"Personalised production is an evolution of customization that enables companies to differentiate their offer through innovative products for specific needs of a customer or a target group thanks to adaptable and reconfigurable production systems supported by easy-to-use product configuration systems to make processes along the supply chain efficient. In this scope, the proposed mission is to turn ideas into products by transforming passive consumers into active participants in the production of their own products thanks to new technologies that can enhance and empower their capabilities. This mission implies a paradigm shift because innovation will not originate anymore from the identification of consumer requirements; indeed, innovation and production will be taken out of the factory boundaries to allow people to be the decision makers during the design and production process in new collaborative supply chain models.Trechos retirados de "Key Research Priorities for Factories of the Future—Part I: Missions" de Tullio Tolio, Giacomo Copani e Walter Terkaj, publicado em "Factories of the Future The Italian Flagship Initiative",
Consumer goods (e.g. clothing, footwear, sports items, glasses) but also other kinds of product such as medical products (personalised orthopaedic prosthetics, dental prosthetics, etc.) or durable goods (cars, kitchens, buildings facades, etc.), and even food can be produced based on the ideas of and by customers applying an approach of self-managed personalisation. In this way, they can create products with a unique design and style, along with functional and comfort-related aspects, going beyond the conventional choice dictated by off-the-shelf products.
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This mission will lead to a big change for manufacturing heading towards socialization and massive involvement of consumers. Many small and medium sized manufacturers (e.g. SMEs, fab-labs and even individuals) will participate in different market segments, while evolving into production service providers to satisfy customers’ personalised requirements. These entities will further aggregate into dynamic communities in a decentralized system and win bargaining power and efficiency. Moreover, new companies will basically sell ideas and their integration into new and dynamic value chains and markets.
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The implementation of the proposed mission will have an indirect impact also on sustainability since production will shift from Make-to-Stock to Customise-to- Order,"
sexta-feira, março 08, 2019
"will lead to a big change for manufacturing"
Os trechos que se seguem parecem retirados daqui do blogue. Há anos que escrevemos sobre esta tendência.
quinta-feira, março 07, 2019
E quando Mongo "rouba" os trabalhadores?
Na parte V desta série "Como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas? (parte V)" começo a abordar um tema que será cada vez mais relevante à medida que Mongo e a demografia avançarem:
Mongo vai dar poder aos makers, que poderão fazer uso de plataformas como a Crafted Society para chegarem ao consumidor. A tecnologia vai avançar para máquinas pequenas, boas para pequenas séries e trabalho customizado, que podem ser propriedade de um maker ou de uma cooperativa de makers. Ou seja, aquilo que refiro na parte IV e V sobre os carpinteiros, electricistas e outras profissões que preferem trabalhar por conta própria em vez de por conta de outrem, vai ter tendência a alargar-se a outras profissões tradicionais.
Mesmo sem Mongo, com uma demografia a gerar falta de trabalhadores, isto será cada vez mais frequente "Ohio Sonic drive-in staff quit after wages were reportedly reduced to $4/hour":
Mongo vai dar poder aos makers, que poderão fazer uso de plataformas como a Crafted Society para chegarem ao consumidor. A tecnologia vai avançar para máquinas pequenas, boas para pequenas séries e trabalho customizado, que podem ser propriedade de um maker ou de uma cooperativa de makers. Ou seja, aquilo que refiro na parte IV e V sobre os carpinteiros, electricistas e outras profissões que preferem trabalhar por conta própria em vez de por conta de outrem, vai ter tendência a alargar-se a outras profissões tradicionais.
Mesmo sem Mongo, com uma demografia a gerar falta de trabalhadores, isto será cada vez mais frequente "Ohio Sonic drive-in staff quit after wages were reportedly reduced to $4/hour":
"The entire staff at three different Sonic fast-food drive-in restaurants in Ohio reportedly walked out to protest poor working conditions this past week."Qual a alternativa? Talvez passe por coisas como esta "KitchenAid’s Key Ingredient: Investing in Workers. ‘It’s Not a Dead-End Job Anymore.’":
"Companies discover investment in workers as a way to keep churn low:Ao escrever estas linhas não consigo deixar de pensar no aumento do lobby das empresas junto dos reguladores e governos de turno para dificultar a vida aos freelancers do futuro.
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As the U.S. labor market continues to tighten, companies are reaping decades of underinvestment in their workers. Blame it on a wave of skilled baby boomers retiring or colleges teaching the wrong things or a lack of loyalty among younger workers. The harder it gets to find the next generation of Jenni Hannas, the bigger the headaches get in the human-resources department.
“If you’re the person who is in charge of finding staff, they want you to go out and find the unicorn,” Andrew Angyal, founder of NexGen Recruiting in Youngstown, Ohio, said. “They want all these people with 10, 20 years of experience and, if you do happen to find them, it’s a big question of whether you can pay them enough.”"
Um clube de leitura
Julgo que foi neste almoço que começaram as nossas conversas oxigenadoras:
"O empresário lá de cima, há meses que criou um clube leitura na empresa porque, explicou-me então:O nosso próximo almoço, que era para ser hoje, será amanhã. E um dos temas que levarei para a mesa será: "The quiet power of reading with your coworkers":
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- Como posso aspirar a ter gente com espírito crítico se as pessoas não lêem.
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E depois, o desafio seguinte foi libertar as pessoas para a possibilidade de criticar, de não concordar com o que estava escrito.
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- Sabe Carlos, para quem não está habituado a ler o que está escrito tem uma aura de sagrado, de não criticável."
"As with most initiatives, the most important thing is to take action. I tell the teams I work with, “Start scrappy and know that doing something is infinitely better than doing nothing.” So, get going today."
quarta-feira, março 06, 2019
Better lemonades
Não sei até onde se podem confiar nestas notícias, mas cá vai para ser motivo de reflexão:
"Uísque do Lidl eleito melhor do mundo em concurso internacional"
Isto também está relacionado com o hollowing das marcas... (ver "profecia fácil do "hollowing", ou "radioclubização", de como uma marca forte e genuína se transforma numa carcaça, num aristocrata arruinado, fruto de deixarem os muggles à solta" e "Warns of Margin Threat as Niche Brands Disrupt Industry"
"Uísque do Lidl eleito melhor do mundo em concurso internacional"
"À venda no Lidl por cerca de 15 euros, o "Queen Margot", de oito anos, foi considerado o melhor na categoria "Uísque escocês com 12 anos ou menos" entre os uísques de mistura (blend). Ficou à frente de alguns mais conhecidos, como por exemplo o "Johnnie Walker Black Label", esclarece a "Esquire", revista americana dedicada ao público masculino."Recordar "Private labels melhores do que..."
Isto também está relacionado com o hollowing das marcas... (ver "profecia fácil do "hollowing", ou "radioclubização", de como uma marca forte e genuína se transforma numa carcaça, num aristocrata arruinado, fruto de deixarem os muggles à solta" e "Warns of Margin Threat as Niche Brands Disrupt Industry"
Como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas? (parte V)
Parte I, parte II, parte III e parte IV.
Comecemos pelo último texto citado:
Há dias em "Calçado português? Bom no fabrico, desconhecido na marca" voltei a ler a actualização dos números:
Stop! reparem no título "Calçado português? Bom no fabrico, desconhecido na marca".
Agora, leiam o artigo "Meet the Italian Makers of Luxury":
Comecemos pelo último texto citado:
"Por outro lado, grande parte dos profissionais que dominam este ofício trabalha por conta própria, mostrando pouca disponibilidade para aceitar desafios por conta de outrem que embora estejam hoje mais valorizados monetariamente, continuam a não ser suficientemente aliciantes."E acrescentemos uma citação do último postal:
"Business model innovation is a powerful force of abrupt market-level change, in some cases more powerful than technology.Quem lê este blogue sabe o que é Mongo, a metáfora do Estranhistão. O mundo cauda longa a espalhar-se por todo o lado, em vez das grandes séries do século XX, customização, individualização, interacção, co-criação, proximidade, pequenas quantidades.
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Likewise, don’t let an excessive focus on your products prevent you from paying attention to your business. Many executives at incumbent businesses, wedded to their business models, react to disruption by blaming their products. As they see it, all the newfangled lemonade stands out there are stealing customers because they have created better-tasting lemonade. Stop blaming your lemonade! The truth is that the upstart’s lemonade tastes the same as yours, or maybe even worse. It’s the new business model that is stealing your customers, not the product. ”
Há dias em "Calçado português? Bom no fabrico, desconhecido na marca" voltei a ler a actualização dos números:
"A conclusão nessa altura foi que tanto o calçado masculino como o feminino made in Portugal tinha melhor avaliação (média de 34 e 31,50 euros, respectivamente) do que o italiano (31,50 euros e 29,60 euros) quando a origem do produto não era revelada. Só que, depois de dar a conhecer a origem, o sapato português desvalorizava (-18,2%, para 27,80 euros, no masculino; e -18,4%, para 25,70 euros, no feminino), ao passo que o calçado italiano valorizava ligeiramente (+1,6% no masculino) ou mantinha o preço inalterado (no calçado feminino), ainda assim 13,6% acima do preço do calçado português."Recordo outra comparação entre o calçado italiano e o português, a dimensão, aqui: "Calçado italiano e português" (empresas bem mais pequenas - também por causa disto).
Stop! reparem no título "Calçado português? Bom no fabrico, desconhecido na marca".
Agora, leiam o artigo "Meet the Italian Makers of Luxury":
"We are long used to applauding designers at the end of a season. But behind them is a plethora of generally unheralded artisans who also power the “Made in Italy” brand, creating everything from knits to sneakers. Now, one nascent company is aiming to place that talent firmly in the spotlight.
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“We decided we wanted to celebrate the unknown,” Mr. Johnston said, “those who are rarely identified but are also behind some of the most beautiful creations made for the luxury market.” He noted that many artisans sign strict confidentiality agreements that keep them out of the public eye. [Moi ici: Conseguem fazer o paralelismo com aquela parte do título "Bom no fabrico, desconhecido na marca"]
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"Create ways in which consumers could truly appreciate things made by hand and preserve a crafted society in the digital age.”
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All of the sales tags carry the label’s logo and the names of the Italian businesses that made the products, highlighting the craftspeople involved [Moi ici: Recordar "Fugir do anonimato"]. Available online are supplier details like contact and address information alongside photographs and biographies of the artisans who worked on the piece.
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As a direct-to-consumer brand, Crafted Society’s retail prices do not include the traditional distributor or wholesale markups, nor the usual markup associated with a premium brand name, which usually is 7 to 10 times the manufacturer’s cost price. (Crafted Society said its markup is three times the cost price.
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The partnerships that Crafted Society has been building, he said, could also tackle a broader crisis weighing on the future of Italian luxury manufacturing: the struggle to find the next generation of artisans.[Moi ici: O mesmo tema do artigo do Caderno de Economia na parte IV desta série]
“Most artisans in factories and workshops now are in their 60s and 70s, and younger people are not so interested in this line of work,” Mr. Mattioli said. “We cannot recruit them by saying the big luxury names we work for because of our contracts. But if we can take pride in what we do and in our community, and can present our craft independently, perhaps we can convince them of the importance of what we do.”
E volto aquela citação com que terminei o postal anterior e iniciei este. Há anos coloquei esta pergunta numa empresa de calçado:
- Não têm receio que os vossos trabalhadores comecem a trabalhar para marcas a partir de casa?
E pensar no 2º golo? E pensar num modelo de negócio alternativo? Como metaforicamente escreveram num comentário na parte IV: "obrigar as empresas "a saírem da vala""
Quem está focado no 1º golo pensa à la Bruce Jenner, quem pensa no 2º golo pensa em salami slicers. Quem pensa no 2º golo sabe que tem de dizer não a muita coisa.
É tão difícil fazer esta transição... Maliranta e Taleb explicam
terça-feira, março 05, 2019
"It’s the new business model that is stealing your customers, not the product”
“Car dealers now make hardly any money on car sales themselves—less than 10 percent of total net profits. Rather, their profits arise from the sale of financing, insurance, extra warranties, and maintenance, which now represent 67 percent of their net income. Car dealers have evolved and today resemble banks selling financial services much more than they do auto retailers.Agora relacionar com "Today's CEO playbook is outdated. Here are 5 things rising stars should focus on to win in the next decade":
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After all, Uber, Amazon, and Birchbox are all regarded as technology companies, right? I decided to talk to these firms and learn about the new technologies they developed and were leveraging. It soon became clear to me that the initial success of these companies didn’t hinge on new and innovative technologies, but rather on the power of their business model innovations. Similarly, others have argued that even well-regarded “tech” companies such as Google, in their early days, didn’t invent completely new technologies, but rather invented or perfected new business models. These innovations represented the real engine of disruption.
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Business model innovation is a powerful force of abrupt market-level change, in some cases more powerful than technology. Technology, as Jim Collins put it more than a decade and a half ago in his bestselling book Good to Great, “is an accelerator, never a creator of momentum and growth.
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Likewise, don’t let an excessive focus on your products prevent you from paying attention to your business. Many executives at incumbent businesses, wedded to their business models, react to disruption by blaming their products. As they see it, all the newfangled lemonade stands out there are stealing customers because they have created better-tasting lemonade. Stop blaming your lemonade! The truth is that the upstart’s lemonade tastes the same as yours, or maybe even worse. It’s the new business model that is stealing your customers, not the product. ”
"Competing in ecosystems.Classical models of competition assume that there are discrete companies that make similar products and compete within clearly delineated industries. But technology has dramatically reduced communication and transaction costs, weakening the Coasean logic for combining many activities inside a few vertically integrated firms. At the same time, uncertainty and disruption both require individual firms to be more adaptable and also make business environments increasingly shapeable. Companies now have opportunities to influence the development of the market in their favor, but this can be achieved only by coordinating with other stakeholders.Trechos iniciais retirados de “Unlocking the Customer Value Chain” de Thales S. Teixeira.
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As a result of these forces, new industrial architectures are emerging based on the coordination of ecosystems — complex, semi-fluid networks of companies that challenge several traditional assumptions of business. ... They blur the boundaries of industries: for example, automotive ecosystems include not just traditional suppliers but also connectivity, software, and cloud storage providers. And they blur the distinction between collaborators and competitors: for example, Amazon and third-party merchants have a symbiotic relationship, while the company competes with those merchants simultaneously by selling private-label brands.
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The playbook for how to emulate these ecosystem pioneers has not yet been fully codified, but a few imperatives are becoming increasingly clear:
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Adopt a fundamentally different perspective towards strategy, based on embracing principles like external orientation, common platforms, co-evolution, emergence, and indirect monetization
Determine what role your company can play in your ecosystem or ecosystems — not all companies can be the orchestrator [Moi ici: Ao orquestrador chamei em 2012 o arquitecto de paisagens competitivas]
Ensure that your company creates value for the ecosystem broadly, not just for itself"
Como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas? (parte IV)
Parte I, parte II e parte III.
Regressemos ao título "Como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas?"
Falta de pessoas...
No último fim-de-semana no Caderno de Economia do semanário Expresso, roubado em casa da minha mãe, encontrei o artigo "10 profissões tradicionais onde há falta de gente".
Sobre as costureiras pode ler-se:
Lembram-se de "Espero que não vos tremam as pernas quando as empresas começarem a cair como tordos"?
Perante a falta de pessoas as empresas vão ter de aumentar os salários, ponto. O @nticomuna chamou-lhe populismo, eu chamo-lhe desespero.
O que acontece a uma empresa que aumenta os salários acima do aumento da produtividade? Ou a empresa fica menos competitiva, e/ou os sócios terão de ter menores rentabilidades. Empresas menos competitivas fecham, capitalistas com menos retorno dão outra aplicação ao seu dinheiro... a menos que seja emprestado e, nesse caso, ficam tramados.
Em "Gachiche (parte III)" escrevi:
Ou as empresas dos sectores ditos tradicionais se adaptam e dão um salto na produtividade, ou terão de se deslocalizar, ou terão de fechar para que o dinheiro seja melhor aplicado noutro sítio com mais rentabilidade. Acredito que esta adaptação vai ser difícil e muito dolorosa. Explico.
Ontem de manhã, enquanto fazia uma caminhada matinal de 6 km e lia uns trechos de "Key Research Priorities for Factories of the Future—Part I: Missions" de Tullio Tolio, Giacomo Copani e Walter Terkaj, publicado em "Factories of the Future The Italian Flagship Initiative", só me vinha à mente a frase:
Regressemos ao título "Como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas?"
Falta de pessoas...
No último fim-de-semana no Caderno de Economia do semanário Expresso, roubado em casa da minha mãe, encontrei o artigo "10 profissões tradicionais onde há falta de gente".
Sobre as costureiras pode ler-se:
"Salários ainda pouco valorizados (ligeiramente acima do mínimo nacional) e a exigência das funções fabris estão na base das dificuldades de contratação. Atrair talento para esta indústria — e são precisos cerca de 15 mil profissionais, diz Paulo Vaz, diretor-geral da Associação Têxtil de Portugal —, terá de passar pela valorização destas profissões."Sobre os carpinteiros pode ler-se:
"grande parte dos profissionais que dominam este ofício trabalha por conta própria, mostrando pouca disponibilidade para aceitar desafios por conta de outrem que embora estejam hoje mais valorizados monetariamente, continuam a não ser suficientemente aliciantes."Sobre os soldadores e serralheiros pode ler-se:
"E apesar dos aumentos dos últimos anos, os salários actuais - em média €1200 para candidatos com um patamar médio de experiência laboral - e a dureza do quotidiano profissional continuam a não ser atractivos para os mais jovens."Sobre os montadores e modeladores de calçado:
"Os salários têm aumentado mas esta continua a ser uma questão crítica no sector ... o calçado continuará com falta de mão de obra porque os salários são baixos"Sobre os pintores de automóveis e bate-chapas, sobre os técnicos de manutenção industrial, sobre os padeiros e pasteleiros, sobre os chefes de cozinha, sobre os electricistas e electromecânicos e sobre os alfaiates.
Lembram-se de "Espero que não vos tremam as pernas quando as empresas começarem a cair como tordos"?
Perante a falta de pessoas as empresas vão ter de aumentar os salários, ponto. O @nticomuna chamou-lhe populismo, eu chamo-lhe desespero.
O que acontece a uma empresa que aumenta os salários acima do aumento da produtividade? Ou a empresa fica menos competitiva, e/ou os sócios terão de ter menores rentabilidades. Empresas menos competitivas fecham, capitalistas com menos retorno dão outra aplicação ao seu dinheiro... a menos que seja emprestado e, nesse caso, ficam tramados.
Em "Gachiche (parte III)" escrevi:
"ou a demografia obriga a subir salários, e os salários mais elevados matam as que não se adaptarem, ou os engenheiros sociais obrigam os salários a subir e matam as que não se adaptarem"Portanto, a demografia vai obrigar-nos a fazer o mesmo que os europeus do centro da Europa fizeram na década de 60 do século passado:
Ou as empresas dos sectores ditos tradicionais se adaptam e dão um salto na produtividade, ou terão de se deslocalizar, ou terão de fechar para que o dinheiro seja melhor aplicado noutro sítio com mais rentabilidade. Acredito que esta adaptação vai ser difícil e muito dolorosa. Explico.
Ontem de manhã, enquanto fazia uma caminhada matinal de 6 km e lia uns trechos de "Key Research Priorities for Factories of the Future—Part I: Missions" de Tullio Tolio, Giacomo Copani e Walter Terkaj, publicado em "Factories of the Future The Italian Flagship Initiative", só me vinha à mente a frase:
- Não tentem marcar o 2º golo antes de marcarem o 1º!
Vais ser uma adaptação difícil e dolorosa porque os empresários são gente pragmática que estão preocupados em marcar primeiro o 1º golo, em vez de pensarem na nota artística na marcação do 2º golo. Por isso, vão, como qualquer incumbente vítima da disrupção, serem os últimos a descobrir que têm de mudar, que terão quase de certeza de encolher as suas empresas e subir na escala de valor. Só uma forte subida na escala de valor permitirá pagar aos artistas de Mongo.
BTW, naquela lista acima de profissões tradicionais é relevante a quantidade de vezes que se refere:
BTW, naquela lista acima de profissões tradicionais é relevante a quantidade de vezes que se refere:
"Por outro lado, grande parte dos profissionais que dominam este ofício trabalha por conta própria, mostrando pouca disponibilidade para aceitar desafios por conta de outrem que embora estejam hoje mais valorizados monetariamente, continuam a não ser suficientemente aliciantes."
Isto vai-me servir de base para a parte V desta série.
segunda-feira, março 04, 2019
Uma realidade transitória
Da próxima vez que ouvir alguém dizer que o paradigma do Normalistão, o século XX, é o normal de que não nos devemos afastar, pense neste gráfico:
Recordar "Mais outro exemplo: Provinciano, mas muito à frente":
Imagem retirada de "This is what 150 years of US employment looks like"
Recordar "Mais outro exemplo: Provinciano, mas muito à frente":
"Há anos que escrevo sobre o futuro do trabalho, sobretudo acerca do fim do emprego estabelecido como paradigma pelo século XX, e que a maioria acredita ser algo milenar, algo eterno."
Imagem retirada de "This is what 150 years of US employment looks like"
"The traditional playbook for strategy is no longer sufficient"
"Many of today's business leaders came of age studying and experiencing a classical model of competition. [Moi ici: Como não recordar as palavras de Napoleão] Most large companies participated in well-defined industries selling similar sets of products; they gained advantage by pursuing economies of scale and static capabilities such as efficiency and quality; [Moi ici: Como não recordar o Normalistão e o plancton] and they achieved those advantages through deliberate analysis, planning, and focused execution.Trecho retirado de "Today's CEO playbook is outdated. Here are 5 things rising stars should focus on to win in the next decade"
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The traditional playbook for strategy is no longer sufficient, however. Across all businesses, competition is becoming more complex and dynamic. [Moi ici: Como não recordar a explosão de picos na paisagem enrugada] Industry boundaries are blurring. Product and company lifespans are shrinking. Technological progress and disruption are rapidly transforming business. High economic, political, and competitive uncertainty is conspicuous and likely to persist for the foreseeable future.
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Accordingly, in addition to the classical advantages of scale, companies are now contending with new dimensions of competition — shaping malleable situations, adapting to uncertain ones, and surviving harsh ones — which in turn require new approaches. And the stakes are higher than ever: the gap between the performance of top- and bottom-quartile companies has increased in each of the last six decades.[Moi ici: Como não recordar o bispo Berkeley]
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Today's business leaders are having to deal with multiple and complex short-term concerns, like declining growth, political uncertainty, resistance to globalization, social division, and so on. But as the 2020s approach, leaders must also look beyond today's situation and understand at a more fundamental level what will separate the winners from the losers in the next decade."
Como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas? (parte III)
Parte I e parte II.
"The growth and sustainability of European economy requires a change from competition based on cost reduction towards high value added activities by adopting a competitive sustainable manufacturing (CSM) paradigm. Indeed, European countries need continuous innovation to keep their position in a global market place while creating value in a sustainable society. The development of the sustain- ability paradigm has translated over the years into a series of global initiatives with broad objectives but without precise quantitative targets."Trecho retirado de "Key Research Priorities for Factories of the Future—Part I: Missions" de Tullio Tolio, Giacomo Copani e Walter Terkaj, publicado em "Factories of the Future The Italian Flagship Initiative"
domingo, março 03, 2019
""Axiom 1: Service Is the Fundamental Basis of Exchange"
"Axiom 1: Service Is the Fundamental Basis of Exchange - To understand the meaning of Axiom 1, “Service is the fundamental basis of exchange”, it is important to recognize that S-D logic represents a shift in the underlying logic of understanding exchange, rather than a shift in the emphasis of type of output that is under investigation. This shift of logic is achieved by introducing a processual conceptualization of service (singular)—the application of resources for the benefit of another—as the basis of exchange. In other words, the concept of service focuses on the process of serving rather than on a type of output such as services (plural). Consequently, S-D logic is not about making services more important than goods, but about transcending both types of outputs with a common denominator—service.Trecho retirado de "Chapter 28 - Further Advancing Service Science with Service-Dominant Logic: Service Ecosystems, Institutions, and Their Implications for Innovation" do livro
With the help of this processual conceptualization of the basis of exchange, exchange can be understood as actors applying their competences to provide service for others and reciprocally receiving similar kind of service (others’ applied competences or money as ‘rights’ for future competences) in return."
Fricção positiva e negativa
"Negative Friction.Ainda na semana passada preparei esta imagem para documentar estes dois tipos de fricção:
Friction is the idea that you are difficult to business with, that you make it difficult to transact, that more is required than should be necessary, and that the experience isn’t good. The worse your experience, the less likely you are to continue to buy from companies that create enough friction to drive you to seek other options.
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Positive Friction.
In a super-relational, strategic relationship where human beings need to work closely to solve problems and generate results together, friction is positive. Meetings are friction, which is why much is written about the amount of time wasted in poor meetings. Perhaps it because of the Digital Age in which we find ourselves, little is written about how face-to-face meetings and a physical presence creates positive friction, the deepening of relationships and the engendering of trust.[Moi ici: Como não recordar "Every visit customers have to make is an opportunity for interaction and co-creation"]
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Conversations to understand what clients need, especially the conversations that include multiple stakeholders with different or competing perspectives, are another form of friction. The friction created by competing perspectives and working through to some reasonable consensus is the benefit of that friction.
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Would it be easier to send a survey to see how you are doing? Would an email accomplish the same goal without interrupting your busy client? While these choices might end a bit of friction, the positive friction that comes from a phone call is that it proves caring and high touch. The lower friction suggests transaction.
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It is a mistake to try to reduce friction when it is positive, just as it is a mistake not to remove it when it is negative."
Trechos retirados de "Negative Friction and Positive Friction"
sábado, março 02, 2019
Como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas? (parte II)
Há pouco no Twitter fui citado a propósito de um tweet do @nticomuna:
O populismo a fazer das suas😈— anti-comuna (@nticomuna) March 2, 2019
Os aumentos salariais elevados a par com falta de pessoal...😱
E as empresas aguentam estes aumentos salariais sem os respectivos aumentos da produtividade?😂
Estão a formar uma bolha. De novo
"Entre mortos e feridos, alguém há-de escapar" pic.twitter.com/fITbqTwdds
E a minha resposta foi:
WOW!!!— Carlos P da Cruz (@ccz1) March 2, 2019
Em linha com a mensagem desta manhã https://t.co/qkjMankUBm Como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas?
O que o @nticomuna escreve foi o tema de https://t.co/cN29fRepdU e de https://t.co/EApChluKVI https://t.co/lghLCXMvR0
Comparem o tema do tweet do @nticomuna com o título do último postal "Como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas?"
Continua.
Como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas?
Como relacionar "Falta de mão de obra desespera empresas" e esta série "O que aí vem! (parte II)" e parte I, com "O que são os custos de oportunidade" e estes canários na mina (""Warns of Margin Threat as Niche Brands Disrupt Industry""; ""profecia fácil do "hollowing", ou "radioclubização", de como uma marca forte e genuína se transforma numa carcaça, num aristocrata arruinado, fruto de deixarem os muggles à solta""; ""Giants invariably descend into suckiness" (parte XIII)" e "Será o efeito de Mongo?"
E ainda aquele sublinhado de "Acerca da Micam"?
Cada vez mais sinais de que a ascensão dos nichos, o avanço de Mongo, começa a fazer mossa no modelo paradigmático do século XX, o trabalhar para o interior da caixa da normalidade onde estava a maioria dos clientes: o Normalistão:
Em Mongo, também chamado de Estranhistão, a maioria das pessoas não quer ser tratada como plancton, e há que trabalhar para todo o espectro de clientes/nichos porque há cada vez mais gente fora da caixa da normalidade:
A demografia por um lado, e a fiscalidade e o assalto das gerações mais velhas ao bolso das mais novas por outro (ainda esta semana li "Cerca de 90 mil portugueses emigraram em 2017" - lembram-se disto ser motivo de rasgar de vestes no tempo da troika) vão criar um desafio para as empresas: como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas?
Ou subir na escala de valor, ou mudar de ramo, ou deslocalizar para África.
Continua.
E ainda aquele sublinhado de "Acerca da Micam"?
Cada vez mais sinais de que a ascensão dos nichos, o avanço de Mongo, começa a fazer mossa no modelo paradigmático do século XX, o trabalhar para o interior da caixa da normalidade onde estava a maioria dos clientes: o Normalistão:
Em Mongo, também chamado de Estranhistão, a maioria das pessoas não quer ser tratada como plancton, e há que trabalhar para todo o espectro de clientes/nichos porque há cada vez mais gente fora da caixa da normalidade:
A demografia por um lado, e a fiscalidade e o assalto das gerações mais velhas ao bolso das mais novas por outro (ainda esta semana li "Cerca de 90 mil portugueses emigraram em 2017" - lembram-se disto ser motivo de rasgar de vestes no tempo da troika) vão criar um desafio para as empresas: como aumentar a facturação quando não se pode aumentar a produção por falta de pessoas?
Ou subir na escala de valor, ou mudar de ramo, ou deslocalizar para África.
Continua.
sexta-feira, março 01, 2019
Modelos de negócio
“Although choosing a business model is one of the most important decisions any businessperson makes, executives don’t always reflect much on what a business model actually is or does.
...
A business model specifies how the firm creates value (and for whom), and how it captures value (and from whom).
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A business model, as defined above, describes how a business is supposed to function in theory. Although businesses will differ from one another in their particulars (name, location, number of employees, financials, and so on), a model allows us to look beyond the particulars to identify conceptual similarities and differences between businesses, whether or not they happen to operate in the same industry. Likewise, a model allows us to chart how business concepts evolve over time.
...
As I’ve indicated, the creation of new business models tended to happen slowly prior to the internet. In the supermarket industry, it took half a century or longer for slotting fees and club membership fees to make their debut as a means of capturing value. Even after they appeared, it took decades for other companies within the industry to embrace them.
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This slow pace of change made life comparatively easy for executives. No matter what market or sector you were entering, the choice of a business model was pretty simple. By default, you were handed a standard model or method for creating value and making money. At best, a second option of business model was available to you as well. In media, for instance, a single model for making money dominated for much of the twentieth century. Companies created value for customers by offering free content such as broadcast television shows, news articles, or radio songs to consumer audiences. They captured value by selling viewers’ attention to advertisers, in what was termed an “ad-supported” model. Over time, premium cable television channels such as HBO and satellite radio SiriusXM embraced a different model for making money. They created value for customers in the same way—by providing content. But they captured value by charging for subscriptions, what was called a “paid media” model. For decades, these two models were basically it. If you wanted to compete, you chose one of the two and gave it your best shot. Switching was rare.
This situation changed dramatically with the advent of the commercial internet in the mid-1990s.
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The appearance of business model innovation in and across industries happens so suddenly that executives and entrepreneurs often struggle to understand it. Disruptors tend to use a surfing metaphor, perceiving promising business models as powerful ocean waves. Seeking to catch and ride these waves, they anticipate them by directing their gazes in a direction where waves will likely appear. When they sense that a wave is imminent, they position themselves by paddling directly in front of the wave. Of course, spotting the right wave to ride requires focus and some luck, and staying atop of the wave once it appears requires learning and patience. For incumbents, the spread of business model innovations feels far less fun, and far more threatening. Incumbents tend to think of them, consciously or not, as wildfires that pop up unpredictably, propagate quickly, and wreak devastation in their paths. Their instinctive response is to suppress the wildfire by attacking or buying the startup. If a business model innovation flares up in your industry, turn on the siren, quick!
Which of these metaphors is most accurate?"
Trechos retirados de “Unlocking the Customer Value Chain” de Thales S. Teixeira.
"Warns of Margin Threat as Niche Brands Disrupt Industry"
Isto é um bálsamo para o autor deste blogue porque vem suportar as suas ideias à revelia do mainstream e da tríade. Recordar "profecia fácil do "hollowing", ou "radioclubização", de como uma marca forte e genuína se transforma numa carcaça, num aristocrata arruinado, fruto de deixarem os muggles à solta"
Trechos retirados de "Nivea Maker Warns of Margin Threat as Niche Brands Disrupt Industry"
"Shares in Beiersdorf dropped more than 10 percent on Wednesday after the maker of Nivea skin cream warned that its operating margin would fall in 2019 as it invests to compete with niche brands that are disrupting the sector.Basta recordar os artigos relacionados com os marcadores até em baixo. Como não relacionar aquele "expect more personalised products and services" com a metáfora do plankton... a vida está difícil para a suckiness dos gigantes: "Mongo, micro-marcas, plancton, suckiness e emprego"
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Beiersdorf was the latest consumer goods company to reset profit expectations for 2019 after German rival Henkel and Colgate-Palmolive last month, and following Kraft Heinz's write-down last week.
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the future of mass-market labels was being challenged by the rise of small, disruptive brands as consumers increasingly expect more personalised products and services."
Trechos retirados de "Nivea Maker Warns of Margin Threat as Niche Brands Disrupt Industry"
quinta-feira, fevereiro 28, 2019
Privilegiar os inputs sobre os outputs (parte XII)
Parte I, parte II, parte III, parte IV, parte V, parte VI, parte VII, parte VIII, parte IX, parte X e parte XI.
Recordar
Recordar
"Privilegiar os inputs sobre os outputs nada mais nada menos do que aplicar uma regra fundamental do Design Thinking.E considerar "How Not to Fail at Retail":
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Começar pelo que o cliente, ou o consumidor, ou o prescritor (começar por um actor do ecossistema) precisa ou quer fazer. Quais as suas motivações, que problema é que está a tentar resolver.[Moi ici: Recordar sobretudo a parte IX]
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A Empatia é a chave. Não é acerca da nossa empresa. Precisamos da capacidade de perceber e partilhar os sentimentos de outros"
"Think About: Input Before Output
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We all know how online shopping works: a customer can search for products based on various criteria. But an online store isn’t very good at asking probing questions to find out what a consumer really cares about.
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As Frank asked me questions about what I wanted to accomplish with this new amplifier, he gathered key information before suggesting what the right solution would be. He put himself in a position to make recommendations to me that guitarcenter.com would never be able to make. And he helped me learn more about what was really important to me.
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Could I have bought the amp on guitarcenter.com? Sure. But now that Frank has acted like a trusted advisor and helped me with my decision making, I’m much less likely to close the deal online. And truthfully, the only place I even considered making the purchase was in-person, with Frank.
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As an in-store salesperson learns about a consumer’s needs and interests, they can do something that an online retailer can do in only the most rudimentary fashion: frame the product’s story in terms of the particular benefits to this individual customer.
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An online product listing can tell of generic benefits, such as “gets your teeth their whitest” or “saves you $432 per year in energy costs.” An in-person retail experience can do so much more.
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Brick and mortar retailers have lost many of the advantages they once had, including providing better access to products and the convenience of “location, location, location.” But in-person retailers still have the advantage of proximate, meaningful human contact to that allows them to better listen to customers, collaborate with them and personalize their purchase experience."
Acerca da Micam
"“Now the world has changed. Thanks to digital disruption and transformation, the buyers are a little bit lost, in their words. [Moi ici: Aqui "the buyers" são os clientes das empresas de calçado. Recordar "Calçado português? Bom no fabrico, desconhecido na marca"] They are lost because it’s very complicated to understand what to follow, how to follow it and what time to dedicate to what," Micam's chief executive Tommaso Cancellara told BoF."Trecho retirado de "Insights From the Frontline of Footwear"
quarta-feira, fevereiro 27, 2019
Anónimo da província, mas sempre à frente
Há tempos fui fazer a auditoria anual que realizo desde 2013 a uma empresa que opera no mercado interno. Em 2013 desafiei-os a procurar outros clientes, a alargar o leque de clientes que serviam. Na altura, trabalhavam a 100% pra a EDP ainda que indirectamente.
A semente caiu em boa terra e a empresa começou a procurar clientes particulares. Em 2018 a EDP baixou fortemente o seu volume de negócios por várias razões, mas a empresa aumentou a facturação e o valor acrescentado. Um euro facturado a um particular é muito mais valioso que um euro facturado à EDP.
Quem acompanha este blogue sabe que sigo a evolução das exportações há muitos anos e que tenho uma abordagem parcial ao seu conteúdo. Para mim, um euro exportado por uma multinacional não tem o mesmo valor que o mesmo euro exportado por uma PME. Por isso, tenho feito este tipo de comentários ao longo dos anos:
A semente caiu em boa terra e a empresa começou a procurar clientes particulares. Em 2018 a EDP baixou fortemente o seu volume de negócios por várias razões, mas a empresa aumentou a facturação e o valor acrescentado. Um euro facturado a um particular é muito mais valioso que um euro facturado à EDP.
Quem acompanha este blogue sabe que sigo a evolução das exportações há muitos anos e que tenho uma abordagem parcial ao seu conteúdo. Para mim, um euro exportado por uma multinacional não tem o mesmo valor que o mesmo euro exportado por uma PME. Por isso, tenho feito este tipo de comentários ao longo dos anos:
- No meu campeonato as exportações do 1º trimestre correram bem! (Maio de 2016)
- Empresas que me interessam (Setembro de 2016)
- Acerca do perfil de exportações de 2017 (Fevereiro de 2018)
- "Um outro olhar sobre os números das exportações" (parte II) (Outubro de 2018)
- O choque em curso (Dezembro de 2018)
Relacionar isto com "Como os têxteis e o calçado ainda dão cartas":
"“Cada milhão de dólares de crescimento na procura final de têxteis, couro e calçado tem potencial para gerar 20,3 novos empregos, o que é o valor mais alto da indústria transformadora portuguesa”BTW, como lidar com "Falta de mão de obra desespera empresas"?
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O estudo de Tiago Domingues, técnico superior do GEE (Direção de Serviços de Acompanhamento da Economia Portuguesa), coloca no extremo oposto o sector petrolífero, que apresenta um potencial de criação de 2,2 novos postos de trabalho por cada milhão de dólares de aumento da procura. Sustenta que mais do que comparar stocks de importação e exportação entre países, importa analisar o valor acrescentado. E na explicação volta a remeter para os têxteis e o petróleo: se Portugal exporta produtos petrolíferos, o valor acrescentado bruto é quase nulo e prende-se com a refinação de crude. Já nos têxteis, temos 30 cêntimos de importações para cada euro produzido."
Webinar - How to perform an ISO 14001:2015 internal audit
Na próxima quinta-feira, 28 de Fevereiro pelas 19h00, os interessados podem assistir a "How to perform an ISO 14001:2015 internal audit [free webinar]" e colocar questões.
Para reflexão
Um artigo que merece ser lido para perceber o que se pode fazer e como as coisas podem funcionar, "What the ‘Amazon Coat’ Reveals About the Future of Shopping":
"More than half of shoppers aged 15 to 29 are influenced by independent customer reviews, and 43 percent are influenced by social media, according to Euromonitor International’s Lifestyle Survey 2017. “When it comes to shopping for clothes, fit, sizing and quality are key criteria — and when shopping online, these criteria are so hard,” said Ayako Homma, a fashion and luxury consultant at the market research firm.
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The glut of positive reviews surely has helped the Amazon coat stand out."
terça-feira, fevereiro 26, 2019
"profecia fácil do "hollowing", ou "radioclubização", de como uma marca forte e genuína se transforma numa carcaça, num aristocrata arruinado, fruto de deixarem os muggles à solta"
No postal anterior abordámos o tema da quebra da procura do fast-fashion e uma certa aposta na qualidade.
Encontro, "The Lesson Of The Kraft Heinz Nosedive: Radical Cost-Cutting Is Out, Brands Are Back":
Recordar também os marcadores hollowing, radio clube, muggles, eficientismo e tríade. Por exemplo, acerca das marcas ocas:
"People are moving away from poorly made, inexpensive fashion items.Recordar, "Para reflexão pelos empresários do calçado e do têxtil":
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Payless was the shoe equivalent of fast fashion. The brand was not known for the quality or durability of its product, but competed largely on price."
"Dá que pensar no potencial impacte numa série de modelos de negócio baseados no fast-fashion... ou no low-cost."Entretanto perante este descalabro:
Encontro, "The Lesson Of The Kraft Heinz Nosedive: Radical Cost-Cutting Is Out, Brands Are Back":
"Marketing budgets became a key target for the frugality drive of companies ever since the last recession. [Moi ici: Como é a memória... faz-me recordar qualquer coisa que li em 2007 sobre as marcas do FMCG... cá está, Kumar] Last year, budgets had decreased from 12.1% of average revenues in to 11.3% the previous year, according to consulting firm Gartner.O que escrevi sobre a ideia de Simonson: o fim das marcas:
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Predictably, with a focus on cost-cutting rather than growth, the financial health of corporate America is deteriorating. According to an analysis of the 2017 Fortune 500, 53% of corporates had experienced an after-tax profit decline, while only 47% saw profit growth. Marketing, once the driving force of America’s consumer society, has been in retreat for over a decade
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The 3G Capital approach to business is ruthless and revolves around cost-cutting. Every employee must justify his existence every single day. Promotions are quick and merit-based, and underperformers get fired with the same alacrity. Budgets are zero based and evaluated unsparingly every year, or even sometimes with more frequency. Expenses are eliminated if they’re no longer judged worth incurring.[Moi ici: Oranges, como classificaria Laloux. A receita da tríade, e a paranoia do eficientismo]
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In less than two years after merging Kraft with Heinz, its workforce was cut by 20% and overhead by 40%. Critics have long contended that 3G Capital’s cost-cutting went too far and came at the expense of growth. They turned out to be right. The problem with this philosophy is that you can’t cost-cut your way to growth.
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Not surprisingly, what followed is sales declined for six quarters in a row. The wheels came off last Friday morning when Kraft Heinz stock dropped 30% at the open and the company lost $16 billion of its market value. The essential problem facing Kraft Heinz is that it stopped investing in its brands at a time when consumer tastes and behaviors are shifting, and the competitive environment is intensifying. [Moi ici: Seria interessante relacionar a #G Capital e as ideias Itamar Simonson]
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It is time for companies to refocus on growth by investing in marketing, distribution and continued innovation, not adhere to a strategy of frugality alone.
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Brands are more important than ever, as the world has come online and there are many new markets and a growing middle class in places like India, China, Brazil, Russia, South Africa, Nigeria, Indonesia, Turkey or Mexico. These consumers buy brands, not commoditized products. They buy premium brands. And branding is essential to differentiate itself in a world of parity and, in order to create brand preference.
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Remember, brands do better in tough times compared to unbranded products and brands outlive product cycles."
- Plataformas, Mongo, emprego e confiança nas marcas (Fevereiro de 2016)
- Leu aqui há vários anos... (Julho de 2014)
- O jogo de sedução pode ir para muito mais longe (Abril de 2014)
- O papel da marca em Mongo (Fevereiro de 2014)
Recordar também os marcadores hollowing, radio clube, muggles, eficientismo e tríade. Por exemplo, acerca das marcas ocas:
- Marcas que viraram carcaças (bonitas por fora mas ocas) (Setembro de 2016)
Ainda mais temas para o futuro do retalho e da produção
Parte I e parte II.
Trecho retirado de "What the Payless bloodbath says about the death of fast fashion"
"The decline of Payless can be attributed partly to broader trends in the market. The brand’s stores were largely located in malls, and there has a general decrease in the amount of foot traffic at large shopping centers over the last few years.O impacte desta evolução no retalho, nas marcas, na produção, nos materiais e design - pense nisso!
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But there’s also an important shift happening in consumer behavior. People are moving away from poorly made, inexpensive fashion items. For decades fast fashion, epitomized by brands like H&M and Forever21, churned out cheap, fashionable clothes that customers could wear a few times before chucking out. But as I’ve reported before, many fast fashion brands are now on the decline.
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Payless was the shoe equivalent of fast fashion. The brand was not known for the quality or durability of its product, but competed largely on price. As a result, customers could buy whatever boot or heel was in season, and expect to throw it away months later. Consumers appear to be tired of this approach, partly because it is so environmentally unsound. While Payless has spiraled downwards, a flock of brands making high-quality, eco-friendly, durable shoes like M.Gemi, Allbirds, and Rothy’s have been thriving."
Trecho retirado de "What the Payless bloodbath says about the death of fast fashion"
segunda-feira, fevereiro 25, 2019
In a culture that sanctifies victimhood
"In a culture that sanctifies victimhood, he [Moi ici: Jordan Peterson] proposes that people confront life’s inevitable pain unflinchingly. So here is Peterson in a nutshell: Life is suffering. We can only bear it if life has meaning. And meaning is created when you take responsibility – by confronting hardship and firmly steering your ship forward, even against waves that will, ultimately, overwhelm it. This is a message people are “hungry for” in our times, he says."Como não recordar:
“Real courage is when you know you're licked before you begin, but you begin anyway and see it through no matter what.”Trecho inicial retirado de "Jordan Peterson, PC's Fiercest Critic, Explains Why You Should Stand Up Straight"
Mais temas para o futuro do retalho
Parte I.
Ontem de manhã li estes trechos:
"Payless ShoeSource this week filed for Chapter 11 protection and said it would be closing all 2,500 store locations across North America as well as its e-commerce operations. With over 16,000 jobs lost, it is one of the largest retailer liquidation to date, according to the Wall Street Journal.Ontem vi este video sobre o Revolut e N26 e é o mesmo fenómeno: "a new business paradigm". Ter especial atenção às palavras do economista Vinay Pranjivam e os trechos que se seguem, retirados de “Unlocking the Customer Value Chain” de Thales S. Teixeira.
...
we need see these closings as a sign of change and heed the lessons wisely, because what "killed" all three [Moi ici: Payless, Toys R Us e a Sears] is not just Amazon or the internet, but a new business paradigm."
Ontem de manhã li estes trechos:
"The Concept of DecouplingTrechos iniciais retirados de "Valuable Lessons Learned From the Closing of Payless Shoes"
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Wondering precisely how disruptors were unsettling small parts of incumbents’ businesses, I turned to a basic framework that my colleagues and I teach our students: the customer’s value chain, or CVC. A CVC is composed of the discrete steps a typical customer follows in order to select, buy, and consume a product or service. CVCs vary according to the specifics of a business, industry, or product.
Traditionally, consumers completed all these activities with the same company in a joint or coupled manner.
...
What I realized, as I thought about these examples, was that disruptors had posed a threat by breaking the links between some of the stages of the CVC and then “stealing” one or a few stages for themselves to fulfill.”
domingo, fevereiro 24, 2019
Curiosidade do dia
Portugal progediu muito em safety. Continuamos naíve em security. Em Cesar, junto a parede de madeira, e de escola, no passeio, um oleão— Carlos P da Cruz (@ccz1) January 5, 2017
Há dias deparei com esta cena:
Um veículo a alta velocidade terá embatido no muro. Uma entidade tratou de sinalizar o local colocando umas barreiras metálicas, umas fitas plásticas e sinalização luminosa.
Agora reparem no lado esquerdo da fotografia. Aquela rede em cima do muro sinaliza uma pequena ponte sobre a linha férrea entre Gaia e Valadares.
Imaginem a facilidade com que alguém pode pegar naquelas barreiras metálicas e atirá-las para cima da linha férrea. É como deixar um maço de notas em cima do banco de um automóvel.
Estratégia e criatividade
Em "Strategy Needs Creativity" pode ler-se:
"The field of strategy overfocuses on analytic rigor and underfocuses on creativity.Como não recordar o tema da paixão e da arte e a sua relação com a estratégia:
...
I’ve noticed that business school students often feel frustrated when they’re taught strategy. There’s a gap between what they learn and what they’d like to learn. Strategy professors (including me) typically teach students to think about strategy problems by introducing them to rigorous analytical tools—assessing the five forces, drawing a value net, plotting competitive positions. The students know that the tools are essential, and they dutifully learn how to use them. But they also realize that the tools are better suited to understanding an existing business context than to dreaming up ways to reshape it. Game-changing strategies, they know, are born of creative thinking: a spark of intuition, a connection between different ways of thinking, a leap into the unexpected.
...
I believe strongly that the answer is yes. At its core, strategy is still about finding ways to create and claim value through differentiation. That’s a complicated, difficult job. To be sure, it requires tools that can help identify surprising, creative breaks from conventional thinking."
- Arte, sempre a arte (Maio de 2018)
- O futuro da economia é a arte (Abril de 2018)
- A ascensão do artesão e da arte na produção (parte II) (Abril de 2017)
- Qual a alternativa? (Maio de 2016)
- Arte e PME (Novembro de 2015)
- Acerca da paixão nas PME (Março de 2015)
- Passion Rules!!! (Maio de 2011)
- Paixão e relações amorosas (Fevereiro de 2011)
sábado, fevereiro 23, 2019
É preciso coragem
"This product is way out of my budget" a customer recently emailed me. I sighed and reminded myself that not everyone is now always right customer for my store."É preciso coragem para ser firme.
Trecho retirado de "Here's Why You Should Stick To Your Prices--Even If Your Customers Hate Them"
"the nature of competition has changed"
"new technology isn’t driving most disruption today. Consumers are. And that in turn means incumbents require a different kind of innovation in order to thrive—not technological innovation, but a transformation in business models. A business model describes how a company works—how it creates value and to whom; how it captures value and from whom. Innovating your business model requires a deep knowledge of customers. You must understand what your customers want, and in particular, the main steps or activities they undertake in order to satisfy their desires. You need to understand their value chain.Trecho retirado de “Unlocking the Customer Value Chain” de Thales S. Teixeira.
...
In today’s new wave of disruption, upstart firms are breaking apart these chains, offering customers the chance to fulfill just one or a few activities with them, and leaving incumbents to fulfill the rest. [Moi ici: Parei e recordei as dezenas de discussões em que dirigentes de PMEs me asseguraram que os clientes preferiam uma one-stop-shop. Pois!] I call this process of breaking apart the chain of consumption “decoupling.” Startups decouple to gain a foothold in the market, and they grow by offering to fill a specific activity for customers—what I call “coupling.” Both the initial decoupling and the subsequent coupling allow startups to quickly steal a substantial amount of market share at incumbents’ expense. In short, the startups become disruptors.
...
[Moi ici: Por fim, um trecho sobre Mongo] 1980s, 1990s, and early 2000s, the nature of competition has changed. Most industries used to have only two or at most a few major global players. Today industries contain many competitors, mostly small ones acting globally. Game theory loses much of its value when one larger, more predictable player has to play a strategic “chess match” with not one, not two, but hundreds and in some cases thousands of small, unpredictable players.”
sexta-feira, fevereiro 22, 2019
Pena que o jornalismo passe ao lado
Ontem à noite vi esta notícia, "Escola Secundária de Canelas tem falta de funcionários".
No decorrer da reportagem ouvi e fixei: A escola tem um quadro de 21 assistentes operacionais e actualmente 12 desses assistentes estão de baixa médica.
STOP! 12 em 21!?!?!?!?!
A reportagem seguiu o guião habitual, os media não passam de megafones das corporações, e entrevistou o director da escola que fez o seu choradinho. A solução do governo de turno é, perante um problema, atirar dinheiro para cima dele. Logo, vão ser contratados mais assistentes operacionais.
Espero que na sua empresa esta abordagem não seja a seguida. Numa empresa os financiadores, os clientes, são livres e podem mudar para a concorrência se acharem que pagam mais do que o que recebem. A abordagem que uma empresa decente segue e que também devia ser seguida no estado é a de ir à raiz do problema.
É razoável pensar que 12 em 21 assistentes operacionais estejam de baixa médica em simultâneo?
Quais os motivos das baixas médicas? Há um padrão? Será que os assistentes operacionais são sujeitos a situações que levam à deterioração genuína da sua saúde física ou psicológica? Imaginem que isto era verdade... então o comboio de baixas há-de continuar para os novos que vierem, a menos que sejam precários.
Pena que o jornalismo passe ao lado da investigação e se remeta à condição de megafone.
Mais informação sobre acções de melhoria sobre causas raiz em:
No decorrer da reportagem ouvi e fixei: A escola tem um quadro de 21 assistentes operacionais e actualmente 12 desses assistentes estão de baixa médica.
STOP! 12 em 21!?!?!?!?!
A reportagem seguiu o guião habitual, os media não passam de megafones das corporações, e entrevistou o director da escola que fez o seu choradinho. A solução do governo de turno é, perante um problema, atirar dinheiro para cima dele. Logo, vão ser contratados mais assistentes operacionais.
Espero que na sua empresa esta abordagem não seja a seguida. Numa empresa os financiadores, os clientes, são livres e podem mudar para a concorrência se acharem que pagam mais do que o que recebem. A abordagem que uma empresa decente segue e que também devia ser seguida no estado é a de ir à raiz do problema.
É razoável pensar que 12 em 21 assistentes operacionais estejam de baixa médica em simultâneo?
Quais os motivos das baixas médicas? Há um padrão? Será que os assistentes operacionais são sujeitos a situações que levam à deterioração genuína da sua saúde física ou psicológica? Imaginem que isto era verdade... então o comboio de baixas há-de continuar para os novos que vierem, a menos que sejam precários.
Pena que o jornalismo passe ao lado da investigação e se remeta à condição de megafone.
Mais informação sobre acções de melhoria sobre causas raiz em:
- Causas e 5 porquês (Março de 2018)
- Exemplo de acção preventiva (parte VIII) (Maio de 2009)
- Não-conformidades, acções correctivas e preventivas (Dezembro de 2007)
"can lead to outcomes that suck"
“Nokia, once the global leader in mobile phones, had to sell itself in 2013 to avoid bankruptcy, also a victim of digital disruption. Its CEO, Stephen Elop, was brutally honest in acknowledging that he didn’t know what he didn’t know. In a tearful interview that has since become famous, Elop claimed, “We didn’t do anything wrong, but somehow we lost.”
Como não recordar:
"Lesson #2: Rational choice, chosing a dominant strategy, can lead to outcomes that suck, ou seja, escolhas racionais por actores racionais podem levar a resultados indesejáveis."
Trecho retirado de “Unlocking the Customer Value Chain” de Thales S. Teixeira.
quinta-feira, fevereiro 21, 2019
"strategic choices should flow mainly from the analysis of its unique skills and capabilities"
Excelente abstract:
Abstract retirado de "Strategic Factor Markets: Expectations, Luck, and Business Strategy", de Jay Barney e publicado por Journal Management Science, Volume 32 Issue 10, October 1986.
"Much of the current thinking about competitive strategy focuses on ways that firms can create imperfectly competitive product markets in order to obtain greater than normal economic performance. However, the economic performance of firms does not depend simply on whether or not its strategies create such markets, but also on the cost of implementing those strategies. Clearly, if the cost of strategy implementation is greater than returns obtained from creating an imperfectly competitive product market, then firms will not obtain above normal economic performance from their strategizing efforts. To help analyze the cost of implementing strategies, we introduce the concept of a strategic factor market, i.e., a market where the resources necessary to implement a strategy are acquired. If strategic factor markets are perfect, then the cost of acquiring strategic resources will approximately equal the economic value of those resources once they are used to implement product market strategies. Even if such strategies create imperfectly competitive product markets, they will not generate above normal economic performance for a firm, for their full value would have been anticipated when the resources necessary for implementation were acquired. However, strategic factor markets will be imperfectly competitive when different firms have different expectations about the future value of a strategic resource. In these settings, firms may obtain above normal economic performance from acquiring strategic resources and implementing strategies. We show that other apparent strategic factor market imperfections, including when a firm already controls all the resources needed to implement a strategy, when a firm controls unique resources, when only a small number of firms attempt to implement a strategy, and when some firms have access to lower cost capital than others, and so on, are all special cases of differences in expectations held by firms about the future value of a strategic resource. Firms can attempt to develop better expectations about the future value of strategic resources by analyzing their competitive environments or by analyzing skills and capabilities they already control. Environmental analysis cannot be expected to improve the expectations of some firms better than others, and thus cannot be a source of more accurate expectations about the future value of a strategic resource. However, analyzing a firm's skills and capabilities can be a source of more accurate expectations. Thus, from the point of view of firms seeking greater than normal economic performance, our analysis suggests that strategic choices should flow mainly from the analysis of its unique skills and capabilities, rather than from the analysis of its competitive environment."
Abstract retirado de "Strategic Factor Markets: Expectations, Luck, and Business Strategy", de Jay Barney e publicado por Journal Management Science, Volume 32 Issue 10, October 1986.
Afinal há pensamento estratégico
Comecei a ler "Uma empresa de fornos com projetos na forja" e ia comentando para mim mesmo:
- Só features, só produto, só fábrica.
Chego à parte final e começo a ler:
... deste postal do mês passado. E uma outra do início deste ano:
Competir pelo desempenho não é o terreno que convém a uma PME portuguesa.
Uma PME portuguesa tem mais vantagens competitivas se optar por navegar no mundo da flexibilidade.
E por fim, chega o remate final do artigo:
- Só features, só produto, só fábrica.
Chego à parte final e começo a ler:
"Apenas com um concorrente no país, a Induzir bate-se, sobretudo, com empresas italianas e alemãs, das quais procura diferenciar-se."E recordo logo esta imagem ...
... deste postal do mês passado. E uma outra do início deste ano:
Competir pelo desempenho não é o terreno que convém a uma PME portuguesa.
Uma PME portuguesa tem mais vantagens competitivas se optar por navegar no mundo da flexibilidade.
E por fim, chega o remate final do artigo:
"Somos conhecidos por apresentarmos soluções. Não fazemos nada standard. Desenvolvemos o forno à medida."E sorrio. Graças a Deus o meu julgamento inicial foi prematuro. Afinal há pensamento estratégico.
quarta-feira, fevereiro 20, 2019
Paisagens enrugadas
O que acontece à necessidade, quanto á importância de ter uma estratégia e de monitorar as consequências da sua adopção quando se caminha para Mongo?
Mongo significa paisagem cada vez mais enrugada.
Mongo significa paisagem cada vez mais enrugada.
"An adaptive landscape is a mapping from a high-dimensional space of genotypes onto fitness or some other related quantitative phenotype, which defines the ‘elevation’ of each coordinate in genotype space. Evolution can be viewed as a hill-climbing process in an adaptive landscape, where populations tend to move towards peaks as a consequence of natural selection.Trechos retirados de "A thousand empirical adaptive landscapes and their navigability" de José Aguilar-Rodríguez, Joshua L. Payne and Andreas Wagner, publicado por Nature Ecology & Evolution 1, 0045 (2017)
...
An adaptive landscape that is smooth and single peaked does not pose any obstacle to evolutionary exploration. It is therefore highly navigable, in that it is possible to reach the global peak via positive selection through a series of small mutations that only move ‘uphill’. In contrast, a rugged landscape can block the approach to the highest peak by entrapping populations on local suboptimal peaks.
...
We define landscape navigability as the ability to access a global peak via an evolutionary exploration involving random mutation and natural selection. Landscape navigability is highest when all mutational paths to the global peak exhibit a monotonic increase in binding affinity, which implies a landscape that is smooth and single peaked. Landscape navigability is lowest when no mutational paths to the global peak exhibit a monotonic increase in binding affinity. This implies a rugged landscape with many peaks.
...
The number of peaks in an adaptive landscape is an important indicator of its navigability. The more peaks a landscape has, the less navigable it becomes, if the peaks are of unequal height."
Desemprego em 2019
Evolução do número de desempregados, segundo o IEFP.
Entre Setembro de 2018 e Janeiro de 2019 o desemprego cresceu em 14584 pessoas ao mesmo tempo que o desemprego de funcionários públicos baixou em mais de 5100 pessoas.
Entre Setembro de 2017 e Janeiro de 2018 o desemprego cresceu em 7404 pessoas ao mesmo tempo que o desemprego de funcionários públicos baixou em quase 5950 pessoas.
Vejamos como correm as coisas em 2019.
terça-feira, fevereiro 19, 2019
"usando o que produzimos como um input para o seu processamento"
O exemplo que se segue pode servir de reflexão aos que respondem com o seu produto ou serviço à pergunta sobre qual é o seu negócio. Os clientes não compram o que produzimos, os clientes procuram o que vão conseguir viver, experienciar, usando o que produzimos como um input para o seu processamento. Diferentes processamentos, diferentes contextos:
"You’re either pregnant or you’re not. And the market for pregnancy testing kits would appear to be similarly dichotomous: you either need a pregnancy test kit, or you don’t. If you do, you buy one and it helps you answer the first question in the affirmative or in the negative.Recordar:
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So you’d think there’s not much to the market – not much market segmentation potential.
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“why do consumers buy pregnancy kits?”
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The answer was surprisingly far from obvious.
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It revealed two very different kinds of buyer of pregnancy kits: those who hopefully await a positive result, and those who anxiously wish for a negative one.
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These two segments deserved to be served differently. So the product was launched differently for the two types of consumer: one for “the hopefuls” and another for “the fearfuls,” differentiated in name, packaging, pricing and in-store placement.
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For the fearfuls the product was named “RapidVue,” it came in a plain white clinical pack design, priced at $6.99 and displayed near the condoms in the contraception aisle.
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For the hopefuls, on the other hand, the company created a pretty pink box labeled “Babystart,” featuring a gurgling, rosy-cheeked infant, priced 50% higher at $9.99 and sold near the ovulation predictor kits.
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It was a dramatically successful strategy for Quidel. A new way of segmenting the market was born."
- Preço e JTBD são contextuais (Novembro 2016)
- Conservas e pricing (Janeiro de 2014)
Trechos retirados de "Segmenting The Market For Power And Profit"
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