sexta-feira, maio 13, 2016

Por que é que os jornalistas só servem de megafone dos coitadinhos?

Há dias, um tweet do @nticomuna fez-me chegar a "Dutch pork exports hit record level, near one billion kilos". Depois, um outro do @veryhighalpha fez-me chegar a "Suíno: Últimas cotações e evolução".
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O que faz um anónimo da província? Pensa, reflecte e coloca questões: Como é que os produtores holandeses são tão competitivos? Será que pagam salários baixos aos seus trabalhadores? Será que misturam substâncias proibidas nas rações? Será que têm borlas na Segurança Social? Será que tratam mal os animais?
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Que acham? Acham que passa por aí?
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Ou será dumping? Que acham? Acham que passa por aí?
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O que faz um anónimo da província? Investiga!
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E encontra facilmente isto de 2012, "Holland pig farmers leading the way in providing animal welfare":
"Holland is double the size of New Jersey, and there are about 6,500 pork producers in all. Swine herds average 320 sows, with 10,000 sows representing the largest (4,000-head maximum on one site), and they produce about 25 million pigs annually. Like U.S. pork producers, Dutch hog farmers face high feed prices and low margins. Their numbers are declining and herds are getting larger — to a point.
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Producers that continue to raise hogs will get bigger. That’s what Have-Mellema and her husband have done with their operation in northern Holland. Having adopted pen gestation with straw bedding 12 years ago, they are expanding the sow herd from 320 head to 600.
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The farmer has to learn to manage a new system. You have to build upon your knowledge and learn what works for your farm,” she says. “Management also is very important in a stall system.”"
Mais um bocadinho de pesquisa e chega-se a "Pig farming sector - statistical portrait 2014".
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Primeiro esta figura sobre o tamanho das explorações em cada país. Como é Portugal vs Holanda?
 Vejam, na Europa Ocidental, quantos países têm percentagens visíveis de "castanhos", explorações com até 10 porcos. BTW, a borla da TSU é para todos os produtores?
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Um anónimo começa logo a encontrar suporte material, provas, para o que suspeitava só com base em pensamento estratégico.
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Outra figura a revelar diferenças entre o perfil das explorações entre países:
Recomendo a comparação do perfil português com o perfil espanhol, holandês e dinamarquês.
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Em vez de se quererem meter na política externa da UE, em vez do tempo e atenção investido em obter apoios, subsídios e reivindicações junto da UE não deviam o governo e as associações sectoriais promoverem reflexão sobre esta realidade? Não deveriam questionar se o modelo actual seguido em Portugal é o mais adequado para ter sucesso no mercado actual? Não deveriam procurar alternativas com outros modelos de negócio, ou outros produtos, ou outros preços e mercados?
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Por que é que os jornalistas só servem de megafone dos coitadinhos?
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E qual deveria ser o papel de um ministro da Agricultura? Não metam a política partidária aqui, acredito que se no poder estivesse a PàF Cristas seria igual a Capoulas.

Um guia para a Indústria 4.0

Uns trechos que parecem traduzidos deste blogue:
"The term Industry 4.0 refers to the combination of several major innovations in digital technology, all coming to maturity right now, all poised to transform the energy and manufacturing sectors. These technologies include advanced robotics and artificial intelligence; sophisticated sensors; cloud computing; the Internet of Things; data capture and analytics; digital fabrication (including 3D printing); software-as-a-service [Moi ici: O tal "é meter código nisso!"] and other new marketing models; smartphones and other mobile devices; platforms that use algorithms to direct motor vehicles (including navigation tools, ride-sharing apps, delivery and ride services, and autonomous vehicles); and the embedding of all these elements in an interoperable global value chain, shared by many companies from many countries.
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This technological infrastructure is still in its early stages of development. But it is already transforming manufacturing. Companies that embrace Industry 4.0 are beginning to track everything they produce from cradle to grave, sending out upgrades for complex products after they are sold (in the same way that software has come to be updated). These companies are learning mass customization: the ability to make products in batches of one as inexpensively as they could make a mass-produced product in the 20th century, while fully tailoring the product to the specifications of the purchaser. As the movement develops, these trends will accelerate."
Quando desafio as PME a preparem-se para este salto, é desta realidade que falo:

Recomendo a leitura de "A Strategist’s Guide to Industry 4.0"

Para reflexão

Há dias numa reunião ao mais alto nível numa empresa não pude deixar de pensar neste vídeo:


Sou invadido por uma sensação especial quando percebo que a mensagem chega mesmo, é interiorizada e as pessoas tomam consciência das mudanças que a mudança requer.


Formação e desemprego. Realidade e mitos

Ainda há dias, nesta "Curiosidade do dia", abordei o tema da relação do emprego com formação académica. É um tema velho neste blogue. Recordar, por exemplo, "Vamos brincar à caridadezinha" de 2008.
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A frase que comentei recentemente era esta:
"João Cerejeira não tem dúvidas de que o principal problema do mercado de trabalho em Portugal é a qualificação dos trabalhadores, “seja por via da educação formal, seja por formação no posto de trabalho”. “No futuro, é de esperar que as tendências mais recentes se reforcem: uma cada vez maior dificuldade de integração no mercado de trabalho dos jovens ou dos mais velhos desempregados que têm uma formação inferior ao ensino secundário”, alerta."
Não acredito na validade desta afirmação. Pois bem, ontem apareceu mais uma peça a suportar a minha opinião, "Jovens licenciados totalmente excluídos da retoma do emprego":
"O novo inquérito ao emprego mostra que ser jovem e licenciado continua a ter pouco retorno. E reveste-se de perigos para o futuro próximo. O desemprego prolonga-se, o emprego é mais difícil de encontrar, o grau de alienação destes diplomados até está a aumentar, muitos deles nem sequer estão em formação ou a estudar, o que consiste num risco maior para a sua empregabilidade futura.
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Como se referiu, há sinais favoráveis no novo inquérito ao emprego. O desemprego jovem (todos entre 15 e 34 anos) é de facto muito menor do que no passado recente. Este recuou 6,6%, para 268 mil casos. Assim é porque os menos “escolarizados” compensam o que está a acontecer nos diplomados."
 O gargalo nunca foi a formação dos trabalhadores, o problema não é a oferta. O problema é a falta de empreendedores, a falta de procura.
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A realidade é uma. Como a realidade não está de acordo com a ideologia ou as boas intenções opta-se por mistificar a realidade. E volto a Galbraith:
""Job training is a canonical example of the well-brought-up liberal's [Moi ici: Atenção à conotação americana para o termo] urge to make markets work. The policy follows from an argument about the nature of unemployment and low wages, and as with neraly all similar exercices, the argument begins by assuming the existence of a market.
...
The problem is that poverty and unemployment are not much influenced by the qualities and qualifications of the workforce. They depend, rather, on the state of demand for labor. They depend on whether firms want to hire all the workers who may be available and at the pay rates that firms are willing, or required, to offer, especially to the lowest paid."
Já hoje, li "Desemprego aumenta nos portugueses com ensino superior":
"Entre os grupos populacionais mais afectados pelo agravamento do desemprego estão as pessoas entre os 25 e 34 anos, com formação superior." 

quinta-feira, maio 12, 2016

Curiosidade do dia

Lembro-me, de há 6 ou 7 anos, de um debate ao almoço com um alemão sobre energias renováveis.
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Éramos dois surdos a falar um com o outro. Eu era incapaz, eu fui incapaz, de lhe conseguir explicar o que o 44 tinha engendrado com as renováveis em Portugal. Ele analisava a situação com a bitola alemã e não entendia o meu receio com as renováveis. Eis um exemplo da bitola alemã, "Renováveis obrigam Alemanha a pagar aos consumidores de electricidade".
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Conseguem imaginar o que acontece em Portugal?
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Ou preciso de fazer desenho?

Cuidado com as modas!

Recordar o que ao longo dos anos escrevi acerca da caneta.

A culpa não é da ferramenta, da caneta, quem a usa é que é o responsável pelo que consegue ou não.
"Revered for decades as one of the world's most innovative companies, 3M lost its innovative mojo when it began using Six Sigma to try to improve its operational efficiency. James McNerney, the CEO named in 2000, was a Jack Welch protégé from GE. He introduced the Six Sigma discipline as soon as he took the helm of the firm, streamlining work processes, eliminating 10% of the workforce, and earning praise (initially) from Wall Street, as operating margins grew from 17% in 2001 to 23% by 2005.
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But when McNerney tried to apply the Six Sigma discipline to 3M's research and development processes it led to a dramatic fall-off in the number of innovative products developed by the company during those years.
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In his book Seeing What Others Don't: The Remarkable Ways We Gain Insight, cognitive psychologist Gary Klein argues strongly that the Six Sigma discipline, eventually embraced by 58 of the Fortune 200 companies, has a significant and often overlooked downside: it does tend to reduce a company's innovative capabilities. Innovation is a creative endeavor, and creativity is inherently unpredictable and un-plannable. If you could plan and schedule creativity, it wouldn't really be creative, would it?
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By 2006, Fortune Magazine reported that 91% of the large enterprises that had implemented Six Sigma had fallen behind the growth rate of the S&P 500, and blaming the phenomenon on a significant falloff in innovation at these firms."
Cuidado com as modas! O que resulta numa empresa com uma estratégia pode ser criminoso numa outra com uma estratégia diferente.
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Recordar os dinossauros do esquema de Terry Hill:

Trechos retirados de "How 3M Lost (and Found) its Innovation Mojo"

O triunfo das experiências por todo o lado


"Survey shows shoppers spend more on experiences such as holidays and eating out and less on products
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They call it the “experience economy”: a huge shift in consumer behaviour is said to be under way, from buying things to doing things."
"Millennials are prioritizing the experience over what they are actually getting. A lot of older people simply can’t grasp this concept."
"But there’s a whole group of people — and this group is growing, by the way — who have said, “Forget that. I want to focus on experiences instead.”" 

CUT, produtividade, competitividade e gato e rato

Recomendo a leitura de "Acima da produtividade" e dos textos com o marcador CUT.
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Depois, recordar sobre os CUT postais como:
Por fim, sobre o jogo do gato e do rato recordar este postal de Janeiro de 2011 e o primeiro, de Junho de 2010.

A treta continua

Acerca de um mês tínhamos referido mais uma inverdade objectiva proferida pelo ministro da Economia.
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Hoje leio "Desemprego. Ministro da Economia diz que subida é “sazonal”".
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Acham que é mesmo sazonal?

E estamos entregues a isto...

quarta-feira, maio 11, 2016

Curiosidade do dia

Saíram os números do desemprego do INE e os mestres do spin lançam a história da comparação homóloga:
Recordar o que escrevi em Setembro de 2013 sobre a comparação homóloga do desemprego em Se subir o desemprego, ainda desce. Agora como o sentido é outro o título poderia ser: Se baixar o desemprego, ainda sobe.
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Prefiro, no entanto, voltar ao gráfico que fiz em Janeiro deste ano, no postal A imprensa amestrada actualizado até Março:

Em Janeiro de cada ano o número de desempregados, segundo o IEFP, é o zero.
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É fácil de ver o aumento a partir de Julho de 2015. E, para os que se desculpam com a sazonalidade... a comparação permite ver que há qualquer coisa de anormal em curso.

"is on the making"

Uma leitura que me fez recuar a estudos de 2007 sobre a utilidade de desenhar cenários acerca do futuro das empresas:
"The idea behind Scenario Planning is to examine the drivers that will impact the organization in the future and, based on those drivers, create several plausible scenarios related to the decision at hand. For each of those scenarios, the organization then formulates a story that explains the scenario, and that can be used to determine how the company would like to see itself in that scenario.
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Scenarios are not about predicting the future, rather they are about perceiving futures in the present.” As they look to the future, however, they give decision-makers high-resolution images of what that future might look like, rather than the single weighted metric often used in investment planning. Scenarios are not just about making better decisions in the present instant.
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Scenario Planning practitioners try to find leading indicators for each scenario. As Schwartz explains, “It is important to know as soon as possible which of several scenarios is closest to the course of history as it actually unfolds.” In other words, Scenario Planning increases our agility because it keeps all scenarios alive as possibilities, and it trains us to recognize which scenario is occurring and to react accordingly. “Using scenarios,” Schwartz says, “is rehearsing the future. You run through the simulated events as if you were already living them. You train yourself to recognize which drama is unfolding. That helps you avoid unpleasant surprises and know how to act.”"
Ao ler isto como não pensar na situação do país... os drivers todos os dias vão pintando um cenário cada vez mais negro e, no entanto, quem de direito continua a contar uma estória da carochinha e recusa agir em conformidade.
Se a isto associarmos o aumento da despesa no Estado, não é difícil prever que algo de doloroso "is on the making". No entanto, media, maioria, governo e presidente continuam a embalar-nos com contos de fadas.


Trechos retirados de "The Art of Business Value", de Mark Schwartz.  

Adultos e crianças

Muitas vezes, ao ouvir certos partidos políticos a apresentarem as suas propostas, recordo a experiência dos marshmallows. Parece que têm uma orientação estratégica de promover tudo o que seja redução do tempo para obter uma gratificação. Gratificação imediata é o propósito.
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O que é triste porque acredito que tudo o que vale a pena exige capacidade de adiar a gratificação.
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Este texto de Seth Godin pode ser considerado por alguns como perigosa treta neoliberal "On being treated like an adult". No entanto, acho que acerta no alvo:
"if you want to avoid this situation...
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Make long-term plans instead of whining
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Ask hard questions but accept truthful answers [Moi ici: Recordar o tratamento dado a Teodora Cardoso]
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Don't insist that there's a monster under the bed [Moi ici: E chama-se Merkel] even after you've seen there isn't
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Manage your debt wisely"

Acerca dos "service ecosystems" (parte II)

Parte I.
"Traditionally, the majority of views on markets in the marketing literature has been grounded in neoclassical economic thought, which views markets as ‘a priori’ realities that emphasise ‘products’ as the foundational ingredients in all business activities
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Markets viewed from a service ecosystems perspective, on the other hand, are neither seen as predetermined nor static, but as being continually ‘performed’ through the enactment of practices of systemic actors and their direct and indirect connections. [Moi ici: Mercados não como um dado mas como uma variável] In other words, this view highlights the participation of multiple actors, who interactively and interdependently exchange and integrate resources in ways that are much broader than restricted exchanges.
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Consequently, a service ecosystems view of markets highlights that value co-creation practices are not limited to producer and consumer dyads, but that markets are continually formed and reformed through the activities of broader sets of social and economic actors. Kjellberg and Helgesson (2006, 2007) view markets as the ongoing results of three types of practices: (1) exchange practices, (2) normalizing practices, and (3) representational practices. Exchange practices are routinized activities related to economic exchanges in a market (including restricted exchange); normalizing practices are those that contribute to establishing rules or social norms related to a market; and representational practices are those that depict what a market is and how it works."
Trechos retirados de "Extending actor participation in value creation: an institutional view" de Heiko Wieland, Kaisa Koskela-Huotari & Stephen L. Vargo, publicado por Journal of Strategic Marketing, 2015

No meu campeonato as exportações do 1º trimestre correram bem!

Há muitos anos que acompanho e interpreto os números das exportações à minha maneira, tentando manter alguma coerência. Para mim, o importante não é a quantidade que se exporta mas o perfil das exportações. Por isso escrevi Um outro olhar sobre os números das exportações em Outubro de 2013.
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Ontem, quando olhei para o excel do INE o que procurei foi:
  • Qual foi a diferença homóloga do acumulado das exportações? E a resposta foi -239 milhões de euros.
Depois, pensei como sempre, o que me interessa são as exportações sem combustíveis e pópós, porque é aí que está o grosso do trabalho das PME:
  • Sem combustíveis e pópós como se compara o primeiro trimestre de 2016 com o de 2015? As exportações de combustíveis caíram 264 milhões e as exportações de pópós caíram 47 milhões de euros! Quer isto dizer que sem contar com combustíveis e pópós as exportações do primeiro trimestre de 2016 cresceram 72 milhões de euros!!!
Podem argumentar que estou a defender a geringonça e que isto é conversa da treta.
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Quero lá saber da geringonça!!! Para mim, isto representa o trabalho das empresas anónimas deste país. Comparando os trimestres homólogos:
  • as exportações de mobiliário cresceram 59 milhões de euros;
  • as exportações de máquinas, aparelhos e material eléctrico cresceram 49 milhões de euros;
  • as exportações de produtos farmacêuticos cresceram 45 milhões de euros;
  • as exportações de vestuário e seus acessórios de malha cresceram 41 milhões de euros;
  • as exportações de plásticos e suas obras cresceram 37 milhões de euros;
  • as exportações de aeronave e outros aparelhos aéreos cresceram 26 milhões de euros;
  • as exportações de produtos cerâmicos cresceram 16 milhões de euros;
  • as exportações de borracha e suas obras cresceram 15 milhões de euros;
  • as exportações de cortiça e suas obras cresceram 15 milhões de euros;
  • as exportações de aparelhos de óptica e fotografia cresceram 15 milhões de euros;
  • as exportações de calçado cresceram 10 milhões de euros;
  • as exportações de plantas vivas e floricultura cresceram 10 milhões de euros.
Informo que por uma questão pessoal não incluí os 46 milhões de euros de crescimento das exportações de pasta de papel e papel e cartão e suas obras, por causa dos eucaliptos.
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Acham que estou de acordo com esta narrativa "Março correu mal"?
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Nope!
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O meu campeonato não é o do crescimento dos números absolutos. Se eles vierem, saúdo-os com força. Contudo, o meu campeonato é o do crescimento das PME exportadoras, as que criam emprego.

terça-feira, maio 10, 2016

Curiosidade do dia

"O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, anunciou hoje que serão lançados esta semana os avisos para as linhas de financiamento de capital de risco e Business Angels para empresas e investidores, que poderão chegar aos 460 milhões de euros."
Estranho país este onde um governo lança linha de financiamento para Business Angels.
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Na minha ingenuidade de anónimo da província pensava que um Business Angel arriscava o seu capital. Apostar capital em empreendimentos muito arriscados com dinheiro dos outros é refresco.

Trecho retirado de "Mais de 400 milhões em linhas de capital de risco e Business Angels avançam esta semana"

T-TIP, Mongo e o código (parte III)

Parte II e parte I.
"We build upon legacy not only because it’s what we know, but because we’re still profitable doing so.
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But what happens when your connected customers outnumber your legacy customers? Well, it’s either happened or is happening.
We’ve lulled ourselves into satisfaction with incrementalism; we’ve come to a point where we need to substantially reinvent."
É isto que embala muitas PME e impede que façam a transição para Mongo mais rapidamente, com um sentido de urgência.
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BTW, quando escrevo sobre Mongo e o "é meter código nisso" esqueço-me sistematicamente de realçar um outro factor, a arte.
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Trecho retirado de "X: The Experience When Business Meets Design" de Brian Solis.

Reshoring - Um exemplo concreto

""We were looking for tighter quality control," says Jay Walder, the company's new CEO, who previously ran city transit systems in both New York and Hong Kong. "It's a heck of a lot easier to visit a vendor in Detroit than it is to visit a vendor in China. It actually saves us costs in doing it."
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Detroit-made bicycles can also be made and delivered more quickly.
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The factory is building a new version of the bike, designed by custom bike designer Ben Serotta, that attempts to address some of the problems faced by earlier designs."
Um exemplo concreto do que significa apostar na redução dos custos de aquisição em detrimento de simplesmente reduzir preços. Um exemplo concreto do que no agregado está por trás do fenómeno do reshoring.
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Recordar "Preço ou custo?"
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Trechos retirados de "The Country's Largest Bike-Share Operator Is Now Making Its Bikes In Detroit"

Acerca dos "service ecosystems"

Em 2004 um desafio profissional num cliente levou-me a descobrir os ecossistemas da procura quando ainda eram um tema obscuro.
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Quando ano depois descobri a service dominant logic foi amor à primeira vista. Todos os anos procuro apanhar o que se vai escrevendo e sinto que vamos todos esticando a nossa capacidade de desenvolver uma interpretação da realidade. Ainda me lembro de em 2011 escrever esta série "Não é armadilhar, é perceber os clientes dos clientes" para sublinhar que quando se trabalha ao nível do ecossistema a concentração no cliente não é necessariamente a perspectiva mais adequada.
"the division of actors into dichotomies such as ‘producers’ and ‘consumers,’  ‘paying’ and ‘non-paying’ customers, and ‘adopters’ and ‘non-adopters,’ is based on narrow, unidirectional, transactional, and dyadic views on value creation and delivery.
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this perspective moves away from linear and sequential creation and flow perspectives of value toward the existence of more complex and dynamic exchange systems of actors (i.e. service ecosystems), in which value creation practices are guided by institutions (i.e. rules, norms, meanings, symbols, and similar aides to collaboration) and, more generally, institutional arrangements (i.e. interdependent sets of institutions).
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define service ecosystems as relatively self-contained, self-adjusting systems of resource-integrating actors connected by shared institutional arrangements and mutual value creation through service exchange. According to the service ecosystems perspective, value co-creation resides in the intersections of all actors and resources that are integrated, including resources and actors that influence value co-creation indirectly. Thus, this view underlines the complex and dynamic nature of social systems, through which service is provided, resources are integrated, and value is co-created. It urges marketing scholars and practitioners to abandon the producer and consumer divide and to see all parties as resource-integrating actors with the common goal of co-creating value for themselves and others. Instead of ‘single-actor’ centricity, such as customer or company centricity, the service ecosystems perspective urges balanced centricity [Moi ici: Como não recordar "Não é armadilhar, é educar" e "Plataforma nos materiais de construção] and a more generic actor conceptualization.
The definition of service ecosystems also points to the dynamic and self-adjusting nature of these systems. ‘Each instance of resource integration, service provision, and value creation, changes the nature of the system to some degree and thus the context for the next iteration and determination of value creation’. Consequently, the dynamic and self-adjusting nature of ecosystems broadens and extends the concept of value-in-use to the notion of value-in-context. Value-in-context implies that value is not only always co-created, but also always contingent on the accessibility, evaluation, and integration of other resources and actors and thus contextually specific. Hence, value needs to be understood in the context of the social system in which it is created and evaluated."

Trechos retirados de "Extending actor participation in value creation: an institutional view" de Heiko Wieland, Kaisa Koskela-Huotari & Stephen L. Vargo, publicado por Journal of Strategic Marketing, 2015

É preciso ser coerente

Há dias fiquei abismado por ouvir Nicolau Santos na Antena 1 a propor que Portugal se tornasse um paraíso fiscal para os investidores estrangeiros.
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Na altura no Twitter comentei:
Faria sentido Bruno de Carvalho querer ser presidente do Benfica?
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O seu passado não seria um CV recomendável para se atirar a esse objectivo. Será que o CV de Portugal o torna recomendável para esse objectivo?
Qual o histórico?
Qual o reflexo instintivo da classe política portuguesa?
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Voltei a lembrar-me disto quando ontem li "Sounds Like the Return of Ron Johnson":
"Interesting to read that Land’s End – the middle of the market retailer – is now being led by CEO with upscale fashion aspirations.  She prefers New York to the Dodgeville, Wisconsin headquarters, wants to move the brand upscale and refers to some of the company’s traditional offerings as “ugly.”
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But has the board forgotten the basics of leadership here?  As many critics have argued, the attempts to turn around Penney’s were doomed by a culture clash, the inability to bring people along and basically a lack of leadership."
Como não recordar Pine & Gilmore e o espaço de Minkowski em "O paradoxo da estratégia (parte II: As posições anteriores limitam as posições futuras)" ou mesmo Ricardo Haussman e os macacos que não voam.

segunda-feira, maio 09, 2016

Curiosidade do dia

Das "Estimativas Mensais de Emprego e Desemprego - Março de 2016" publicadas pelo INE no final do mês de Abril retirei:
"A estimativa provisória da população desempregada para março de 2016 foi de 615,2 mil pessoas, o que representa um decréscimo de 1,1% face ao valor definitivo obtido para fevereiro de 2016 (menos 6,6 mil pessoas). A estimativa provisória da população empregada foi de 4 475,9 mil pessoas, menos 1,2 mil do que no mês anterior (ao que corresponde uma variação relativa quase nula)."
De "Função pública perde 3.460 trabalhadores para a reforma até junho, menos 58%" retirei:
"o número total de novos pensionistas registados entre janeiro e junho de 2015 (8.308)."
O que dá uma média de 1385 novos pensionistas por mês.
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E volto ao canário na mina, talvez se deva ter uma dupla precaução com a interpretação dos números do emprego.

Qual a diferença?

"China is doubling down on efforts to keep unprofitable factories afloat despite for years pledging to curb excess capacity, adding to a glut of basic materials flooding the global economy.
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According to a Wall Street Journal analysis of Chinese public companies, Chinese government support includes billions of dollars in cash assistance, subsidized electricity and other benefits to companies. Recipients include steelmakers, coal miners, solar-panel manufacturers, and other producers of other goods including copper and chemicals."
E o que se faz com a produção de leite e de carne de porco por cá?
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Qual a diferença?
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"Produtores de leite e suinicultores terão isenção de 50% das contribuições à Segurança Social"

Trecho retirado de "China Continues to Prop Up Its Ailing Factories, Adding to Global Glut"

O modelo do século XX já não é relevante

Um artigo interessante, "A Europa é o Japão mais o Islão", recordar "Liars, bulshiters e enganados (parte I)".
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A propósito deste trecho:
"4. No actual capitalismo globalizado o sucesso do homo economicus passa pela competitividade. Implica, para uma empresa, para um sector, ou para uma economia nacional ser capaz de enfrentar a concorrência e vencê-la, obtendo a preferência dos consumidores no mercado nacional e / ou internacional. Mas o capitalismo necessita de um crescimento permanente o qual, entre entras coisas, precisa uma demografia em renovação e crescimento. Paradoxalmente, as exigências de competitividade ligadas à extrema competição capitalista tendem a criar as condições do declínio demográfico. A consequência inesperada, ou subestimada, é que o próprio modelo capitalista fica em causa."
Quando se adopta a concorrência imperfeita percebe-se o quanto os sublinhados estão datados e ultrapassados.
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A concorrência imperfeita tem horror à "extrema competição capitalista" prefere os ecossistemas, prefere outra abordagem "Competition Analysis? Why not Cooperation Analysis?"
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Quanto ao crescimento permanente e à necessidade de uma demografia em renovação e crescimento também não são determinantes num modelo baseado na concorrência imperfeita, num modelo baseado em Mongo. O modelo do século XX já não é relevante.

"O homem não conhece o futuro"

"that is how most strategies emerge: Discovery trumps planning.
...
So how do we deal with the fact that discovery trumps planning?
One common reaction is to pretend that the success was planned. Of course, after a discovery we naturally try to make sense of what we see working so well. And there is nothing wrong with retrospective rationalization; we do it all the time in business school “case studies” in an effort to learn. The problem is allowing retrospective rationalization to masquerade as a well-planned strategy, ... Such a misunderstanding leads observers to think (wrongly) that great businesses result from a great plan.
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Another bad reaction is to wax cynical, surmising that success really just comes down to luck. This conclusion denies the fact that some people are better than others at spotting the opportunities that (luckily) come along. There is much more to discovery than the flip of a coin. When plans produce unanticipated consequences, these look like failures. If you think that leadership means waiting to get lucky, you’ll conclude from such failure that your luck has run out – a self-fulfilling prophecy.
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But there is information in those unanticipated consequences for those who know to seek it out. Scott Cook, Intuit’s founder, coaches his people to “savor surprises” – to see deviations from plan as the fountainhead of opportunity. Seen this way, the strategic plan is just step one in the discovery process. Leaders that understand this truth do not pretend to know the solution in advance. Instead, they plan to discover."
Recordar "O seguro morreu de velho":
"O homem não conhece o futuro. Quem lhe poderia dizer o que há de acontecer em seguida?" Eclesiastes 10, 14.
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E no entanto:"Semeia a tua semente desde a manhã, e não deixes tuas mãos ociosas até à noite. Porque não sabes o que terá bom êxito, se isto ou aquilo, ou se ambas as coisas são igualmente úteis."
Eclesiastes 11, 6
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Demos o nosso melhor, fizemos as nossas apostas mas temos de estar, temos de permanecer atentos e abertos a mudar, a corrigir o tiro, tendo em conta os sinais que emergem da realidade durante a viagem a caminho do futuro desejado, por que o que vamos obtendo é o futuro real.

Trechos iniciais retirados de "Discovery Trumps Planning, So Plan to Discover"

É melhor prepararmos-nos

Primeiro, gostaria de recordar Nassim Taleb e uma frase que muito aprecio:
"Economists fail to get w/ GDP growth that anything that grows without an "S" curve (slowing down phase) blows up."
Depois, esta reflexão:
"So instead of merely praising firms that are doing well and excoriating those that do badly, perhaps we should look at the one true thing that all successful companies have in common—sooner or later all hit hard times. Technology changes, markets turn and consumer tastes turn fickle. When any of those things happen, you will take a hit.
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And if you look at anybody who has achieved extraordinary success, you will find that they transcend failure.
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So instead of trying to find that magical skill or strategy which will rocket us to the top, we’d be better off preparing ourselves for the rocky road ahead. [Moi ici: Conversa perigosa para os fragilistas, sempre confiantes no alinhamento dos astros em seu favor] We are sure to falter at some point—and probably often—but that never has to be the end of the story. The only way to truly fail is to stop trying; the only true disgrace is to accept defeat."
Trecho retirado de "Can One Thing Make Your Business Successful?"

domingo, maio 08, 2016

Curiosidade do dia

A propósito deste trecho:
"João Cerejeira não tem dúvidas de que o principal problema do mercado de trabalho em Portugal é a qualificação dos trabalhadores, “seja por via da educação formal, seja por formação no posto de trabalho”. “No futuro, é de esperar que as tendências mais recentes se reforcem: uma cada vez maior dificuldade de integração no mercado de trabalho dos jovens ou dos mais velhos desempregados que têm uma formação inferior ao ensino secundário”, alerta."
Retirado de "Mais de um quarto da população empregada já tem o ensino superior".
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Como o enquadrar com:
"The phenomenon describing these trends is known as labor polarization, where growth is concentrated among high- and low-skilled jobs but the middle shrinks."
Trecho retirado de "The Rise of Knowledge Workers Is Accelerating Despite the Threat of Automation"

Como o enquadrar com as estatísticas do IEFP?

IMHO "o principal problema do mercado de trabalho em Portugal é" a falta de empregadores, a falta de procura, o resto é treta.
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E volto ao Estado Predador e ao "Vamos brincar à caridadezinha"

Como é possível os jornalistas esquecerem-se do elefante no meio da sala?

Recuo a Setembro de 2015 e a "Para direcções associativas que pensam à frente" e a Outubro de 2015 e a "Ainda acerca do impacte do T-TIP".
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O tema é o T-TIP e o seu impacte potencial no principal, no maior sector exportador português.
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Agora leiam "Ameaças e oportunidades do TTIP para Portugal" publicado hoje no jornal Público.
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Quantas referências são feitas ao maior sector exportador português?
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Não encontrei nenhuma.
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Como é possível os jornalistas esquecerem-se do elefante no meio da sala?

"Experiences are more important than products now"

"In math, x represents a variable to be solved for. In business, the x we must solve for is the experience we want to give our customers.
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“An experience occurs when a company intentionally uses services as the stage, and goods as props, to engage individual customers in a way that creates a memorable event.”
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Experiences are more important than products now. In fact, experiences are products. They’ve also become a lively topic of consumer comment for all the world to hear. People increasingly share their experiences with companies and products in our connected economy, and we can either be active participants in creating and nurturing desired experiences or spend more and more time trying to react or make up for bad experiences. What’s more, consumer demands continue to evolve. We’re just getting started.
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And because so few companies offer quality experiences, customers are willing to pay more for them. Any company that shows any semblance of empathy now possesses a tremendous competitive advantage.
...
The bottom line is that for most companies, customer experience is not truly a priority. They manage it instead of lead it. They scale and optimize their current practices, generally focusing on some technology fixes and doing good marketing.
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Eighty-five percent would pay up to 25 percent more to ensure a superior customer service experience."

Trechos retirados de "X: The Experience When Business Meets Design" de Brian Solis

Mongo em modo turbo


""WE BELIEVE THIS WILL BE AS BIG AS THE INTERNET ITSELF," SAYS CHEYER. "IT'S A REVOLUTION.""
"They had ordered pizza, from start to finish, without placing a single phone call and without doing a Google search — without any typing at all, actually. Moreover, they did it without downloading an app from Domino’s or Grubhub.
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Powered by artificial intelligence and unprecedented volumes of data, they could become the portal through which billions of people connect to every service and business on the Internet. It’s a world in which you can order a taxi, make a restaurant reservation and buy movie tickets in one long unbroken conversation — no more typing, searching or even clicking."



A economia das transformações


"The idea of staging a transformative experience, not only as marketing but as a product to be sold, is linked to the wider rise of the “Transformation Economy” as foreseen by B. Joseph Pine II and James H. Gilmore, who have long described product innovation in consumer markets as a multi-staged “progression of economic value” from commodities to goods to services to experiences to personal transformations, where a better you becomes the product.
...
When we buy experiences, those purchase make us happier than when we buy things,” says Pine, citing a 2014 Boston Consulting Group report which reveals that of the $1.8 trillion spent on “luxuries” in 2013, nearly $1 trillion, or 55 percent, was spent on luxury experiences. “Some large part of that trillion is luxury transformations: people looking to recharge, revitalise or to improve well-being in some way,” he continues.[Moi ici: E pensar na formação como fazendo parte desta economia das transformações?]
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Genuine transformations — though they may well drive sales of associated product — must come with a price tag of their own. “What turns something into an experience is when you charge for time,” Pine says. "An admission fee also sends a signal that this is an experience worth having.”"
Trechos retirados de "Is the New Luxury a Better You?"

sábado, maio 07, 2016

Curiosidade do dia

"Ask employers which skills they’ll need most in the next five to 10 years, as the Oxford Economics research firm did, and the answers that come back do not include business acumen, analysis, or P&L management—left-brain thinking skills that computers handle well. Instead, employers’ top priorities include relationship building, teaming, co-creativity, brainstorming, cultural sensitivity, and ability to manage diverse employees—right-brain skills of social interaction. Those responses fit well with big-picture data on how Americans work today vs. how they worked in the 1970s. The biggest increases by far have been in education and health services, which have more than doubled as a percentage of total jobs; professional and business services, up about 80%; and leisure and hospitality, up about 50%. The overall trend is a giant employment increase in industries based on personal interaction. That’s why Oracle group vice president Meg Bear says, “Empathy is the critical 21st-century skill.”"
Trecho retirado de "Humans are underrated"

BTW, a citação retirada da coluna ali ao lado:
"Empathy is like a universal solvent. Any problem immersed in empathy becomes soluble."

Custos da proximidade (parte II)

Agora que se vai inaugurar o Túnel do Marão, "Túnel do Marão vai ter "impacto enorme na vida das pessoas e empresas"",
"Quer isto dizer que as empresas que aqui estão localizadas, assim como as que pretendam investir na região, ficarão mais perto dos grandes centros de distribuição."
recordo esta reflexão de 2011 "Custos da proximidade".
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A partir de hoje, a vida para as empresas transmontanas que produzem bens e não se diferenciam das empresas do litoral ficou mais difícil. Espero que se tenham preparado para o embate, espero que apostem na diferenciação, espero que apostem na internacionalização porque dificilmente serão competitivas pelo preço.

"quando a decisão é tomada por um anónimo operário no turno da meia-noite"

"We can definitely spend time worrying about/building the tsunami, but it's the drip, drip, drip that will change everything in the long run."
Quando os importantes desligam a atenção, quando os media não estão lá para ver, quando a decisão é tomada por um obscuro, por um anónimo operário no turno da meia-noite, é quando realmente "the rubber meets the road".
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Trecho retirado de "The tidal wave is overrated"

ISO 9001 e riscos

Terminado mais um levantamento e avaliação dos riscos e oportunidades no âmbito de projectos de transição para a, ou de implementação de raiz da, ISO 9001:2015, confesso que cada vez aprecio mais o exercício.
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Pôr as pessoas de uma empresa a determinar o que pode correr mal em cada um dos processos. Depois, a avaliar a frequência e impacte de cada um desses riscos, permite rever:
  • alguns impressos usados;
  • alguns pontos de controlo seguidos;
  • os requisitos para uma série de funções com base em inputs concretos;
  • algumas actividades no âmbito de cada processo.
Verdadeiras acções preventivas, acções para lidar com tendências.

Oh, wait! É uma ideia de Daniel Bessa ...

Situações que me deixam atónito:
""Quem mais aumentasse a massa salarial, por via do salário em si ou pela criação de emprego, seria premiado fiscalmente em sede de IRC. Tratar-se-ia de majorar o crescimento da massa salarial para efeito de IRC", afirmou."
Por que é que uma empresa aumenta a massa salarial?
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O aumento da massa salarial é um objectivo ou uma consequência?
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Qual o interesse em tornar o aumento da massa salarial num objectivo? Em que medida introduz racionalidade no processo de decisão das empresas?
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Confesso que não percebo! Falha minha certamente!
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Oh, wait! É uma ideia de Daniel Bessa ... OK, já percebi.
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Espera aí... em Janeiro de 2012 dizia isto:
"Portugal deve procurar manter a sua mão-de-obra o mais barata possível, de forma a manter-se competitivo no seio da zona euro, defendeu hoje o economista Daniel Bessa."
Que dizer desta volubilidade?
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Trecho retirado de "Daniel Bessa sugere "prémio fiscal" para empresas que aumentem massa salarial"

sexta-feira, maio 06, 2016

Curiosidade do dia

"Em 2015, o maior credor de dívida pública continua a ser o exterior, mas os particulares aumentaram a sua exposição enquanto credores nacionais de dívida pública através da aquisição de Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro, diz a CFP."
Dado o nível de iliteracia financeira em Portugal, quantos destes credores estão ao lado do Bloco de Esquerda a favor da renegociação da dívida?

Trecho retirado de "Quem são os credores da dívida pública portuguesa?"

"As pessoas mudam quando:"


Excelente figura, excelente resumo.
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Primeiro, esta outra figura que uso nos projectos balanced scorecard:
Os resultados na perspectiva clientes são consequências da operação dos processos críticos. A operação dos processos críticos resulta de acções e comportamentos das pessoas.
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As pessoas mudam quando:

  • Têm líderes que dão o exemplo;
  • Percebem o porquê;
  • Adquirem a formação e experiências; e
  • têm mecanismo de feedback e reforço.
Imagem inicial retirada de "The four building blocks of change"

Código e modelo de negócio

Um texto, "Case Study: Should You Adjust Your Business Model for a Major Customer?", que sublinho aqui numa dupla função.
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Primeiro, mais um exemplo de até onde o "é meter código nisso!" nos pode levar:
"Lumiscape’s products [Moi ici: Lâmpadas e luminárias para iluminação pública] were designed to gather all sorts of data, including humidity, motion, and seismic activity, and, most important, UVA, UVB, and ambient light so that they could save electricity by dimming when appropriate. The innovative system promised to reduce local governments’ energy consumption and maintenance costs and improve their constituent relationships."
Segundo, mais um exemplo dos novos modelos de negócio:
"The year before, prompted by all this, Lumiscape’s leadership had decided to pivot from a sales model to a subscription model. Instead of selling the streetlights and leaving the cities to manage them, the company would rent them out for a monthly fee, with installation, maintenance, and monitoring software all included. Lumiscape had also piloted a program in three sites to add Wi-Fi connectivity to the lights, allowing cities to offer internet service in public spaces."

A internacionalização pode não ser business as usual

Algures, escrevi aqui no blogue um texto muito mais explícito do que este "Subverter na vida real". No entanto, agora, não o consigo encontrar.
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Quando uma empresa opta por apostar na internacionalização, muitas vezes tem de mudar de modelo de negócio. Enquanto o mercado interno valoriza o preço como order-winner, os mercados mais atraentes valorizam design, inovação, flexibilidade, rapidez, diferenciação, ... Os clientes-alvo são diferentes, a proposta de valor é diferente, os canais são diferentes, o desenvolvimento da relação é feito de forma diferente.
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Ou seja, para muitas empresas, o passo de avançar para a internacionalização é um acto de coragem que exige mudanças, não é um desafio de expansão do business as usual.
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O tema precisamente focado em "Treating Discovery Like Execution Will Kill Innovation":
"“In the end, these projects are all business model problems.”
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“Why aren’t they market entry problems?” he replied.
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What causes the difference?
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It comes down to discovery versus execution.
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To succeed at innovation, we need to stop treating discovery like execution. They’re two different things, and we need to be good at both of them to thrive."

Marco e a co-criação de valor

Via @icyView cheguei a este texto "This Is The Best Restaurant You’ve Never Heard Of".
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Este trecho é um exemplo concreto da co-criação de valor:
"And then we asked for port.
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Marco the teenager looked at us as if we'd asked him to drop his trousers, smear lard in his hair and sing the Spanish national anthem.
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He politely explained that we really wanted Moscatel from the Setbal region.
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We simply didn't know that we wanted it.
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We only began to realize our wants as it slipped down our defenseless gullets like a Late Harvest Sauvignon Blanc that had seen something of the world, but always loved home the most."
O fornecedor-consultor tem obrigação de saber mais do que o cliente e que está ali não para obedecer acefalamente mas para, tendo em conta o contexto, sugerir, propor uma solução mais adequada.
Recordar ""making sense of value creation and co-creation" (parte VII)"
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Como não ficar com curiosidade de conhecer este Marco.

quinta-feira, maio 05, 2016

Curiosidade do dia

"O mais espantoso é como dirigentes e analistas parecem ignorar o desastre em progresso, mergulhados em temas laterais. As prioridades políticas que dominam os debates são reduzir o horário dos funcionários, fingir subir as pensões, baixar portagens ou recomprar os prejuízos da TAP. A presente conjuntura política anda, mais do que nunca, envolvida num véu de ficção.
...
A prioridade é partilhar os despojos de uma prosperidade que realmente não existe. Chega a ser patético ver a ânsia com que se prometem impossibilidades e atribuem magras benesses a certos privilegiados, tomando essas ninharias como fim da austeridade. Que, muito em breve, terá de ser retomada. Entretanto, empresas e crescimento são vistos apenas como caça para o fisco esquartejar no banquete dos grupos de pressão. É isso que mata o investimento e o futuro. Assim, não admira a estagnação.
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Este caminho não conseguirá evitar novo colapso. Que os cortes têm de regressar, é já óbvio. A única dúvida de momento é se Portugal estará completamente viciado na ficção, ou se estas propostas políticas representam os últimos estertores de um mito morto. No primeiro caso, esperam-nos várias gerações perdidas, como na Grécia, Argentina ou nos tempos do império decadente."
Trechos retirados de "Império de ficção"

T-TIP, Mongo e o código (parte II)

Parte I.
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Um texto, "Harnessing the True Potential of Internet of Things Technology", sobre o "é meter código nisso":
"Transaction to relationship
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It used to be that, if you were in the product business, your goal was to sell the product, get the transaction done and book the revenue. In part, this was because once the product left your store or warehouse, you had very little visibility into how it was being used. That’s all changing now as IoT technologies become more affordable and available. These technologies now provide an opportunity to monitor the use of the product throughout the lifetime of the product.
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Well, what if you offered to charge the customer based on usage of the product, rather than requiring them to make large upfront payments for the product regardless of usage patterns down the road?
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Here’s an even more intriguing option. What if customers could use IoT technologies not just to monitor usage of the product but also to track the impact that the product has in generating value for them? What if, for example, we could track the impact of a machine on the cycle time of a manufacturing process?
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Vendors might even take this one step further and develop insight from the data that would enable them to offer prescriptive advice for the customer. They would not just help customers anticipate certain events, but give them advice on what they should do to enhance the value of the product given these circumstances. Depending on the value created from this advice, these prescriptive services could become a significant additional source of revenue. As these business models evolve, one might even imagine that the “sale” of the product would diminish in importance relative to the revenue generated from data-driven services enabled by the product purchase. In some cases, this could help companies evolve into a trusted advisor business model.
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IoT technologies also have the potential to help vendors evolve into platform-based business models, where the value to the customer increasingly comes from being connected to a much broader range of more diverse resources."

Ainda acerca das experiências

"As marketers continue the transition to experiential marketing, they are witnessing first-hand how a completely different approach can drive incredible engagement and ROI. In broad strokes, the transition represents six fundamental changes in how companies market:

  • New Direction. Companies are switching from marketing used to push customers toward their products and instead are using engagements that pull them.
  • Better Touchpoints. Companies have replaced marketing campaigns designed to simply reach as many people as possible (quantity) with initiatives that seek to create longer conversations and deeper recall (quality) with the “right” people.
  • Authentic Engagements. Marketers are no longer buying mere impressions and instead are investing in creating expressions.
  • Deeper Interactions. Brands are transitioning from campaigns used to grab attention to programs created to give it.
  • Real Conversations. Companies are no longer just talking to their customers—they are now focused on listening to them
  • Lifelong Relationships. Marketers are no longer trying to communicate their products’ benefits to customers, but instead are using marketing to build relationships."
Trechos retirados de "Experiential marketing : secrets, strategies, and success stories from the world’s greatest brands" de Kerry Smith e Dan Hanover.

Um exemplo

À hora em que estiver a ser publicado este postal, estarei numa PME, no âmbito do tema da consciencialização (cláusula 7.3 da ISO 9001:2015) a animar uma reflexão sobre o papel de cada um no cumprimento da política da qualidade no chão de fábrica (na Gemba)
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Os slides 3 a 7 são:
Podemos ser muito valorosos a competir de igual para igual com os gigantes que estão no mercado.
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OK! No fim acabaremos sempre mortos.

Por que temos de competir de igual para igual?
Por que temos de seguir o livro das regras escritas pelos gigantes?

Por que não podemos ser como David e fazer à nossa maneira?

Os gigantes são demasiado grandes para se preocuparem, para considerarem a individualidade de cada cliente.

Essa vai ser a nossa vantagem competitiva, a nossa base para nos diferenciarmos e ficarmos invisíveis nos radares dos gigantes.
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Segue-se a apresentação da política e objectivos.
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Segue-se a apresentação do mapa de processos e começa a interacção sobre como é que cada um participa, influencia e pode melhor o sistema.

"à medida" - tão Mongo-way

Em "Sempre em busca de uma batota mais eficaz" (Agosto de 2012) escrevi:
"Aqui está um negócio que há mais de 1 ano me convence que vai ter um boom espectacular, o "home delivery"."
Recordar também:

Uma consequência do avanço de Mongo, do avanço do mundo 4:
passa pela democratização da produção, passa pela explosão das tribos, passa pelo home delivery "Rangel lança serviço de transporte à medida para crescer nas vendas":
"O serviço em causa, e que se divide em dois segmentos, o “time critical”, em que a prioridade e a urgência são o mote, e o “special project”, em que as soluções são montadas à medida de cada pedido, por mais inviável que possa parecer, foi lançado em Janeiro."

quarta-feira, maio 04, 2016

Curiosidade do dia

"A execução orçamental até Março em contabilidade pública evidencia assim um aumento do défice face ao mesmo período de 2015. "Por subsectores, o principal contributo para o aumento homólogo do défice orçamental proveio da administração central, o qual foi parcialmente compensado pelos contributos positivos ao nível da segurança social e da administração local", precisa a UTAO."
Conjugado com o que já está prometido e outras coisas do tipo "Governo garante 35 horas semanais para todos os enfermeiros" lembrei-me de uma frase de Reagan mas agora usada no sentido exactamente oposto:
"You ain't seen nothing yet"
Por isso, prepare a sua empresa para sobreviver a mais um evento promovido pelo monstro e seus adeptos normandos.

A Venezuela também passa por aqui.

Trecho retirado de "UTAO alerta para a estagnação da receita fiscal"

Acerca das experiências

"People often ask us which brands create the best experiences and which most effectively use experiential marketing.
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The DNA of Experiences.
Habit 10. Focus on Driving TrialUse experiential marketing to create longer engagements that promote the test,  sample, or demonstration of a product or service.
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Habit 9. Make It Unforgettable—LiterallyThe target won’t (and can’t) forget the experience and is able to relive it and reshare it for days, weeks, and years.
...
Habit 8. When Something Works, Don’t Do It AgainThe best brands resist the temptation to repeat experiential marketing campaigns.
...
Habit 7. Design for ScreensCreate experiences with device interaction in mind.
...
Habit 6. Bring the Product to LifeUse live experiences to do what no ad ever could.
...
Habit 5. User‐Triggered EngagementsDesign experiences that don’t start until the target turns them on.
...
Habit 4. Effect and AffectExperiences that touch the heart impact the mind.
...
Habit 3. PersonalizedNo two people should have the same experience.
...
Habit 2. Experiences Are ContentBrand experiences have become marketers’ leading content capture tool and content distribution platform.
...
Habit 1. Bold, No‐Fear IdeasNothing impacts the success of the experience like a fresh, creative idea."
Trechos retirados de "Experiential marketing : secrets, strategies, and success stories from the world’s greatest brands" de Kerry Smith e Dan Hanover

T-TIP, Mongo e o código

Ontem, durante o meu jogging ao final da tarde, enquanto chegava aos 5km, no noticiário das 19h na Renascença discutia-se o T-TIP. Lembrei-me do seu provável impacte no sector mais exportador de Portugal, o da produção de máquinas, recordar:
Relacionei logo essa preocupação com uma ideia com que tento seduzir as PME industriais, com o "é meter código nisso": PME e código, já pensou nisso? (parte V).
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"New industrial processes, such as on-demand machining and additive three-dimensional printing, may have a tremendous effect on the U.S. economy. Roughly 33 percent of the economy is fueled by manufacturing and it’s one of the arenas that has been most resistant to incursions from the technology world. Now, all of that is changing for several well-documented reasons.
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The cost of hardware and infrastructure to support the application of technology in manufacturing has come down dramatically even as organizations are looking to improve efficiency by collecting more data on their processes and determining where there are costs to be saved.
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[Moi ici: Interessante esta ideia] MakeTime is an online capacity utilization marketplace for machining. The company provides a way for computerized machining companies to offer their manufacturing services for customized parts during times when those machines would typically sit idle.
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By distributing those orders across a number of different manufacturers during their down-times, MakeTime potentially provides a way for companies to do larger production runs at lower prices.
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“The goal of this whole game is to democratize the manufacturing floor to make things faster, better, and cheaper for a generation of entrepreneurs.” [Moi ici: O equivalente a dar mais poder aos criadores, aos membros das tribos] To make that happen, he adds, the whole manufacturing chain will need to be digitized.
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“It’s all going to play a part in Just in time or on-demand manufacturing,” he said. “We all rise up and we march to the hallowed ground and we bring our manufacturers home to the promised land.”[Moi ici: Míopes! A democratização da produção vai alterar o papel dos produtores, não voltaremos ao modelo século XX]"
Como é que a sua PME vai lidar com estes desafios?


Workshop formativo “Indicadores de Monitorização de Processos”

O CTCP vai promover o Workshop formativo “Indicadores de Monitorização de Processos”- no dia 10 de maio de 2016 em Felgueiras e no dia 11 de maio em São João da Madeira.
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Estrutura em torno da minha experiência, penso que os problemas com a monitorização dos processos podem ser rastreados a 4 causas-raiz:
1.Processos mal definidos.
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2. Indicadores de espectro muito largo (misturam realidades distintas. Por exemplo, propostas que demoram 3 semanas a preparar com propostas que demoram 3 minutos)
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3. Indicadores desligados da estratégia para o negócio
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4. Monitorização deficiente, falta de ferramentas para interpretar o que está a acontecer.
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Programa, preço e inscrições aqui.

Um pouco de humildade

"There is a better way. Instead of sweeping away corporate culture and existing organizational design in a “big bang,” we can move incrementally, learning as we go.
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Citing the early twentieth-century organizational psychologist Kurt Lewin, he argues that we can never understand an organization until we try to change it and thus suggests a “provoke and observe” approach:
We can never direct a living system, only disturb it and wait to see the response  … We can’t know all the forces shaping an organization we wish to change, so  all we can do is provoke the system in some way by experimenting with a force we think might have some impact, then watch to see what happens.
Avery’s “provoke and observe” approach parallels the Agile principle of “inspect and adapt.” In my interpretation of Avery’s comments, we can formulate a  hypothesis about what is valuable to the organization, deliver something based on that hypothesis, and observe the results. The feedback that results—especially if this is a new way of thinking about value—teaches us how to either adjust our hypothesis or adjust our way of bringing agility into the culture. In terms of the Lean Startup, you may see this as an example of adjusting our value hypothesis or our growth hypothesis through validated learning."
Um pouco de humildade faz bem a consultores e outros bem intencionados que acreditam que sabem o que é melhor para as empresas. Uma vez mais, o papel do ecossistema interno é fundamental.
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O cemitério de projectos está cheio de boas intenções que não tiveram em conta a resistência à mudança, por causa de uma cultura interna que não foi respeitada.
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Trechos retirados de "The Art of Business Value", de Mark Schwartz.  

terça-feira, maio 03, 2016

Curiosidade do dia

O fragilista alegre continua a sua política leviana:
"O Presidente da República não acredita na necessidade de medidas adicionais para Portugal cumprir as metas europeias.
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Quanto à eventual necessidade de medidas adicionais, Marcelo exclama já de fugida: “Ahhhhh, não me parece”. "
É importante que este entertainer fique bem associado ao que vai acontecer, para que, depois, não possa aparecer como Vestal horrorizada a clamar surpresa.
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Trecho retirado de "Défice: Marcelo prefere copo meio cheio"