Quando ouço os políticos, todos os políticos, a falar embevecidos acerca da inovação, sinto que há algo que não estão a considerar.
Os políticos adoram, idolatram a inovação. E quando falam de inovação, só falam sobre, só vêem inovação tecnológica.
O livro que mudou a minha vida, adquirido numa feira do livro de 1989, "Inovação e Gestão" de Peter Drucker, aborda a temática da inovação numa perspectiva pragmática.
"... a inovação sistemática implica o exame de sete fontes de oportunidades para a inovação."
- o inesperado;
- a incongruência;
- a inovação baseada em necessidades operativas;
- as mudanças na estrutura da indústria ou na estrutura do mercado, que apanham toda a gente desprevenida;
- os factores demográficos;
- as mudanças de percepção, atitude e significado; e
por fim, Drucker acrescenta:
- os novos conhecimentos, tanto científicos, como não científicos.
Depois justifica:" Mas a ordem em que estas fontes serão discutidas (
no livro) não é arbitrária. Elas encontram-se enumeradas por ordem decrescente de fiabilidade e previsibilidade. Porque, contrariamente àquilo que geralmente se crê, os novos conhecimentos - e especialmente os novos conhecimentos científicos - não constituem a fonte mais segura e mais previsível de inovações bem-sucedidas. Apesar de toda a sua proeminência, de todo o seu fascínio e importância, a inovação baseada na ciência é realmente a menos digna de confiança e a menos previsível."
Já me esquecia do capítulo 14, "A actividade empresarial nas intituições do serviço público"
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