sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Não está tudo mal
"Portugal entrou em recessão pela primeira vez em cinco anos, depois do PIB se ter contraído 2% no quarto trimestre, revelou o INE."
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Este mês já visitei várias empresas das fileiras tradicionais em Portugal que só sabem que existe crise por que ouvem falar dela nas notícias.
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Por que é que os media não falam dessas empresas que não precisam do estado, que não precisam de apoios? Será por não serem sexy?
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Este mês já visitei várias empresas das fileiras tradicionais em Portugal que só sabem que existe crise por que ouvem falar dela nas notícias.
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Por que é que os media não falam dessas empresas que não precisam do estado, que não precisam de apoios? Será por não serem sexy?
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1 comentário:
É precisamente ao contrário: há dias, num noticiário, abriram a edição com estes 3 assuntos:
1. Resultados futebol, meias-finais taça da liga - achei normal, naquele conceito de normalidade que tenho referido já em alguns comentários
2. Uma empresa no Minho (penso que era isso), que fabrica lenços de papel e guardanapos de papel para restauração, que se prepara para avançar com 2 novas unidades - uma no Norte e outra em Espanha - porque a coisa vai bem - achei estranho estarem a falar em casos positivos, devia haver engano
3. Como já era coisa a mais, havia que acabar com a felicidade. Então, vai de falar numa outra empresa, esta no Sul, que tem 180 funcionários em perigo. Ok, avança a reportagem, e o rodapé não engana: "180 funcionários em perigo". Ouve-se a voz do reporter, e continua a certeza: "180 funcionários em perigo" (perigo!). vai decorrendo a reportagem e vamos ouvindo o administrador dizer que "temos a nossa capacidade toda tomada por encomendas para todo o ano de 2009" - e "180 funcionários em perigo" (perigo!) - "temos dinheiro" - "180 funcionários em perigo" (perigo!) - temos as matérias-primas para todo o 2009 - e o rodapé que insiste, e o repórter que insiste: "180 funcionários em perigo" (perigo!)... e mais uma "180 funcionários em perigo" (perigo!) e mais outra "180 funcionários em perigo" (perigo!)...
Bom, no final lá surgiu uma disfarçada justificação para aquela montagem... é que parece que o perigo vinha do facto de muitas empresas no mesmo sector estarem em dificuldade...
Ou seja, tinha que haver perigo, tinha que haver alarme, não importa o que o senhor da empresa referia.
Não dá, há uma realidade, ok, mas há um parasitismo cego e "vale-tudo" na comunicação social, essa convicção ninguém me tira.
Estou farto desta tal falência moral que tem como agente de propagação a comunicação social (entre outros).
(aranha)
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