sábado, maio 18, 2013

Acerca do desemprego em Portugal (parte II)

Parte I.
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Evolução do número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego entre Janeiro de 2011 e Abril de 2013:

Evolução homóloga do desemprego e evolução mensal do desemprego entre Janeiro de 2011 e Abril de 2013:

A figura que se segue tira um retrato da evolução homóloga do desemprego em Abril de 2013 e mostra onde está a ser criado emprego líquido (barras negativas):

Olhem para o perfil de criação/destruição de emprego... como é que Caldeira Cabral pode esperar ver uma resposta linear?
"Passando para a atividade económica de origem do desemprego, de entre os 634 501 desempregados que, no final do mês em análise, se encontravam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Centros de Emprego do Continente, 62,0% tinham trabalhado em atividades do sector dos “serviços”, com maior relevância para as “atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” e o “comércio por grosso e a retalho”; 33,8% eram provenientes do sector da “indústria”, em particular da “construção”; e 3,2% vieram do sector “agrícola”."

sexta-feira, maio 17, 2013

Curiosidade do dia

"The whole purpose of education is to produce university professors who live in their heads, their bodies are only there to transport their heads to meetings. The current education system educates creativity out of us. We need to educate children holistically. Children have extraordinary capacities for innovation and creativity. And, just as Picasso argued that we are all born artists, social philosopher Richard Sennett says we are all born craftsmen and craftswomen.
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The true struggle is to hang on to that creativity as we grow up. The world is engulfed in a revolution, which requires us to think deeply how we prepare our children for the future."

Trecho retirado de "End of the line for mass produced education?"

"In many instances, addition can subtract"

"take a more recent study. This one asked participants to imagine they wanted to learn German. Then the researchers divided people into two groups. One group had to choose between a $575 online German-language course and a $449 German-language software package. The other group had to choose between that same $575 online course and the $449 software package plus a German dictionary. Forty-nine percent of people in the first group picked the software package over the online course. But only 36 percent of the second group made that selection—despite its being a better deal. “Adding an inexpensive item to a product offering can lead to a decline in consumers’ willingness to pay,” the researchers concluded. In many instances, addition can subtract. This is why curation is so important, especially in a world saturated with options and alternatives. Framing people’s options in a way that restricts their choices can help them see those choices more clearly instead of overwhelming them. What Mies van der Rohe said of designing buildings is equally true of moving those who inhabit them: Less is more."
"To Sell Is Human: The Surprising Truth About Moving Others" de Daniel Pink

A culpa é da mini-saia

Depois de Aveiro no primeiro trimestre ter crescido cerca de 20%, "Porto de Leixões bate recorde de movimento":
"O Porto de Leixões alcançou em abril um novo máximo histórico mensal no movimento de mercadorias, com mais de 1,7 milhões de toneladas movimentadas, mais 30% do que no mesmo mês de 2012.
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Até abril, as exportações por Leixões registaram um aumento de quase 13% face a igual período de 2012, com uma movimentação de cerca de 1,9 milhões de toneladas de mercadorias.
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Este crescimento resulta sobretudo das exportações para a Argélia (mais 150%), Marrocos (mais 61%), EUA (mais 45%), Reino Unido (mais 44%) (Moi ici: Lembram-se da treta?) e França (mais 39%), enquanto entre as mercadorias exportadas se destacam os produtos refinados diversos (mais 38%), o ferro e aço (mais 15%), os produtos aromáticos (mais 12%), as bebidas (mais 21%), o papel e cartão (mais 8,5%), as máquinas e aparelhos (mais 12%) e os produtos químicos (mais 163%)."

Semper fragilista

"A mensagem que vem de Bruxelas é muito clara (Moi ici; O que será que qualifica "Bruxelas" para qualificar a sua mensagem? Conhece o terreno? Sente os stressors e recolhe a informação?)
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Portugal tem que apostar nesta rota (Moi ici; Como se Portugal fosse um agente... felizmente são centenas de milhares de agentes)
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o objectivo das novas redes de inovação e competitividade implica uma mobilização das competências nacionais para uma nova agenda. (Moi ici; O Grande Planeador inventou uma tradução actual para o já ridicularizado "Plano Quinquenal")
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A política pública tem de ser clara (Moi ici; Cada vez me convenço mais da vantagem da opção contrária - by-pass ao Estado)
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Definição clara dos "Pólos de Competitividade" em que actuar (terão que ser poucos e com impacto claro na economia); (Moi ici; O Grande Planeador tem sempre informação mais do que suficiente para saber, melhor do que quem anda no terreno, do que quem tem as suas "manias", paixões e idiossincrasias, do que quem desenvolve relações com clientes e fornecedores, o que é melhor, o que vai ter futuro, o que... fragislista, semper fragilista) selecção, segundo critérios de racionalidade estratégica, (Moi ici; Eheheh, um Grande Planeador iludido com a racionalidade estratégica... qualquer dia até decidem quem é que procria com quem - a bem do futuro da espécie) das zonas territoriais onde se vai actuar e efectiva mobilização de "redes activas" de comercialização das competências existentes para captação de "IDE de Inovação"

Trechos retirados de "As novas redes"

Isto fez-me recordar esta entrevista ""Houve durante muito tempo excesso de dinheiro fácil" para as empresas":
"o país teria melhores empreendedores sem distribuição de fundos comunitários "por toda e qualquer start-up que lhes bata à porta".
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o país está a tornar-se mais difícil para start-ups e pequenos empresários.
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Portugal teria melhores empreendedores se tivéssemos a possibilidade de ter um sistema de capital de risco mais exigente, sem os fundos comunitários a distribuir dinheiro às migalhas por toda e qualquer start-up que lhes bata à porta.
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Em Portugal, há sempre um programa que dá 50 mil euros a cada um. Depois aparece outro programa que dá mais 100 mil euros. Portugal tem sido o país da migalha. E a migalha tem permitido a proliferação de empresas sem qualquer espécie de viabilidade. Algumas até tinham alguma viabilidade no início, mas, como o dinheiro apareceu de forma fácil, não sentiram aquela pressão de uma capital de risco internacional em cima deles todo o tempo.
Contacto com muitos responsáveis por políticas públicas que sempre me disseram que o capital de risco é para perder dinheiro. Já tive responsáveis pelo QREN a dizerem-me que o capital de risco era para perder dinheiro. Isto choca-me! Se o capital de risco não ganhar dinheiro, a economia não progride. Se não é para ganhar dinheiro, é para deitar fundos comunitários à rua."

A caminho de Mongo


"As the sheer variety of these examples suggests, 3-D printing is already having a demonstrable effect on the economy. Traditionally, it has been most useful in creating prototypes. But as GE and others are showing, printers will increasingly be able to produce critical parts and final products. In 2012, 28.3 percent of the $2.2 billion global 3-D printing market was tied to the production of parts for final products rather than prototypes, according to the Wohlers Report 2013. That shift could have profound implications for the economy and for public policy."
"The cost, time and skill necessary for 3-D printing a complicated object is roughly the same as for a simple one made of the same amount of material. As a result, inventors will be freed to dream up products in shapes and material combinations never attempted before, unburdened by the design logic of traditional manufacturing. They’ve already made progress integrating electronics into 3-D printed goods; down the line, they’ll be able to embed sensors, smart technology and artificial intelligence.
Finally, as personal printers get better and cheaper, they’re reducing the expense and risk for individual inventors to become manufacturers. The cost of customization is almost eliminated, because the printers don’t require retooling to make new shapes, and entrepreneurs don’t need to sell big batches of identical items; they can print to order. For a small business, a 3-D printer can eliminate excess production and the need for warehousing, and diminish the costs of distribution. Enthusiasts like to imagine a future in which a 3-D printer in every home will produce all you need, customized and on demand. A more likely scenario is that people will use a print shop to produce designs they’ve purchased from entrepreneurs or created themselves."

"Affordable printers are lowering the cost of entry into manufacturing in the same way that e-commerce lowered the barriers to the sale of goods and services, according to Gartner Inc., a Stamford, Conn., firm that follows technology trends."

"Currently in the business world we are witnessing something like the epic collision of two galaxies — a rapid convergence of two very unlike systems that will cause the elements of both to realign. It's all thanks to the Internet of Things.
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If you are not familiar with the term, the Internet of Things refers to a dramatic development in the internet's function: the fact that, even more than among people, it now enables communication among physical objects."


 

quinta-feira, maio 16, 2013

Curiosidade do dia

Interessante este embate.
"Professors across the U.S. are criticizing a rush to offer free online college courses, challenging a movement designed to spread knowledge and reduce higher-education costs. (Moi ici: Portanto, admitem que não conseguem competir e fazer a diferença face a curso online? O mesmo erro dos jornais e do retalho clássico)
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Amherst College faculty voted last month against joining an initiative led by Harvard University and Massachusetts Institute of Technology. The provost at American University issued a moratorium in January on such massive open online courses, or MOOCs. At San Jose State University, the philosophy department refused to use a free Web course from a Harvard professor.
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As college costs soar, professors are concerned that MOOCs may primarily become a way for universities to reduce expenses. Even at Harvard, some faculty members said at a meeting last week that the movement could damage higher education by leading institutions to cut face-to-face instruction.
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Christensen, a Harvard business school professor, has predicted that in 15 years, half of all universities will be out of business because higher education, with its skyrocketing costs, is ripe for technological upheaval.
At the same time, professors are raising legitimate objections because MOOCs -- focusing on lectures by star professors -- aren’t really a revolutionary form of teaching, Horn said. More interactive approaches may end up being more effective." (Moi ici: E quantos é que estão disponíveis para isso?)



Trecho retirado de "Harvard-for-Free Meets Resistance as Professors See Threat"

BTW "The future is here"

"future-back" approach to strategy"

Começar pelo fim é uma receita que sigo há muito tempo

Gosto de usar a metáfora da corda ninja, para a lançar até ao futuro desejado para "Fazer uma excursão até ao Futuro Imaginado" e, depois, usá-la para voltar ao presente e mudar a realidade actual para a converter na realidade do futuro desejado. É a grande diferença entre empurrar para a frente, para o desconhecido, para um futuro e, puxar a partir do futuro desejado. Podemos estar no presente fisicamente e ser puxados por nós próprios no futuro desejado... recordar Ortega y Gasset.
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Por isso, gostei desta reflexão:
"Organizations should have their moonshots. They're a keystone of what we call a "future-back" approach to strategy, which unlike the "present forward" nature of most strategic-planning processes, doesn't operate under the assumption that tomorrow will be pretty much like today, and the day after pretty much more of the same. In stable times, present-forward approaches help optimize resource allocation. But in turbulent times, these approaches can lead companies to miss critical market inflection points.
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At the heart of the future-back process is a consensus view of your company's desired future state.This isn't scenario planning, where you consider a range of possibilities. This is putting a stake in the ground — specifying what you want your core business to look like, what adjacent markets you want to edge into, and the moonshots you'll try for.
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A good moonshot has three ingredients. First, it inspires.
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Second, it is credible.
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Finally, it is imaginative. It isn't an obvious extrapolation of what's happening today ... but something that offers a meaningful break from the past.

Trechos retirados de "What a Good Moonshot Is Really For"

Condenados pelos limites que nós próprios criamos para nós mesmos

Já há algum tempo que não lia um texto de Seth Godin que me agradasse tanto, "Appropriate cheating in the nine-dot problem".
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Um texto que pode ser relacionado com o que aqui vamos escrevendo há anos e anos sobre a "batota" (ver marcador). Um texto que pode ser relacionado com o recente ""Não veja televisão. Não veja as notícias! São um veneno!""
"Then he ends your frustration and points out you've been tricked by your own limits, because, of course, there's nothing in the rules that says you can't
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The thing is, this isn't the end. This is the beginning of the cheating,
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People who have been online for awhile have seen this happen over and over, and yet hesitate to do it with their own problem. Not because it can't be done, but because it's not in the instructions. And the things we fear to initiate are always not in the instructions."
 Agrilhoados, algemados, presos, amedrontados, enterrados, paralisados, condenados pelos limites que nós próprios criamos para nós mesmos, ou aceitamos que uns "gurus" estabeleçam para nós próprios.
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Quando a paisagem competitiva muda muito é preciso voltar a ser "criança" e ignorar as instruções, para fazer o reset ao modelo mental... good old Gonzales:

Treta!

Ontem, no Público em "Só as exportações nos podem salvar mas não o conseguem fazer sozinhas" li:
"O euro valorizado: os bancos centrais das outras grandes potências económicas estão a apostar em politicas fortemente expansionistas, o que faz com que o Banco Central Europeu sinta, mesmo descendo as taxas de juro para próximo de zero, dificuldades em evitar uma apreciação do euro face a divisas como o dólar, a libra ou o iene. Isto torna a tarefa de crescimento das exportações portuguesas - principalmente quando as melhores hipóteses estão fora da zona curo - ainda mais complicada. No passado. - Portugal conseguiu os melhores desempenhos nas exportações nos momentos em que a sua divisa se desvalorizou. Nessa altura, a divisa não era o euro. era o escudo."
E pensei:
"TRETA!!!" 
As exportações portuguesas, com o euro, cresceram 0,3% no primeiro trimestre de 2013 face ao período homólogo de 2012. Comparando as exportações intra e extra-UE temos:

"Em março de 2013 as exportações (para a UE) diminuíram 6,1% face ao mês homólogo de 2012,
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Em março de 2013 as exportações para os Países Terceiros (extra-UE) aumentaram 6,0% face a março de 2012,"

E depois pensei... como terão evoluído as exportações inglesas no mesmo período? Caíram 2,1%!!!
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E depois pensei... como terão evoluído as exportações japonesas no mesmo período? Caíram 1,2%!!!
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Onde está a vantagem da desvalorização cambial?
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É tão arcaico pensar na desvalorização cambial como arma competitiva simples, depois do aparecimento  das "fábricas do mundo" na Ásia...

quarta-feira, maio 15, 2013

Curiosidade do dia

Este final de tarde, foi um consolo apanhar esta cena durante o jogging:

Gente com "skin in the game", indiferente a estes comportamentos.

Um exemplo da actuação de David

Um exemplo:
"“We found a void,” Stoffers says. “So we did our research on why bikes are so expensive, and we found it was because of the gears. Adding eight or 30 gears to a bike is costly.”
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The solution: fixed-gear, single-speed bikes, or “fixies,” which have been trendy among city riders for almost a decade. Instead of having a complex multisprocket gear shifter mounted on the back wheel, fixies are rigged like most children’s bikes, with one gear. Sure, single-gear bikes require a little more mustard to propel up hills, but they’re cheaper, more reliable and, if kids and urban hipsters are any indication, more fun than their multigear counterparts." (Moi ici: Existem clientes "overserved" que podem formar um segmento importante?)
"That’s why the Pure Fix boys set out to design the ultimate, budget-friendly fixie. Adding college friend Zach Schau and his computer-whiz brother Jordan to the posse, they mocked up designs for their dream rig, and Stoffers, whose family has import-export experience, worked on finding an overseas manufacturer to make it a reality" (Moi ici: Produto simplificado, mas especial num atributo específico muito valorizado. Depois, não é preciso produzir. Há sempre alguém capaz de produzir. O importante é a concepção e o canal de comunicação com os consumidores - o importante é ser dono da prateleira)
"They hired Andy Abowitz, a former senior executive at Priceline.com, (Moi ici: Importante o recurso a quem tenha capacidade de gestão) as president and began selling their bikes nationwide, using their own distribution system, which kept costs remarkably low. “Usually with bicycles there’s a distribution chain, with large companies purchasing from manufacturers and selling to distributors,” Schau explains. “By acting as our own distributor and supplier, we’re able to have an affordable product right off the bat.”" (Moi ici: Este é o tempo de testar novos modelos de negócio, de testar novos canais de distribuição, de tirar partido dos portugueses espalhados pela Europa como facilitadores para chegar a prateleiras na UE)
"he guys cite their small stature and super-lean operation as prime advantages. “Because we’re smaller, we’re able to innovate faster. We can switch our manufacturing process and come out with something new almost immediately,” Schau says, pointing to recent innovations like frames for kids and a fixed-gear “trick” bike." (Moi ici: Seguir a via de David, apostar no que proporciona rapidez, flexibilidade, vantagem)
Trechos retirados de "How a Group of Friends Made a Dent in the $6 Billion Bike Industry"

Não creio que seja uma resposta linear imediata.

Ontem no JdN em "Exportações, emprego e emigração" sublinhei:
"Na última década a economia portuguesa sofreu uma série de choques externos que acentuaram os seus desequilíbrios. O alargamento e a maior abertura da UE à China colocaram em cheque a nossa especialização tradicional, comprometendo o crescimento económico. A maior crise desde 1929 deu uma facada adicional. O fraco crescimento que daqui resultou, em paralelo com o acesso a crédito barato, estiveram na origem do desequilíbrio externo e do desequilíbrio orçamental.
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Os dados de Março também revelaram que as exportações, que deviam estar a aumentar, estão a cair. (Moi ici: O que está a cair são as exportações de viaturas, não por falta de competitividade do sector em Portugal mas por falta de procura no mercado europeu)
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O principal problema que o país enfrenta neste momento não é a instabilidade dentro do Governo, nem a lentidão a que se está a processar a consolidação, é o facto de as medidas socialmente muito duras que estão a ser impostas não estarem a gerar o ajustamento da economia no sentido necessário. Portugal precisa de investir mais, produzir mais e exportar mais. E nada disto está a acontecer."
O último parágrafo fez-me voltar aos tempos de escola e ao meu Stephanopolous sobre Dinâmica de Sistemas.
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E quem é que disse que a economia sustentável que tem de ser criada e desenvolvida tem um comportamento linear?
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Se o governo torrasse mais uns milhões a "assar sardinhas com fósforos", apoiando a economia insustentável, a resposta seria muito mais rápida porque seria mais próximo da linearidade. Seria apoiar o uso insustentável de recursos já existentes. Recursos que estavam imobilizados e prontos para utilização.
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A economia sustentável que tem de ser criada e desenvolvida não aparece do pé para a mão, para além de depender muito da procura externa, os recursos não existem prontos para serem utilizados.
"Stressors are information"
Primeiro a "dor" vai ter de gerar informação.
Depois, a informação vai gerar acção.
Só a acção vai gerar hipóteses de mobilização de recursos.
Dessas hipóteses, algumas vão descobrir um retorno positivo e vão desenvolver-se, outras vão ter um retorno negativo inicial. Em resposta a esse retorno negativo inicial, algumas vão "pivotar" em busca de melhor ajuste com o mercado e outras vão morrer.
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Não creio que seja uma resposta linear imediata.

“Ready or not, here I come!”

À atenção das associações empresariais.
“Market transitions wait for no one.” Not for your customers. Not for your partners. Not for your competitors. And not for you. When the time comes, that sets the time. And just like when you were a kid playing hide and seek, there’s a voice that comes out of nowhere calling, “Ready or not, here I come!”
À atenção dos empresários.
"But step back and take stock. The world is more powerful than you. The market is more powerful than you. Your customers are more powerful than you. And the sum of all your partners and competitors—the ecosystem—is more powerful than you. And just to put the cap on it, nobody really cares about you except you."
À atenção de quem olha para as empresas como vacas leiteiras sempre à mão para impostar.
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Trecho retirado de "Escape Velocity - Free Your Company’s Future from the Pull of the Past" de Geoffrey A. Moore.

Promoção da concorrência imperfeita


Ideias que ajudam a crescer.

terça-feira, maio 14, 2013

Curiosidade do dia

"We have this culture of financialization. People think they need to make money with their savings rather with their own business. So you end up with dentists who are more traders than dentists. A dentist should drill teeth and use whatever he does in the stock market for entertainment.
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People should have three sources of variation in their income. The first one is their own business that they understand rather well. Focus on that. The second one is their savings. Make sure you preserve them. The third portion is the speculative portion: Whatever you are willing to lose, you can invest in whatever you want."
Trecho retirado de "Taleb: Government Deficits Could Be the Next 'Black Swan'"

Periferias

"Portugal será sempre um país periférico na produção de carros"

E será que um dia a produção de carros será ela própria periférica?

Teremos já passado o "peak car consumption" na Europa?

"You have to play what’s in front of you"

Uma excelente metáfora "Management vs Tonga"
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Primeiro, recordar que este blogue é mantido por um fan do balanced scorecard. Alguém que acredita no poder que a monitorização de indicadores alinhados com uma estratégia, pode dar a uma empresa.
"Now, in certain contexts, exclusively quantitative measurements are powerful decision aids, but we fall into trouble when we extend the context inappropriately, yet still maintain our absolute belief in the power of quantitative measurement.
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Fast forward to a tour of the Antipodes commencing with an opening game in Tonga. The 80 minute game was terminated after half an hour as we ran out of substitute players. We were just as fast, just as motivated as they were but we were also lighter by an average of 15 kg per player. The picture at the top says it all.
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We did not adjust. We had statistics on our side; we just had to try harder - and ultimately we failed. We had stuck to our plan because we were confident that measurements were tied to the cause and effect of success, and we refused to play what was in front us.
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Now, I often no longer provide the intellectual argument. Intellectual stimulation provokes thought, emotional stimulation provokes action.
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Sometimes you need to let the management team play the Tongans.
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In my experience running this exercise, it reveals to senior management the real power of narrative research, (Moi ici: Daí a importância do mapa da estratégia) and then prompts further discussion on the potential danger of making a measure a goal, and how measurement and flexibility should always be in harness. You have to play what’s in front of you."



"below everything else"

"10 Things Every Customer Wants"
"Why does a customer buy from one vendor rather than another? According to research recently conducted by The Rain Group (detailed report here), customers tend to buy from sellers who are superlative at the following tasks:"
Em décimo e último lugar temos:
"10. Provide Value That's Superior to Other Options
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And here, finally, at the No. 10 spot (below everything else) comes the price and how that price compares to similar offerings. Unless you can prove that buying from you is the right business decision for the customer, the customer can and should buy elsewhere."
Os "bean counters" da tríade não percebem isto.
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E você?
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E a sua empresa?

"Não veja televisão. Não veja as notícias! São um veneno!"

"The economy isn’t as important as you think it is. (Moi ici: A ideia da retoma, ou da recessão - "Não acredito em marés..."; "A retoma da economia" e "À espera da retoma")
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1. In any economy, some businesses will thrive while others suffer.
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Just because your traditional market is struggling doesn’t mean there aren’t other markets for you to serve. Whether you’re selling business to business or business to retail, there are buyers who are flourishing. Identify those buyers, market to them, and you, too, will flourish.
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2. People will pay extra for what they really want regardless of the economy.
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some buyers will forego eating out to be able to afford their dream trip. Others will postpone the trip to be able to eat out. Buyers will make adjustments in their spending habits, but they will spend, and handsomely, for the things they really value.
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3. Buyers’ natural styles don’t change just because the economy does.
Value buyers will always be value buyers, just as price buyers will always be price buyers. Price buyers will be looking for the best deal they can get even when they’re rolling in money. Value buyers, on the other hand, will forego some purchases during difficult times rather than sacrifice the things they value."
Na semana passada comecei um projecto numa empresa. Um dos empresários começou a falar da crise e do Gaspar, está tudo minado, não há saída... quando acabamos a sessão, baseada na análise de uma tabela SWOT, tinham-se identificadoe 2 ou 3 oportunidades que se podiam conjugar com pontos fortes. Tempo de arregaçar as mangas!
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O meu conselho foi logo:
"Não veja televisão. Não veja as notícias! São um veneno!"

Trechos retirados de "Pricing for Profit - How to Command Higher Prices for Your Products and Services" de Dale Furtwengler

segunda-feira, maio 13, 2013

Curiosidade do dia

Muito, muito interessante!
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"Caveat emptor.com"~
"Yet customers may feel it unfair for retailers to charge customers differently for the same product, based on hunches about how much they can be stung for.
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Maybe the rise of price-customisation software will spawn rival apps that help consumers defeat it, by disguising their trail of clicks. In the meantime, online shoppers might look at ways to avoid appearing like moneybags. Surf on a PC, not an Apple. Start by visiting a price-comparison site, then—on arrival on a seller's site—feign interest in its cheapest stuff. Having made your choice, dawdle on your way to the checkout page. The internet may make price discrimination easier for retailers; but in online stores, as in bricks-and-mortar shops, two can play at that game."

Quantos parêntesis conseguem identificar?

"Se vamos a caminho de Mongo (o Estranhistão), se "we are all weird", se o futuro passa pela co-criação e pela co-produção, se o futuro passa pela customização e personalização, então, o futuro são os artesãos. O futuro é voltar ao passado, é desmassificar a produção, é olhar para a segunda metade do século XX e perceber o "post-war construct" como uma anormalidade histórica a que nos habituamos e que temos medo de abandonar porque é a conhecida."
Ao princípio da noite encontrei este texto "Back to the future: What if the ‘mass media’ era was just an accident of history?" onde se pode ler uma mensagem muito semelhante:
"The idea that mass media was a kind of historical accident has been raised by others as well, including Tom Standage of The Economist — both in his upcoming book, called “Writing on the Wall,” and in a series of pieces in the magazine about the nature of digital media.
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“The ominous implications of the rebirth of social media for mass-media companies that arose in the industrial era, (Moi ici: Como escrevo aqui tantas vezes, Mongo é pós sociedade industrial) predicated on the high cost of delivering information to large audiences. The conclusion of the book is that the mass-media era was a historical anomaly… indeed, it might better be termed the ‘mass-media parenthesis.’”
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If this is in fact what we are experiencing — that is, the unbundling or dismantling of a mass-media infrastructure that was constructed to serve the needs of readers (and advertisers) at a specific time in history — then what can we expect? Among other things, probably further downsizing and layoffs and bankruptcies of media companies whose size and cost structure and print focus no longer corresponds to the needs of the marketplace.
And on the positive side, we are also likely to see the growth of new entities that take advantage of the networked, social and smaller-scale nature of the media ecosystem — startups like Circa, for example, or algorithmic players like Prismatic, along with larger entities like The Huffington Post and BuzzFeed. In a very real sense, it is both the best of times and the worst of times."
E seguindo este raciocínio, poderemos também falar de um "employment parenthesis"?

Apostar em nichos

"O ritmo da queda não deixa margem para dúvidas: em meados da década passada, havia 1800 videoclubes. Em 2010, eram 300. Até ao final de 2013, metade dos 100 que ainda resistem acabará provavelmente por fechar, antecipa Nuno Pereira.
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A curto prazo, o sector vai ficar reduzido a escassos sobreviventes, entre os quais aqueles que conseguirem dar a volta ao modelo de negócio tradicional, considera o responsável da Acapor. “Lojas de aluguer de vídeo, daqui a dois anos, não acredito que existam.
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A Cineteka começou no quarto de Gonçalo Peres, com um sistema que ainda hoje se mantém: as pessoas podem encomendar filmes pela Internet e estes são enviados por correio. Em 2006, a loja física abriu. É um espaço amplo, com dois andares. Em baixo, o videoclube, que também vende posters de filmes, acesso à Internet e ainda pastilhas elásticas e chocolates (uma receita “residual”, diz Bruno Mendes, outro dos sócios – estes produtos servem apenas para completar o serviço). No piso de cima há um café, cuja exploração está entregue a outra empresa.
“O negócio principal é o aluguer de filmes”, assegura Gonçalo Peres, que explica que a Cineteka se esforça por ter filmes de cinema alternativo e títulos antigos, que apelam a muitos dos clientes que têm. (Moi ici: Este é o pormenor que me captou a atenção. Num sector em queda, por perda da massa de clientes, há quem, em contracorrente tenha sucesso. Como? Apostando em nichos, servindo clientes-alvo... uma lição para os jornais, por exemplo) Para além do modelo tradicional de aluguer, a empresa oferece a possibilidade de assinaturas mensais."


Trechos retirados de "O filme dos videoclubes não tem um final feliz"

Tríade: bean counters

"There is a long history of companies that became obsessively focused on cost, at the expense of providing a product or service of value to the customer. The fact of the matter is you can make a pizza so cheap no one is willing to eat it.
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Cost accountants focus on the inside of an organization, yet all value takes place in the external world, beyond the four walls of the organization. By and large, accountants are not well equipped to judge and measure value, despite all the recent blather about activity-based costing.
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It is time we lay to rest cost-plus pricing, and for businesses to embrace The First Law of Marketing: All value is subjective. Pricing is far too important to be left to the worldview of the bean counters."

Trecho retirado de "The First Law of Marketing: All Value is Subjective"

domingo, maio 12, 2013

Curiosidade do dia

" new study really helps to drive home how little patents have to do with innovation. Pointed out to us by James Bessen, the study looks at "R&D 100 Awards" from the academic journal, Research & Development from 1977 to 2004. As you might expect, the R&D 100 Awards are given out each year by the journal in an attempt to name the top 100 innovations of the year. If patents were instrumental in driving innovation, you'd certainly expect most of these innovations to be patented. .But you'd be wrong, as the reports authors, Roberto Fontana, Alessandro Nuvolari, Hiroshi Shimizu and Andrea Vezzulli, quickly discovered.
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A stunning 91% of all of the technologies receiving the prize were not actually patented. That's covering approximately 3,000 technologies winning this award as the most innovative advancement of the year over a period of about three decades."

Trecho retirado de "Over 90% Of The Most Innovative Products From The Past Few Decades Were NOT Patented"

A estabilidade é mesmo uma ilusão (parte III)

Na sequência de "A estabilidade é mesmo uma ilusão (parte II)" (Parte 0 e parte I).
"IT'S been one of the hottest economic questions for at least the last few decades: what sort of jobs will provide a comfortable, secure, middle-class lifestyle for the next generation of Americans?"
Qual seria a resposta se fosse procurada neste blogue?
"future “good” middle-class jobs will come from the re-emergence of artisans, or highly skilled people in each field. Two examples he mentioned: a contractor who installs beautiful kitchens and a thoughtful, engaging caregiver to the elderly. He reckons the critical thinking skills derived from a liberal arts education give people who do these jobs an edge. The labour market will reward this; the contractor who studied art history or the delightful caregiver with a background in theatre will thrive.
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This is consistent with a shift in the labour market I've observed. It seems the market now rewards individual more than firm-specific capital. That's economic jargon for the idea that it's better to be really good at your job than merely good at being an employee. There's less value in being the company man; you must be your own man possessing a dynamic skill set applicable in a variety of ways.
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What Mr Katz describes is a world where a good job is not lifetime employment, where your employer takes care of you from age 20 until death (with a very generous pension). He describes people responsible for their own economic destiny. That may seem unsettling, because the old regime appeared to offer more stability, though that stability may have been an illusion. Actually the new way may offer more certainty because people look out for themselves, rather than being vulnerable to changes that impact their employer. The nature of work constantly evolves. The company man was a post-war construct. The self-sufficient artisan is actually more consistent with historical labour markets.
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But in order to build your human capital and be that modern, competitive worker it seems you must believe you're a little special. The company man was content to be a cog in the machine, the modern worker must take pride in his talents.
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Believing you're exceptional and in control maybe a necessary characteristic of modern workers. But it must be balanced with realistic expectations and humility. It's not enough to take pride in what you do; modern workers must be open to applying their skills in a variety of different and ever-changing ways"
Se vamos a caminho de Mongo (o Estranhistão), se "we are all weird", se o futuro passa pela co-criação e pela co-produção, se o futuro passa pela customização e personalização, então, o futuro são os artesãos. O futuro é voltar ao passado, é desmassificar a produção, é olhar para a segunda metade do século XX e perceber o "post-war construct" como uma anormalidade histórica a que nos habituamos e que temos medo de abandonar porque é a conhecida.
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Trechos retirados de "The return of artisanal employment"

A "Via Negativa" (parte III)

Parte I e parte II.
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"what is called in Latin via negativa, the negative way, after theological traditions, particularly in the Eastern Orthodox Church. Via negativa does not try to express what God is - leave that to the primitive brand of contemporary thinkers and philosophasters with scientistic tendencies. It just lists what God is not and proceeds by the process of elimination.
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Recall that the interventionista focuses on positive action - doing. Just like positive definitions, we saw that acts of commission are respected and glorified by our primitive minds and lead to, say, naive government interventions that end in disaster, followed by generalized complaints about naive government interventions, as these, it is now accepted, end in disaster, followed by more naive government interventions. Acts of omission, not doing something, are not considered acts and do not appear to be part of one’s mission. ... I have used all my life a wonderfully simple heuristic: charlatans are recognizable in that they will give you positive advice, and only positive advice, exploiting our gullibility and sucker-proneness for recipes that hit you in a flash as just obvious, then evaporate later as you forget them.
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in practice it is the negative that’s used by the pros, those selected by evolution: chess grandmasters usually win by not losing; people become rich by not going bust (particularly when others do); religions are mostly about interdicts; the learning of life is about what to avoid. You reduce most of your personal risks of accident thanks to a small number of measures.
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So the central tenet of the epistemology I advocate is as follows: we know a lot more what is wrong than what is right, or, phrased according to the fragile/robust classification, negative knowledge (what is wrong, what does not work) is more robust to error than positive knowledge (what is right, what works). So knowledge grows by subtraction much more than by addition—given that what we know today might turn out to be wrong but what we know to be wrong cannot turn out to be right, at least not easily."
Em vez de um cardápio de receitas intervencionistas, tão comum entre os socialistas do PSD e do CDS até aos do PS e PCP.
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Trechos retirados de "Antifragile" de Nassim Taleb.

sábado, maio 11, 2013

Curiosidade do dia

"India is an ancient civilisation but a youthful country. Its working-age population is rising by about 12m people a year, even as China’s shrank last year by 3m. Within a decade India will have the biggest potential workforce in the world."
Trecho retirado de "What a waste"

A estabilidade é mesmo uma ilusão (parte II)

Parte 0 e parte I
"The U.S. Census Bureau estimates that the American economy has more than twenty-one million “non-employer” businesses - operations without any paid employees. These include everything from electricians to computer consultants to graphic designers. Although these microenterprises account for only a modest portion of America’s gross domestic product, they now constitute the majority of businesses in the United States.
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The research firm IDC estimates that 30 percent of American workers now work on their own and that by 2015, the number of nontraditional workers worldwide (freelancers, contractors, consultants, and the like) will reach 1.3 billion. The sharpest growth will be in North America, but Asia is expected to add more than six hundred million new soloists in that same period.
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Some analysts project that in the United States, the ranks of these independent entrepreneurs may grow by sixty-five million in the rest of the decade and could become a majority of the American workforce by 2020. One reason is the influence of the eighteen-to-thirty-four-year-old generation as it takes a more prominent economic role. According to research by the Ewing Marion Kauffman Foundation, 54 percent of this age cohort either wants to start their own business or has already done so.
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In sixteen Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) countries- including France, Mexico, and Sweden - more than 90 percent of businesses now have fewer than ten employees. In addition, the percentage of people who are either a “nascent entrepreneur or owner-manager of a new business” is far higher in markets such as China, Thailand, and Brazil than in the United States or the United Kingdom."
Recordar o que se escreve por aqui acerca de: Mongo; artesãos; prosumers e antifragilidade.
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Trecho retirado de "To sell is human : the surprising truth about moving others" de Daniel Pink.

Manxman

"Giro d'Italia 2013, stage six: Mark Cavendish prevails in sprint finish"

"before you can get better, you will need to get worse" ("Via Negativa" (parte II))

Dave Gray em "The Connected Company" descreve em linguagem corrente o que acontece às empresas e às economias dos países:
"Evolutionary biologists use something called a fitness landscape to represent the journey that organisms and organizations make as they negotiate tradeoffs between conflicting constraints and coevolve, trying to achieve optimal fitness for their environment. The journey is called an adaptive walk. As organisms make adaptive moves and countermoves, trading off one functional trait for another, they move upward on the landscape, toward an optimum fit. But with every move, those tradeoffs make it more and more difficult to go anywhere else but up toward the top of that particular peak. Eventually, you reach a point where you can’t go any farther up - or, you will have to go downhill before you can scale another peak. And that means that before you can get better, you will need to get worse.
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This adaptive walk toward fitness peaks is another way to visualize the experience curve and its diminishing returns. As you move upward toward an optimum - or peak - efficiency, there are fewer and fewer choices that will take you higher on the landscape, until you reach the top. And once you have reached a peak, moving in any direction will take you downhill.
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If you are at the top of a fitness peak and the landscape starts changing, it can really throw you off. Companies doing the right thing at the time - making the right moves for their situation, trying to optimize their production lines to squeeze out all the costs and inefficiencies so they can run lean and mean operations - may later find that they have optimized for a business environment that no longer exists."
Tínhamos um ecossistema de empresas de bens transaccionáveis adaptado a competir pelo baixo-preço e:

  • A paisagem competitiva começou a acelerar a mudança quando o escudo deixou de dar boleias a clandestinos com a sua desvalorização deslizante;
  • Acelerou ainda mais com a adesão dos países da Europa de Leste à UE;
  • E sofreu um evento tipo-Fukushima com a adesão da China à OMC.
Estas alterações sucessivas da paisagem competitiva levaram os intervencionistas ingénuos nos vários governos a maquilharem os números do PIB e do desemprego com mais de uma década de investimento público com rentabilidades negativas, assaram sardinhas com o lume dos fósforos (recordar a argumentação do secretário de estado Paulo Campos).
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Recordando:
Para muitas empresas, o que era um pico, transformou-se num vale, ou numa depressão, ou numa colina insignificante, para encontrar um novo pico, é preciso seguir um "adaptive walk" que terá de passar algures por "before you can get better, you will need to get worse", outra forma de dizer: ""Se tudo correr bem o desemprego vai aumentar""
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Quem disser o contrário, na situação, ou na oposição, mente com todos os dentes.
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A falta de dinheiro, e alguma, pouca, influência da troika, têm imposto a "Via Negativa"

sexta-feira, maio 10, 2013

Curiosidade do dia

"Em março de 2013 as exportações (para a UE) diminuíram 6,1% face ao mês homólogo de 2012, em especial devido à evolução registada nos Veículos e outro material de transporte (nomeadamente nos Automóveis de passageiros, nos Veículos automóveis para transporte de mercadorias e nas Partes e acessórios dos veículos automóveis) e nas Máquinas e aparelhos (principalmente nos Aparelhos recetores para radiodifusão).
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Em março de 2013 as exportações para os Países Terceiros (extra-UE) aumentaram 6,0% face a março de 2012, em resultado do acréscimo registado principalmente nos Combustíveis minerais e nos Metais comuns (nomeadamente Fio-máquina dos tipos utilizados para armaduras de betão)."

Será que o pior já passou?

"Stressors are information"

Esta semana, durante a última sessão de uma acção de formação, um dos presentes levantou o problema da disciplina.
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A gestão de topo define uma estratégia e, no entanto, é a primeira a abandonar a estratégia quando aparece uma oportunidade desalinhada.
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Como eu o entendi, como eu percebi o seu desalento.
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"As encomendas mais importantes são as que rejeitamos!"
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Só quando rejeitamos uma encomenda é que realmente temos uma estratégia.
É que estratégia não é só escolher o que fazer.
Estratégia é, também, escolher o que não fazer.
Sem rejeição não há concentração, não há foco.
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"Stressors are information"
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Sem stressors não há informação, se não há informação, não há sinal de que a mudança seja mesmo necessária.

Nada, não vejo mesmo nada

"Primark linked to Bangladesh factory fire" e "Primark 'shocked' by Bangladesh building collapse", conjugam bem com "Primark está imparável":
"Quando a Associated British Foods, que detém o retalhista, divulgou em abril os dados do seu desempenho, não houve surpresa ao ver o nome da Primark entre as boas notícias.
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A Primark foi creditada por impulsionar o crescimento da AB Foods, que aumentou em 25% o lucro ajustado antes de impostos e em 20% o lucro operacional ajustado. A própria Primark registou um crescimento de 24% nas vendas anuais, atingindo receitas próximas dos 2 mil milhões de libras esterlinas, com as vendas comparáveis a crescerem 7%, numa altura em que a empresa registou uma expansão substancial do espaço de venda ao público e da densidade de vendas.
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Hall considera que a Primark irá continuar a dominar no mercado europeu. «Simplesmente não existe um concorrente para eles. Não vejo o que poderá impedir o crescimento na Europa, particularmente em mercados como Espanha, Portugal e Alemanha – acho que a Alemanha oferece uma oportunidade efetiva para eles», concluiu."
Também não consigo ver nada que possa impedir o crescimento da Primark na Europa... "290 dead as high street fashion chains told to put lives before profits after Bangladeshi factory collapse".
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Nada mesmo... "Despite the factory collapse in Bangladesh, ethics are soon forgotten when faced with a £5 dress"

A quimioterapia é opcional

"Jardim: Só por" teimosia" não se aplica "fórmula" para combater o desemprego":
"a implementação de "uma política nacional que opta por cortar no investimento em regiões em que ao lado do turismo a construção civil é factor fundamental de emprego é natural que isso suceda"
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"a opção da União Europeia não pode ser o combate ao défice, tem de ser o combate ao desemprego".
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"Para isso é preciso aumentar a procura com mais moeda em circulação e com o aumento da procura, ir criando mais emprego. Era o que eu faria se fosse primeiro-ministro de Portugal", disse."
"Economia portuguesa foi vítima de “doping temporário
"Costa acrescenta que o investimento efectuado durante este período foi principalmente para fins não produtivos. “Não vale a pena uma empresa investir numa cantina ou num edifício de prestígio,” disse o Governador, “se depois não tem dinheiro para as máquinas”. Assim, durante anos, Portugal endividou-se para comprar bens acessórios que em pouco acrescentaram a produtividade nacional."
"Problema do desemprego tem que ser “rapidamente atacado”, diz Carlos Costa"
"“o ajustamento económico português levou à redução da procura por bens não-transaccionáveis”, exemplificando com a realidade vivida nos sectores da construção civil e das obras públicas, que durante muitos anos ajudaram a sustentar os índices de empregabilidade em Portugal."
E, ainda, a confusão de achar que o desemprego é um problema de oferta dos trabalhadores:
"“Quando o investimento retomar, é de esperar um aumento das necessidades de pessoal das empresas. Agora, não se passa da área da construção civil para a área fabril, por exemplo, sem haver uma requalificação profissional”, sustentou."
Se alguma vez tivesse trabalhado numa fábrica perceberia como isto é treta.
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"Disparates plausíveis"
"O nosso mal agrava-se porque, como a dívida foi acumulada ao longo de décadas, a estrutura económica ficou distorcida, adaptando-se a níveis de despesa insustentáveis. Isso significa que muitos empregos e capitais estão em actividades condenadas. Assim, além da perda conjuntural de empresas, devida ao aperto da austeridade, sofremos a eliminação definitiva de ocupações fictícias, que a dívida alimentou. Em cima das radiações, há que fazer dolorosa fisioterapia."

Tudo isto conjugado com "Para reflexão" e esta "Curiosidade do dia"

Para reflexão

"When a company is large and successful, its size can be its worst enemy, especially when it is so dominant that it lacks serious competition. A company culture that drove success in the early days can become overly codified, rigid, and ritualistic. Over time, bold new moves become much more risky; new business models may compete with existing businesses and cannibalize their sales. Even when it’s obvious that change will someday be necessary, it’s not hard to find excuses to put it off just a little bit longer. Slowly, great companies can lose touch with reality."
Quando o mundo muda... quanto tempo se perde a enganarmos-nos a nós próprios à espera que o momento negativo que se vive passe depressa para que voltem os "bons velhos tempos".
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Trecho retirado do capítulo 5 "How companies lose touch" de "The connected company" de Dave Gray.

quinta-feira, maio 09, 2013

Curiosidade do dia

"Why corporate giants fail to change"
"So what are the enemies of agility you should be looking out for in your organization?  Here are my "big five":
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Ossified management processes.  
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Old and narrow metrics.
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A disenfranchised front line.  
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Lack of diversity. 
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Intolerance of failure."

A propósito de Mongo e do Estranhistão

Tal como pensamos aqui no blogue, em vez de um futuro com um mundo plano, um futuro com o mundo cada vez mais localizado, regionalizado, diversificado, com mais variedade.
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Aquilo a que se chama globalização foi o último ato, o estertor do século XX. E o pico da globalização já passou: "Go Mongo: "We will find a place (To settle) Where there's so much space"", o século XXI voltará a ser um século de artesãos e de variedade:
"The real problem with The World Is Flat is not so much that it overstates—even considerably—the flatness of today’s world. The crucial conceptual error in Friedman’s thesis is that he assumes his 10 flatteners would automatically and rapidly lead to a more interconnected and, therefore, flat world. But the opposite has often been the case. The empirical evidence suggests that the global economy is increasingly being driven by urban clusters and, if anything, becoming more instead of less “curved.” (Moi ici: A caminho de Mongo, ou seja, o Estranhistão)
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The danger of Friedman’s flat-world thesis is that it could cause executives to misinterpret the trends they observe in their own businesses and make potentially serious strategic errors. Instead of pursuing an aggressive localization strategy, for example, executives from multinational firms often decide to “wait it out” in emerging markets such as China and India. They hold the mistaken belief that demand-side and supply-side conditions will soon flatten and converge with those in developed markets. They may, for instance, believe that China’s retail environment will consolidate relatively quickly; as a result, they may fail to invest in localized distribution channels that are more appropriate for today’s market conditions. In reality, such consolidation is highly unlikely to occur within any reasonable planning horizon. And the impact of such wishful thinking is far from trivial. It could result in missed profit opportunities, and could also cause multinationals to fail to check the advance of competitors from these emerging markets until it is too late.
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The world is still far from flat today, and, in many industries, it’s likely to retain its curvature for quite some time to come. Executives should be wary of relying too much on Friedman’s superficially persuasive, but seriously flawed, evidence."

Trechos retirados de "The Flat World Debate Revisited"

E a "Via Negativa"? (parte I)

Sempre que não resisto a ler Jaime Quesado, invariavelmente acabo a leitura  com a recordação do que Popper dizia acerca de quem não escreve de forma clara, deliberadamente.
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Em "O fomento industrial" leio:
"ou se reinventa por completo o modelo económico (Moi ici: Reinventar por completo? Será que é mesmo preciso arrasar tudo? E que mente sabe o que deve ser arrasado e o que deve substituir o que foi arrasado? E os macacos sabem voar?)
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"Falta em Portugal um sentido de entendimento colectivo de que a aposta nos factores dinâmicos de competitividade, numa lógica territorialmente equilibrada e com opções estratégicas claramente assumidas é o único caminho possível para o futuro." (Moi ici: Tirando a vertente do "territorialmente equilibrada", não tem sido isto que se tem feito no último século? Os governos interpretarem o "entendimento colectivo" e torrarem dinheiro em medidas de fomento top-down?)
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"Uma nova economia, capaz de garantir uma economia nova sustentável, terá que se basear numa lógica de focalização em prioridades claras." (Moi ici: E quem define quais são as prioridades claras? E quem sabe quais são as prioridades claras? Eu tenho medo de prioridades claras!!! Acredito em prioridades claras para uma empresa, tenho medo de prioridades claras para um colectivo de empresas - prefiro pensar em ecossistema de empresas com diferentes abordagens e que enriquecem a diversidade "genética" de um sector económico - e sei que prioridades claras para uma economia é uma receita certa para a desgraça)
Este tipo de pensamento está nas antípodas do que acredito. Eu não acredito no Grande Planeador, eu não acredito no CyberSyn, eu não acredito no bem intencionado "Espanha! Espanha! Espanha!".
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O mundo é demasiado complexo para que um Grande Geometra bem intencionado saiba o que há a fazer. E, porque as prioridades claras de hoje, amanhã se transformam numa armadilha mortal, o truque é não haver prioridades claras para uma economia. O truque é não apostar no intervencionismo ingénuo, mais uma vez, bem intencionado mas perigoso.
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Cada vez mais, comparo a biologia com a economia. E a biologia dá-nos uma grande lição... (ao recordar Valikangas tive uma surpresa.)

"Life is the most resilient thing on the planet. I has survived meteor showers, seismic upheavals, and radical climate shifts. And yet it does not plan, it does not forecast, and, except when manifested in human beings, it possesses no foresight. So what is the essential thing that life teaches us about resilience?
Just this: Variety matters. Genetic variety, within and across species, is nature's insurance policy against the unexpected. A high degree of biological diversity ensures that no matter what particular future unfolds, there will be at least some organisms that are well-suited to the new circumstances."

Ontem terminei a audição de "Antifragile"... e já tenho saudades!!!
"in the fragile category, the mistakes are rare and large when they occur, hence irreversible; (Moi ici: Os inevitáveis erros do Grande Planeador) to the right the mistakes are small and benign, even reversible and quickly overcome. They are also rich in information. So a certain system of tinkering and trial and error would have the attributes of antifragility. (Moi ici: Os inevitáveis erros do actor individual, que levam a uma variedade de abordagens, a uma multiplicidade de alternativas... talvez algumas resultem agora, talvez algumas resultem amanhã, talvez os erros de agora, porque pequenos são comportáveis, permitam aprender algo que falta para criar uma abordagem que resulte amanhã) If you want to become antifragile, put yourself in the situation “loves mistakes” - to the right of “hates mistakes”- by making these numerous and small in harm. We will call this process and approach the “barbell” strategy.
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Nature is all about the exploitation of optionality; it illustrates how optionality is a substitute for intelligence. Let us call trial and error tinkering when it presents small errors and large gains.
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All this does not mean that tinkering and trial and error are devoid of narrative: they are just not overly dependent on the narrative being true - the narrative is not epistemological but instrumental. (Moi ici: Por isso é que os empreendedores com a 4ª classe avançam e os que têm um doutoramento hesitam e não avançam. Os primeiros não dependem de uma narrativa de "prioridades claras" simplesmente tentam e tentam e tentam até que, eventualmente, encontram algo que resulta. David não era militar de carreira, não tinha experiência de combate militar, e isso libertou-o para uma abordagem não canónica. Os doutorado na ciência da guerra não viam alternativa no combate com Golias... é preciso apostar na arte (da guerra))
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When engaging in tinkering, you incur a lot of small losses, then once in a while you find something rather significant. Such methodology will show nasty attributes when seen from the outside - hides its qualities, not its defects.
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Evolution proceeds by undirected, convex bricolage or tinkering, inherently robust, i.e., with the achievement of potential stochastic gains thanks to continuous, repetitive, small, localized mistakes. What men have done with top-down, command-and-control science has been exactly the reverse: interventions with negative convexity effects, i.e., the achievement of small certain gains through exposure to massive potential mistakes."
E parece que não aprendemos nada...
"“não são apresentadas [DEO] políticas de relançamento da actividade económica com maior efeito multiplicador no emprego," 
Abençoada troika, senão este também dançava ao som desta música de Quesado.
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E a "Via Negativa"?

Percepcionar a realidade

Há dias sublinhei aqui no blogue esta citação:
"a reminder not that the world we know is false, but that it is always the world as we observe it."
Nós nunca vemos a realidade intrínseca, o que vemos são os sinais que a nossa mente consegue recolher, processar e enquadrar no nosso modelo mental.
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Vivemos hoje com modelos mentais muito influenciados por componentes gerados ao longo de séculos de imperialismo ocidental: somos o centro do mundo.
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O que dizer disto:

Viver dentro ou fora do círculo não é intrinsecamente bom ou mau. No entanto, faz todo o sentido pensar como informações deste tipo nos ajudam a voltar a percepcionar a realidade de uma forma diferente.
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Quem percepciona melhor (com menos erros) a realidade do mundo pode ter uma vantagem.
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Recordar 
Como aproveitar isto?

quarta-feira, maio 08, 2013

Curiosidade do dia

Agora que cada vez mais se escreve e se elogia o "Big Data" que tudo vai revelar:
"More data means more information, perhaps, but it also means more false information.
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There is a certain property of data: in large data sets, large deviations are vastly more attributable to noise (or variance) than to information (or signal).
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If I have a set of 200 random variables, completely unrelated to each other, then it would be near impossible not to find in it a high correlation of sorts, say 30 percent, but that is entirely spurious.
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The fooled-by-data effect is accelerating. There is a nasty phenomenon called “Big Data” in which researchers have brought cherry-picking to an industrial level. Modernity provides too many variables (but too little data per variable), and the spurious relationships grow much, much faster than real information, as noise is convex and information is concave.
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Increasingly, data can only truly deliver via negativa-style knowledge - it can be effectively used to debunk, not confirm."
Trechos retirados de "Antifragile" de Nassim Taleb.

Uma oportunidade de negócio digna de Mongo

Ontem de manhã tinha uma reunião às 10h30 em São João da Madeira, por isso, aproveitei para cortar o cabelo logo pela manhã.
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Enquanto esperava pela minha vez, folheei o Jornal de Notícias e fui atraído para a leitura deste artigo:

Interessante a história de alguém que a partir da sua necessidade, imaginou uma oportunidade de negócio  digna de Mongo: Chupetas personalizadas.

O que é que nos motiva?

Um artigo interessante, "Do you play to win or to not lose?":
"Motivational focus affects how we approach life’s challenges and demands. Promotion-focused people see their goals as creating a path to gain or advancement and concentrate on the rewards that will accrue when they achieve them. Promotion-focused people are comfortable taking chances, like to work quickly, dream big and think creatively.
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 for the promotion-focused, the worst thing is a chance not taken, a reward unearned, a failure to advance.
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Prevention-focused people, in contrast, see their goals as responsibilities, and they concentrate on staying safe. They worry about what might go wrong if they don’t work hard enough or aren’t careful enough. They are vigilant and play to not lose, to hang on to what they have, to maintain the status quo.
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Sometimes even minor tweaks in how you think about a goal or the language you use to describe it can make a difference.
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Your aspiration is to score at least three times.” Or “You are going to shoot five penalties. Your obligation is to not miss more than twice.” You probably wouldn’t expect a small change in wording to affect these practiced, highly motivated players.
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But it had a big impact. Players did significantly better when the instructions were framed to match their dominant motivational focus, which the researchers had previously measured. This was especially true for prevention-minded players, who scored nearly twice as often when they received the don’t-miss instructions.
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Promotion-focused people tend to increase their efforts when a supervisor offers them praise for excellent work, whereas prevention-focused people are more responsive to criticism and the looming possibility of failure."

Gostava que mais gente partilhasse desta perspectiva

"In 1980, China and India together accounted for less than 5% of global output. Last year, the two were responsible for over 20% of world GDP. The transition from the one figure to the other was responsible for massive and highly disruptive changes across the global economy. The world trade order has been stood on its ear. The movement of hundreds of millions of new workers into global labour markets has had an enormous impact on real wage growth and real interest rates and, consequently, on innovation and investment. The strain on supplies of all sorts of goods and resources, from oil and gold to wine and art, has generated wild price gyrations and remarkable economic knock-on effects in producing and consuming countries.
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It is this era of major and disruptive economic transformation that seems to be at an end.
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The era of disruptive BRIC ascendence is over. What that might mean for advanced economies is very tough to say. It could mean better times ahead for workers who experienced a steady erosion in their bargaining power over the past three decades. Unless, that is, the main effect of cheap emerging market labour was to delay labour-saving technical change. Commodity prices could be in for a long period of stagnation as slowing demand growth from emerging markets interacts with soaring supply.
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What comes next isn't clear, but the world does appear to be entering a new phase of global growth."
Gostava que mais gente partilhasse desta perspectiva e pudesse equacionar hipotéticos futuros e hipotéticas assimetrias a aproveitar.
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Receio, contudo, que muita gente continue a ver o mundo com o modelo formatado pela experiência dos últimos 20 anos e não consiga visualizar o potencial das oportunidades que se abrem. Há aquela frase sobre o estado-maior do exército francês em 1939/40, estava preparado para combater a guerra de 1914/18, mas a guerra tinha mudado. Também agora sinto que há demasiadas pessoas cegas pelo padrão dos últimos 20 anos, incapazes de ver que as derivadas já mudaram de sinal.
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Trechos retirados de "Welcome to the post-BRIC world"

O empreendedorismo é o fim último da humanidade

"Onde está a nascer o novo emprego?"
"Com os números do desemprego em Portugal a atingirem os 17,5% - o nível mais alto dos últimos 27 anos -, há números que trazem esperança: mais de 60% do novo emprego, criado entre 2007 e 2011, foi responsabilidade das pequenas empresas, com um número de empregados igual ou inferior a 50 pessoas; as empresas jovens, com idade igual ou inferior a cinco anos, já representam 46% do emprego criado em cada ano. E as ‘start-ups', nascidas em cada ano, representam 6,5% do tecido empresarial, mas são responsáveis, em média, por 18% do emprego criado em cada ano."
Associado a este mesmo tema, recordo o artigo "Onde está a nascer o novo emprego?" no Caderno de Economia do Expresso do passado Sábado, que termina associando-se à nossa metáfora de Mongo como um mundo de artesãos e de prosumers:
"o crescimento económico de um país está directamente ligado ao número de empreendedores que consegue criar", concluindo que "nada é mais humano do que a criação de coisas. O empreendedorismo é o fim último da humanidade".

terça-feira, maio 07, 2013

Curiosidade do dia

"It may well be that the uncertainty principle, along with other curious aspects of quantum theory, is another such interstice of unreason, a reminder not that the world we know is false, but that it is always the world as we observe it."
Trecho retirado de "On Borges, Particles and the Paradox of the Perceived"

"Processos e experiência dos clientes" (parte V)

Parte IV, parte IIIparte II e parte I. 
"You can’t run service operations like a factory, because customers just walk onto the factory floor and mess everything up. They interfere. You can’t schedule when they show up. They just come in massive waves at the most inconvenient times. Then they get angry when they have to wait. Why can’t they make an appointment? They don’t understand how things work, so you have to train them to use the equipment. Sometimes they can be really slow to figure things out.
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They ask for things that aren’t on the menu. They want everything to be customized and personalized for them. They have no interest in efficient operations.
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They don’t follow the processes we lay out for them.
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And customers want to get on with their days. They don’t want to wait in the waiting room or stay on hold for the next customer representative. They want services to be convenient for them.
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As customers, competitors, and partners make adaptive moves and countermoves, they not only affect each other but they affect the landscape itself, so an organization that was fit for yesterday’s world cannot be certain that they will be fit for tomorrow’s world. Our companies have all been optimized for a perfect one-way stream, the line of production, and these pesky customers are mucking about in our operations, and we have now a completely different problem to solve. We need to optimize not for the line of production but for the line of interaction, the front line - the edge of the organization - where our people and systems come into direct contact with customers. It’s a whole different thing.
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Many service companies just aren’t designed for service delivery. They are designed like factories, optimized for the mass production of inputs into outputs. This makes perfect sense in a rapidly-industrializing economy. But in an economy where manufacturing is shrinking and services are expanding, it doesn’t work anymore. Traditional management thinking looks at a customer service call as an input to the service factory. For a factory, it’s not difficult to get standard inputs from suppliers. But inputs from customers come in all kinds of different shapes and sizes. Every problem, every job that customers need to do, has its own unique profile. Most companies try to standardize these inputs as much as possible so they can process them efficiently. The factory’s job is to produce “resolutions.” This is how we end up with complicated voice menu systems that attempt to route calls to the appropriate department while keeping costs as low as possible. As companies try to fit customer demands into standard boxes, customers become frustrated and angry. They give up. Sometimes they leave to find another provider, but even then they often hold little hope that anything will change."
Trechos do Capítulo 4, "Services are complex", do livro "The Connected Company" de Dave Gray.