"O ritmo da queda não deixa margem para dúvidas: em meados da década passada, havia 1800 videoclubes. Em 2010, eram 300. Até ao final de 2013, metade dos 100 que ainda resistem acabará provavelmente por fechar, antecipa Nuno Pereira.
.
A curto prazo, o sector vai ficar reduzido a escassos sobreviventes, entre os quais aqueles que conseguirem dar a volta ao modelo de negócio tradicional, considera o responsável da Acapor. “Lojas de aluguer de vídeo, daqui a dois anos, não acredito que existam.
...
A Cineteka começou no quarto de Gonçalo Peres, com um sistema que ainda hoje se mantém: as pessoas podem encomendar filmes pela Internet e estes são enviados por correio. Em 2006, a loja física abriu. É um espaço amplo, com dois andares. Em baixo, o videoclube, que também vende posters de filmes, acesso à Internet e ainda pastilhas elásticas e chocolates (uma receita “residual”, diz Bruno Mendes, outro dos sócios – estes produtos servem apenas para completar o serviço). No piso de cima há um café, cuja exploração está entregue a outra empresa.
“O negócio principal é o aluguer de filmes”, assegura Gonçalo Peres, que explica que a Cineteka se esforça por ter filmes de cinema alternativo e títulos antigos, que apelam a muitos dos clientes que têm. (Moi ici: Este é o pormenor que me captou a atenção. Num sector em queda, por perda da massa de clientes, há quem, em contracorrente tenha sucesso. Como? Apostando em nichos, servindo clientes-alvo... uma lição para os jornais, por exemplo) Para além do modelo tradicional de aluguer, a empresa oferece a possibilidade de assinaturas mensais."
Trechos retirados de "O filme dos videoclubes não tem um final feliz"
Sem comentários:
Enviar um comentário