sexta-feira, julho 20, 2018

Riscos e seu tratamento nos processos (ISO 9001)

Ontem estive numa empresa a trabalhar no desenvolvimento de um sistema de gestão (da qualidade). Estivemos a analisar um processo designado "Entregar materiais para produção" e com três grandes etapas:
  • Enviar encomendas a fornecedores;
  • Receber e controlar entregas;
  • Separar e preparar materiais para produção.
Reunidos com o responsável do projecto e com o Director de Produção olhávamos para o fluxograma que descreve o processo actual. A certa altura o Director de Produção comentou:

- Há algo que não fazemos actualmente, mas que gostava de que se passasse a fazer no futuro. É preciso arranjar alguém com pulso que no dia seguinte à data prevista para a chegada dos materiais ligue aos fornecedores para os controlar em caso de atraso.

Por causa deste comentário, fomos ao fluxograma e criámos um passo para esta actividade. Identificámos uma pessoa que poderia executar esta actividade em acumulação com a carga de trabalho que já tem.

No final, já a conversar com o responsável do projecto comentei:
- Em boa verdade o que estivemos a fazer, sem registos, sem classificação de riscos foi o que a ISO 9001 prevê quando fala de riscos associados aos processos. 

Olhamos para um processo, para a forma como é executado e identificámos um resultado indesejável que ocorre com uma frequência não tolerada pela gestão: o risco de entregas não realizadas na data prevista e que não são comunicadas ao Planeamento. Por isso, o Planeamento não altera o planeamento e ocorrem perdas de produtividade. 

O Director de Produção considerou, sem necessidade de esquemas de classificação, esse risco como relevante e propôs uma alteração ao processo actual para minimizar a ocorrência futura desse risco.

Como se evidencia o tratamento deste risco? Conversando com o responsável do projecto ou com o Director da Produção.

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