Ao ler "
These Fashion Startups Offer The Prestige Of "Made In Italy" Without Inflated Prices" pensei seriamente numa pergunta que fiz a um empresário do calçado acerca de um ano.
- E se os seus trabalhadores mais exímios começassem a trabalhar em casa por conta própria fazendo sapatos topo de gama?
A pergunta foi rapidamente chutada para canto:
- Não têm as máquinas, não têm os contactos.
OK. Agora leiam o artigo. Não me custa nada pensar num contacto destes a chegar e a propor uma cooperativa de operários, a financiar a compra de máquinas não industriais, a financiar a compra da matéria-prima.
A fábrica deste
texto produzirá 300/400 pares por dia mas um
operário artesão destes se fizer por mês 40 a 50 pares por mês talvez ganhe mais do que como operário.
Esta tendência insere-se naquilo a que designo por Mongo (Estranhistão), um voltar aos sistemas dinâmicos pré-revolução industrial agora que a internet matou a geografia e a tecnologia permite séries muito pequenas de forma relativamente económica.
Como não recuar ao princípio dos anos 80 do século XX e a Alvin Toffler e às suas "
electronic cottage industries".