sábado, abril 09, 2016

Workshop "Balanced Scorecard"

Bragança, 16 de Abril em colaboração com Cascata de Números - Consultores.
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Objectivos:
  • Conhecer a ferramenta Balanced Scorecard;
  • Utilizar o Balanced Scorecard para implementar uma estratégia;
  • Utilizar o Balanced Scorecard para concentrar uma organização no que é essencial para ter sucesso.

Programa aqui.
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Inscrições aqui.

sexta-feira, abril 08, 2016

Curiosidade do dia

"Quando uma organização internacional, [Moi ici: FMI] especializada em programas de apoio económico em situações de crise, julga necessário chamar a atenção para o que deveria ser óbvio, é porque identifica uma persistente resistência dos responsáveis políticos por essa economia quando se trata de reconhecer o óbvio.
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O óbvio só é surpreendente ou paradoxal para quem se recusa a vê-lo. Devia ser óbvio que onde não houver capital também não haverá trabalho. Também devia ser óbvio que substituir capital por dívida entrega aos credores o poder de decidir sobre a vida e a morte da empresa e do emprego.
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Quem escolhe ignorar o óbvio está a produzir o impossível - que só pode servir para esconder as razões que levam a não aceitar o que o óbvio mostra."

Trechos retirados de "O óbvio e o impossível"

Acerca da evolução do retalho

Acerca da evolução do retalho:
"This week, Staples announced that it won't be using its stores for just selling anymore.
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As consumers get more comfortable with e-commerce, marketers are finding they need to imbue their brick-and-mortar operations with updated missions.
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Called an "unstore," the site, the electronics company's only consumer outpost, exists solely to display products. If customers want to buy something, they can do so online.
"People know how to purchase on e-commerce and very often get the product the next day," said Zach Overton, VP and general manager of the new space, called Samsung 837. "They don't need another store. They need a place where they can have a deep dive into the brand."
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a retail outlet that in the past would have been designed solely to drive purchases in the moment can now function entirely as a brand advertisement. These concept stores allow customers to test products, interact with associates and, ideally, better understand the ethos of the brand. With real estate costs at a premium in key urban areas, the sites also allow a retailer to better use every square foot and not waste precious space on on-site stockrooms.
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"Customer experience is becoming more influential in shaping people's expectations," said Denise Lee Yohn, a branding consultant, noting that such stores function as intensive, immersive storytellers that can convey a brand's history, attributes and future vision. "It's allowing the brand to say more about itself than just saying, 'Here is this product.'"

Trechos retirados de "Welcome to the 'Unstore' of the Future: Retailers Go Experiential":

Plataformas e interacção (parte II)

Parte I.
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Um excelente texto "How SpoonRocket Blew $13.5 Million and Ended in Bankruptcy":
"But as SpoonRocket's case demonstrates, simply having millions of dollars in funding and revenue does not a successful startup make.
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They were too reliant on VCs
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Many startups are lulled into a false sense of security by VC funding, particularly when they're hyper-focused on customer acquisition--and it seems likely this was the case with SpoonRocket.
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Their market was oversaturated
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In SpoonRocket's farewell blog post, the founders state that one of their biggest challenges was "intense competition from competitors
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Their differentiating factor... wasn't
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They failed to scale up
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They didn't invest in their drivers
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As with many on-demand startups, SpoonRocket's human point of contact with consumers was also, arguably, the least valued part of the business. The company's drivers were independent contractors who were expected to work irregular hours for low pay --hardly a strategy for building a committed workforce."

Lidar com a incerteza

Basta recordar os marcadores:

  • cortisol; e
  • locus de controlo
Para enquadrar este texto "9 Methods For Embracing Uncertainty":
"1. Stay positive and choose your beliefsYour beliefs shape your reality and your world: beliefs about yourself, what you’re good at, ... People who are good at change are optimists at their core.
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2. The change guaranteeThis states that, "From this situation, something good will come." Write this down somewhere you will see it often. Write it in your office for others to see. ... be obsessed with your attitude, how you show up—especially in the midst of change. ... they are not focused on the past (the deal they did not get or the bad decision they made); they do not compare themselves to others; they do not play the "poor me" game (how unlucky they have been); and they keep a sense of newness and momentum.
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4. Meet the change demons!People who are good at change are very human; they make mistakes, they feel their emotions, but know how to move past them. ... Find the emotion that is stronger—for example, instead of blaming someone for the major mess-up that happened, how can you take responsibility for fixing it?
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5. Accept changeChange itself is not the hard part; resistance to the change is.
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  1. What do you need to stop resisting? (e.g. changing the business model)
  1. What do you need to get honest about? (e.g. your overspending)
  1. What are you avoiding? (e.g. firing someone you know is not working out)
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6. You can’t control everythingDo not try and control other people. Instead, control your language and the words you use; ... Your inner state is the only thing you really can control.
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9. Take action...
When it comes to action, it is the small changes that create the bigger results, over and over. Little things are not little for the entrepreneur—they are everything. If something does not work, continue changing your approach. Do not simply think about it—get on the court and try it. You will get feedback very soon."
 Não se deixar contaminar pelos Pigarros desta vida é fundamental.



Workshop “Indicadores de Monitorização de Processos”

Programa:
. Indicadores e processos – indicadores ajudam a responder a perguntas
    Tipos de indicadores – eficiência, quantidade e eficácia, finalidade de um processo
. Fluxograma de um processo – indicadores de eficiência
. Identificação e designação de um processo
. Abordagem por processos e modelação do funcionamento das organizações
. Relacionar estratégia, processos e indicadores
. Monitorização de indicadores: drill-down, erros mais comuns, plano de monitorização, painel de instrumentos, controlo estatístico do processo.

Inscrições aqui.

quinta-feira, abril 07, 2016

Curiosidade do dia

Primeiro:
Segundo, "Lisboa lança rendas acessíveis para jovens com rendimentos até 40 mil euros ano"

Não digo que seja caso único no mundo mas não me lembro de gentrificação forçada promovida por autarquia.
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Recordar este tweet de Outubro de 2015:


 E este postal "A gentrificação de Lisboa vai acelerar".
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Agora só falta revelar que os jovens que se podem candidatar podem ser estrangeiros (escrevo sem qualquer ponta de racismo ou xenofobia).

Concentração paranóica

Há dias, num projecto balanced scorecard em que a proposta de valor passa pelo QCD (quality, cost and delivery que aprendi com Massaki Imai) usei como avatar este icon:
O sentido é o de caminho sem fim, de jornada permanente para aumentar a eficiência e reduzir os custos, os atrasos e os defeitos. Recordar "Alinhar a empresa, a jornada sem fim".
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Há dias descobri um exemplo interessante da concentração paranóica exigida por este tipo de estratégia.
Toda a gente sabe que os modelo T da Ford eram todos pretos. Por que eram todos da mesma cor é fácil, para não perderem produtividade com mudanças de cor e limpezas de linhas. Por que é que a cor escolhida foi a preta?
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Mais propriamente uma tinta chamada Japan Black.
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Se era a tinta mais barata não sei, o que sei é que a justificação que encontrei foi: porque era a tinta que secava mais depressa e, por isso, permitia produtividades mais altas na linha de secagem.
"it was the ability of japan black to dry quickly that made it a favorite of early mass-produced automobiles such as Henry Ford's Model T. The Ford company's reliance on japan black led Henry Ford to quip "Any customer can have a car painted any colour that he wants so long as it is black".
While other colors were available for automotive finishes, early colored variants of automotive lacquers could take up to 14 days to cure, whereas japan black would cure in 48 hours or less."
Recordar "Preço ou custo?"

Relação versus preço

Faz hoje oito dias que usei uma loja como metáfora, como estava em S. João da Madeira usei o exemplo de uma loja de material desportivo, a Tavares, que a pessoa com quem falava tinha de conhecer, até porque já fez duas ou três maratonas, para ilustrar o que é que eu queria dizer com um objectivo estratégico na perspectiva interna do mapa da estratégia de uma empresa B2B:

O que se pretende com o desenvolvimento da relação não é conversa da treta, nem diálogos de circunstância, é mostrar aos clientes como somos especialistas. Afinal, o fornecedor tem obrigação de saber mais do que o cliente sobre os recursos que disponibiliza. Este relato de 2010 demonstra porque usei o exemplo da Tavares.
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Ontem, recordei novamente a Tavares.
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A Tavares, entretanto fechou. Convido a ler o que escrevi no último parágrafo de 2010:
"E os preços são mais baratos que nas lojas acima referidas. Ou seja, encontrei uma loja que associa conhecimento especializado a um preço mais baixo... que mais pode um cliente pedir?"
Por que recordei novamente a Tavares?
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Por causa deste texto "Price isn’t everything when it comes to running shoes" e do encerramento da Tavares... a Tavares prestava um serviço que não cobrava...
"What drives us isn’t offering products at the lowest cost. We have never, and will never, win on price. And we don’t want to, thank you very much. That’s a race to the bottom that offers no prize.
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What does drive us continues to be that customer who comes through the door in search of answers for her aching feet; the customer who comes to us looking for help in setting a new personal record; or the customer who shows up on a cold Tuesday night to his training program, ready to run a mile without stopping for the first time in his life.
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It’s those moments, when our expertise, our passion, and our conviction that running is the foundation of a healthy and happy lifestyle create an in-person experience that isn’t transactional, it’s transcendental. It is, and can be, a life-changing experience.
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f you look hard enough, you will always find something cheaper. But I'll gladly pay extra for excellent customer service and human interaction. It’s what I genuinely believe, and it’s a bet I continue to make when it comes to what our customers believe, too.
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They come to us for inspiration, information, and yes, insight, that can’t be accessed online. As long as we provide that insight and that transcendental experience, we’ll outlast any sale every time."
A gestão da Tavares tentou iludir o Evangelho do Valor.
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No meu caso particular, em 2010, eu não ia à procura do preço mais baixo. Tive o produto, tive o serviço e tive o melhor preço!!!

Plataformas e interacção

Para alguém que junta o conceito de Mongo, o conceito de interacção para a co-criação de valor (2012), e previu as plataformas cooperativas antes de estas serem moda, (20152015), como não apreciar "Why A New Generation Of On-Demand Businesses Rejected The Uber Model":
"While those "Uber for X" startups seek to distance themselves from the driving, cleaning, and delivering they facilitate, instead functioning only as a technology  layer on top of other businesses, Slate fully believes that it is a cleaning and laundry company. "We’re not techies,"
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"There is no doubt to us that if we want to be successful, and if we want to be in the cleaning of clothes business, then we have to own that business," he says. "It’s very difficult to get the kind of consistent quality that you need to provide to keep customers without doing it yourself."[Moi ici: Mais do que "own that business" para mim é o own the interaction step, own the contact step, own the connection step, own the co-criation step, own the bond step]
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While the first generation of "on-demand" companies had a business model similar to the one made famous by Uber, many new service-sector startups are instead launching, or pivoting toward, a philosophy more aligned with Slate.
These entrepreneurs are not launching technology companies or even "on demand" companies. They are instead starting child-care companies, retail stores, restaurants, and laundry services that use mobile technology not only for delivery, but as a way to be more efficient at every step of their operations.
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"There are a lot of companies that can do delivery, but there’s not a lot of value-add. It’s just logistics. What we’re adding is a human connection. That’s really hard to do. That’s the missing link in a digital world.""
Como escreve Geoff Colvin em "Humans are Underrated":
"The most valuable people are increasingly relationship workers"
E a sua PME, ainda que não esteja no mundo da tecnologia (e devia pensar seriamente nisso, lembre-se do "é meter código nisso") o que é que faz pela interacção?

Quando o "mainstream" vem ter connosco (parte II)

Parte I.
"The underlying premise of any organization is to create value. Historically, firms have done so through engineering ever greater efficiency. By honing internal processes, optimizing the supply chain and reducing product inventories, managers could improve margins and create a sustainable competitive advantage.
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That’s created a bias for simple, linear thinking. Adding extra variables to any process is bound to increase errors and diminish quality, so generations of managers have been trained to wring complexity out of the system in order to create streamlined operations. “Keep it simple, stupid” has become a common corporate mantra.
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Yet in today’s networked marketplace, agility trumps efficiency.
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managers need to embrace complexity. Not because it will make their enterprise more efficient - it won’t - but because that’s what will allow them to create maximum value in an increasingly complex marketplace."
Trechos retirados de "The One Big Reason Every Business Needs To Embrace Complexity"

BTW acerca disto:
"The underlying premise of any organization is to create value.[Moi ici: As organizações criam recursos que podem ser usados pelos clientes para eles criarem valor, as organizações podem, quando muito, co-criar valor em interacção com os clientes. Recordar o caso das "Águas de Monchique"]
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Innovation has become the primary driver of value".[Moi ici: Acredito que o "primary driver of value" é a interacção entre a organização e um cliente individual]

quarta-feira, abril 06, 2016

Curiosidade do dia

De ontem.
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Entretanto, "Portugal coloca 1,5 mil milhões a juros mais elevados".
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Entretanto, ""Portugal teve a pior troca de governo de sempre. Mas pouco importa"":
"Se Portugal tiver sorte terá um crescimento de 1% este ano, não de quase 2%."

Quando o anónimo da província mergulha nos números

Quando o anónimo da província mergulha nos números... surpreende-se sempre:
"No que respeita ao efectivo leiteiro, registou-se uma descida considerável, com o desaparecimento de 22% das vacas e de cerca de 68% das explorações, a nível nacional. O efectivo leiteiro apresentou uma redução em todas as regiões, com excepção do Alentejo. Nas principais regiões produtoras, o número de vacas leiteiras apresentou quebras de 45% na Beira Litoral, 19% no Entre Douro e Minho e 6% nos Açores.
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O número de explorações leiteiras registou um decréscimo bem mais acentuado, particularmente nestas duas regiões do Continente (-74%), enquanto nos Açores diminuiu 36%, em relação a 1999. No entanto, a produção de leite nos últimos dez anos manteve-se estável, resultado do aumento de produtividade do sector, em grande parte devido ao investimento em tecnologia e ao melhoramento genético do efectivo leiteiro.
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Apesar da acentuada tendência para a concentração, traduzida no aumento do número de bovinos por exploração, que mais do que duplicou, passando de
13,8 cabeças em 1999 para 28,6 cabeças em 2009, e desta evolução ser ainda mais evidente nas explorações leiteiras (de 10,8 para 26,7 cabeças/exploração), continuam a existir muitas explorações pecuárias de reduzida dimensão. Cerca de 31% das explorações têm 1 ou 2 cabeças e cerca de 62% possuem menos de 10 bovinos. No entanto, é de notar o aumento do número de explorações com 50 ou mais bovinos, que constituindo apenas 14% das explorações com bovinos, concentram 74 % do efectivo total."
Era muito interessante ter uma distribuição dos preços por kg de leite nas instalações até 10 cabeças versus nas instalações com mais de 50 cabeças. Também seria interessante uma distribuição dos custos por kg de leite em cada um dos tipos de explorações.
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É extraordinário que em 2009 cerca de 30% das explorações leiteiras em Portugal tivessem só uma ou duas cabeças... como é possível!?!?!?
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Explorações com menos de 10 cabeças podem ser rentáveis, não podem é seguir o mesmo modelo de negócio das que praticam a produção à escala industrial. Quem é que a APROLEP defende, os pequenos ou os grandes?
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Ás vezes desconfio que esta preocupação com o fim das quotas não tem tanto a ver com os preços mas com o fim do regime de "trespasse" que as quotas representavam para quem queria sair. Afinal houve assim tanto sangue e manifestações de estrada apesar daquela quebra de quase 70% no número de explorações leiteiras entre 1999 e 2009?
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Trechos e imagens retiradas de INE- Recenseamento Agrícola de 2009.

Como a conspiração da realidade actual funciona

Aquela fase trabalhosa, mas deliciosa, de um projecto balanced scorecard, em que se começa a responder ao "o que é que vamos começar a fazer na próxima 2ª feira?"
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Disto:

Passou-se a isto:

Que fez emergir isto:

Que mostra como a conspiração da realidade actual funciona para criar o desempenho actual de forma perfeitamente normal.
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3 ciclos que se auto-reforçam num efeito tipo-avalanche e que ilustram o perigo de abordar os problemas com uma visão linear e muito local, aquinda que bem intencionada. Sempre que as boas intenções chocam com um sistema, o sistema ganha!
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A única hipótese de ter sucesso é perceber qual é o sistema e partir estes ciclos que o compõem.
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E como a base são relações de causa-efeito que violam as promessas do mapa da estratégia ... vamos actuar sobre o que nos está a impedir de estar já hoje no futuro desejado!
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Recordar, sobre a construção de Strategic Current Reality Trees:



Agricultura, decomoditização e código nisso

Para mim é tão claro!
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Os que estão mergulhados numa espiral de definhamento, os que estão prisioneiros da "race-to-the-bottom", muitas vezes não percebem que o negócio do preço não é para quem quer, é para quem pode:
"Nos 10 anos em análise [1999-2009] verificou-se um decréscimo acentuado do número de explorações com bovinos (-51%), enquanto o efectivo, pelo contrário, registou um ligeiro acréscimo (+1%), o que se traduziu no referido aumento do dimensionamento médio do efectivo por exploração."(fonte: INE, Recenseamento Agrícola 2009)
Encadeados pelo foco desse modelo, tudo é feito para reduzir os custos, inclusivé este tipo de proposta é lançada:
"a reutilização das proteínas animais nas rações"
 O que gerará a dúvida e o medo, depois, da crise das vacas loucas, dos nitrofuranos, da carne de cavalo, de ...
"Cada vez mais compradores especializados vão querer garantias de que o fornecedor não faz batota. E mesmo que as proteínas animais voltem às rações, será que os consumidores vão estar dispostos a consumi-las?"
A alternativa é mudar de modelo mental e apostar na decomoditização com a carta da proximidade e autenticidade.
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E numa espécie de bailado, esta necessidade crescente de autenticidade alimenta, e ao mesmo tempo é alimentada pela tecnologia...
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Sim, o "é meter código nisso", a internet das coisas, e a internet de x... para mim, com formação química, acho delicioso este pormenor digno da Star Trek:
"there will soon be a way to authenticate your artisanal olive oil before you buy it. Thanks to interconnected mobile phones, cameras, sensors, and spectrometers, you will soon be able to analyze virtually anything in the physical world. Forget the internet of things. This is the "internet of X."
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The Israeli startup Consumer Physics has built an internet of ingestibles, using handheld molecular sensors embedded with a tiny spectrometer. Point one at an object, like a watermelon, and it breaks the light being reflected into a spectrum to show the object's chemical fingerprint. That information is then compared with a database of foodstuffs. Scan and search, the company says, to see if a watermelon has reached peak sweetness, or whether your medicine is real or counterfeit."
Pois:
"Besides unlocking information, the internet of X will create new demand for transparency. Imagine if every food had its own digital nutrition label that could be scanned to display its exact ingredients and nutrients. If I were a crooked "olive oil" peddler, I'd start worrying."
Quem estiver a descer o "escorrega" dos custos dificilmente poderá apanhar esta onda de valor acrescentado e, de nada valerá ser legal o que conta é a vontade dos consumidores.

Trechos retirados "Soon No One Will Sell Fake Products. Here's Why"

Quando o "mainstream" vem ter connosco (parte I)

Vivo aqueles dias em que o que escrevia aqui e era novidade, e era quasi-blasfémia para as mentes formatadas no Normalistão, está prestes a tornar-se mainstream. Pelo menos lá fora, por cá os cemitérios terão de recolher ainda muitos guardiões do eficientismo e da tríade encalhada no século XX.
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Uma sensação estranha para quem gosta de ser contrarian.
"Nor is leadership performing in that other sense, the sense of being “a high performer.” And yet too often we look for leaders among the profit maximizers and goal attainers. But a leader’s fundamental role isn’t merely to perform the same tasks as yesterday, just more efficiently; it is to redefine the idea of performance entirely.
...
Leadership is in an uncertain place. We long desperately for better leaders. But perhaps it is precisely our longing that’s the problem. We’re waiting for a rescue at the cost of our own redemption. Because it’s easier to complain about the leaders we have than to try to do better. After all, it’s a pretty hard job."
Trechos retirados de "Are You a Leader, or Just Pretending to Be One?"

terça-feira, abril 05, 2016

Curiosidade do dia

O dia começou com esta curiosa aceleração, continuou com estas notícias e acaba com esta previsão.


Um canário na mina.

Há dias usei esta figura:

A metáfora do canário na mina, o primeiro a morrer e a dar sinal de que algo está a acontecer.
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Há dias nesta "Curiosidade do dia" dei o exemplo da evolução do desemprego e do emprego na agricultura, um sector que está a demonstrar um forte dinamismo traduzido num forte crescimento das exportações e das produções.
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Entre 2013 e 2015 desapareceram 98,7 mil empregos enquanto que ao mesmo tempo o desemprego tinha esta evolução:
"passou de 18,8 mil no 4º trimestre de 2013 para 14,0 mil no 4º trimestre de 2015."
Entretanto, ontem descobri um gráfico interessante acerca da demografia na agricultura portuguesa:
(Imagem retirada de "Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2013" do INE)
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BTW, a idade média em Portugal em 2014 era de 43,1 anos e suspeito, ao olhar para o gráfico, que entre 1960 e 2014 foi em Portugal que a idade média mais cresceu.
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Mais tarde ou mais cedo aquilo que se está a sentir já na agricultura será sentido nos outros sectores, a saída de muita gente, muita gente mesmo, para a reforma.




Muito mais do que água

Já no ano passado tinha escrito sobre ela.
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Entretanto, na última sexta-feira, vi uma garrafa de água de litro e meio da marca "Águas de Monchique" em cima de uma mesa de trabalho numa PME e perguntei:
- De quem é essa garrafa?
- É minha - respondeu a responsável da Qualidade!
- Por que é que escolhe essa marca? - perguntei.
- Por causa do pH alcalino!!!
Depois, ao final da tarde fui com a minha mulher ao Intermarché de Estarreja e juro, a certa altura ela pediu-me para ... ir buscar um garrafão de 5 litros de ... já sabem, "Águas de Monchique" (foi ela que no ano passado me alertou para o atributo do pH alcalino).
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Então, em frente às prateleiras comparei os preços:

  • na prateleira de cima os garrafões de 5 litros da "Águas de Monchique" a 0,95 €;
  • na prateleira do meio os garrafões de 5,5 litros da "Águas de Carvalhelhos" a 0,75 €;
  • na prateleira de baixo os garrafões de 5 litros da "Top Budget" (não posso jurar que era esta a marca) a 0,55 €;
Afinal a "Águas de Monchique" sabe que tem um tesouro nas mãos!!!
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"De acordo com o responsável, a empresa tem necessidade de aumentar a produção para responder à procura dos mercados.
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O mercado asiático é o de maior exportação, nomeadamente para a China, Hong Kong, Singapura e Macau, que importam cerca de 30% do volume de produção da água algarvia. Nestas áreas, “as vendas têm aumentado substancialmente”. [Moi ici: Presumo que tenham uma margem muito boa]
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O responsável acrescentou que a marca Monchique aumentou também em cerca de 60% a sua presença no mercado nacional, apontando o crescimento de “clientes fiéis que conhecem os benefícios que a água tem na saúde"."
Quem compra "Águas de Monchique" não compra água, para isso tem a água engarrafada a metade do preço ou a água corrente da torneira. Quem compra "Águas de Monchique" sabe qual o efeito do pH alcalino, valoriza esse efeito na saúde e está disposto a pagar por esse efeito. A água é um recurso processado pelo cliente e é ele que sente, que experiencia o valor na sua vida.
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Quem não conhece o papel do pH alcalino não consegue, com a mesma água, sentir mais valor na sua vida, logo, não está disposto a pagar mais.
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Como é que a "Águas de Monchique" pode co-criar valor? Apostando na divulgação da mais valia do pH alcalino. O truque não é, neste caso, mudar o produto mas mudar o cliente, prometer-lhe uma transformação que ele ainda não sabe que precisa.


Onde o código pode chegar

Embora a opção seguida pelos empreendedores não tenha sido essa, o texto chamou-me logo a atenção para a integração do "é meter código nisso" até nos tampões:
"the “smart tampon,” outfitted with chips and transmitters"

Trecho retirado de "The Tampon of the Future"
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BTW, importante este ponto:
"People who suffer from a problem are uniquely equipped to solve it. “What we find is that functionally novel innovations — those for which a market is not yet defined — tend to come from users,”
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“The reason users are so inventive is twofold. One is that they know the needs firsthand,” he said. The other is that they have skin in the game."

"Acelerou"

A propósito de "Montepio: Crescimento do PIB acelerou no primeiro trimestre" como não recordar "Costa invade Twitter e Facebook" ao ler:
"A economia portuguesa terá crescido entre 0,4% e 0,6% no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma aceleração face ao verificado nos três meses anteriores (crescimento em cadeia de 0,2%)"
Agora reparem no título: "acelerou".
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Voemos até 2015 e vejamos o que é que o mesmo jornal dizia acerca do PIB do 1º trimestre de 2015, "INE revê em alta crescimento no primeiro trimestre para máximo desde 2010":
"O PIB cresceu 1,5% no primeiro trimestre face ao mesmo período de 2014, uma revisão em alta de uma décima face à primeira leitura do INE. Trata-se do maior crescimento homólogo desde o terceiro trimestre de 2010.
A economia portuguesa cresceu 1,5% no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo e 0,4% face aos três meses anteriores,"
Acelerou... OK!
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De aceleração em aceleração, até que crescimento? KO!

segunda-feira, abril 04, 2016

Curiosidade do dia



Já oiço os incumbentes do sector de transportes de pessoas a protestar e a exigir apoios, subsídios e a levantar perigos para a saúde provocados pela holoportação

NPE tv online


Convido-os a visitarem este projecto a dar os primeiros passos. Emissão em contínuo aqui.
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Aceitam-se sugestões e críticas.

Alterar o modelo

Já escrevi aqui mais do que uma vez, os agricultores têm de deixar de se ver como os responsáveis por alimentar o mundo, têm sim de se ver como responsáveis pela alimentação dos seus clientes.
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E quem são os seus clientes?
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Para muitos, serão a comunidade onde se inserem:
"calling on farmers to fight industry decline by going back to their roots, and reconnecting with their local communities.
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To save Fordhall Farm, the pair launched a scheme believed to be the first of its kind in England: issuing shares and putting their farm under the ownership of a community farm land trust, controlled by local people and preserved for future generations.
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These shareholders are now brand ambassadors and loyal customers of the farm, which sells its produce via the farm shop and online.
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She is calling on smallholders to copy the Fordhall model and work with local customers. “The British public wants to pay a fair price. They want farmers to make a decent living. The moment farmers cut out the middle men, they can reclaim their livelihoods,” she said.
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“People are more and more aware of where their food comes from. It’s the perfect time for community businesses to be born and farmers to take power back into their own hands.”"

Trechos retirados de "Fordhall Farm pioneers call on fellow farmers to rebuild ties with local community"

O papel da arte!

Sábado, ao ouvir o deputado Pedro Duarte a pedir mais uma revolução no Ensino, desta feita para apostar e quatro vectores: ciência; engenharia; tecnologia e economia, escrevi no Twitter:
É preciso não conhecer a biografia de Jobs, ou os textos de Hilary Austen, ou o futuro de Mongo para esquecer o papel da arte.
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Sem arte como é que a Bang & Olufsen teria o sucesso que teve?
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Sem arte como haveria concorrência imperfeita?
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Esquecer a arte é continuar a pensar que o valor resulta de um cálculo e não de um sentimento. Por tudo isto, recomendo a leitura deste texto "Hedi Slimane: The Steve Jobs of Fashion":
"Like many industries, Big Fashion companies keep acquiring tiny, money-losing, buzz-worthy brands… that never quite go mainstream. They die silently and perhaps mercifully. But the real question is: why is this a pattern, when it’s both predictable and pointless? Because the fashion industry is making stuff for critics. Like many industries, from tech to media to sports, it’s trying to please them, win them over, even pander to them. But the critics aren’t the people who are buying the stuff. Result: shapeless, gigantic, genderless clothes that critics love… but that are driving the business of fashion to stagnation. They’re out of touch with what people actually want, love, hunger for.
...
He also, importantly, made clothes people actually wanted to wear, and that looked better up-close in stores than they did on the runway. The fashion world was shocked.
...
But collection by collection, he built a devoted cult of fans precisely because he was ahead of even the critics. The self-referential game of pleasing critics might feel good — but it doesn’t necessarily build a business.
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To do that, you have to make products people truly desire. It’s a dirty word in boardrooms, desire. We’re more comfortable with calculative, rational expressions of wants. We can put them in spreadsheets and crunch and process those. There’s just one tiny problem. So can consumers. You don’t pay royally for stuff that you’re running a calculation in the back of your mind about. You pay royally for stuff that enchants, hypnotizes, and entrances you. Stuff you love. Stuff that we love — whether that “stuff” is people or clothes or phones, to be crude — suspends the rational bits of us. It intoxicates us and leaves us giddy. We say to ourselves, “Of course it’s too expensive… but I don’t care. I have to have it.” [Moi ici: Excelente!!! Isto é Mongo! Isto é a concorrência imperfeita! Isto é arte!]
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At the core of this financial success is real artistry.
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Clusters like Brooklyn and Detroit are putting artistry and craft back into products from chocolate to coffee to furniture today. But the harsh truth is that Big Corporations see artisanship as marketing. They try to brand it, tricking people into thinking there’s artistry in things – Tesco’s “fictional farms” marketing ploy is a recent example — not really practicing itor investing in it. They should take a lesson from Slimane and actually do it.[Moi ici: A importância da autenticidade]
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That’s how you get out of the trap of simply riding trends and cashing in on them: ignoring critics, breaking rules, making things people truly desire, and making them with real artistry. It takes a rare combination of personal genius and organizational risk – which is perhaps why we don’t see that many Slimanes out there. Still, we can always hope for more."

Dois pormaiores

Ontem, via Twitter, seguindo uma indicação do @nticomuna cheguei a este texto "Le Mittelstand allemand fascine les dirigeants français".
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Como não recordar o nosso "somos todos alemães" (aqui, o original de 2009).
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Adiante. Queria chamar a atenção para um pormaior tão destratado no nosso país:
"Familiales, non cotées en Bourse, ancrées dans les territoires, elles croissent de façon endogène se finançant au rythme de leurs profits."
Outro pormaior, claro para quem percebe que compete pelo aumento do preço unitário em vez de pela redução do custo unitário, é:
"Autre trait commun de ces groupes familiaux, le patron se comporte davantage en entrepreneur qu’en investisseur. Il a l’obsession de la transmission, pas des dividendes, et développe l’entreprise dans la durée, en investissant massivement dans l’innovation. Accessoirement, le personnel n’est pas un coût à réduire constamment."
Tão diferente da obsessão dos encalhados no Normalistão do século XX e os seus "91 more Oreo bakery workers receive layoff notices"

domingo, abril 03, 2016

Curiosidade do dia

Recordar "Uma visão sensata"

Títulos

"FMI ameaça cortar crescimento potencial de Portugal para 1% ou menos"

O FMI é que ameaça?
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O FMI é que manda no crescimento de um qualquer país?
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Quem faz estes títulos?
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Qual o propósito de quem faz estes títulos?

Não é fácil!


Para quem está preso à cabotagem, para os Pigarros deste mundo com o seu queijo garantido isto não é fácil.

Gráficos e desemprego

A propósito de regras básicas de apresentação de informação em forma gráfica; quando apresentar dados com um diagrama de barras:
Apresentar sempre o eixo das ordenadas a começar pelo zero.
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Desconfie sempre de gráficos de barras que não começam no zero. Compare:
Claro que com o primeiro gráfico a recta que une as barras e que ilustra a baixa do desemprego com base nos números do INE tem um declive muito mais acentuado que a recta que se pode fazer com os dois gráficos inferiores da segunda figura e isso não é cool para quem está do lado da situação.
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Recordar:

Imagem retirada daqui.
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BTW, tem o seu quê de caricato, quando o fenómeno desemprego é medido pelo INE, uns escrevem no Twitter:
  • o desemprego baixou!
Quando o mesmo fenómeno desemprego é medido pelo IEFP, os mesmos escrevem no Twitter:
  • "o desemprego sobe desde o verão, qd esgotaram verbas para políticas activas de emprego" 
Go figure!



"mesmo sem ter nada a ver com tecnologia"

"Hackathons Aren’t Just for Coders" pois não, até poderiam ser úteis na sua PME, mesmo sem ter nada a ver com tecnologia.
"Hackathons are no longer just for coders. Companies far outside the tech world are using these intense brainstorming and development sessions to stir up new ideas on everything from culture change to supply chain management.
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At their best, hackathons create a structure and process around idea development. Sure, breaking out of the day-to-day routine can reinvigorate and inspire staff, but hackathons also demonstrate to employees that innovation is not only welcomed but also expected. Well-run hackathons lead to concrete ideas for new products and processes that can improve the customer experience and increase growth."
O facto de no fim as equipas terem de apresentar uma proposta... não chega mandar bocas e voltar ao ramram.

sábado, abril 02, 2016

Curiosidade do dia

Só com o efeito da demografia, os EUA tiveram esta "onda" de compra de 4 milhões de veículos em 2015.
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No Japão, a mesma evolução demográfica rouba procura agregada todos os dias. Entre 2010 e 2015 o país perdeu quase 1 milhão de habitantes. Em 2010 quase 25% da população tinha mais de 65 anos (mais de 3,5% tinha mais de 85 anos).
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É esquisito um governo querer criar crescimento estatístico quando existe esta realidade demográfica, ver "Can anything rescue Japan from the abyss?".
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BTW, o @nticomuna alertou-me para este tema "Why Japan’s Elderly Are Committing Crimes to ‘Break Into Prison’".
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Também veremos este cenário por cá dentro de 10/15 anos quando se começarem a reformar as pessoas que só vão receber 15/20% do que recebiam quando deixaram de trabalhar.

Decoupling

Ontem, no noticiário das 19h da Renascença ouvi uma versão longa desta conversa "Suinicultores pedem “solidariedade” e querem fim de embargo à Rússia".
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Agora a sério, muito a sério, não há ninguém que pense posicionamento e estratégia do lado da suinicultura?
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Olhando para estes números percebe-se que a carne de porco fresca e refrigerada importada é paga a um preço superior ao da carne de porco fresca e refrigerada que exportamos. A mim, isto diz-me que o problema dos produtores nacionais não é o custo, é outra coisa qualquer mas não é o custo.
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Voltando ao texto da Renascença, uma parte da conversa que ouvi foi dedicada a aprofundar este tema no texto:
"a reutilização das proteínas animais nas rações"
Depois, da crise das vacas loucas, dos nitrofuranos, da carne de cavalo, de ... a tendência é para a autenticidade e transparência, não para o retorno ao passado.
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Quem está no modelo da competição pelo preço entra facilmente nesta espiral de redução de custos a todo o custo.
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Consequência? Cada vez mais compradores especializados vão querer garantias de que o fornecedor não faz batota. E mesmo que as proteínas animais voltem às rações, será que os consumidores vão estar dispostos a consumi-las?
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Julgo que há aqui um decoupling entre o rumo da transparência e autenticidade na alimentação e o dos manifestantes mediáticos... talvez por isso recorram à rua.

Quando os ecossistemas encontram o "é meter código nisso"

"The Internet of Things is a good example of this change. Every industry, no matter how traditional — agriculture, automotive, aviation, energy — is being upended by the addition of sensors, internet connectivity, and software. Success in this environment will depend on more than just creating better digital-enabled products; it will depend on building ecosystem-level strategies that encompass the many moving pieces that come together to create the new value proposition.
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Understanding and deciphering ecosystem-level disruption will be the key for executives in the coming decade.
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The first step to taking an ecosystem perspective is to distinguish between situations where your ability to create value depends mostly on your own execution (product-based world) and situations where your value creation is critically impacted by the activities of other firms and technologies (ecosystem world). If you are competing in an ecosystem world, you must pay as much attention to the progress of co-innovators as to your own innovation efforts. This means recognizing when their slow development will act as a bottleneck to your own growth and when their accelerating development can fuel the growth of substitutes."
Um excelente texto, "Many Companies Still Don’t Know How to Compete in the Digital Age", para ler mais do que uma vez e ficar a ruminar nas ligações à série "É meter código nisso"

O ponto de partida afecta a forma de ver o mundo (parte II)

Parte I e tendo em conta também "Um templo de experiências".
"she decided, was starting an online market stocked with artisan works made by survivors of war, genocide, human trafficking and other abuses. The site To the Market would put much-needed money into their hands.
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Each handmade piece on the site has a powerful back story,
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But in cyberspace, goods can’t be touched. So Ms. Morris, ... turned to pop-up stores as a way to sell the jewelry, handbags and other items that carry these powerful stories.
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Entrepreneurs like Ms. Morris are helping revitalize pop-up stores, a decades-old retail concept. More party than hard sell, this new breed of pop-ups is becoming increasingly innovative and fun — far more than the seasonal pop-ups that once prevailed. And they are also increasingly profitable, experts say, since consumers crave these new experiences.
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For their part, consumers can meet the designers and touch and feel their works, which cannot be done online. In the process, brands can be built more quickly, sales can be increased and new products can be tested.
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“Pop-up stores are a tremendous format,” ... “They are exponential ways to build a brand.”
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These stores, and e-commerce, are putting big dents in older retail chains"
O poder da experiência. Por que é que as lojas não investem mais nisto?


"Jongleurs" - Precisam-se (parte II)

Parte I, "5 empresas numa" e "Jongleurs: será mesmo assim?"
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Isto a propósito de "Great Innovators Create the Future, Manage the Present, and Selectively Forget the Past".
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Quero salientar esta perspectiva:
"the challenge goes beyond being ambidextrous enough to manage today’s business while creating tomorrow’s. There is a third, and even more intractable, problem: letting go of yesterday’s values and beliefs that keep the company stuck in the past.
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the future is not located on some far-off horizon, and you cannot postpone the work of building it until tomorrow. To get to the future, you must build it day by day. That means being able to selectively set aside certain beliefs, assumptions, and practices created in and by the past that would otherwise become a rock wall between your business of today and its future potential.
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Even as old ideas and practices choke off the new future they’re trying to create, organizations find it very difficult to overcome the power of the past."
A capacidade para atirar fora a parte do passado que não nos deixa subir para o futuro é crucial

sexta-feira, abril 01, 2016

Curiosidade do dia

A realidade é tramada:

BTW, ler "Dinheiro não é capital" com uma ressalva: 
"A taxa de poupança das famílias portuguesas, que no final do ano passado estava em 4,1%, situa-se no registo mais baixo da nossa história, e um dos valores mínimos da União Europeia; cerca de um terço dos países com os quais gostamos de nos comparar."
Isto acontece porque as famílias estão a desalavancar.

BTW2, ler "Dívida da Ongoing supera 1,2 mil milhões de euros":
"Lista provisória de credores revela que o grupo de Nuno Vasconcellos deve mais de 972 milhões de euros só à banca. Novo Banco (493,5 milhões) e BCP (282,2 milhões) são os principais credores no PER da Ongoing Strategy Investments. Total de créditos reclamados supera os 1,2 mil milhões de euros"
Se todos os bancos fossem espanhóis como é que as elites terão dinheiro fácil?

A sua empresa quer aprender? (parte II)

Parte I.
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Como é que se tomam as decisões na sua empresa?
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As decisões são tomadas baseadas em factos?
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A propósito de "Escolas com altas taxas de ‘chumbos’ ou abandono precoce têm prioridade na redução de alunos" para que serve a medida, qual o seu propósito?
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Melhorar o desempenho dos alunos ou arranjar mais emprego para professores?
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Estes trechos são interessantes:
"Virtually everywhere in the world, parents and policymakers take it for granted that smaller classes are better classes.
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When the governor of California announced sweeping plans to reduce the size of his state’s classes, his popularity doubled within three weeks.
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To this day, 77 percent of Americans think that it makes more sense to use taxpayer money to lower class sizes than to raise teachers’ salaries. Do you know how few things 77 percent of Americans agree on?
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In 2001, there were twenty-three fifth graders. The next year there were ten! Between 2001 and 2002, everything else in that school remained the same. It had the same teachers, the same principal, the same textbooks. It was in the same building in the same town. The local economy and the local population were virtually identical. The only thing that changed was the number of students in fifth grade. If the students in the year with a larger enrollment did better than the students in the year with a smaller one, then we can be pretty sure that it was because of the size of the class, right? This is what is called a “natural experiment.” Sometimes scientists set up formal experiments to try and test hypotheses. But on rare occasions the real world provides a natural way of testing the same theory—and natural experiments have many advantages over formal experiments. So what happens if you use the natural experiment of Connecticut—and compare the year-to-year results of every child who happens to have been in a small class with the results of those who happened to have come along in years with lots of kids? The economist Caroline Hoxby has done just that, looking at every elementary school in the state of Connecticut, and here’s what she found: Nothing! ...
This is just one study, of course. But the picture doesn’t get any clearer if you look at all the studies of class size—and there have been hundreds done over the years. Fifteen percent find statistically significant evidence that students do better in smaller classes. Roughly the same number find that students do worse in smaller classes. Twenty percent are like Hoxby’s and find no effect at all—and the balance find a little bit of evidence in either direction that isn’t strong enough to draw any real conclusions.
...
After sorting through thousands of pages of data on student performance from eighteen separate countries, the economists concluded that there were only two places in the world—Greece and Iceland—where there were “nontrivial beneficial effects of reduced class sizes.” Greece and Iceland? The push to lower class sizes in the United States resulted in something like a quarter million new teachers being hired between 1996 and 2004. Over that same period, per-pupil spending in the United States soared 21 percent—with nearly all of those many tens of billions of new dollars spent on hiring those extra teachers. It’s safe to say that there isn’t a single profession in the world that has increased its numbers over the past two decades by as much or as quickly or at such expense as teaching has.
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What if the relationship between the number of children in a classroom and academic performance is not this:
...
What if it’s this?
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a smaller classroom translates to a better outcome only if teachers change their teaching style when given a lower workload. And what the evidence suggests is that in this midrange, teachers don’t necessarily do that. They just work less. This is only human nature.
...
The small class is, in other words, potentially as difficult for a teacher to manage as the very large class. In one case, the problem is the number of potential interactions to manage. In the other case, it is the intensity of the potential interactions. As another teacher memorably put it, when a class gets too small, the students start acting “like siblings in the backseat of a car. There is simply no way for the cantankerous kids to get away from one another.”"
Trechos retirados de "David & Goliath" de Malcolm Gladwell

A fuga em frente?

A propósito deste estudo de caso "Case Study: Which Customers Should This Restaurant Listen To?" a minha preocupação é prévia à decisão de alargar o leque da oferta ou não.
"we’ve hit a dead end with geographic expansion. That’s fine. We can focus on the existing restaurants for now.”
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“Yes, but turnover has been flat for the past few months, and we seem to be losing market share to Tikka House and to western competitors like KFC. Of course, we still have loyal customers who love us for the familiarity, but we don’t seem to be winning new ones. The excitement isn’t there anymore. That’s why Arundhati and I think we need to start expanding in other ways.”"
Eu é que sou antiquado, aviso. Porque, por mim, antes de pensar em crescer gostaria de perceber porque estou a perder quota de mercado. Crescer para anular esse efeito é fugir a perceber o que se está a passar, é a fuga em frente. É, eventualmente, alimentar e acumular/ampliar um problema actual.

Portugal continua a fazer bem

Um título, "Exportação de vinho português sobe 25% em seis anos", que vem recordar o "Não nos interessa exportar mais volume, interessa-nos exportar mais valor" e o "Portugal faz bem":
"As exportações de vinho produzido em Portugal cresceram 2% no ano passado em relação a 2014, ao alcançarem 740 milhões de euros. Este montante de vendas para os mercados externos representa um crescimento 25% face a 2009.
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A grande maioria das vendas internacionais corresponde a vinhos de origem.
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De assinalar ainda que o reforço das exportações de vinho nacional tem sido acompanhado por uma subida, embora ainda tímida, do número de empresas e respectivos trabalhadores.
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O sector é constituído sobretudo por operadores de reduzida dimensão. O número médio de trabalhadores por empresa é inferior a dez. “Só 25 empresas empregam mais de 50 trabalhadores”,"

A propósito de estereótipos e interpretações simplistas

A propósito de estereótipos e interpretações simplistas este texto, "The UK could learn a lot from Germany’s long-term industrial strategy", é difícil de bater:
"Not everything in Germany is wonderful. Export growth in recent years has been based on a decade-long suppression of wages, which has meant the benefits of growth have gone to the owners of companies rather than the people who work for them. [Moi ici: O que é que isto quer dizer? Será que os produtos que os alemães produziam no início da década são os mesmos que produzem no final da década? Pelo texto, parece que sim. Pelo texto, os produtos alemães são os mesmos, como os salários não mexeram, as mais-valias foram para os patrões!!! Come on! Podiam aprender com o exemplo do calçado português, o tal que deixou de se vender a 20€ e passou a vender-se a 230€. Os produtos vendidos pelos alemães, no princípio e no fim da década não são os mesmos.]
...
These companies [German] thrived in the decades immediately after 1945, when the economy boomed as a result of the need to rebuild a war-ravaged country. Whereas UK companies were often hindered by an overvalued pound, the mark was undervalued, making German exports extremely competitive in world markets. [Moi ici: Como se as empresas alemãs estejam habituadas a competir com base em moeda fraca. Como se as empresas inglesas não estivessem protegidas por barreiras alfandegárias logo a seguir à II Guerra Mundial.]
Sinal de que não percebem o sucesso alemão.

quinta-feira, março 31, 2016

Curiosidade do dia

"Outra questão apontada pelos produtores é a da fiscalização dos laticínios importados.
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"Lobato deixou ainda um pedido aos consumidores, mas também às grandes superfícies "para que tenham sentido nacional e para que tenham iniciativa no sentido de trabalhar com a produção nacional".
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Apelo às entidades para que façam uma fiscalização em relação à qualidade do produto, mas também ao preço praticado nos hipermercados porque há os que conseguem vender o leite a preço mais baixo do que aquele a que nos compram", explicou."
Interessante aquele trecho sublinhado!
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Quer isto dizer que a Associação Nacional de Produtores de Leite e de Carne acha bem que as exportações de leite sejam eliminadas como contrapartida pelo fim das importações de leite?
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Oh, wait! Como exportamos mais leite do que aquele que importamos o mercado ainda ficava pior!
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Recordar daqui:
"Esta gente da APROLEP sabe que há mais de 10 anos que se exporta mais leite do que aquele que se importa? Acaso querem proibir as importações e poderem continuar a exportar?" 
Quanto aos preços, que dizer? Recordar daqui:

Em suma, um folclore!
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Trechos retirados de "Produtores de leite e carne marcham em Braga a exigir retoma do sistema de quotas"

Cheira-me a tiro no pé (parte VIII)

Parte I, parte II, parte IIIparte IVparte Vparte VI e parte VII.
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Recomendo a leitura prévia da parte VII antes de avançar para "Prejuízo da Sport TV sobe 66 por cento".


Os campeões nacionais

"In the late 1990s Chinese premier Zhu Rongji presided over a radical dismantling of the moribund state-owned industrial sector, throwing 30m state workers out of their cradle-to-grave “iron rice bowl” jobs. In some industries, the state factories have been entirely replaced by private companies but in heavy industry the state groups that survived the 1990s were consolidated and flooded with cash to create national champions.
Those sectors are now once again burdened with debt, non-productive assets and extreme excess capacity and current premier Li Keqiang is evoking memories of the 1990s to tackle it. Removing some of that excess capacity raises the spectre of another wave of mass unemployment, but China’s much larger economy means the impact may not be as profound."
Trecho retirado de "China faces struggle to recast steel workers for service sector"

Testar como pioneiro

Excelente texto este, "Does Your Business Model Look to the Future or
Just Defend the Present?"
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Acerca dos que estão mais preocupados em defender o passado do que a abraçar o futuro:
"Established industries aren’t ripped apart overnight. That takes time, though when momentum builds, change happens fast. [Moi ici: Recordar o lago e os nenúfares. Foram 47 dias de pacatez e um de revolução] How can incumbents manage through the monumental changes currently under way? One answer is to take a cue from pivotal technology companies leading the change."
Recordar este "Para reflexão" antes de ler os trechos que se seguem:
"Many of the companies leading today’s technology-driven transformations across industries are leveraging transitional strategies, or more specifically transitional business platforms.
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Getting in the game helps define the game, but it’s essential to have some idea — even a vague one — of what the game might eventually be. For the next generation, that game will often be about pushing the production and provision of products and services ever closer to the moment of demand.
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Companies that focus on defending established business models will lose in the long run. Companies with foresight will pursue transitional models to be part of driving the change.
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To be clear, succeeding at transitional business platforms does not require predicting the future. Instead, a great transitional model is based on an accurate directional read of the future, providing flexibility and optionality as the future unfolds.
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[Moi ici: Recordar "será uma forma de aproveitar a ocasião para criar uma marca e fazer batota de-comoditizando um sector de actividade."] They build brand presence before markets have been clearly defined.
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Ultimately, all businesses are transitional — we just can’t predict precisely when or how. Businesses focused on optimizing what has worked for years at the expense of the future will create ever-greater risk for their owners, employees, and customers. Experiment with potential transitional models so that your company is ready when the time is right. You can’t lead the way if you’re waiting for someone else to take the lead."

Aumentar preços, em vez do choradinho

No JdN de ontem o artigo ""Professores" da SJ Têxteis ensinam a sobreviver no mercado do século XXI" ilustra bem o que defendemos há muitos anos no trabalho, e aqui no blogue, e que a associação do sector têxtil só recentemente descobriu:
""as empresas bem dimensionadas, que estão bem de vida, normalmente estão especializadas"[Moi ici: Uma alternativa de posicionamento, uma estratégia de diferenciação]
...
está agora na corrida ao mercado alemão. "Eles fugiram muito para o Oriente, o que não era muito comum. Os ingleses já foram há mais tempo e voltaram.[Moi ici: O regresso dos clientes, o reshoring]
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mostra as máquinas novas e também as antigas, que são necessárias, porque por vezes, os tecidos usados em outras décadas voltam a estar na moda e nem sempre as empresas estão equipadas para lidar com isso. [Moi ici: Outra alternativa de posicionamento, o serviço à medida. E o exemplo do denim]
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"Nos anos 90 fazíamos 80 ou 90 mil peças por mês com facturações como as que temos agora [com cerca de 60 mil peças]"[Moi ici: Como no calçado, produzir menos unidades e aumentar o preço médio por unidade mais de 40%.]
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Os empresários não estão disponíveis para baixar muito os preços, nem para entrar num segmento mais baixo. [Moi ici: Muito bem, parece que seguem o Evangelho do Valor] "Pode fazer-se muito bons negócios, baixando um bocado [o preço]. Mas vai criar uma falsa expectativa a uma marca que vai querer começar a baixar mais", referiu Manuel Sousa. O futuro está, pelo contrário, em vender mais caro
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Queremos diversificar para uma linha média/alta.
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O mercado asiático é o pior, claro, países como o Bangladesh e China. Foi preciso saltar do tipo de clientes que andavam à procura desse artigo para um género mais "premium" e que já não se importa de pagar melhor, além de estar mais perto.[Moi ici: Um marcador que usamos desde Julho de 2008, "proximidade"]
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Que vantagens têm face à vossa concorrência actualmente?
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Temos uma quantidade de coisas a nosso favor, que temos que aproveitar. Primeiro, estamos muito mais perto dos clientes. Somos muito mais fiáveis e entendemos o que o cliente pretende. É mais fácil negociar financeiramente connosco. No Oriente tudo o que se compra tem de se pagar à cabeça. Se há uma reclamação, um problema qualquer, nós entendemos. mandamos para trás e arranja-se de imediato. No Oriente já pagaram e não querem saber. Há muita coisa a nosso favor e nós temos que aproveitar isso." 
Além dos factores enumerados há que acrescentar o espírito dos empresários, daqueles que têm o locus de controlo no interior.

quarta-feira, março 30, 2016

Curiosidade do dia

A última festa já murchou!
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A próxima não sei se ainda vai arrancar "Banco de Portugal corta previsões de crescimento deste ano e do próximo".
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Estranho, na previsão do Banco de Portugal:
Quando, o INE relata já o deslumbramento do sector não-transaccionável com o que aí vem:
"O indicador de clima económico aumentou em fevereiro e março, após ter diminuído nos cinco meses anteriores. No mês de referência, os indicadores de confiança aumentaram na Construção e Obras Públicas, no Comércio e nos Serviços, tendo diminuído na Indústria Transformadora."




Outra receita perigosa

Eu só sou um anónimo engenheiro da província mas arrisco afirmar que a fusão de duas empresas doentes nunca, NUNCA, gera uma empresa saudável!
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A propósito deste peditório "“Com talento, é possível encontrar uma solução para BCP concorrer ao Novo Banco”"