quarta-feira, fevereiro 27, 2019

Anónimo da província, mas sempre à frente

Há tempos fui fazer a auditoria anual que realizo desde 2013 a uma empresa que opera no mercado interno. Em 2013 desafiei-os a procurar outros clientes, a alargar o leque de clientes que serviam. Na altura, trabalhavam a 100% pra a EDP ainda que indirectamente.

A semente caiu em boa terra e a empresa começou a procurar clientes particulares. Em 2018 a EDP baixou fortemente o seu volume de negócios por várias razões, mas a empresa aumentou a facturação e o valor acrescentado. Um euro facturado a um particular é muito mais valioso que um euro facturado à EDP.

Quem acompanha este blogue sabe que sigo a evolução das exportações há muitos anos e que tenho uma abordagem parcial ao seu conteúdo. Para mim, um euro exportado por uma multinacional não tem o mesmo valor que o mesmo euro exportado por uma PME. Por isso, tenho feito este tipo de comentários ao longo dos anos:
Por isso, 2018 foi um ano mau demais:
"“Cada milhão de dólares de crescimento na procura final de têxteis, couro e calçado tem potencial para gerar 20,3 novos empregos, o que é o valor mais alto da indústria transformadora portuguesa
...
O estudo de Tiago Domingues, técnico superior do GEE (Direção de Serviços de Acompanhamento da Economia Portuguesa), coloca no extremo oposto o sector petrolífero, que apresenta um potencial de criação de 2,2 novos postos de trabalho por cada milhão de dólares de aumento da procura. Sustenta que mais do que comparar stocks de importação e exportação entre países, importa analisar o valor acrescentado. E na explicação volta a remeter para os têxteis e o petróleo: se Portugal exporta produtos petrolíferos, o valor acrescentado bruto é quase nulo e prende-se com a refinação de crude. Já nos têxteis, temos 30 cêntimos de importações para cada euro produzido."
BTW, como lidar com "Falta de mão de obra desespera empresas"?

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