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sábado, maio 16, 2020

Patentes e rentismo

Recordo:

"It is commonplace today to say that innovation is speeding up, but like much conventional wisdom, it is wrong. Some innovation is speeding up, certainly, but some is slowing down.
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As the investor Peter Thiel has pointed out, innovation is now largely a digital phenomenon, because bits are lightly regulated and atoms heavily regulated. On all sides we hear arguments that innovation threatens jobs, the environment, privacy and democracy.
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The Austrian economist Joseph Schumpeter’s “perennial gale of creative destruction” has been replaced by the gentle breezes of rentseeking. Two recent books argue that big companies in cozy cahoots with big government increasingly shy away from change, sheltered against competition by regulation and intellectual property rights.
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A big obstacle to innovation is the slow pace of regulatory licensing. One 2012 study found that a medical device takes around 21 months to get through the regulatory process in the U.S., from application to market, an  70 months in Germany.
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Surprisingly, there is no good evidence that patents are helpful, let alone necessary, in encouraging innovation. A 2002 study by Josh Lerner, an economist at Harvard Business School, looked at 177 cases of strengthened patent policy in 60 countries over more than a century, finding that “these policy changes did not spur innovation.”
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The expiration of patents often results in a burst of innovation, as with 3-D printing, where the recent lapse of three key patents has resulted in notable improvements in quality and a drop in price."

quarta-feira, março 18, 2020

O mundo que conhecemos nos últimos 20 anos vai mudar (parte II)

Ontem de manhã saí de casa pelas 6h30 e fui fazer uma caminhada junto ao mar. Por volta do km 4 lá voltei a encontrar as, já minhas amigas, rolas-do-mar.
Ao descer para a marginal ouvi este artigo "The Freewheeling, Copyright-Infringing World of Custom-Printed Tees":
"Exurbia had stumbled on what could be roughly described as the “Napster of Things.”
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A New, Web-Enabled Industry
Companies like TeeChip are known as print-on-demand shops. They allow users to upload and market designs; when a customer places an order—say, for a T-shirt—the company arranges the printing, often done in-house, and the item is shipped to the customer. The technology gives anyone with an idea and an internet connection the ability to monetize their creativity and start a global merchandising line with no overhead, no inventory, and no risk. [Moi ici: Reparar na ligação com a parte I]
...
CafePress, which launched in 1999, was among the first print-on-demand operations; the business model spread in the mid-2000s along with the rise of digital printing. Previously, manufacturers would screen-print the same design onto items such as T-shirts, an overhead-intensive approach that usually requires bulk orders to turn a profit. With digital printing, ink is sprayed onto the material itself, allowing one machine to print several different designs in a day, making even one-off production profitable.
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Many print-on-demand companies are fully integrated ecommerce platforms, allowing designers to manage easy-to-use web stores—similar to user pages on Etsy or Amazon. Some platforms, such as GearLaunch, allow designers to operate pages under unique domain names and integrate with popular ecommerce services such as Shopify, while providing marketing and inventory tools, production, delivery, and customer service."
Ontem, na parte I, referi: "Coronavirus, a Brescia manca una valvola per i rianimatori: ingegneri e fisici la stampano in 3D in sei ore".
Já esta manhã, ao abrir o Twitter apanho isto:
Duas coisas:

Quanto mais durar esta situação de excepção, mais a fome se irá juntar à vontade de comer. 

Histerese!!! A primeira vez que a li, neste novo contexto, esta semana, foi através de Hermann Simon:
"A questão de saber se haverá um efeito de histerese é muito interessante. Este é o nome de um fenómeno na Física em que um impulso temporário tem um efeito permanente. Um exemplo bem conhecido é a magnetização. Depois de uma peça de ferro ser magnetizada, ela permanece magnética por algum tempo. Portanto, a crise temporária levará a mudanças permanentes no comportamento do consumidor."
Depois de experimentada esta nova realidade, quando o novo normal emergir, muitas organizações e pessoas não voltarão às práticas do passado. Assim, muitos modelos de negócio estarão obsoletos e muitos mais aparecerão baseados na necessidade e em:
"The technology gives anyone with an idea and an internet connection the ability to monetize their creativity ... with no overhead, no inventory, and no risk."
Num mundo sem patentes, não se ganha a vida a cobrar rendas por peças. Num mundo sem patentes:

"Num mundo sem patentes... tudo é acelerado.
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A única forma de uma empresa se manter à tona é nunca parar, é estar sempre à frente da onda." 






quarta-feira, janeiro 01, 2020

quinta-feira, novembro 21, 2019

Num mundo sem patentes... tudo é acelerado

Num mundo sem patentes... tudo é acelerado, recordei num postal de Setembro último, "Num mundo sem patentes".

Ontem, num artigo de Martin Wolf no FT, "A hopless fight to halt the theft of ideas" apanhei:
"First, current intellectual property rights are not a moral or economic absolute. They are a compromise.
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This story illustrates why we should want productive knowledge to flow across the world. Knowledge also "wants to be free" because unlike a commodity, my use of your idea does not prevent you, or anybody else, from using it. In the jargon, knowledge is "non-rival" in consumption, which gives it the character of a"public good".
...
A trade-off exists, then, between solving the free-rider problem, by granting temporary monopolies, and exploiting the free-rider opportunity, by making ideas freely available at once. For this reason, temporary monopolies are not the only way to motivate innovation. Alternatives include subsidised research and targeted prizes. The intellectual property rights regime we have has merits. But it is an imperfect compromise among conflicting interests, one of which—that of incumbent firms — is likely to be most powerful.
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Finally, people in advanced countries should fixate less on protecting the knowhow they have and more on the resources and institutions that will sustain innovation."
Lembro-me de em 2007 ouvir a estória de empresa de cerâmica portuguesa (talvez Raul da Bernarda) que fazia peças e as tentava proteger da cópia. No entanto, na feira seguinte lá apareciam as cópias chinesas, a certa altura perceberam que não podiam fazer face a isso. Portanto, assumiram que o novo normal seria estar sempre 6 meses à frente dos copiadores, a única protecção seria a inovação.

Num mundo sem patentes... tudo é acelerado.

sábado, outubro 19, 2019

Os apelos soviéticos

Já escrevi várias vezes que sou cada vez mais adepto de um mundo sem patentes.

A propósito de "The shoe industry is at war with itself over stolen design" o final do artigo salienta uma perspectiva interessante:
"In some ways, the sneaker world is a microcosm of the broader fashion industry. For the last century, fashion has been built on short-term trends. Designers would make new collections every season, which would influence what looks would be fashionable (and by extension, what looks were no longer in style). Fast-fashion brands only deepened the industry’s tendency to create products that play into rapidly evolving trends.
...
This trend-driven model is problematic for many reasons, not just because of the widespread copying. The real tragedy is that it generates so much waste. The global footwear industry produced 24.2 billion pairs of shoes in 2018, for a population of 7.5 billion humans. Many of these shoes will end up in landfills after a few months, or years, when they are no longer in vogue. This is hugely polluting to the planet, not to mention a waste of all the resources, human labor, and greenhouse gases necessary to make the shoes in the first place.
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If brands focused on making classic shoes that will last a long time, instead of trying to keep up with the latest trends, there would be far fewer copyright violations, and perhaps more importantly, there would be a lot less waste."
O final parece-me um bocado soviético. Algo que se ajusta ao que muitas vezes associo a algumas reivindicações de grupos como Extinction Rebellion.


Pelo contrário, em vez do marasmo cinzento de 1984, visualizo um mundo futuro com cada vez mais diversidade e variedade, Mongo.

Não são as pessoas que têm de se submeter à ditadura do gosto, o que vai mudar é o estilo de produção que foi criado pelos industrialistas do século XX que ditavam o gosto. O que vai emergir, também por causa do ambiente, é a produção customizada co-criada entre artesão-artilhado pela tecnologia e o comprador.

terça-feira, setembro 24, 2019

Num mundo sem patentes

Ao longo dos anos tenho escrito aqui sobre um futuro sem patentes:

Mongo será um mundo sem patentes (não se confundam, não falo de contrafacção), "Facebook may copy your app, but Amazon will copy your shoe":
"Num mundo sem patentes... tudo é acelerado.
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A única forma de uma empresa se manter à tona é nunca parar, é estar sempre à frente da onda."

quinta-feira, agosto 01, 2019

Democratização da produção (Parte VI)

Parte I, Parte II, Parte IIIParte IV e Parte V.

Um bom remate final para esta série passa pelo artigo "Patient-innovators fill gaps that industry hasn’t addressed — or can’t":
"Here’s a long-held assumption that’s ripe for a challenge: Valuable improvements in health and patient care should come from experts in the pharmaceutical, medical device, and related industries.
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There’s no question that such professionals are essential for innovation. But our research shows that patient-innovators also have important roles to play and will fill significant gaps that industry hasn’t addressed — or can’t. [Moi ici: E volto ao exemplo da Deutsch Post e da sua carrinha eléctrica]
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To understand what drives patient-innovators like these and the challenges they face, we worked with colleagues around the world to conduct nationally representative surveys in six countries. We also had face-to-face discussions with groups of collaborating patient-innovators.
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One of the big surprises from this work was how many people have embarked on journeys of medical innovation: as many as one million people in the six countries surveyed reported having developed medically related products for personal use.[Moi ici: E vai ser cada vez mais fácil, barato e natural experimentar]
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What drives most patient-innovators is the realization that something they want or need isn’t commercially available."
A fazer-me recuar mais de 12 anos e procurar esta citação:
"In 1970, 5% of global patents were issued to small entrepeneurs, while today the number is around one-third and rising."
E confrontar com:
"In addition to fulfilling a personal need, patient-innovators are also attracted by the learning they gain from the process and from sharing their innovations with people with similar needs. In short, it is a highly self-rewarding endeavor." 
Se não fosse esta disponibilidade para partilhar, os "small entrepreneurs" ainda tinham um peso muito maior no número de patentes.


terça-feira, abril 25, 2017

Para fazer uns cortes epistemológicos

"The number of patent applications filed by emerging market countries has overtakenthose filed by the developed world for the first time.
The 12 leading EM nations applied for 1.49m patents in 2015, outstripping the 1.48m in developed market countries, according to figures from the World Intellectual Property Organisation, collated by Comgest, a Paris-based asset manager, as the first chart shows.
The figures are a far cry from 2004, when the 12 emerging market countries, which account for the vast majority of developing world filings, made just 372,000 applications, 29 per cent of the 1.3m made by the advanced world.
This signals the dawn of a new age of innovation as EM economies start to shake off their image as purely centres for low-cost manufacturing for companies in developed markets,” said Emil Wolter, co-head of Comgest’s global emerging markets team."
Trecho retirado de "Emerging markets file more patents than the west"

sexta-feira, setembro 04, 2015

Quem é que ainda liga ao "princípio da eficiência económica"?

Neste blogue e no meu trabalho com as empresas tento passar a mensagem acerca de uma maneira diferente de fazer os preços. Tento que as empresas abandonem a velha prática marxiana de considerar que preço é igual ao custo mais uma margem.

A nossa proposta é outra: preço não tem nada a ver com custo, preço tem tudo a ver com o valor.
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Quem determina o valor? O valor é definido pelo cliente, o valor não resulta de um cálculo numa folha de excel, o valor resulta de um sentimento baseado na experiência, ou na expectativa de uma experiência, que a integração do recurso comprado produzirá na vida do cliente.
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Quando falo disto aqui no blogue uso o marcador "value-based pricing".
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No entanto, não se julgue que o que este anónimo da província propõe é o caminho mais seguido. Pelo contrário, recuando a 2011 podemos recordar "Basear o preço no valor".
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Por que escrevo isto? Por causa deste artigo no Expresso "Vender por €100 mil aquilo que se produziu a €100: o incrível negócio dos medicamentos inovadores" onde encontro um economista agarrado a fórmulas do século XX, desenhadas para um tempo em que só havia um pico na paisagem e, por isso, todos competiam pela mesma posição:
Em Mongo, no Estranhistão, existem muitos picos e o tipo de competição é diferente.
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O Estranhistão não é o Kansas do século XX!
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Por isso, surpreende-me que um professor universitário não esteja mais actualizado:
"A pergunta impõe-se: como é que um medicamento pode ser vendido por cerca de mil vezes do que custou a ser produzido? Na génese do problema, aponta Pedro Pita Barros, está o facto de o mercado farmacêutico assentar num sistema de patentes que cria situações de monopólio onde, sem a ameaça da concorrência, as farmacêuticas fixam o preço que entenderem. E fazem-no tendo como referência não o custo de produção mas o valor que consideram que criam para o paciente, ou seja, o valor mais elevado que o cliente está disposto a pagar. Uma política que o economista contesta. [Moi ici: E lá vem a fórmula criada por seres racionais para um mundo que não existe] “O princípio da eficiência económica é que o preço se aproxime do custo unitário de produção, não do valor máximo que o beneficiário está disposto a pagar.”" [Moi ici: Isso faria sentido num mundo sem marcas, sem marketing, não em Mongo. É uma justificação tão ... pobre]
Pessoalmente, a minha solução para esta inflação dos preços passaria por destruir o actual regime de patentes. Basta pensar como o Brasil e a África do Sul se marimbaram para as patentes dos retrovirais.
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E, por fim, não creio que o fim do sistema de patentes diminuísse o ritmo de inovação. Pelo contrário, obrigaria a acelerá-lo.
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Uma coisa é certa, não faz sentido nenhum que o preço se aproxime do custo de produção se o mercado for imperfeito. E o que é que somos?
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Promotores da concorrência imperfeita e de monopólios informais.
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Reparem, "monopólios informais". Monopólios que se criam na cabeça dos clientes, com experiências, serviços e produtos superiores.

sábado, maio 23, 2015

Custo, preço, valor e patentes

Um exemplo concreto de um erro muito comum, achar que o preço de algo deve ter uma relação matemática qualquer com o custo. Podem ser professores de Harvard mas erram na mesma:
"Avorn and Angell are focused on the wrong issue. When it comes to the pricing of new drugs, R&D costs are not the major driver. Nor should they be. The driver should be the value the drug brings to the healthcare system.
...
when innovation leads to the discovery and development of an important new medicine, then its price, in turn, should be driven by the value that it brings.
...
Innovation, however, doesn’t guarantee pricing."
E se alguém não gosta do sistema devia era combater o sistema de patentes.
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Trechos retirados de "Do R&D Costs Matter When It Comes To Drug Pricing?"

quarta-feira, fevereiro 25, 2015

Curiosidade do dia

"The case against patents can be summarized briefly: there is no empirical evidence that they serve to increase innovation and productivity, unless productivity is identifified with the number of patents awarded - which, as evidence shows, has no correlation with measured productivity. This disconnect is at the root of what is called the “patent puzzle”: in spite of the enormous increase in the number of patents and in the strength of their legal protection, the US economy has seen neither a dramatic acceleration in the rate of technological progress nor a major increase in the levels of research and development expenditure.
Both theory and evidence suggest that while patents can have a partial equilibrium effect of improving incentives to invent, the general equilibrium effect on innovation can be negative. The historical and international evidence suggests that while weak patent systems may mildly increase innovation with limited side effects, strong patent systems retard innovation with many negative side effects."
E também:
"And yet…companies are chasing patents like never before. In 2014, the U.S. issued for the first time more than 300,000 patents. More than 1 million are pending.
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Patents might be a grand waste of time, but companies feel pressure to chase them because other companies are chasing them."

Recordar "O que acontece num mundo sem patentes?"
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Primeiro texto retirado de "The Case Against Patents"
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Segundo texto retirado de "How Patents Kill Innovation and Hold Tech Companies Back"

segunda-feira, setembro 22, 2014

O mito das patentes

Um artigo com informação muito interessante:
"Most awarded innovations are not patented...
Overall, we found that 269 awarded innovations (slightly less than 10%) were patented according to our matching criteria suggesting that the great majority of innovations were not patented. This percentage is slightly higher (12.56%) when  we consider only innovations that have been made by firms.
...
our findings reveal that patent protection, even in this context, is actually a much less used appropriability strategy than it is generally believed.
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Our analysis has provided two types of evidence. First, a relative low number of important innovations are patented. Second, patent propensity tends to vary across industrial sectors and types of organization."

Trechos retirados de "Reassessing Patent Propensity: Evidence From a Data Set of R&D Awards 1977-2004"

sábado, novembro 30, 2013

Ponto de vista

Eu assumo-o claramente!
Trabalho para e com PMEs, gosto de trabalhar para e com PMEs. Por isso, tento ver o mundo económico pelo seu ponto de vista, sem conotações cor-de-rosa, o mais realisticamente possível.
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Para quem trabalha uma Accenture? Para que tipo e dimensão de empresas? Não fará sentido ver o mundo pela óptica que melhor as serve?
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Atentemos em "Using Mass-Customization in the Age of Differentiated Products":
"As demand for more tailored products grows, industrial product manufacturers face the challenge of keeping pace. One solution could lie in developing mass-customization capabilities facilitated by 3D printing. (Moi ici: Será que faz sentido pensar na mass-customization quando a democratização da produção pode avançar e permitir que cada um produza em sua casa ou recorra a um "artesão" para fazer as coisas à sua maneira?)
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The appeal of mass-customization, the mass-production of individually customized goods and services, lies in its potential to help manufacturers reduce costs and gain a competitive advantage (Moi ici: É natural que este seja o pensamento de quem olha para o fenómeno pelo lado das empresas, grandes ou pequenas. Aqui, tento abrir mais a perspectiva e questionar se o ponto é mesmo o dos custos ou, se não será o da proximidade, o da flexibilidade, o da "made by me", o da "do it yourself". O autor sublinha os custos, eu, pensando pelo lado das empresas pensaria no pós democratização da produção. Como é que uma PME pode aspirar a captar clientes quando os clientes podem fazer em casa, ou podem mandar fazer num "artesão do seu bairro"? Talvez as PMEs do futuro sejam "a oficina de artesãos do bairro". Os clientes podem fazer em o jantar em casa, no entanto, continuam a existir restaurantes abertos à noite. São mais baratos? Por que é que se vai jantar a um restaurante quando se pode fazer o jantar em casa? O factor custo está envolvido na decisão de ir ao restaurante?), in this emerging market. The use of 3D printing, a technology that is moving toward broad industrial use, is becoming a key aid to customizing products on a large scale.
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Integrating 3D printing into manufacturing processes could reduce production material costs by as much as 90 percent, according to the U.S. Department of Energy. It also could help manufacturers better respond to on-demand production and improve their long-tail product operations.
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Although the general rule has been that mass-produced items are much cheaper when made in large quantities, the trend toward more customized production will impact the mass-production model, where standardization of items has been an adequate and preferred trait. (Moi ici: Sempre o ponto de vista dos mass-producers e o que lhes pode ser útil. Proponho outra abordagem, ir ao fim da linha, ao utilizador final e pensar: "O que é que será melhor para ele?". Isso é que vai ditar a evolução do ecossistema da procura, a menos que, amigos em posições de influência nos governos, decidam proteger os incumbentes) Mass-customization might not replace mass-production anytime soon, but to sustain a strong competitive position, manufacturers should be prepared to incorporate elements of 3D printing into their processes.
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Though mass-customization will be increasingly critical to producing tailored items, so will the creative process needed to optimize their design. The digital platform on which 3D printing is based can enable multiple individuals—from an organization’s product engineers and other employees to customers and industry outsiders—to contribute to design ideas, resulting in more differentiated, better-designed products. This concept, called co-creation, will help companies become more agile and flexible in meeting the product needs of a rapidly changing market. (Moi ici: E se a coisa puder ser feita numa rede social, qual a vantagem em existir uma empresa pelo meio? Não fará mais sentido um indivíduo ou uma cooperativa de indivíduos? Coase tem sido muito citado neste blogue nos últimos tempos)
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Three-dimensional printing moves design closer to prototyping, (Moi ici: Impressão 3D levanta logo o tema da propriedade intelectual e das patentes. O que acontece nos sectores em que o design não é objecto de patente, como no vestuário? A forma de sobreviver é a moda!!! É a criação sucessiva de versões diferentes. No vestuário, vamos a caminho das 52 épocas por ano, veja-se o caso da Zara)  and thus new product concepts can be created in less time than traditional methods, which required sending designs to external prototyping firms.
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The impact of 3D printing will be felt in the supply chain because on-demand part creation means some parts will no longer be shipped. Businesses will need to develop a digital inventory management system for warehousing 3D digital files to support their inventory and mass-customization capabilities.
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As 3D printing and mass-customization processes advance, manufacturers will be able to respond more quickly to demand for the increasing variety of customized products"

segunda-feira, novembro 25, 2013

Acerca de Mongo e as patentes

"The 3-D printing “will do for physical objects what MP3 files did for music,”
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So what is a patent owner seeking to stop an infringement to do, given that tracking down people in their homes would be extremely difficult?
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Is the government likely to take an aggressive approach toward 3-D printing violations? That’s hard to know, but past efforts by the government to stop illegal taping of movies and television shows, along with illegal downloading of music, have not been very effective, and the same seems likely to be true of 3-D printing, Professor Desai said. The march of technology is just too insistent."
A propósito de um mundo sem patentes, recordar:

BTW, e recordar a biologia onde a contrafacção não é crime.
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Trechos retirados de "Beyond 3-D Printers’ Magic, Possible Legal Wrangling"

segunda-feira, junho 17, 2013

LOL "se os salários alemães subirem os produtos da Europa do Sul ficam mais competitivos"

Numa base per capita a Alemanha produz:
  • duas vezes mais patentes que a França;
  • quatro vezes mais patentes que a Itália;
  • cinco vezes mais patentes que o Reino Unido.
"E se olharmos para os países problemáticos da Europa":
  • A Alemanha produz cerca de 12 500 patentes por ano;
  • A Grécia produz cerca de 60 patentes por ano;
  • Portugal produz cerca de 29 patentes por ano;
  • A Espanha (um país de 47 milhões de habitantes) produz cerca de 390 patentes por ano
Segundo Hermann Simon, existem mid-sized companies in Germany que produzem mais patentes por ano que a Espanha.

E, depois, dizem que a Alemanha é mais competitiva porque os alemães ganham pouco. Ou, que se os salários alemães subirem os produtos da Europa do Sul ficam mais competitivos... pois.
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Não que eu seja um grande apologista das patentes, esse não é o ponto aqui. Competir em Mongo não é pelo preço/custo.

NOTA: Muitas indústrias tradicionais onde os países da Europa do Sul até brilham não permitem grandes patentes. Não se pode patentear um tecido ou uma peça de roupa.

Informação retirada daqui.

domingo, maio 12, 2013

Curiosidade do dia

" new study really helps to drive home how little patents have to do with innovation. Pointed out to us by James Bessen, the study looks at "R&D 100 Awards" from the academic journal, Research & Development from 1977 to 2004. As you might expect, the R&D 100 Awards are given out each year by the journal in an attempt to name the top 100 innovations of the year. If patents were instrumental in driving innovation, you'd certainly expect most of these innovations to be patented. .But you'd be wrong, as the reports authors, Roberto Fontana, Alessandro Nuvolari, Hiroshi Shimizu and Andrea Vezzulli, quickly discovered.
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A stunning 91% of all of the technologies receiving the prize were not actually patented. That's covering approximately 3,000 technologies winning this award as the most innovative advancement of the year over a period of about three decades."

Trecho retirado de "Over 90% Of The Most Innovative Products From The Past Few Decades Were NOT Patented"

sábado, agosto 04, 2012

A seguir com interesse

Ao ler "Change to copyright laws threatens furniture makers and thousands of jobs" não perder de vista tantos e tantos sectores onde o mesmo fenómeno se aplica.
"Some of Britain’s leading furniture makers have claimed more than 6,000 British companies are under threat if the Government pushes ahead with controversial changes to copyright law.
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UK furniture manufacturing – a £7billion industry employing almost 100,000 people – has been put under pressure by Government plans to impose EU rules on the sector.
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Under the current law, furniture designed by famous names such as Charles Eames can be reproduced freely 25 years after being created.
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This allows makers across the UK to produce and sell replicas of well-known table and chair designs at affordable prices, a practice that accounts for a large part of the industry.
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But the Government plans to extend copyright protection for designs deemed ‘artistic’ until 70 years after the death of the creator.
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This will bring UK law into line with EU-wide regulations, and repeals a key part of the 1998 Copyright, Designs and Patents Act. The move puts furniture in the same category as musical scores or paintings, and would make selling or producing replicas illegal."
Este tipo de leis é um dos factores que mais contribui para atrasar a chegada de Mongo. Basta recordar o que aprendi com o mundo da moda e a inexistência de patentes em "O que acontece num mundo sem patentes". Um mundo sem patentes acelera a a diferenciação, a novidade, a criatividade.
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E por cá, qual terá sido o custo em postos de trabalho da aplicação desta legislação comunitária?

terça-feira, março 13, 2012

O que acontece num mundo sem patentes

"For Creators of Games, a Faint Line on Cloning"
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Num mundo sem patentes... tudo é acelerado.
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A única forma de uma empresa se manter à tona é nunca parar, é estar sempre à frente da onda.
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Talvez o mundo da moda dê pistas sobre a tipologia das estratégias viáveis.

quinta-feira, novembro 24, 2011

O que acontece num mundo sem patentes?

Muito, muito interessante:



O que a ausência de patentes no mundo da moda gera... moda, criatividade, inovação, novidade, diferenciação.
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Deixou-me a pensar no assunto.
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BTW, "HOW TO STEAL LIKE AN ARTIST"