A semente caiu em boa terra e a empresa começou a procurar clientes particulares. Em 2018 a EDP baixou fortemente o seu volume de negócios por várias razões, mas a empresa aumentou a facturação e o valor acrescentado. Um euro facturado a um particular é muito mais valioso que um euro facturado à EDP.
Quem acompanha este blogue sabe que sigo a evolução das exportações há muitos anos e que tenho uma abordagem parcial ao seu conteúdo. Para mim, um euro exportado por uma multinacional não tem o mesmo valor que o mesmo euro exportado por uma PME. Por isso, tenho feito este tipo de comentários ao longo dos anos:
- No meu campeonato as exportações do 1º trimestre correram bem! (Maio de 2016)
- Empresas que me interessam (Setembro de 2016)
- Acerca do perfil de exportações de 2017 (Fevereiro de 2018)
- "Um outro olhar sobre os números das exportações" (parte II) (Outubro de 2018)
- O choque em curso (Dezembro de 2018)
"“Cada milhão de dólares de crescimento na procura final de têxteis, couro e calçado tem potencial para gerar 20,3 novos empregos, o que é o valor mais alto da indústria transformadora portuguesa”BTW, como lidar com "Falta de mão de obra desespera empresas"?
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O estudo de Tiago Domingues, técnico superior do GEE (Direção de Serviços de Acompanhamento da Economia Portuguesa), coloca no extremo oposto o sector petrolífero, que apresenta um potencial de criação de 2,2 novos postos de trabalho por cada milhão de dólares de aumento da procura. Sustenta que mais do que comparar stocks de importação e exportação entre países, importa analisar o valor acrescentado. E na explicação volta a remeter para os têxteis e o petróleo: se Portugal exporta produtos petrolíferos, o valor acrescentado bruto é quase nulo e prende-se com a refinação de crude. Já nos têxteis, temos 30 cêntimos de importações para cada euro produzido."
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