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terça-feira, janeiro 31, 2017

Acerca das "electronic cottage industries"

Ao ler "These Fashion Startups Offer The Prestige Of "Made In Italy" Without Inflated Prices" pensei seriamente numa pergunta que fiz a um empresário do calçado acerca de um ano.

- E se os seus trabalhadores mais exímios começassem a trabalhar em casa por conta própria fazendo sapatos topo de gama?

A pergunta foi rapidamente chutada para canto:

- Não têm as máquinas, não têm os contactos.

OK. Agora leiam o artigo. Não me custa nada pensar num contacto destes a chegar e a propor uma cooperativa de operários, a financiar a compra de máquinas não industriais, a financiar a compra da matéria-prima.

A fábrica deste texto produzirá 300/400 pares por dia mas um operário artesão destes se fizer por mês 40 a 50 pares por mês talvez ganhe mais do que como operário.

Esta tendência insere-se naquilo a que designo por Mongo (Estranhistão), um voltar aos sistemas dinâmicos pré-revolução industrial agora que a internet matou a geografia e a tecnologia permite séries muito pequenas de forma relativamente económica.

Como não recuar ao princípio dos anos 80 do século XX e a Alvin Toffler e às suas "electronic cottage industries".

segunda-feira, janeiro 09, 2017

Uma novela sobre Mongo (parte XII)

 Parte Iparte IIparte IIIparte IVparte Vparte VIparte VIIparte VIIIparte IXparte X. e parte XI.

Segue-se outra previsão, de "The Great Fragmentation : why the future of business is small" de Steve Sammartino, que vem ao encontro do que escrevemos aqui no blogue há muitos anos acerca dos prosumers e da tendência para empresas mais pequenas:
"The laptop corporation.
The story of access isn’t limited to production and digital services. This is true for all the major elements that go into the business marketing mix. We also have access to new ways of raising finance, … And we have access to an audience, ... A more accurate and wider view is that we’re all laptop corporations if we want to be. If anyone has access to an entry-level, $500 device and an internet connection, they also have access to a media production facility, a media distribution facility, low-cost labour markets, the world’s manufacturing districts, global banking and payment systems, and even bespoke capital-raising techniques from crowdfunding websites. In real terms, anyone with access to the network has access to all of the important factors of production.
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Access to technology and information creates access to an everything state.
Information not only changes what we can know and what we can do, it changes where we’ll get it. We’re entering the age of the infinite store, where you, I and everyone else can retail.

What it means for business
Everything a company can do, a person can do now too. Having a large corporate infrastructure is no longer an advantage."
Uma grande vénia ao recentemente falecido Alvin Toffler que escreveu sobre as electronic cottages do futuro no distante ano de 1980:
O meu exemplar, herdado de casa dos meus pais.

sábado, abril 21, 2012

A terceira revolução industrial

A revista The Economist traz esta semana um "Special Report" sobre a Terceira Revolução Industrial.
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É com uma agradável sensação de dejá vue que sublinho aqui algumas das mensagens da revista e que já fazem parte da mensagem deste blogue há muitos anos.
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Na verdade o "Special Report" é sobre marcadores como:

  • printer 3D
  • Mongo
  • Flexibilidade
  • 3ª vaga
  • prosumer
  • electronic cottage
  • rapidez
  • inshoring
  • mass customization
  • we are all weird
Pessoalmente acrescentaria ainda o tema das experiências.
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É um mundo novo, um mundo de empreendedores, de artistas, de designers, de artesãos, de pequenas empresas, de pequenos produtores especialistas. Um mundo muito mais diversificado, muito menos uniformizado, muito menos "normal", com muitas mais oportunidades, muito mais dinâmico.
"Now a third revolution is under way. Manufacturing is going digital. As this week’s special report argues, this could change not just business, but much else besides." (Moi ici: Claro, que muita coisa vai mudar, os movimentos pendulares de transporte para o emprego desaparecem, muitas fábricas e empresas de serviços como as conhecemos vão desaparecer, as relações laborais a que estamos habituados vão desaparecer, o comércio, a produção, a distribuição, o ensino, tudo revolucionado, tudo em divergência acelerada de um padrão uniformizador... até a cobrança de impostos vai ter de ser repensada)
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"The factory of the past was based on cranking out zillions of identical products: Ford famously said that car-buyers could have any colour they liked, as long as it was black. But the cost of producing much smaller batches of a wider variety, with each product tailored precisely to each customer’s whims, is falling. The factory of the future will focus on mass customisation—and may look more like those weavers’ cottages than Ford’s assembly line." (Moi ici: Recordar este postal  de 2006 com o exemplo da Canon. Contudo, ainda vou mais longe do que o artigo; existirá fábrica do futuro? Não será antes atelier do futuro? As fábricas do futuro não estarão nas nossas casas, ou garagens, ou ...? )
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"The geography of supply chains will change. An engineer working in the middle of a desert who finds he lacks a certain tool no longer has to have it delivered from the nearest city. He can simply download the design and print it. ... New materials are lighter, stronger and more durable than the old ones. ... New techniques let engineers shape objects at a tiny scale. ... And with the internet allowing ever more designers to collaborate on new products, the barriers to entry are falling. Ford needed heaps of capital to build his colossal River Rouge factory; his modern equivalent can start with little besides a laptop and a hunger to invent. Like all revolutions, this one will be disruptive. Digital technology has already rocked the media and retailing industries, just as cotton mills crushed hand looms and the Model T put farriers out of work. Many people will look at the factories of the future and shudder."  
Num outro artigo do relatório, "Back to making stuff":
"“Instead of a giant, purpose-built plant to supply the global market, you could imagine smaller, regionalised plants,” says Mr Sofen. Such factories could respond more rapidly to local demand, especially if a pandemic were to break out."
Num outro artigo do relatório, "All together now":
"Just as digitisation has freed some people from working in an office, the same will happen in manufacturing. Product design and simulation can now be done on a personal computer and accessed via the cloud with devices such as smartphones, says Mr Rochelle of Autodesk, the Silicon Valley software company. It means designers and engineers can work on a product and share ideas with others from anywhere. What does this do for manufacturing? The way Mr Rochelle sees it, “it means the factory of the future could be me, sitting in my home office.”"
 Depois disto tudo... estão já a imaginar os pedidos de ajudas, subsídios, barreiras protectoras, toda a parafernália do costume que os incumbentes vão invocar para serem protegidos pelos governos?




terça-feira, janeiro 17, 2012

Vai ser um cocktail...

Mais matérias-primas para o cocktail de um futuro mais diversificado, mais próximo, mais pessoalizado, mais liberto do peso do Estado (?), menos, muito menos uniformizado:
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A vivenda electrónica:

domingo, dezembro 11, 2011

Indie capitalism e Mongo!!!

"If you add up all the trends under way today, I believe we are beginning to see the start of something original, and perhaps wonderful. (Moi ici: Interessante e sintomático o uso desta palavra "wonderful". Ler este postal e ver este extracto do filme retirado e disponível aqui)
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Indie (Moi ici: "Indie" de independente) capitalism is, above all, a maker system of economics based on creating new value, not trading old value. It embraces all the strains of maker culture--food, indie music, DIY, craft, 3-D digital fabrication, bio-hacking, app enabling, CAD modeling, robotics, tinkering. Making is not a rare act performed by a few but a routine happening in which just about everyone participates. (Moi ici: Mongo como um mundo de artesãos) Making and using tools are part of a meaningful existence. And tools shift from a ritual presence to a practical role in everyday life. Having great tools and making great things begin to replace consumption as an end in itself.
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We are just two guys who made something people want to buy, and then we sell it to them. No middle men, no big corporations, no venture capital, no investments. (Moi ici: Isto é Mongo!!!)
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A while back, the futurist Paul Saffo predicted a new “creator economy” replacing the industrial and consumer economies. I like the term but prefer “indie capitalism” because it captures more of the social context and values of this new economy. I think it is sufficiently different from the entrepreneurial, startup culture of Stanford/Silicon Valley to warrant its own name. The term feels more 21st century, while “startup” sounds, well, 20th century. It’s socially focused, not technology focused, more designer/artist-centric than engineering-centric. (Moi ici: Definitivamente, e quem não perceber isto perde parte importante dos alicerces... leiam Hilary Austen!!!)
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I think that rising before us may be the solution to all that. Indie capitalism could be the kind of reinvigorated capitalism that we can all believe in again. To make it really work, we might need a new indie economics (of creativity and innovation), plus a new indie set of political policies. (Moi ici: Façam como eu, procurem na biblioteca o livro dos Toffler "A 3ª Vaga". Depois, leiam tudo sobre a "electronic cottage")
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