso estar errado.
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Um consultor, tal como um gestor, sabe (ou julga saber) umas regras básicas de gestão, tem experiência e conhecimentos de casos anteriores, procura formar-se e informar-se, pode até desenvolver carinho, ou clubite, pelas instituições e amizade pelas pessoas com quem trabalha, mas falta-lhe uma especiaria, o conhecimento intrínseco do negócio, o instinto para o negócio da organização consultada. A abordagem do consultor corre o risco de ser asséptica, aplicam-se as fórmulas e "prontos".
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Se isto se pode dizer de mim como consultor, será que posso generalizar e chamar a atenção para os gestores da Maconde? Será que não sofriam do mesmo mal, e estando numa posição de poder executivo, tomaram decisões demasiado assépticas?Repare-se, depois da saída de Pais de Sousa (veio da Vulcano) em Março passado, a empresa viu entrar Cândida Morais (veio da Barbosa & Almeida)...
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Quem sou eu, não tenho qualquer informação sobre este caso em particular mas... depois de ler todos os cortes e cortes que a empresa fez, acho que alguém se esqueceu que é preciso ganhar dinheiro (ver Gertz & Baptista: emagrecer, emagrecer até ser grande!!!)"
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No artigo do Expresso do passado Sábado "O alfaiate industrial de Vila do Conde" encontro:
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"No Verão de 2007, a velha Maconde agonizava sem encomendas e um passivo de €50 milhões (32 milhões à banca). Na altura, restava a unidade de Vila do Conde, autonomizada como Macvila. Face à falência iminente, Luísa Rocha, engenheira com 20 anos de casa, José Amorim, contabilista e o advogado José Pedro Vieira apresentaram um projecto que convenceu o Governo e o consórcio bancário liderado pelo BCP."
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O artigo descreve a adopção de uma proposta de valor próxima da consultoria, liderança pelo serviço: ""A nossa vantagem competitiva está nos produtos mais complexos e na capacidade de respostas rápidas", dis Luísa Rocha. Nesta nova cruzada comercial há uma sigla - MTM - que traduz a sua nova ambição. Made to measure (feito à medida) é mais um desafio da empresa que pretende tornar-se um alfaiate industrial de alemães, britânicos e irlandeses. Em lojas requintadas desses mercados, a Macvila disponibiliza uma gama de tecidos e modelos à escolha do cliente. O retalhista transmite as medidas e em 12 dias recebe o fato encomendado."
...
"A verdade, é que a unidade enfrenta 2009 com o entusiasmo redobrado de quem recebeu o dobro dos pedidos de colecções para a estação Outono/Inverno em que trabalha. Não é seguro que todos os pedidos se transformem em encomendas, mas é um sinal de vitalidade..."
...
Cá vai a seguir a tradução prática daquilo a que chamo abusar daquilo em que se pode fazer a diferença:
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""As colecções são mais complexas e diversificadas, induzindo séries mais pequenas", nota Luísa Rocha."
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Muitas vezes, neste espaço, chamo a atenção para a importância de ter relações amorosas com clientes, produtos e serviços, algo que falta a macro-economistas, burocratas de Bruxelas e consultores. Só o conhecimento que advém dessa intimidade permite ser rápido a circular nos OODA loops.
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Em Agosto de 2007 escrevi neste blogue acerca da Maconde:
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"Quando trabalho como consultor para uma organização, procuro ser provocador, para levar as pessoas a abandonar o terreno conhecido, mas aviso sempre, e tento manter a minha guarda interna: só sou consultor, no final do projecto não fico com a criança. Para que me oiçam, mas não dê-em demasiada ênfase ao que digo... posso estar errado.
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Um consultor, tal como um gestor, sabe (ou julga saber) umas regras básicas de gestão, tem experiência e conhecimentos de casos anteriores, procura formar-se e informar-se, pode até desenvolver carinho, ou clubite, pelas instituições e amizade pelas pessoas com quem trabalha, mas falta-lhe uma especiaria, o conhecimento intrínseco do negócio, o instinto para o negócio da organização consultada. A abordagem do consultor corre o risco de ser asséptica, aplicam-se as fórmulas e "prontos".
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Se isto se pode dizer de mim como consultor, será que posso generalizar e chamar a atenção para os gestores da Maconde? Será que não sofriam do mesmo mal, e estando numa posição de poder executivo, tomaram decisões demasiado assépticas?Repare-se, depois da saída de Pais de Sousa (veio da Vulcano) em Março passado, a empresa viu entrar Cândida Morais (veio da Barbosa & Almeida)...
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Quem sou eu, não tenho qualquer informação sobre este caso em particular mas... depois de ler todos os cortes e cortes que a empresa fez, acho que alguém se esqueceu que é preciso ganhar dinheiro (ver Gertz & Baptista: emagrecer, emagrecer até ser grande!!!)"
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No artigo do Expresso do passado Sábado "O alfaiate industrial de Vila do Conde" encontro:
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"No Verão de 2007, a velha Maconde agonizava sem encomendas e um passivo de €50 milhões (32 milhões à banca). Na altura, restava a unidade de Vila do Conde, autonomizada como Macvila. Face à falência iminente, Luísa Rocha, engenheira com 20 anos de casa, José Amorim, contabilista e o advogado José Pedro Vieira apresentaram um projecto que convenceu o Governo e o consórcio bancário liderado pelo BCP."
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O artigo descreve a adopção de uma proposta de valor próxima da consultoria, liderança pelo serviço: ""A nossa vantagem competitiva está nos produtos mais complexos e na capacidade de respostas rápidas", dis Luísa Rocha. Nesta nova cruzada comercial há uma sigla - MTM - que traduz a sua nova ambição. Made to measure (feito à medida) é mais um desafio da empresa que pretende tornar-se um alfaiate industrial de alemães, britânicos e irlandeses. Em lojas requintadas desses mercados, a Macvila disponibiliza uma gama de tecidos e modelos à escolha do cliente. O retalhista transmite as medidas e em 12 dias recebe o fato encomendado."
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"A verdade, é que a unidade enfrenta 2009 com o entusiasmo redobrado de quem recebeu o dobro dos pedidos de colecções para a estação Outono/Inverno em que trabalha. Não é seguro que todos os pedidos se transformem em encomendas, mas é um sinal de vitalidade..."
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Cá vai a seguir a tradução prática daquilo a que chamo abusar daquilo em que se pode fazer a diferença:
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""As colecções são mais complexas e diversificadas, induzindo séries mais pequenas", nota Luísa Rocha."
terça-feira, setembro 11, 2007
Ainda a Maconde...
Depois destas palavras sobre a Maconde e depois do fôlego conseguido (com o auxílio do governo), a jornalista Helena Garrido, no seu blog "Visto da Economia" chama a atenção para a diferença entre as diferentes propostas de valor das empresas Maconde e Lanidor.
Pois é, se calhar o sindicalista da notícia tem toda a razão.
No Jornal de Negócios de hoje, "... estratégia da Maconde passa por continuar a afirmar-se no mercado internacional, garantir os postos de trabalho "e crescer". ", até parece um conto de fadas.
Espero sinceramente que esta história tenho desenvolvimentos positivos.
Assim, votos de sucesso, votos de uma recuperação segura e ganhadora.
PS - Mas os bancos não gostam de ganhar dinheiro? Por que será que precisaram de uma mãozinha do governo, para financiarem a empresa? Não confiavam na estratégia da administração para saír da crise?
PS1: Proposta de valor ligada à moda, exige pequenas séries, novidade, flexibilidade, rapidez.
Algo que não joga com " é a maior fábrica têxtil da região" aqui.
E joga com "parece que as empresas têxteis mais pequenas estão a ultrapassar melhor os problemas, com uma melhor adaptação ao mercado actual" aqui, talvez por isso esta notícia de despedimentos em perspectiva aqui.
Estou com curiosidade em saber como se estará a portar a Riopele em 2007, se bem me lembro, li algures que 2006 tinha sido muito melhor que 2005.
Adenda de 17 de Setembro de 2007 - Um pouco de história, aqui.
Adenda de 15 de Setembro de 2007 - Artigo "Maconde quer voltar ao tema" no semanário Sol. Interessante a opinião do presidente da mesa da AG "nos últimos dois anos não se pensou o futuro"
Pois é, se calhar o sindicalista da notícia tem toda a razão.
No Jornal de Negócios de hoje, "... estratégia da Maconde passa por continuar a afirmar-se no mercado internacional, garantir os postos de trabalho "e crescer". ", até parece um conto de fadas.
Espero sinceramente que esta história tenho desenvolvimentos positivos.
Assim, votos de sucesso, votos de uma recuperação segura e ganhadora.
PS - Mas os bancos não gostam de ganhar dinheiro? Por que será que precisaram de uma mãozinha do governo, para financiarem a empresa? Não confiavam na estratégia da administração para saír da crise?
PS1: Proposta de valor ligada à moda, exige pequenas séries, novidade, flexibilidade, rapidez.
Algo que não joga com " é a maior fábrica têxtil da região" aqui.
E joga com "parece que as empresas têxteis mais pequenas estão a ultrapassar melhor os problemas, com uma melhor adaptação ao mercado actual" aqui, talvez por isso esta notícia de despedimentos em perspectiva aqui.
Estou com curiosidade em saber como se estará a portar a Riopele em 2007, se bem me lembro, li algures que 2006 tinha sido muito melhor que 2005.
Adenda de 17 de Setembro de 2007 - Um pouco de história, aqui.
Adenda de 15 de Setembro de 2007 - Artigo "Maconde quer voltar ao tema" no semanário Sol. Interessante a opinião do presidente da mesa da AG "nos últimos dois anos não se pensou o futuro"
sábado, setembro 01, 2007
Big Man economy
Espero que os concorrentes portugueses da Maconde não fiquem "aborrecidos" com esta mãozinha do governo, ver no Jornal de Notícias de hoje "Maconde ganha acordo".
Nem de propósito o remate da crónica de Daniel Bessa no Expresso "... faltou sempre o dinheiro que o "Portugal profundo" preferiu gastar na "ajuda" a "empresas em situação económica difícil"...
Nem de propósito o remate da crónica de Daniel Bessa no Expresso "... faltou sempre o dinheiro que o "Portugal profundo" preferiu gastar na "ajuda" a "empresas em situação económica difícil"...
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