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quinta-feira, fevereiro 21, 2019

"strategic choices should flow mainly from the analysis of its unique skills and capabilities"

Excelente abstract:
"Much of the current thinking about competitive strategy focuses on ways that firms can create imperfectly competitive product markets in order to obtain greater than normal economic performance. However, the economic performance of firms does not depend simply on whether or not its strategies create such markets, but also on the cost of implementing those strategies. Clearly, if the cost of strategy implementation is greater than returns obtained from creating an imperfectly competitive product market, then firms will not obtain above normal economic performance from their strategizing efforts. To help analyze the cost of implementing strategies, we introduce the concept of a strategic factor market, i.e., a market where the resources necessary to implement a strategy are acquired. If strategic factor markets are perfect, then the cost of acquiring strategic resources will approximately equal the economic value of those resources once they are used to implement product market strategies. Even if such strategies create imperfectly competitive product markets, they will not generate above normal economic performance for a firm, for their full value would have been anticipated when the resources necessary for implementation were acquired. However, strategic factor markets will be imperfectly competitive when different firms have different expectations about the future value of a strategic resource. In these settings, firms may obtain above normal economic performance from acquiring strategic resources and implementing strategies. We show that other apparent strategic factor market imperfections, including when a firm already controls all the resources needed to implement a strategy, when a firm controls unique resources, when only a small number of firms attempt to implement a strategy, and when some firms have access to lower cost capital than others, and so on, are all special cases of differences in expectations held by firms about the future value of a strategic resource. Firms can attempt to develop better expectations about the future value of strategic resources by analyzing their competitive environments or by analyzing skills and capabilities they already control. Environmental analysis cannot be expected to improve the expectations of some firms better than others, and thus cannot be a source of more accurate expectations about the future value of a strategic resource. However, analyzing a firm's skills and capabilities can be a source of more accurate expectations. Thus, from the point of view of firms seeking greater than normal economic performance, our analysis suggests that strategic choices should flow mainly from the analysis of its unique skills and capabilities, rather than from the analysis of its competitive environment."

Abstract retirado de "Strategic Factor Markets: Expectations, Luck, and Business Strategy", de Jay Barney e publicado por Journal Management Science, Volume 32 Issue 10, October 1986.

segunda-feira, maio 17, 2010

Now, something completely different... para nos deixar a pensar

Recentemente fiz uma auditoria interna onde deixei uma sugestão à empresa auditada para repensar a sua actuação relativamente à avaliação da satisfação dos seus clientes.
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Durante a apresentação das constatações usei, mais ou menos esta argumentação que escrevi neste postal de Maio de 2006:
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“Não existem empresas perfeitas, existem sim organizações que se querem aperfeiçoar, e que por isso, recorrem ao ponto de vista dos clientes, para detectar oportunidades de melhoria. Assim, quando no final de um processo de avaliação da opinião dos clientes não se detectam oportunidades de melhoria na óptica dos clientes, perde-se uma oportunidade de encontrar oportunidades de melhoria.” Até citei Vítor Constâncio como líder do PS na oposição.
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Aprendi com Drucker que nos devemos focar nas oportunidades, aprendi com Barney que uma empresa só anda para a frente quando se concentra no aproveitamento da conjugação entre pontos fortes internos e oportunidades externas. Aprendi com Gertz e Baptista que poupar não é o mesmo que ganhar. Aprendi com Rosiello que o sucesso, para uma PME num mercado aberto e competitivo com excesso de capacidade produtiva, passa quase sempre por uma orientação dedicada a trabalhar no quadrante da Especialização ou Diferenciação, ou seja, a trabalhar no numerador da equação da produtividade.
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No entanto, o que escrevi em Maio de 2006 nunca me causou estranheza, parecia-me natural.
Uma empresa faz um inquérito de avaliação da opinião dos seus clientes usando os parâmetros de a - f medidos em duas dimensões Satisfação e Importância:
e constata que está com uma pontuação muita baixa a nível da satisfação, 59% em vez dos ambicionados 90%. O que fazer?
Este é o ponto de partida:
Olhando para a pontuação da “Importância” acharia que esse é um parâmetro que não posso alterar pois tem tudo a ver com a escala de valores do cliente e a empresa não pode mudá-la. Assim, para aumentar a pontuação do grau de satisfação procuraria melhorar o desempenho relativamente aos parâmetros a, b d, para chegar a este estado futuro desejado:
Imaginemos agora que este inquérito foi criado com a ajuda de um consultor. Imaginemos ainda que este consultor vai trabalhar com mais 2 concorrentes desta empresa e que implementa o uso do mesmo modelo de inquérito com o mesmo tipo de parâmetros e escala.
O que vai acontecer?
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Se as empresas não se limitarem a calcular os graus de satisfação e começarem a usar a informação recolhida para melhorar o desempenho aos olhos dos clientes, mais tarde ou mais cedo… vão estar coladinhas como um rebanho, como um formigueiro em torno dos 4’s em todos os parâmetros… lá se vai a diferenciação, lá se vai a especialização.
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Como escapar a este fenómeno de atracção progressiva para o rebanho que destrói a diferenciação?
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E se em vez de apostar em melhorar o desempenho onde estamos mais fracos, desprezássemos esses pontos fracos e apostássemos ainda mais os nossos escassos recursos a melhorar os parâmetros em que já somos bons?
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Esta é a tese que retiro das primeiras 40 páginas do livro “Different – Escaping the Competitive Herd” de Youngme Moon.
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Dá para ficar a pensar nas implicações desta abordagem.
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BTW, há uma forma de alterar a escala da “Importância”, não se pode mudar o cliente… mas pode mudar-se de cliente, e apostar em diferentes clientes-alvo com outra escala de importância