terça-feira, julho 24, 2018

Curiosidade do dia



O Banco de Portugal divide a economia em empresas financeiras e empresas não-financeiras. Se Salgado era o DDT na área político-financeira, as celuloses continuam a ser os DDT na área política-não-financeira.

Há mais de 35 anos, quando entrei para o NPEPVS, e depois no Natal de 1984, quando ajudei a fundar a Quercus, o meu grande inimigo foi sempre o eucalipto.


Direita e esquerda alternam-se nos governos de turno, mas sempre ao serviço das celuloses:


Esta semana "Portugal 2020. Dos 30 maiores financiamentos europeus, Governo só fez chegar quatro às empresas". Lembram-se dos ataques da esquerda e de Capoulas a Cristas por causa dos eucaliptos?
"entre os 30 maiores financiamentos com comparticipação europeia, apenas quatro são para empresas.
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O projeto mais ambicioso que foi, até ao momento, co-financiado foi para a multinacional papeleira portuguesa Navigator, para o seu “projeto Smooth” em Cacia (avaliado em mais de 120 milhões de euros, comparticipado em 67% por fundos europeus dos quais 42 milhões já foram aprovados), para a construção de uma fábrica de produção e transformação de papel tissue. Outras empresas bafejadas por financiamentos milionários são a Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo (e o seu Tejo Project 2018) e, ainda, a Embraer Portugal Estruturas Metálicas e a Continental Mabor, que vai investir quase 50 milhões (comparticipados a 67%) na expansão do negócio de pneus para tratores agrícolas."
Até parece que é por acaso que a área de eucaliptos continua a crescer "Eucaliptos aumentam para 32 mil hectares"

BTW, ocorre perguntar, que entorses serão feitos para contornar isto, "Grandes empresas banidas do Portugal 2030" e continuar a servir os DDT da área não-financeira?



Realidade vs mundo dos media

Ao ler "Do Millennials Care About Brands' Politics?":
"The average millennial doesn’t pay too much attention to brands' ethical and political positions.
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Just 15% of US millennial internet users say they pay a “great deal” of attention to these issues, and 38% said they only give it “some” thought, according to a June 2018 Morning Consult survey.
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What many millennials really focus on is cost and quality. Some 85% of respondents said that a product or service that is "well priced, given the quality" is the top attribute that drives their loyalty, and 81% said they’re loyal to reliable brands."
Entretanto procurei um inquérito feito a consumidores europeus que concluiu que são os portugueses os que mais ligam a estes temas da política das marcas. Na altura, jugo que no twitter chamei-os de espertos que dão as respostas que os autores do inquérito querem.

Acerca da fábrica do futuro

Um artigo interessante, "Inside the Digital Factory", que aborda vários teas acerca da fábrica do futuro, mas que convenientemente esquece as implicações da democratização da produção. Adiante:
"heralding a new era for manufacturers, marked by totally integrated factories that can rapidly tailor products to individual customer needs and respond instantly to shifting demands and trends. This fully digital factory can be a catalyst for a kinetic growth agenda delivering gains in productivity, financial and operational performance, output, and market share [Moi ici: LOL!!! Até parece que Mongo vai ser terra de competir por market share!] as well as improved control and visibility throughout the supply chain.
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98 percent of respondents still view digitization somewhat blandly as a path for increasing production efficiency.  [Moi ici: Conheço esta gente. Muitos são boa gente, mas estão de tal forma moldados pelo modelo mental anterior que não conseguem fugir dele. Também por isso vão ser vítimas do que esteve na base do seu sucesso no nível anterior do jogo] But at the same time, a whopping 74 percent of companies named regionalization (being able to set up or expand factories in markets where their products are sold and where opportunities exist to widen revenue streams through customized products and improved service levels) as a primary reason for digital investments. [Moi ici: Uma fábrica para cada continente, dizem algumas multinacionais mais dinâmicas, mas não estão a ver que não é uma questão de eficiência, é uma questão de interacção, de customização, de relação, de proximidade]
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Moreover, in a sharp departure from the recent past, the possibility of being able to immediately tailor products to match customer preferences and to offer customers the option to “build” their own products appears to be driving production decisions more strongly than slashing labor costs.  [Moi ici: Q.E.D.] Indeed, only about 20 percent of respondents now plan to relocate manufacturing facilities to low-wage countries in Asia, Eastern Europe, and South America; nearly 80 percent are looking at Western Europe (where their largest customer bases are) for new digital factory capacity."
O trecho que se segue parece retirado do discurso do meu parceiro das conversas oxigenadoras:
"One of the more intractable obstacles to a successful digital factory is the makeup of the workforce itself. This type of advanced production approach represents an entirely new model of human–machine interaction, one that not many workers — or manufacturers — are prepared for. In our view, understanding the impact on the people in the company is at least as important as calculating the financial benefit of the digital factory, in part because the former will ultimately impinge on the latter. Employees who feel marginalized by the emphasis on new technologies or who are not equipped to work in that environment will compromise the factory’s chances for success."

segunda-feira, julho 23, 2018

"Unfortunately, alignment is rare"


O poder do alinhamento.
“We don’t hire smart people to tell them what to do.
We hire smart people so they can tell us what to do.”
Research shows that public goals are more likely to be attained than goals held in private. Simply flipping the switch to “open” lifts achievement across the board.
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Once top-line objectives are set, the real work begins. As they shift from planning to execution, managers and contributors alike tie their day-to-day activities to the organization’s vision. The term for this linkage is alignment, and its value cannot be overstated.
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Unfortunately, alignment is rare. Studies suggest that only 7 percent of employees “fully understand their company’s business strategies and what’s expected of them in order to help achieve the common goals.
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When goals are public and visible to all, a “team of teams” can attack trouble spots wherever they surface.
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Transparency creates very clear signals for everyone.”

Excerto de: Doerr, John. “Measure What Matters: How Google, Bono, and the Gates Foundation Rock the World with OKRs”

Análise do contexto

Material para uma análise do contexto:
Levar a ISO 9001 a sério é mais do que trabalhar para a próxima auditoria.

domingo, julho 22, 2018

Fugir da transacção pura e dura

Um exemplo a estudar e a merecer reflexão "Best Buy Should Be Dead, But It’s Thriving in the Age of Amazon":
"Best Buy’s better-known Geek Squad deploys agents to help customers with repairs and installations. The advisors act as, in Best Buy’s language, personal chief technology officers, helping people make their homes smart or merely more functional.
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Now they’re in this conference room practicing how to sell by seeming not to. “Be a consultant, not a salesperson,” Bucknell says. “Use phrases like: ‘How would you like it if,’ ‘Do you think it would help if you could,’ ‘Have you ever thought about.’ ” They’re supposed to establish long-term relationships with their customers rather than chase one-time transactions. They won’t need to anxiously track weekly metrics and, unlike the Geek Squad and blue shirts working in stores, they’ll be paid an annual salary instead of an hourly wage. Their house calls are free and can last as long as 90 minutes."
 Se não se pode ter o preço mais baixo há que fugir da transacção pura e dura.

O que é que pode ser feito?

Lembro-me do meu parceiro das conversas oxigenadoras comentar comigo, talvez em 2011, que estava sempre disponível para trabalhar com novos subcontratados. Estava tão habituado a sofrer com atrasos, com incumprimento de promessas, que tinha sempre a porta aberta a fazer experiências para dar oportunidade a outros.

Na semana que findou estive numa empresa pela segunda vez. Da primeira conversa que tive com os meus interlocutores fiquei com a ideia que tinham graves problemas com a subcontratação. Desta vez perguntei-lhes como tinha evoluído a subcontratação e, para minha surpresa, responderam-me muito animados. Tinham sido obrigados a testar dois novos subcontratados, por incapacidade dos habituais, e tiveram uma surpresa espectacular. Encontraram gente que se punha do lado das soluções e não do lado dos problemas. Escusado será dizer que os subcontratados anteriores não serão opção para o futuro.

Foi disto que me lembrei ao ler "When Solving Problems, Think About What You Could Do, Not What You Should Do":
"Nobody likes a troublemaker at work. We’ve all had colleagues who annoy us or deviate from the script with no heads-up, causing conflict or wasting time: jerks and show-offs who seem to be difficult for no good reason and people who break rules just for the sake of it and make others worse off in the process. But there are also people who know how to turn rule breaking into a contribution. Rebels like Palmieri [Moi ici: Excelente exemplo que abre o artigo] deserve our respect and our attention, because they have a lot to teach us.
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One of the biggest lessons is given a challenging situation — kids who want pizza — we all tend to default to what we should do instead of asking what we could do.
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I then asked participants either “What should you do?” or “What could you do?” We found that the “could” group were able to generate more creative solutions. Approaching problems with a “should” mindset gets us stuck on the trade-off the choice entails and narrows our thinking on one answer, the one that seems most obvious. But when we think in terms of “could,” we stay open-minded and the trade-offs involved inspire us to come up with creative solutions."

sábado, julho 21, 2018

Curiosidade do dia

Quando pensamos que se bateu no fundo do poço, aparece alguém com uma retroescavadora e, continua a escavar.
"Academics at a top British university have been told that they should not use the phrase “as you know” during lectures, because it might make some students feel so bad that they’ll do poorly in their courses.
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These instructions were given at an equality-and-diversity network meeting at Bath University, according to an article in The Daily Mail.
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“Some lecturers used commonly known references stating ‘as you know,’ which could make students feel at fault for not knowing and make it difficult to engage with the course content,’” Berenice Dalrymple, co-chair of the university’s student-union race-equality group, said at the the meeting."

Trecho retirado de "The Phrase ‘As You Know’ Declared a Microaggression"

Comunicar com clareza!

When you’re the CEO or the founder of a company . . . you’ve got to say ‘This is what we’re doing,’ and then you have to model it. Because if you don’t model it, no one’s going to do it."
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For sound decision making, esprit de corps, and superior performance, top-line goals must be clearly understood throughout the organization. Yet by their own admission, two of three companies fail to communicate these goals consistently.
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Leaders must get across the why as well as the what. Their people need more than milestones for motivation.
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In other words: Key results are the levers you pull, the marks you hit to achieve the goal. If an objective is well framed, three to five KRs will usually be adequate to reach it. Too many can dilute focus and obscure progress. Besides, each key result should be a challenge in its own right. If you’re certain you’re going to nail it, you’re probably not pushing hard enough.
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Keep in mind, though, that it’s the shorter-term goals that drive the actual work. They keep annual plans honest—and executed.
Clear-cut time frames intensify our focus and commitment; nothing moves us forward like a deadline. To win in the global marketplace, organizations need to be more nimble than ever before. In my experience, a quarterly OKR cadence is best suited to keep pace with today’s fast-changing markets. A three-month horizon curbs procrastination and leads to real performance gains.”

Excerto de: Doerr, John. “Measure What Matters: How Google, Bono, and the Gates Foundation Rock the World with OKRs”.

Nós é que sabemos o que é melhor para os clientes

“Cars go to a diverse audience and diverse customers, and people don’t always agree with the balance or compromises, and you can’t get upset with that,”
Mesmo no final do artigo, "Car Engineers Scoff at Enthusiasts’ Modifications. But Not Always.",  aparece o trecho acima.

Algo que ajuda a explicar Mongo e a democratização da produção, algo que ajuda a explicar a co-criação, algo que ajuda a explicar o sucesso da Local Motors, algo que ajuda a explicar porque as empresas grandes vão perder o seu mercado actual (a reacção dos engenheiros das marcas):
"“I have no doubt in my mind they cannot do it better,”
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“They can never achieve the finely balanced trade-off we have achieved,”"
Mas a verdade é:
“The reason the market grows the way it does is that the carmakers have a mass-production model and it does not leave a whole lot of room for people who want to improve or personalize or upgrade their cars and trucks,” he said.
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Social media — like websites or Facebook pages for owners of specific models — is also playing an increasing role, Mr. Kersting said.
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Now people who have similar interests are able to find one another and share expertise and the passion they have for whatever segment of automotive lifestyle or hobby they enjoy,” he said. “It has been very good for the market.”"

sexta-feira, julho 20, 2018

Acerca de KPI

Esta semana, em dois projectos relacionados com indicadores usei um disclaimer que sinto necessidade de afirmar. Gosto de usar indicadores (KPI), sou um fã do balanced scorecard (BSC). No entanto, sei que estas ferramentas, KPI e BSC, foram criadas nos Estados Unidos para empresas muito grandes, à escala multicontinental e geridas por pessoas que não tarimbaram ao longo da escada hierárquica na mesma empresa. Assim, um CEO pode chegar ao topo de uma empresa sem nunca ter trabalhado nela previamente. Nesses casos ter KPI é fundamental, já quando se está a falar de uma PME, muita da informação trazida pelos indicadores é pressentida pelo empresário quando escuta o ruído de fundo da empresa. Mesmo numa PME, apesar de tudo, recomendo o uso de alguns KPI, quer para monitorar algo que não é tão visível ou urgente, quer para esticar o nível de desempenho de uma organização para lá dos limites actuais da sua zona de conforto, quer para facilitar o feedback menos subjectivo, quer para facilitar a a aprendizagem de relações de causa-efeito.

Ao ler esta provocação, "Gerir sem KPIs", pensei nestas outras leituras da manhã, "How to Cure a Bad Case of Metric Fixation" e "A timely reminder that using data to make decisions can go very wrong"

Riscos e seu tratamento nos processos (ISO 9001)

Ontem estive numa empresa a trabalhar no desenvolvimento de um sistema de gestão (da qualidade). Estivemos a analisar um processo designado "Entregar materiais para produção" e com três grandes etapas:
  • Enviar encomendas a fornecedores;
  • Receber e controlar entregas;
  • Separar e preparar materiais para produção.
Reunidos com o responsável do projecto e com o Director de Produção olhávamos para o fluxograma que descreve o processo actual. A certa altura o Director de Produção comentou:

- Há algo que não fazemos actualmente, mas que gostava de que se passasse a fazer no futuro. É preciso arranjar alguém com pulso que no dia seguinte à data prevista para a chegada dos materiais ligue aos fornecedores para os controlar em caso de atraso.

Por causa deste comentário, fomos ao fluxograma e criámos um passo para esta actividade. Identificámos uma pessoa que poderia executar esta actividade em acumulação com a carga de trabalho que já tem.

No final, já a conversar com o responsável do projecto comentei:
- Em boa verdade o que estivemos a fazer, sem registos, sem classificação de riscos foi o que a ISO 9001 prevê quando fala de riscos associados aos processos. 

Olhamos para um processo, para a forma como é executado e identificámos um resultado indesejável que ocorre com uma frequência não tolerada pela gestão: o risco de entregas não realizadas na data prevista e que não são comunicadas ao Planeamento. Por isso, o Planeamento não altera o planeamento e ocorrem perdas de produtividade. 

O Director de Produção considerou, sem necessidade de esquemas de classificação, esse risco como relevante e propôs uma alteração ao processo actual para minimizar a ocorrência futura desse risco.

Como se evidencia o tratamento deste risco? Conversando com o responsável do projecto ou com o Director da Produção.

quinta-feira, julho 19, 2018

"Do we even know who our perfect customer is? "

"Is my process built on activity or achieving results?   We can’t rely on numbers to tell the story. It’s the story behind the numbers that counts.
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What is the role of time in my process?  We have to look at this from two sides — our side and how we use our time and the prospect’s side and the level of time we’re expecting from them.
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Do we even know who our perfect customer is?  If we can’t identify our perfect customer, then we’ll never be able to describe our perfect prospect.
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Can I identify and put a value on the top 5 outcomes I help customers achieve?   It’s not what we sell that matters; it’s why we sell that counts. And if we don’t know the value of the outcomes we provide, we will never be anything other than a desperate salesperson.
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Where does prospecting fall in my list of responsibilities?  Nothing contributes to sales frustration more than being torn between too many priorities.   Solution lies not in having too many priorities. It lies in how you structure your time."
Trecho retirado de "Which is More Effective: Your Prospecting Plan or Going to a Casino?"

"Measuring what matters"

Voltar a Agosto de 2008 e a uma das frases mais importantes dos meus últimos 10 anos:
"the most important orders are the ones to which a company says 'no'."
Dizer não, implica ter um critério de escolha.
“It is our choices . . . that show what we truly are, far more than our abilities” (J. K. Rowling)
Measuring what matters begins with the question: What is most important for the next three (or six, or twelve) months? Successful organizations focus on the handful of initiatives that can make a real difference, deferring less urgent ones. Their leaders commit to those choices in word and deed. By standing firmly behind a few top-line OKRs, they give their teams a compass and a baseline for assessment. (Wrong decisions can be corrected once results begin to roll in. Nondecisions—or hastily abandoned ones—teach us nothing.) What are our main priorities for the coming period? Where should people concentrate their efforts? An effective goal-setting system starts with disciplined thinking at the top, with leaders who invest the time and energy to choose what counts.”
 Na empresa desta reunião só pretendem sistematizar um conjunto de indicadores. Identificámos os clientes-alvo e o que procuram e valorizam. Daí seleccionámos um grupo de indicadores.


Fica a faltar ser puxado pelo futuro, fica a faltar deixar a postura do gestor para abraçar a do líder que já viu o futuro e quer puxar a empresa para lá. Uma coisa são indicadores para termos uma noção fundamentada se estamos a cumprir ou não os níveis de desempenho considerados normais. Outra coisa é mudar o status-quo.

Excertos de: Doerr, John. “Measure What Matters: How Google, Bono, and the Gates Foundation Rock the World with OKRs”. iBooks.


quarta-feira, julho 18, 2018

O futuro passará por voltar ao passado

In the 1950’s footwear brands offered many different widths and in-store customer service for bespoke fitting. However, with mass scale global production in the 1970’s and fast fashion of today, this went away. Now 90% of the population buy the wrong shoe sizes or don’t even know their correct shoe size. This has created an average of 20% return rate from brick and mortar and e-commerce sales. This mounts to annual 80 billion of lost revenue for the footwear industry! Thus, the pain point is in correct sizing, fitting and reducing returns and not necessarily figuring out the new trendy color for the spring collection. By offering consumers 127 sizes you can capture 90% more of the population simply by offering a vast size range that serves the consumer directly for accurate fit with 3mm increments. The 90% of the population needs to be provided for different widths and global sizing fitting to encompass all markets. 127 sizes will also increase revenue for brands to better serve the consumer for a better fit.”
O futuro passará por voltar ao passado. Uma ideia que não é nova neste blogue.

Trecho retirado de "Janne Kyttanen: Finding the magic number for customization utilizing 3D printing in your industry"

Números interessantes

Números interessantes:
"Inditex sube un peldaño en ecommerce. Las ventas a través de la Red copan ya el 12% de la facturación total del grupo gallego, el mayor distribuidor de moda del mundo por cifra de negocio.
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En concreto, Inditex facturó 2.534 millones de euros a través de la Red en el último ejercicio fiscal, un 41% más que en el año anterior"
Trechos retirados de "El ecommerce gana peso para Inditex y alcanza el 12% de las ventas del grupo"
"Ecommerce in France grew 14 percent last year. The online business-to-consumer turnover was worth just under 82 billion euros and is expected to rise even further in the coming year. The French ecommerce turnover is forecast to be worth 93 billion euros at the end of this year."
Trechos retirados de "Ecommerce in France was worth €81.7 billion in 2017"

terça-feira, julho 17, 2018

Citações

“Bad companies,” Andy wrote, “are destroyed by crisis. Good companies survive them. Great companies are improved by them.” ”
Outra citação de Andy Grove que me deixou a pensar foi:
“There are so many people working so hard and achieving so little.”

Excerto de: Doerr, John. “Measure What Matters: How Google, Bono, and the Gates Foundation Rock the World with OKRs”.

Indicadores e e estratégia

Esquema da primeira folha que vai animar a reunião de hoje:

O balanced scorecard.
A importância de indicadores relacionados com a estratégia.
O que ter em conta ao desenhar uma estratégia.
Diferenciação e perceber quem são os clientes-avo.
Curva de Stobachoff.

segunda-feira, julho 16, 2018

“activity trap”

Ontem, escrevi:
"Volta e meia recordo o que aprendi há muitos anos sobre o como as organizações da administração pública definem objectivos. Numa empresa define-se o objectivo de atingir X euros de vendas no final do ano. Na organização pública-tipo dirão: "Não podemos controlar a vontade de quem está fora da organização, não podemos ter um objectivo desses". Numa empresa com o ADN de organização pública-tipo adoptariam o objectivo "número de visitas comerciais feitas". Percebem a diferença? Por isso, é que a administração pública está cheia de relatórios de actividades e quase não se vêem objectivos relacionados com eficácia. Recordo "Mais um monumento à treta - parte II"..Talvez esta mentalidade ajude a perceber "Blahblah economia do mar blahblah""
Depois, quando fui fazer uma caminhada matinal, enquanto deparava com isto:


Lia:
“Andy Grove’s quantum leap was to apply manufacturing production principles to the “soft professions,” the administrative, professional, and managerial ranks. He sought to “create an environment that values and emphasizes output” and to avoid what Drucker termed the “activity trap”: “[S]tressing output is the key to increasing productivity, while looking to increase activity can result in just the opposite.”

Excerto de: Doerr, John. “Measure What Matters: How Google, Bono, and the Gates Foundation Rock the World with OKRs”

Para reflexão

Relacionar "This Is How a Brick-and-Mortar Store Can Thrive in the Age of Amazon" com "Britain’s Online Shopping Boom Is a Bust for the High Street".

Quando o exterior muda mais rapidamente que uma organização, não demora muito a sentir-se um desfasamento. O mais natural, para quem tem o locus de controlo no exterior, é procurar um culpado e um papá para evitar a mudança interna que se impõe. O clássico "A vítima, o vilão e o salvador".





domingo, julho 15, 2018

Metáforas económicas


Esta manhã aproveitei uma caminhada de 6 km para descobrir mais um pouco da Gaia urbana mais recente. A certa altura deparo com a imagem acima.

No lado direito a relva cortada em torno do bloco de apartamentos. A relva representa o planeamento central e a monocultura.

Onde o planeamento central acaba começa a diversidade e a cor.

E não consigo pôr aqui o chilrear da passarada naqueles arbustos.

"an effective, well-integrated business model"


“The basic architecture underlying all successful businesses consists of four interdependent elements that can be represented with four boxes. Every thriving enterprise is propelled by a strong customer value proposition (CVP)—a product, service, or combination thereof that helps customers more effectively, conveniently, or “service, or combination thereof that helps customers more effectively, conveniently, or affordably do a job that they’ve been trying to do. The CVP describes how a company creates value for a given set of customers at a given price. The profit formula defines how the company will capture value for itself and its shareholders in the form of profit. It does this by distilling an often-complex set of financial calculations into the four variables most critical to profit generation: revenue model, cost structure, target unit margin, and resource velocity. Finally, key resources and key processes, are the means by which the company delivers the value to the customer and to itself. These critical assets, skills, activities, routines, and ways of working enable the enterprise to fulfill the CVP and profit formula in a repeatable, scalable fashion.
...
Every successful company is fulfilling a real customer job-to-be-done with an effective, well-integrated business model, whether it knows it or not

Excerto de: Mark W. Johnson. “Reinvent Your Business Model: How to Seize the White Space for Transformative Growth”

sábado, julho 14, 2018

"focus, alignment, commitment, tracking, and stretching"



Muito, muito sumo!!!

"reality denial is more about identity than information"

Relacionar "Afinal não há dinheiro"  com "How to Talk to Someone Who Refuses to Accept Reality, According to Behavioral Science":
"Facts don't win arguments.
...
When faced with threatening information, people often stick their heads in the sand.
...
The problem is almost certainly one of emotions, not knowledge.
...
And because reality denial is more about identity than information, throwing facts at the problem usually backfires. "Research on a phenomenon called the backfire effect shows we tend to dig in our heels when we are presented with facts that cause us to feel bad about our identity, self-worth, worldview or group belonging,""





sexta-feira, julho 13, 2018

"A race to the top"

"A race to the top, one that doesn’t happen simply because you announced you’re going to try harder. It happens because you invest in training, staff and materials to make it likely you can actually keep that promise."

Pesquisar aqui no blogue:

  • race to the top
  • race to the bottom

A produção do futuro

"Factories will still exist in 2050: buildings where people operate machines that make particular products. It’s difficult to fully imagine the economic structures of a world where cheap, high-volume, mass-production 3-D printing is commonplace. But we can hazard some guesses. Designers will be more esteemed than machinists. Products will be adapted for local needs and preferences, and organic in appearance. There will be fewer warehouses. Factories themselves will be more numerous, smaller, and mostly dark, their machines quietly tended by a highly technical guild."
Fábricas do futuro sim, mas com uma interpretação diferente para o que entendemos por fábrica.

Fábrica = oficina cooperativa de co-criação?
Fábrica = maker's space onde uma cooperativa de artesãos tecnológicos ajudam clientes a co-criarem soluções para os JTBD

Trecho retirado de "3-D Printing Is the Future of Factories (for Real This Time)"

BTW. este artigo "Now you can 3D print an entire bike frame" termina de uma forma que demonstra como muita gente pensa que é possível alterar o método de produção sem que isso tenha implicações na propriedade da produção. Depois de ler:
"Since the robot does all the work, there are no labor costs, it’s feasible to manufacture in the U.S. or Europe and avoid the carbon footprint of shipping bike componets across the ocean.
...
Bike brands can design their own new bikes using the system, and the same software could be used to create custom frames for customers within a bike store.
...
“The beauty of 3D printing is you can build something with the economics of one unit, because there’s no tooling required,” says Miller. “Not only can we tailor the size, but we can also tailor the ride characteristics, too. Some people want a harder bike or a stiffer bike; some people want a softer, more compliant bike. Because that’s all software controlled, ultimately, we just dial that into the software recipe and then we print that particular recipe out.”"
Não faz sentido terminar com:
"The bikes will be in mass production next year." 
Ou alguém percebeu mal ou há um gato escondido com o rabo de fora.

quinta-feira, julho 12, 2018

"argue for clarity about the most important choices"

"For more established companies, the challenge is different. They risk having their choices become stuck in whatever they have been doing all along regardless of how customers, competitors, technology, or regulation evolves. This is both the effect and cause of a kind of corporate myopia wherein opportunities and imperatives to innovate are missed, and a form of corporate drift in which the company’s essential strategy choices passively evolve without forethought and deliberation. The myopia makes a company fall behind in an ever-changing world, and the drift produces a lack of clarity in the organization. Together, they inevitably make execution an exercise of running harder to stay in the same place. But having a combination of stated and working choices solves this problem, because the former forces subconscious strategy to the surface, and the latter shines a light on those issues and opportunities that require strategic innovation.
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Your leader resists strategy because he fears he’ll lose the flexibility to change his mind, and the company’s direction, if warranted by new developments. Your solution is to argue for clarity about the most important choices that will guide the company’s priorities, lower-level decisions, and actions — and for clarity on the issues and opportunities that he and his team should be working on in order to keep pace with an always-changing world. With this understanding, the company is both anticipating and responding to how its direction should evolve in a deliberate way. That’s how you get the benefits of having both a decisive and flexible strategy without having to utter the word to someone who cannot stomach it."
Trecho retirado de "Strategy Talk: Can Strategy Be Decisive and Flexible?"

Cuidado com as exportações

Recordar "Acerca do perfil de exportações de 2017" com:

Em Novembro passado, olhando para o acumulado de 2017 até Setembro enunciava a minha preocupação com o facto do peso do Parcial I ter caído:
"Uma pena o "Parcial I" ter perdido peso naquele "Total" da figura, uma evolução que não via há muito tempo."
Agora, olhando para o acumulado das exportações de 2018 até Maio, é simplesmente impressionante a evolução do Parcial I:

O crescimento dos sectores que acompanho é cerca de 64% do que foi em 2017 e passou a ser quase todo da responsabilidade do Parcial II e aqui da responsabilidade das exportações de automóveis. O Parcial I anda nos 10,4%!!! Terrível para quem em 2016 escreveu isto.

Um milhão de euros exportado por 10 PME tem um impacte e um destino muito diferente de um milhão de euros exportado por uma empresa grande.

quarta-feira, julho 11, 2018

O inimigo do futuro

"He supports the idea that the world is broadly healthier, better educated and happier. But he argues this has only come about because of the activism of the discontented. His stark criticisms serve a higher purpose. “At every increment of improvement in human history somebody got pissed off and said, ‘This can be better, this must be better’. To be an optimist has to mean being a critic. The enemy of the future is not the pessimist but the complacent person.”
Trecho retirado de "Jaron Lanier on fighting Big Tech’s ‘manipulation engine’"

Tracção para a loja online

"What do 93 percent of the largest online retailers in Germany have in common? They all have a digital corporate magazine. In Germany, 28 of the 30 biggest online stores have at least one company magazine.
...
The German digital marketing agency Seokratie looked at the 30 most successful online shops in Germany to determine how many of them runs a company magazine, which it described as something that’s digitally available, with regular editorial content that’s separated from the home page, no PR messages and written in German.
...
Seokratie found out that if an online shop has several magazines, these are also aimed at different target groups."
E a sua empresa, como cria tracção para a loja online?

Trechos retirados de "Most online shops in Germany have a digital magazine"

terça-feira, julho 10, 2018

Cuidado com a absolutização do que a nossa empresa produz (parte II)

Há dias sublinhei:
"Too often solutions are limited to ideas that can easily be shown to incrementally solve existing business goals. Crazy ideas, projects, or initiatives that don’t fit into the mold get rejected."
Domingo, ao ler "Trabalhadores “robot” nas fábricas da VW" e ao ver este vídeo:

"Para minimizar esta situação, a Volkswagen está a recorrer a exoesqueletos robóticos para suportar uma boa parte do esforço, poupando o físico dos funcionários. Não se trata de transformar os trabalhadores em verdadeiros “robocops”, mas tão só de lhes colocar à disposição uma estrutura articulada e assistida, que numa primeira fase facilite as operações realizadas com os braços em posição mais elevada."
Recordei esta figura daqui:
e previsões feitas nos últimos anos aqui no blogue:

"Há coisa de 1/2 anos li um artigo em que um técnico de uma empresa sueca líder no seu sector, a Permobil, discorria sobre as inovações que tinham em curso. Pensei o quão limitados e concentrados nas cadeiras de rodas estavam, na altura começava a ver os artigos sobre experiências com exoesqueletos, os artigos sobre drones controlados pelo pensamento, sobre os smartfones para os paralisados, sobre as aplicações para educar, treinar, ensinar, crianças especiais."

"Once you start looking for metaphorical cheap shower curtains, they're everywhere"

As cortinas de chuveiro são bons fomentadores de reflexão.

Recordo de Domingo último "Avoid moving from ‘Puzzle solvers’ to ‘number crunchers’". Depois, recomendo a leitura de "Cheap shower curtains":
"The unskilled cost accountant might suggest you outfit your new hotel with cheap shower curtains. After all, if you save $50 a room and have 200 rooms, pretty soon, we're talking real money.
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On the other hand, experience will demonstrate that cheap shower curtains let the water out, causing a minor flood, every day, room after room. And they wear out faster. Cheap shower curtains aren't actually cheap.
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Productivity pays for itself.
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Once you start looking for metaphorical cheap shower curtains, they're everywhere."

segunda-feira, julho 09, 2018

O que acham que vai voltar a acontecer?

Sugestão: colocar estes ingredientes numa panela,


mexer muito bem, dar tempo ao tempo e ... voilá!

O que acham que vai voltar a acontecer?


Qual é a teoria da conspiração?

Ao ler "That Noise You Hear Is the Sound of Globalization Going Into Reverse" nasceu em mim uma teoria da conspiração.

Há muito neste blogue que se fala do refluxo da maré da globalização e da reindustrialização da Europa. Fenómeno que represento metaforicamente com uma imagem da Torre de Babel. Por exemplo:
E nunca esquecer uma especulação feita aqui em Agosto de 2008.

Qual é a teoria da conspiração?

10 anos depois do pico da globalização, 10 anos depois da maré ter mudado, 10 anos depois de se começar a falar em reindustrialização do Ocidente é que se inicia uma guerra de taxas alfandegárias? Quem é que tem a ganhar com isso?

As empresas que foram para a China mantiveram-se em jogo com base no preço/custo e nunca foram obrigadas, ou sentiram necessidade de um esforço de subida na escala de valor. Agora que o modelo baseado na China deixa de ser viável até para essas empresas grandes, elas percebem que não têm ADN competitivo para outra forma de competição. Por isso, sentem que precisam de tempo para arranjar uma alternativa. Nada que uma mão amiga no poder político não possa fazer: criar uma barreira alfandegária protectora.

Quem serão os principais prejudicados? 

Os consumidores e ... as empresas que nunca embarcaram na produção na China e, por isso, tiveram de se adaptar ao mundo competitivo tendo em conta outros factores que não o preço.

BTW, o título do Wall Street Journal é um bom sinal da cegueira em que o mainstream financeiro vive face à economia real. Até parece que a globalização só agora vai ser revertida. Come on!

domingo, julho 08, 2018

"Avoid moving from ‘Puzzle solvers’ to ‘number crunchers’"

"In the early stage of any JTBD uncover, managers are puzzle solvers: they work hard on uncovering the richness of it. But when they start having operational data (volume, profitability…) about products, clients, channels, etc. they start thinking about how to sell more products to existing customers. And they lose focus. They forget the reason that brought them success in the first place."
Trecho retirado de "10 takeaways from Christensen’s latest book"

"a natural fit for their agile development philosophies"

"Domestic manufacturing enables companies like Burrow and Chapter 3 to continually refine their designs and ramp production up and down in response to customer feedback. They can also ship directly to consumers, reducing delivery times.
...
“[Burrow] can send over an idea to me or my husband, and sometimes in the same day we can mock up a modification of something,” Schock says. “We can get the email, walk downstairs to the plant, and pull it together.”
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She adds: “The consumer, if they want more choices, you’re going to need to have shorter lead times and smaller quantities. Importing doesn’t adhere to those things.
...
he and others are discovering that domestic manufacturing is a natural fit for their agile development philosophies. “I’ve made stuff in China, it’s a huge pain in the ass. You can’t be very reactive in your iteration process, and there are high minimum order quantities,” Kan says. “The cool thing about the internet is that you can make changes very quickly. Taking some of that to the physical goods world is really good.”"
Demoram tanto a perceber isto?

Trechos retirados de "From Mexico To Mississippi: Why This Sofa Startup Is Now “Made In The USA”"

sábado, julho 07, 2018

Sintomas

Sintomas de como as coisas estão a mudar, o corte com o século XX que Mongo nos traz:

O aumento da customização, da diversidade:

Começa hoje!

O maior espectáculo desportivo em solo europeu.

Bom título "Le Tour de Froome"

Blahblah economia do mar blahblah

Recordar Outubro de 2012 e "Os portugueses esperam demasiado do seu governo" e as ilusões de um anónimo engenheiro da província em Março de 2012:
"O anónimo engenheiro da província pensava, na sua ignorância e ingenuidade, que o dia seguinte constrói-se mais depressa quando o Estado sai da frente, não empecilha, não chateia, não atrasa, não privilegia, não orienta... o diletante lisboeta que acabou de saltar da carruagem das PPPs quer apanhar agora a carruagem da Economia do Mar, ou a da ligação ferroviária de mercadorias, ou a da energia das ondas, ou um cluster criado em laboratório (mesas de almoço) de algum banco de algum "puppet maker"?"
2012 foi um ano muito "Economia do Mar", em Outubro escrevi "Não atravessarão o Jordão", mas 2015 também:
"E quando oiço falar na "Economia do Mar" começo logo a pensar em muitos macacos a voar com dinheiro impostado aos contribuintes actuais e, sobretudo, futuros."
Só falta recordar os Prós e Contras sobre o tema... ainda há dias ia a conduzir e ri-me até mais não, depois chorei, quando ouvi na rádio que Miguel Cadilhe ia botar faladura nas jornadas par(a)lamentares do PSD sobre como contrariar a desertificação do interior, quase ao nível de pôr Mira Amaral a falar empreendedorismo, ou de pôr Cravinho a falar sobre o retorno das SCUTs.

Agora leiam isto se faz favor:
"Something odd has happened to Iceland’s fisheries. In Icelandic waters, cod numbers have hit a historic high. But rather than taking advantage of this bountiful fishing opportunity, the annual catch has decreased by 45 percent since 1981. Over the same period, the total export value of Icelandic cod products has increased by more than 100 percent. The cause of this peculiar and seemingly contradictory trend is partly explained by Iceland’s Ocean Cluster House or what is commonly referred to as the “Silicon Valley of White Fish.”
...
In other words, they are businesses developing ideas that use fish meat, oil, skin, bones and intestines, to draw value out of produce that would otherwise be trashed. “From one cod we can maybe get $12 for the fillet. But if we use the whole round we can get $3,500 for each cod,” explains Ocean Cluster’s founder, Thor Sigfusson. The “value-added approach challenges the notion that a fish’s primary purpose is a fillet,” he notes."
 Trechos retirados de "Icelanders Turn $12 Cod into $3,500 Worth of Products"

sexta-feira, julho 06, 2018

É triste ...

É triste não fazer parte do rebanho e saber para onde vamos, com muita antecedência. Recordo a brilhante afirmação do ICI-man (Sir John Harvey-Jones):
"Planning is an unnatural process; it is much more fun to do something. And the nicest thing about not planning is that failure comes as a complete surprise rather than being preceded by a period of worry and depression." [BTW, olhar para o título do postal de Maio de 2009]
Em, "Suspenso no Tempo (II)", leio:
"Se os números não estiverem completamente errados, Portugal terá sido ultrapassado em 2018 pelos países do Alargamento. República Checa, Eslovénia, Eslováquia, repúblicas Bálticas têm agora um rendimento per capita superior ao português. Não tinham há quinze anos. E eram países significativamente mais atrasados que Portugal há trinta anos. Mas as más notícias não param. Portugal desceu de 84% em 1999 para 78% do rendimento per capita europeu em 2018. Portugal está hoje mais distante da média europeia do que em 1999. E ainda há mais. Olhando os países que ainda estão atrás de Portugal em 2018, se as trajetórias de crescimento não forem significativamente alteradas, Croácia, Hungria e Polónia ultrapassarão Portugal na próxima década. Quer isso dizer que, dentro de dez anos, com enorme probabilidade, apenas a Bulgária e a Roménia serão mais pobres que Portugal." 
Ah! A caminho da Sildávia do Ocidente:



Recordo também, "Frases de ministro quase sempre envelhecem mal" (Março de 2018):
"As principais economias da União Europeia crescem sempre menos que as economias da Europa de Leste. Assim, vamos paulatinamente sendo ultrapassados na criação de riqueza per capita por esses países, enquanto que por cá, governos de esquerda e de direita se enganam, e enganam-nos, ao compararem o crescimento do PIB com a média da União Europeia."
BTW, e mesmo a Roménia ...



Acerca do impacte da China

Ler:
"The increased range and quality of China's exports is a major ongoing development in the international economy with potentially far-reaching e􏰁ects. In this paper, we examine the impact of the China's integration in international trade in the Portuguese labour market. On top of the direct e􏰁ffects of increased imports from China studied in previous research, we focus on the indirect labour market e􏰁ffects stemming from increased export competition in third markets. Our 􏰄findings, based on matched employer-employee data in the 1991-2008 period, indicate that workers' earnings and employment are signi􏰄cantly negatively affected 􏰁 by China's competition, but only through the indirect 'market-stealing' channel."
 E recordar:

quinta-feira, julho 05, 2018

"Imagination is greater than knowledge."

"That experience taught me the supreme importance of imagination over memory. If people live out of their memory, they're bound to the past. If they live out of imagination, they create opportunity. Peter Drucker said that effective executives are opportunity-minded; ineffective executives are problem-minded. Effective executives focus on the future. Ineffective executives focus on the past; in fact, they see the present through the past; effective executives see the present through the future. Imagination is more powerful and significant than memory. As Einstein said, "Imagination is greater than knowledge.""
O último sublinhado fez-me recuar à conversa oxigenadora que tive ao almoço esta semana. O meu parceiro contava-me, algo horrorizado, os relatos que a filha faz do ensino superior como sintomas de um apodrecimento sistémico do mesmo.

Professores que lêem acetatos, professores sem experiência de vida fora da academia, professores que repetem ano após ano os testes que dão, professores com 5 alunos nas aulas quando têm mais de 100 inscritos na pauta. Professores perdidos no tempo e sem capacidade ou vontade de comunicar. Interrogamos-nos sobre o papel, sobre a importância do ensino superior hoje, num tempo em que o conhecimento está por todo o lado. Interrogamos-nos sobre a incapacidade do sistema se regenerar porque a sua razão de ser são os funcionários, recordei o ministro da Saúde há tempos que disse que o SNS existia para os funcionários e recordei esta estória de 2016:
"Parei, invadido pelo pensamento sobre a resistência à mudança que os incumbentes levantarão... médicos, farmacêuticos, empresas produtoras de medicamentos, políticos que dependem destes três universos. Então, veio-me à mente a conversa deste mês de Agosto com estudante da FCUP do curso de Ciências de Computação. Segundo ele, o curso foi objecto de reformulação há dois anos. No entanto, continua a não dar toda uma série de linguagens de programação que as empresas precisam, mas que os professores não dominam, nem têm motivação para aprender (esse estudante passou parte do mês de Agosto a estudar programação para Android nos cursos da Udacity).
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Se a FCUP optasse por contratar professores para darem aulas sobre essas linguagens os professores incumbentes sofreriam.
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Para que existe mesmo uma organização pública?"
Acabámos por concluir que o mal do apodrecimento da universidade já não é assim tão problemático precisamente porque hoje em dia o conhecimento está muito mais acessível e distribuído. Foi então que chamei a atenção para este texto, "Why Unschoolers Grow Up to Be Entrepreneurs":
"It shouldn’t be surprising to learn that many unschoolers become entrepreneurs. Able to grow up free from a coercive classroom or traditional school-at-home environment, unschoolers nurture interests and passions that may sprout into full-fledged careers. Their creativity and curiosity remain intact, uncorrupted by a mass education system intent on order and conformity. Their energy and exuberance, while a liability in school, are supported with unschooling, fostering the stamina necessary to successfully bring a business idea to market. Like entrepreneurship, unschooling challenges what is for what could be."
Imaginação, muito mais poderosa que o conhecimento... como não recordar o herói da minha juventude, MacGyver, e a sua frase, "Well, I say we trust our instincts—go with our gut. You can't program that. That's our edge.""

Trecho retirado de "Currents in the Stream"

"Many of today’s biggest companies will no longer exist in 10 years"

"Many of today’s biggest companies will no longer exist in 10 years. Why? Because rapidly emerging new technologies will make the problems they’ve spent their history solving obsolete.
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Too often solutions are limited to ideas that can easily be shown to incrementally solve existing business goals. Crazy ideas, projects, or initiatives that don’t fit into the mold get rejected. While this keeps the company focused and efficient, it’s exactly what leads to disruption. Because world-changing ideas are crazy—until they are a massive breakthrough."
Lembrei-me logo desta estória, "Mongo a bater à porta. Tão bom!!!":

Trecho retirad de "How to Leverage the Power of Science Fiction for Exponential Innovation"

quarta-feira, julho 04, 2018

O Brexit e as suas marcas

O Rui Moreira chamou-me a atenção para este texto "Brexit deal or no deal, protect your trademarks now".

Se calhar isto não passa de um engodo para levar as empresas a registar as marcas no Reino Unido, ou não.
"If no deal is reached, then from 30 March 2019 brand owners will no longer have protection in the UK. This will leave them vulnerable to third parties or trademark trolls – or both – that apply to register UK marks for brands. They will have to rely on earlier use in the UK to prevent the “trademark trolls” succeeding with their applications for registration. Proving an unregistered right is much harder than relying on a registered right."
Veja no caso da sua empresa se há alguma coisa a considerar, ou não.

"portray a wide array of causes as a causal network"

Em Junho de 2009 no postal "Fazer a mudança acontecer (parte VI e meio)" escrevi:
"Durante muitos anos utilizei o diagrama de causa-efeito para organizar, para arrumar as diferentes causas que podem estar na origem de um dado efeito.
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Continuo a usá-lo para problemas de menor dimensão.
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Contudo, para problemas mais complexos, considero a sua abordagem cada vez mais "perigosa" porque veícula uma visão demasiado linear do mundo."
Em Julho de 2018, leio o artigo "Explaining Explanation, Part 3: The Causal Landscape", publicado por IEEE Computer Society em IEEE Intelligent Systems em Março/Abril de 2018, onde encontro:
"The concept is to portray a wide array of causes as a causal network, to help people escape from their single-cause, determinate mindset, but then to highlight a smaller number of causes that matter the most and that suggest viable courses of action. These are the causes that: (a) contributed most heavily to the effect (if they hadn’t occurred, neither would the effect), and (b) are the easiest to negate or mitigate.
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When we want to take steps to prevent an adverse event, the highlighted nodes in a causal network are the places to start exploring.
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The causal landscape’s two-step method highlights the few causes worth addressing through: their impact score, which reflects how much each cause influenced the effect; and their reversibility score, which reflects the ease of eliminating that cause. The causes that had the strongest impact and are the easiest to reverse are the ones that offer the greatest potential to prevent future accidents or adverse events.
The causal landscape is a hybrid explanatory form that attempts to get the best of both worlds—both triggering and enabling causes. It portrays the complex range and interconnection of causes and identifies a few of the most important ones. Without reducing some of the complexity, we’d be confused about how to act."

terça-feira, julho 03, 2018

"And that experience will need to be fundamentally human"

"today’s most successful brands treat their customers as users, not buyers. They make life easier. They build relationships with their customers. They inspire loyalty and advocacy, not just one-time sales.
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These companies craft their brand experience as a designer would, thinking about every touchpoint — before, during, and after the purchase — from the user’s point of view.
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Because they view the shopping experience from your perspective, they’re able to deliver an optimal mix of products, services, and support for each channel.
...
Consumers want in-person experiences — in fact, online retailers that open brick-and-mortar locations report five- to eight-fold increase in sales. Brands that use physical space to its full advantage understand how to pamper their customers with personal service that inspires loyalty and appeals to shoppers’ emotions.
...
Mindsets are difficult to change, but a shift is both necessary and urgent in the case of retail. Our expectations as consumers will continue to rise, and businesses will need to deliver at every turn. It won’t be enough to adopt flashy new technologies or invest in buzzy activations. Retailers will need to understand how every touchpoint with their brand contributes to a holistic experience. And that experience will need to be fundamentally human."
Trechos retirados de "From Muji to Ikea: Why the best retailers think like UX designers"

Mais outro exemplo: Provinciano, mas muito à frente (parte II)

Parte I.

Vai continuar a aumentar a frequência com que o tema vai ser objecto de conversa. O retorno do artesão e da arte casados com a tecnologia.

BTW, reparar nesta foto no final da página:


Fez-me regressar a Julho de 2016 e a uma pergunta que coloquei a empresários do calçado: "Não receiam que um dia um par de sapatos possa ser feito e vendido por um trabalhador a partir de casa?" É o que está a acontecer cada vez mais (recordar o lago de nenúfares)
"Craftsmen like Grasso, who is now in his 80s, have remained out of the limelight for decades, as globalisation has put the emphasis firmly on brand names and industrialised manufacturing. But an exhibition opening in Venice in September, at the Fondazione Giorgio Cini on the island of San Giorgio Maggiore, seeks to turn the spotlight back on European craftsmanship and its tradition of master craftsmen.
...
he believes the robotics revolution has a silver lining for traditional manufacturing. “There will be a premium on the human eye and hand. And Europe has got that,” he says."
Um sério risco da nata do online não ser para a fábrica, mas para o operário-artesão contratado directamente pelo vendedor online.

Trecho retirado de "Homo Faber: the master craftsman versus the machine"

segunda-feira, julho 02, 2018

"Identify your core market of primary customers" (parte II)

E em alinhamento com a importância da noção de cliente-alvo, "Identify your core market of primary customers", este texto, "NBA players love this shoe brand so much, they just bankrolled it":
"The brand, launched by a husband-and-wife team from Utah, creates twists on classic men’s shoes, like oxfords made of interesting materials, wools mixed with leathers, and boots with woven designs. While most startups play it safe with their first collections, Taft co-founder Kory Stevens believes the key to the brand’s success has been to stand out. “My thinking was, if we don’t create designs that really pop online, we’re just going to fade into oblivion,” he tells me. “The strategy worked. A certain type of customer really gravitated to this look, and it started spreading virally.”"

"Identify your core market of primary customers"

Uma mensagem ainda mais antiga que este blogue. Um marcador dos primeiros tempos: Julho de 2007; Março de 2008:
“For firms that have truly made the shift to the customer-driven mindset, here are some of the practices that tend to emerge.
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1. Target. Identify your core market of primary customers. Delighting this group is important so that you have a resilient customer base. Trying to satisfy everyone at the outset practically guarantees average products and services that will not delight anyone. Careful choices need to be made in terms of where to put one’s efforts."
Como eu gosto da imagem deste postal de 2008:


Excerto de: Stephen Denning. “The Age of Agile”

domingo, julho 01, 2018

Compreender o contexto

Quem trabalha com PME exportadoras e trabalha a ISO 9001 tem obrigação de chamar a atenção das empresas para estas questões, "Guerra arancelaria: el textil en la trinchera":
"El viernes, nueve categorías de productos textiles procedentes de Estados Unidos comenzaron a pagar el 25% de aranceles al llegar a suelo europeo, situación que está generando cierta incertidumbre en la industria de la Unión Europea, por saber cómo responderá el presidente Donald Trump a esta medida.
...
De hecho, China ya gravó con aranceles del 25% a 659 productos procedentes de Estados Unidos, entre esos el algodón."

Hollowing e radio clube

Do texto "Hollow inside" sublinho:
"When we bring a brand to the world, it’s rare indeed that people are okay with it having nothing inside. The wrapper matters, but so does the experience within."
E recordo que desde Novembro de 2010 uso o termo "hollowing" que partir de Agosto de 2011 passou a ser um marcador.
"Aquilo a que assistimos são as consequências do esvaziamento da diferenciação dos produtos. Ficou a marca, mas o produto sobre o qual a marca assentava... está igual ao da marca do Pingo Doce..."
E desde Julho de 2011 que também uso o marcador radio clube:
"As marcas fogem à matematização... mas não as marcas ôcas, porque se tornaram ôcas, porque se radioclubeportuguisaram, e já só são um nome, uma carcaça exterior."

sábado, junho 30, 2018

Quantas variantes dum produto?

Um tema que deve interessar a quem se preocupa com posicionamento, proposta de valor e perceber o cliente-alvo:
"Consumers almost always tell researchers that they prefer to have many versions of a product from which to choose. But, in fact, consumers’ perceptions of how many choices they prefer change depending on whether they intend to use an item for pleasure or to meet a functional need. (Think of a swimsuit desired for beachwear versus swimming laps.) For retailers, that difference has big implications for the problem of assortment — how many variations of a single product to offer.
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Consumers motivated by pleasure believe that what pleases them differs greatly from what pleases most other people. They will therefore prefer a large assortment. But when seeking to meet a utilitarian need with the same product, they are less inclined to see their preferences as being greatly different from those of other people. They will then be satisfied by a smaller assortment from which to choose."
O texto competo pode ser encontrado em "How Many Versions of a Product Do Consumers Really Want?"

Rumo ao socialismo

Ontem fui reler umas páginas de "Inovação e Gestão" de Peter Drucker (neste postal de 2006 pode ver-se como foi um livro importante para mim) e choquei contra este trecho:
"A actividade empresarial assenta numa teoria económica e social. Essa teoria encara a mudança como algo normal e até saudável. E crê que a principal tarefa da sociedade - e especialmente da economia - é fazer-se algo diferente e não fazer-se algo melhor do que aquilo que já foi feito ... o empresário perturba e desorganiza."
E fiquei a pensar como neste país de incumbentes ... pensando melhor o mal não é luso, está a generalizar-se, como neste mundo há cada vez mais empresários preocupados em manter o status quo, que querem no fundo ser funcionários públicos encapotados, por exemplo, aqui.

sexta-feira, junho 29, 2018

"porque o mundo está a mudar "

Interessante:
"No âmbito desta aposta nas exportações, a AORP acaba de lançar uma nova campanha de promoção internacional da joalharia portuguesa - intitulada "Portuguese Jewellery À La Carte" -- cujo objetivo é "criar um formato de promoção paralelo ao das feiras", mais "intimista", e através do qual "se consegue transmitir mais eficazmente a essência e o universo de valores que distinguem a joalharia portuguesa, como a manualidade".
...
Segundo Fátima Santos, "a China revelou-se interessante porque, apesar daqueles chavões de produto massificado, de copiadores e de baixo preço e baixa qualidade, o setor está a fazer vendas para galerias e lojas de posicionamento muito elevado de Xangai e da China continental, que procuram um produto de excelência e encontram-no no mercado português".
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Os planos da associação passam depois por replicar este modelo em França, um dos principais mercados de exportação do setor, nos EUA (onde tem também em curso "uma investida interessante"), na Holanda e em Espanha.
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"Sentimos que há esta necessidade porque o mundo está a mudar e as feiras cada vez mais resultam menos. São momentos mais difíceis, que requerem investimentos muito grandes e têm uma lógica mais passiva, de esperar pelo contacto do comprador, e muitas vezes o sucesso de uma empresa é determinado por um comprador que conseguiu seduzir num ambiente mais intimista através de uma abordagem direta ao consumidor final", afirmou a responsável."

Trechos retirados de "Exportações portuguesas de ourivesaria e joalharia atingem os 100 ME em 2017"

A evolução do papel da loja física

O amigo Rui Moreira fez-me chegar este artigo "La jefa de venta ‘online’ de Mango: “En las tiendas han de pasar cosas, no pueden seguir igual otros 100 años”" de onde sublinho:
"P. Según un estudio, las mujeres prefieren la tienda física por probar la prenda y apreciar su calidad.
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R. No lo he leído, pero en Europa lo veo difícil, quizá en España... La tendencia dice lo contrario. La discusión hoy en día es cuánto, qué porcentaje de la venta de moda será online. Algunos apuestan por un 30%, otros por un 50%...
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P. Ahora mismo en España estamos en un 4-5%. Usted, ¿qué prevé?
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R. Dependerá de cómo asignemos la venta. La venta, ¿qué es? ¿La transacción? Si al final se paga todo con móvil, ¿toda la venta será online? Pero te aseguro que ese 5% no se va a quedar ahí. Yo calculo que España llegará en breve al 20-30%, y los más maduros, 50%.
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P. ¿Y la tienda?
.
R. Va a seguir existiendo, claro que sí. Otra cosa es que la función de la tienda a lo mejor ha de ser diferente. Ahí estamos todos trabajando. En qué te puedo ofrecer para que salgas de la comodidad de tu casa y vengas a nuestras tiendas. Probablemente irá por el entorno de lo social, de lo sensorial... Han de suceder cosas. No podemos pretender que las tiendas vuelvan a estar 100 años más igual. Apple, por ejemplo, está haciendo cosas en ese sentido. En sus tiendas pasan cosas y no están relacionadas con la transacción pura y dura."
Difícil para muita gente abandonar a postura tradicional: eu é que sei o que é que os clientes querem.

Como não recordar a Papelaria Fernandes.