quarta-feira, maio 24, 2023

Fora do mainstream

Este postal foi escrito antes de ter publicado Consultor de empresas versus consultor do governo. Por isso, alguns links são repetidos em dias seguidos.

Há vários anos li James March sobre exploitation versus exploration, (recordo de 2008, Jongleurs (parte II) ), sobre a necessidade das empresas serem ambidestras. Lidar bem com as duas caixas na base da figura:

Agora leiam um pouco do mainstream sobre os salários baixos. No Sábado passado no Dinheiro Vivo podia ler-se em "Um país viciado em salários baixos":
"posso também afirmar que o nosso país é viciado em salários baixos. [Moi ici: Acho a afirmação incorrecta e injusta. As empresas no terreno só fazem o que lhes permitem fazer, se não fazem mais é porque não são obrigadas a isso, se não fazem mais é porque não sabem] Estamos todos acomodados a níveis de remuneração ridículos face ao potencial de criação de riqueza: as empresas estão acomodadas, [Moi ici: As empresas, como os outros seres vivos, estão sujeitas às pressões evolutivas, um bailado entre os factores internos e externos. Recordo, a economia é uma continuação da biologia. Se as condições externas o permitirem, podemos encontrar "crocodilos" que já existiam antes dos dinossauros e ainda cá estão, se as condições externas o permitirem as empresas não sentem pressão para evoluir, praticam exploitation e nenhuma exploration.] o Estado idem aspas e os trabalhadores também.
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A verdade é que com o nível atual de criação de riqueza a margem para aumentar os salários é diminuta. 
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A solução não passa por aumentar salários à custa dos lucros de hoje - até porque ninguém nos garante que esses lucros se mantenham no futuro. O desafio passa por aumentar de forma sustentável a geração de riqueza, aproveitando todo o potencial que possuímos. E isso não se consegue com decretos (do governo), greves (dos sindicatos) e oportunismo (das empresas).
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Consegue-se, sim, com mais produtividade dos serviços públicos e maior competitividade das empresas. [Moi ici: A maior contribuição do Estado para o aumento da produtividade, e esta é uma opinião completamente fora do mainstream, passaria pelo fim dos apoios estúpidos que se limitam a subsidiar os custos de operação de empresas que de outra forma morreriam. Por exemplo, quando uma empresa recebe um apoio por dar formação aos seus trabalhadores essa formação na maioria das vezes é para apoiar a estrutura de custos da empresa. Há outros apoios ainda mais estúpidos, "No país do Chapeleiro Louco". A maior contribuição do Estado seria "deixar as empresas morrer". Claro que deixar as empresas morrer pressupõe criar as condições para que outro tipo de empresas apareça, aquilo a que chamo a receita irlandesa. Não criar estas condições e pressionar as empresas existentes a subirem para níveos de produtividade que nunca conseguirão atingir é suicídio tipico da mentalidade socialista]
...
Por outro lado, às empresas pede-se que sejam mais eficazes, acrescentando mais valor aos produtos e serviços que vendem, [Moi ici: Não esqueçam esta frase acabada de sublinhar. Olhem primeiro para a figura abaixo. Acham que conseguimos dar o salto que é preciso, na produtividade agregada do país, acrescentando mais valor aos produtos e serviços que já vendemos? Reparem neste título "Subida de salários superior à produtividade retira competitividade às empresas" retirado da capa do semanário Vida Económica da passada semana (imagem abaixo). Acham que o sector do calçado não tem trabalhado para acrescentar mais valor aos produtos e serviços que vendem? Claro que o têm feito e bem, não sei se alguém conseguiria fazer melhor. Agora pensem no preço máximo que estariam dispostos a dar por um par de sapatos de couro? E aí chegamos ao tecto de vidro da produtividade portuguesa. De vidro porque ninguém fala dele, não faz parte do mainstream. O problema não são as empresas que já existem e que dão o seu melhor para lidar com o ambiente. O problema são os mastins de Baskerville!!! O problema são as empresas que faltam, que não estão presentes no mercado. O problema são as empresas que se seguem na pirâmide dos Flying Geese não estarem por cá] assegurando níveis de produtividade que tirem partido efetivo da evolução tecnológica e, last but not least, adotando estratégias de marketing que conduzam à criação de marcas internacionalmente fortes."


 

Em Depois do hype: O mastim dos Baskerville! recordo as palavras de Ferreira do Amaral ... como é possível?

A sério, gostava que alguém fizesse um traçado com uma corda oferecida por Ariadne que mostrasse como é que com as empresas existentes seria possível fazer a transição.

BTW, como é que começam os bons livros sobre "pricing"? O preço não tem nada a ver com os custos, mas com o valor para o cliente-alvo.

Uma empresa em particular tem de pensar: quem são os meus clientes-alvo? O que é valor para eles? Quanto é que estão dispostos a pagar pela entrega dos meios que permitem ao cliente criar e percepcionar esse valor na sua vida? Qual é a dimensão potencial do mercado? Esse preço e esse volume sustentam que tipo de empresa e com que dimensão?

terça-feira, maio 23, 2023

Consultor de empresas versus consultor do governo

Sou consultor de empresas.

Quando trabalho para uma empresa o propósito é ajudá-la a atingir os seus objectivos. Por exemplo, para uma empresa que precisa de aumentar a sua produtividade a ideia é levá-la a ver qual a melhor opção para a sua realidade concreta e contextual.

Por exemplo:

A - Usar as forças actuais para servir um novo mercado.
B - Desenvolver capacidades novas para servir um novo mercado.
C - Desenvolver capacidades novas para servir o mercado existente.

Por exemplo, o calçado fugiu do rolo compressor chinês usando as capacidades que tinha como forças para servir um novo segmento do mercado qe valorizava a rapidez, a flexibilidade e as pequenas séries.

E se eu fosse consultor do governo? (vade retro)

Como consultor do governo a minha preocupação seria o aumento da produtividade agregada do país, não o sucesso de uma empresa em particular. Por isso, como consultor do governo estaria preocupado, um aumento da produtividade agregada que se visse, com impacte sério nos números, provocaria um choque nas empresas incumbentes e na sua rede de amizades políticas (recordo esta imagem). Como consultor do governo não promoveria a morte deliberada de empresas, mas deixaria as empresas morrerem, não vacilaria na execução estratégica nem promoveria absurdos loucos. Como consultor do governo focaria a atenção no aumento da produtividade agregada pela entrada de novas empresas com níveis de produtividade superiores, não pela sua escolha, mas pela criação de condições para tornar o país atraente para elas.

Essas empresas novas além de serem mais produtivas, seduziriam as pessoas empregadas nas empresas incumbentes a mudarem de emprego para elas. As empresas incumbentes acabariam na maioria por terem de morrer ou deslocalizar-se, outra forma de aumentar a produtividade. Isto explica o fenómeno dos Flying Geese.

É incrível como o mainstream acredita que são as empresas existentes as culpadas pela baixa produtividade do país. Como consultor do governo nunca criticaria as empresas existentes, cada empresa existente é um milagre que merece ser celebrado. Como consultor do governo focaria a minha atenção nos mastins dos Baskerville, as empresas que não existem.

Nota das 06h57: Recomendo a leitura da crónica de Joaquim Aguiar no JdN de hoje sobretudo o terço final sobre a relação entre a República dos Garotos, a crença no distributivismo e a rede de amizades.

segunda-feira, maio 22, 2023

Acerca dos ecossistemas (parte II)

Ainda na sequência de Acerca dos ecossistemas temos:

"companies that focus only on the value they create, and not the value they bring, will set themselves up for disappointment.

...

getting things done in ecosystems requires being nimbler and more responsive to everything from customer needs to managing tricky relationships with partners that might otherwise be competitors. 

...

To be sure, competing in ecosystems won't come easily to top leadership teams that are used to static industry boundaries and traditional, zero-sum- game forms of competition. But they had better learn fast. As ecosystems become more of a differentiating factor that separates out high performance, companies that already have an edge will be well placed to extend it."

Trechos retirados de "Tapping ecosystems to power performance


sábado, maio 20, 2023

Vergonha alheia…

Vergonha alheia!

Tanta conversa sobre marca, preço de venda, design … mas afinal corremos o risco de deslocalização quando o aumento dos salários é superior ao da produtividade.

Wait! Em que gama de valores é que os salários têm crescido mais do que a produtividade?

Há tempos tive a conversa sobre o salário do motorista de autocarro que sai de Lago na Nigéria para fazer o mesmo em Oslo, ou sobre o barbeiro tuga que vai para Londres fazer o mesmo. A sua produtividade física mantém-se, mas a sua produtividade efectiva aumenta drasticamente porque as comunidades em que ficam inseridos podem suportar serviços pagos a um preço muito superior.

Como é que num mesmo país isto pode acontecer? Quando as pessoas migram de uma ocupação numa área para outra ocupação numa outra área?

Esta conversa parece retirada do guião de Ferraz da Costa… o que não é propriamente um elogio.

Representa uma mudança no discurso …

Continua

sexta-feira, maio 19, 2023

Quem vai voltar a ser a China da UE?

"Schneider Electric, one of the world's largest makers of electrical and automation products, is shifting some manufacturing closer to the U.S. from factories in Asia and Europe as it pushes ahead with a regional manufacturing strategy.

The moves are meant to position the France-based company, which makes goods such as light switches, electric-vehicle chargers, home-automation systems and data-center equipment, to meet growing demand in North America and to compete for federal subsidies aimed at expanding manufacturing in the U.S.

The company said it has started working with North American suppliers and is encouraging some of its suppliers elsewhere to set up factories in the region as it builds a local supply chain for materials such as nickel and lithium.

The company said it makes more than 80% of the products it sells in the U.S., Mexico and Canada in North America, with the rest made in factories across China, India, Southeast Asia and Europe. It will continue manufacturing in Asia and Europe but aims to have the finished goods go to customers in those regions instead of shipping the products around the world.

The company is restructuring its supply chain at a time when many businesses are looking to bring manufacturing closer to the U.S. after disruptions, stockouts and shipping delays during the Covid-19 pandemic highlighted the fragility of far-flung supply chains, said Kamala Raman, an analyst at research firm Gartner. Geopolitical tensions between the U.S. and China have also prompted concerns from government and business officials about the national-security risks of manufacturing crucial and highly technical items such as semiconductors overseas”

Trechos retirados do WSJ no artigo "Schneider Electric Expands Its North American Manufacturing"

quinta-feira, maio 18, 2023

Por que engonhamos tanto? Sim, sobre a farmácia do futuro.

Ontem dei de caras com este artigo, "Reino Unido quer dar mais poder a farmácias para aliviar centros de saúde. Seria possível em Portugal?"
"As farmácias britânicas poderão vir a fazer diagnósticos e prescrever medicação. Em Portugal, os farmacêuticos veem com bons olhos medidas semelhantes, mas os médicos dizem que seria "retrocesso"."

Meu Deus... uma autêntica viagem no tempo a Abril de 2008, "Um caminho para a farmácia do futuro?" ou mesmo a Abril de 2007 com "Estava escrito nas estrelas".

Um tema que revisito ao longo dos anos, A farmácia do futuro (parte VII) (Janeiro de 2018).

Em Janeiro passado, Por que engonhamos tanto?


quarta-feira, maio 17, 2023

Confundir efeito com causa (parte II)

Confundir efeito com causa (parte I) 


Por causa do fácil versus o difícil temos:

Há dias escrevemos este postal, Emprego, marketing e subida na escala de valor, onde abordamos o tema da destruição de emprego qualificado e o crescimento do emprego não qualificado. Nestes postais, Tudo vai depender do tal jogo de forças (parte V), e Turn, turn, turn - versão de 2023, abordo o impacte da saída da produção industrial na China.

Ontem, no WJS encontrei "The Disappearing White-Collar Job" onde li:

"For generations of Americans, a corporate job was a path to stable prosperity. No more.

The jobs lost in a monthslong cascade of white-collar layoffs triggered by overhiring and rising interest rates might never return, corporate executives and economists say.

...

"We may be at the peak of the need for knowledge workers," [Moi ici: Típico pensamento anglo-saxónico] said Atif Rafig, a former chief digital officer at McDonald's and Volvo. "We just need fewer people to do the same thing."

Long after robots began taking manufacturing jobs, artificial intelligence is now coming for the higher-ups-accountants, software programmers, human-resources, specialists and lawyers-and converging with unyielding pressure on companies to operate more efficiently.

...

During past periods when higher interest rates pitched the U.S. economy into recession, job losses were often led by industries most sensitive to rate changes, such as manufacturing and construction.

...

Layoffs in the information sector were up 88% in March from a vear earlier and up 55% in finance and insurance, the data show. For manufacturing, they were up 25% ever the same period.

Companies are for the moment focused on keeping bluecollar employees-restaurant servers, warehouse workers, drivers and the like-who remain in short supply, according to economists and humanresources specialists.

...

Whole Foods and Disney announced layoffs in recent weeks that largely hit corporate staff while sparing such customer-service jobs as grocery clerk and hourly theme park attendant. 

...

Payroll data from more than 300,000 small- and medium-size businesses showed that wages for new hires had generally declined in April from a year ago but fell most rapidly in white-collar professions, such as finance and insurance"

O desconhecido difícil para os agentes portugueses é conhecido fácil para agentes estrangeiros - daí  Tamanho, produtividade e a receita irlandesa.

Já há uns tempos que sinto que estamos a ficar maduros para uma revolução semelhante à que Cavaco encabeçou quando libertou a economia à iniciativa privada (bancos, televisões, jornais, empresas nacionalizadas com o 11 de Março...) pena que alguns se distraiam com a engenharia social.

terça-feira, maio 16, 2023

Acerca de custos de oportunidade

Volta e meia aqui no blogue recordo as tontices de Paulo Portas e muitos outros que querem substituir importações por produção nacional, como o bicicletas.

A explicação do problema da substituição das importações por produção nacional faço-a aqui em Live and let live (Fevereiro de 2022) e em Como se pode ser tão burro e cometer sempre os mesmos erros??? (Agosto de 2020).

Por que volto ao tema? Por causa de um artigo publicado ontem no Correio da Manhã, "País compra cada vez mais peixe e conservas lá fora":

De acordo com os dados do INE:

  • as exportações homólogas de peixe no 1º trimestre deste ano cresceram 17%, e as de conservas cresceram 20%
  • as importações homólogas de peixe no 1º trimestre deste ano cresceram 6%, e as de conservas cresceram 15%

Nunca esquecer que exportamos produtos de gama superior aos que importamos. Se ocupamos capacidade produtiva com margens baixas, não a temos para produzir gamas mais altas.

As primeiras semanas de lockdown em 2020 mostraram o quanto o peixe da gama alta vai para fora a bom preço, preço que os tugas nunca poderão suportar.

segunda-feira, maio 15, 2023

Fugir da esquizofrenia

Há muitos anos que aqui no blogue escrevo sobre a esquizofrenia analítica, independentemente do governo de turno ser de direita ou de esquerda. Recordo, por exemplo:

Mão amiga fez-me chegar este tweet:

Não por acaso, no final de Abril último tirei uma foto ao título de uma coluna do JN:


Agora, analisei os dados do Pordata e resolvi fazer as cartas de controlo para os valores individuais e para a amplitude móvel:


E o que as cartas revelam é que a mortalidade infantil subiu de um ano para o outro por mera flutuação estatística. Nem o Pordata nem a ordem dos Médicos conseguem fugir da esquizofrenia na análise dos resultados (nem Câncio, se o governo fosse de direita). Só os deuses fogem da Conversa de humano.

domingo, maio 14, 2023

Confundir efeito com causa (parte I)

Há dias, neste postal, Emprego, marketing e subida na escala de valor, escrevi algo que me tem martelado o cérebro:
"Parece que o ministro da Economia não percebe a pirâmide dos Flying Geese: "A questão dos salários é decisiva para o futuro dos trabalhadores e das empresas. Se tivermos salários baixos, a economia nunca se vai desenvolver. Esse problema está umbilicalmente ligado com algum esforço que tem vindo a ser feito para aumentar os salários""
Este trecho: "Se tivermos salários baixos, a economia nunca se vai desenvolver" ...

Será que ele pensa que se os salários aumentarem a economia desenvolve-se? Julgo que ele está a confundir efeito com causa. Por que a economia não se desenvolve, não evolui, os salários continuam baixos porque não há produtividade que sustente o seu aumento. Os salários baixos são mais um sintoma de uma economia subdesenvolvida do que a causa direta de sua falta de crescimento.

Qualquer empresa tem uma estratégia, mesmo que a própria gestão de topo não tenho consciência dela. Uma estratégia bem sucedida assenta num alinhamento interno. Recordo: Alinhamento das operações com a estratégia (Março de 2011).

Recordo também o tema da competitividade, uma empresa pode ser competitiva e estar a empobrecer progressivamente, Não, não pode ser uma repetição do que já se faz (Agosto de 2022).

O que acontece quando o contexto muda?
O que acontece quando se tem de aumentar a produtividade? Recordo Marn e Rosiello e Simon e Dolan e o Evangelho do Valor.
A empresa portuguesa-tipo, do sector transaccionável, não tem hipóteses se se põe a competir pela eficiência e essa é a reacção fácil e instintiva.

Subir na escala de valor implica apostar na "exploration"

Continua.

sábado, maio 13, 2023

Diferenciação, lucro e PMEs

"This article explores the nature of differentiation in microenterprises... Using a combined sample of nearly 10,000 microenterprises across eight developing countries, I estimate that a standard deviation increase in differentiation is associated with approximately an 11 percent increase in revenues and an eight percent increase in profit, [Moi ici: Acerca da importância da estratégia ... gente preocpada com os outputs, em vez de dar primazia aos inputs ou outcomes] relative to the sample mean. ... Finally, I estimate the impact of common policy interventions on microenterprise differentiation. The results suggest that standard business skills training interventions have little effect on differentiation [Moi ici: Sintomático... faz-me lembrar a conversa do excel. BTW, ainda esta semana visitei a Viarcoand that access to individualliability microfinance may actually decrease it

...

Due to the difficult conditions under which many microenterprises operate, it is broadly assumed differentiation will be difficult to achieve, as proprietors cope with constraints on financial and cognitive resources.

...

The goal of the empirical exercise is to shed light on which constraints are most crucial in limiting microenterprises' ability to differentiate, and whether or not these constraints can be released. The results provide clarity on the shape of the relationship between differentiation and performance in microenterprise, which types of microentrepreneurs are most likely to differentiate, and what impacts existing policy interventions have on differentiation outcomes.

...

I find that propensity to differentiate decreases with age in a strikingly linear relationship. Differentiation also increases with years of education, with a particular boost after secondary school. 

...

From a practitioner standpoint, this work aims to demonstrate the relevance of strategic positioning in microenterprises. [Moi ici: Algo que procuramos fazer neste blogue desde o primeiro momento. Infelizmente todas as semanas encontro exemplos de PMEs que querem ser tudo para todos] While strategy and management researchers have posited that differentiation could be an effective source of competitive advantage in this population of businesses, these constructs are not salient in most policy-adjacent work. Indeed, the words "differentiation", "strategy", or "positioning" cannot be found in any of several excellent research summaries of policy programs directed at microenterprises. [Moi ici: Tão interessante!] While this analysis does not demonstrate a causal relationship, the robust association between differentiation and performance described in the results warrants an examination of a) whether an cost-effective interventions can successfully help microentrepreneurs achieve a more differentiated offering, and b) if such differentiation then translates causally to improved performance. The results of this analvsis provide suggestive evidence as to what tvpes of interventions mav prove impactful and which population of microentrepreneurs might be most effective to target."

Trechos retirados de "Differentiation in Microenterprises"

sexta-feira, maio 12, 2023

Emprego, marketing e subida na escala de valor

Ontem escrevi Momento, preço, valor, modelo de negócio e futuro sobre o quanto em Portugal se patina quando o tema é subir na escala de valor.

Ontem no JdN em "Emprego de licenciados com destruição recorde" podia-se ler:

"Num ano, desapareceram 105 mil empregos de licenciados.

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O emprego só atingiu novo máximo no primeiro trimestre - crescendo menos do que o desemprego - por ter sido puxado por sectores como o alojamento e restauração ou a construção. Em ocupações mais qualificadas, pelo contrário, o emprego recuou.

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nos dados mais detalhados, surgem assimetrias em função do nível de escolaridade. O emprego até cresce para menos qualificados, mas destaca-se a quebra de 6,1% entre quem tem o ensino superior. Apesar disso, o desemprego entre os licenciados não aumenta tanto (+2.7%). É que tanto na população ativa como na população total, os licenciados sofrem quebras próximas de 6%.

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"Aquilo que temos visto é a subida dos salários de sectores menos qualificados, pelo salário mínimo e pela própria dinámica de procura de emprego do turismo, dirigida a pessoas menos qualificadas, que tem aumentado o salário. Por outro lado, os salários reais dos qualificados com formação superior, têm vindo a cair. O prémio salarial associado à escolaridade caiu para os mais jovens de forma muito significativa nos últimos anos. E um incentivo adicional à emigração". Há, segundo economista. uma "recomposição do mercado de trabalho" Torna-se mais atractivo para imigrantes não qualificados - os salários dos não qualificados estão a subir e há oportunidades de emprego -e torna-se menos atractivo para os mais qualificados".

No ECO o meu lado cínico foi despertado em "Calçado entra em 86 escolas para atrair jovens para as fábricas". Como é que o marketing abalroará a experiência que os jovens têm com os familiares que trabalham ou trabalharam no sector do calçado?

"preço médio de venda dos sapatos portugueses para os mercados internacionais ascendeu a 26,40 euros em 2022. Um crescimento de 8,7% em relação ao ano anterior"

Quanto é que aumentaram as matérias-primas e a energia? Quanto sobrou para o aumento dos salários? Quanto maior o sucesso das empresas a captarem os futuros trabalhadores para estes sectores, menos haverá para os outros sectores com mais valor acrescentado bruto.

Recordar:

  • "Falta de mão-de-obra dificulta resposta à procura crescente da produção nacional. Salário médio no setor cresceu 40% numa década, situando-se nos 871 euros em 2019" (fonte)
  • "Há empresários preocupados com o efeito do aumento do salário mínimo na competitividade na indústria portuguesa" (fonte)
Ainda de ontem:
  • "Key to artisanship is there being few artisans. Specifically, the existence of scarcity." (fonte)
Parece que o ministro da Economia não percebe a pirâmide dos Flying Geese:
"A questão dos salários é decisiva para o futuro dos trabalhadores e das empresas. Se tivermos salários baixos, a economia nunca se vai desenvolver. Esse problema está umbilicalmente ligado com algum esforço que tem vindo a ser feito para aumentar os salários", apontou Costa Silva, em resposta ao PCP, na comissão parlamentar de Economia." (fonte)


quinta-feira, maio 11, 2023

Momento, preço, valor, modelo de negócio e futuro

O que se segue é-me doloroso. Amanhã escreverei sobre emigração qualificada, marketing gerador de cinismo e sucesso de uns inocentes como sinal de fracasso da comunidade.

"With the economy at a turning point, companies should be thinking more critically about growth—concentrating on growing better rather than simply getting bigger. [Moi ici: Como bebi por volta de 2007 em "Manage for profit, not for market share" e depois demorei a refinar com Marn e Rosiello para seguir a máxima "Volume is Vanity, Profit is Sanity" desde 2006]

...

As inflation and costs have risen, it has become harder for most businesses to grow.

Yet that is exactly what makes this the right moment to think critically about growth

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If you want to find growth in a world where costs are rising, the key is to understand what customers really value today and what they will value in the future.” [Moi ici: Que tempo, que espaço, que paz de espírito é guardada para esta reflexão profunda e de longo prazo? Então com empresas familiares é muitas vezes doloroso ... A única pessoa que pode dedicar tempo a isto está a conduzir um empilhador para arrumar paletes, ou está a substituir um operário especializado que está de baixa... e quem pensa no futuro da empresa? Quem encara de frente o monstro da erosão competitiva?]

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Understanding how to identify and unlock better growth is the key to sustainable success in business.

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If value is key, we need to ask what value really means.

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you can’t even begin to form your growth strategy until you stand in the customer’s shoes and understand how people make trade-offs between price and something much more subtle which is perceived value.” [Moi ici: Claro que isto implica escolher, conhecer quem são os clientes-alvo. Claro que isto implica pôr o output nos bastidores e dar primazia aos outcomes ou inputs e isso é areia demais para muita camioneta]

Some companies tend to confuse value with price, although they are very different concepts. The problem is that price is easy to state, but value is harder to calculate. 

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“Firms need to understand that pricing should be a strategy, not a tactic,”  [Moi ici: Citação poderosa. Muitas vezes, demasiadas vezes usamos o preço como táctica, como resposta ao próximo desafio imediato e não como estratégia. Ainda recentemente vi este trecho como exemplo do preço como estratégia]

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You need to think about what information you are trying to convey with price, because price not only captures value for the consumer, it can also create value for the firm.” [Moi ici: "also create value for the firm" nem comento. Não posso comentar... demasiados casos de destruição de valor, de desperdício de recursos, de irresponsabilidade infantil]

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Many things influence value—including brand, quality and not just what is offered to the customer, but how it is offered and when. [Moi ici: Também relacionado com o o tema da primazia dos outcomes sobre os inputs, porque o foco deixa de ser o produto acabado e passa a ser a situação do cliente-alvo, o seu contexto, os seus objectivos]

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Growth for growth’s sake is a recipe for staff burnout and overall corporate exhaustion: sustainable growth should be about creating opportunities for everyone.

Knowing how to explain value to your customers and understanding how your customer data can tell you exactly what value people are prepared to pay for and what to forego is the essence of a balanced strategy for sustainable growth

...

The trade-offs that underlie growth strategy go to the heart of a company, shaping the kind of business it wants to be. “Better growth is about finding a growth model that treats volumes and margins in a way that keeps stakeholder interests in balance and reduces the pressure in the business,” 

...

“What we find with companies that adopt a pure volume mindset and market-share mindset is that they often fail to see the real implications for growth,” adds Dr. von der Gathen. “It is what we call getting ‘too hungry to eat.’ Sales are growing, but the company doesn’t have enough inherent revenue stability or profitability, and eventually their business model runs out of juice.” [Moi ici: Que sina!!!]

Creating better growth opportunities

Better growth, therefore, is about building business models with long-term, sustainable revenues and the headroom for innovation. It is about going beyond the math of market share and sales volumes, and finding a growth model designed to nurture the business as a real value-provider."

Entretidos e amparados pelas esmolas dos apoios comunitários, as dores de parto necessárias para a ascensão a um novo nível do jogo não passam de picos de urtigas mansas. 

Trechos retirados de "How businesses can unlock better growth


quarta-feira, maio 10, 2023

Acerca dos ecossistemas

Parece que o tema dos ecossistemas de partes interessadas continua a bombar.

"Ecosystems for the rest of us"

"Digitally enabled ecosystems are a vital part of the modern business landscape. They open the door to new customers and markets, and broaden and enhance a firm’s value proposition through the seamless bundling and integration of goods and services. Last but not least, ecosystems help companies become more innovative. It’s little wonder so many want to get involved."

"Ecosystems"

"Participating in ecosystems allows organizations to reach new customers by complementing (or even replacing) traditional value chains with environments in which companies work with multiple partners in different ways to create value."

"How to Create a Stakeholder Strategy"

"firms can use data—which is increasingly accessible and rigorous—to craft and implement effective growth strategies that recognize the complex interdependencies among stakeholders, create mutual benefits for them, and increase the net value generated collectively for their constituents."

Recordo um dos primeiros postais sobre o tema aqui no blogue em 2007, Subir na escala de valor e este resumo de 2016, Balanced Scorecard (parte V)

terça-feira, maio 09, 2023

De volta a alguma racionalidade (parte II)

De volta a alguma racionalidade ... (parte I) 

"For many direct-to-consumer brands, e-commerce marketplaces and resale platforms, the path to profitability is less of a marathon and more of an Indiana Jones-style sprint to stay ahead of the giant boulder threatening to crush any stragglers. Most of the fashion and beauty start-ups that went public in the last few years are struggling to convince investors they have what it takes to weather the current period of sluggish growth and elusive profitability. Patience is wearing thin for some of the worst-off names, and a few, like Poshmark, have already been acquired at a discount."

Trecho retirado de Which Start-Up Will Win the Race to Profitability? 

Interessante, em menos de uma semana mais um artigo sobre o tema da importância do lucro logo no arranque de uma marca, em vez do volume como critério de sucesso.

Uma mudança importante nos critérios de decisão e gestão.

segunda-feira, maio 08, 2023

Clientes em vez dos concorrentes


 "Ten major changes characterize the transition from industrial-era strategy practices to today.

1. The Shift In Focus From Competitors To Customers

The practice of business strategy is often said to have begun with Michael Porter’s 1979 HBR article, “How Competitive Forces Shape Strategy.” The article opened with the fateful sentence, “The essence of strategy formulation is coping with competition.” [Moi ici: Recordar Dick Dastardly - Live and let live]

...

Porter’s main mistake was his concept of “the essence of strategy.” The essence of strategy is not coping with competition—a contest in which a winner is selected from among existing rivals. The essence of business strategy is to add value for customers. [Moi ici: Desde o princípio deste blogue temos focado a nossa atenção na  determinação dos clientes-alvo, em deixar de ver os clientes como "miudagem no recreio" - Sem uma estratégia clara, come on... BSC? (parte I) ] Porter’s five-force model of strategy misses the basic point that ultimately customers are the determinant of business success."

Trechos retirados de "What's New About Strategy In The Digital Age"


domingo, maio 07, 2023

O que aconteceu? (com as calças na mão)



Auditar uma empresa e perceber que não alteraram a análise do contexto feita em 2022. Segundo a empresa não há mudanças relevantes.

O que podemos pensar disto?

Primeiro, deste artigo de Abril passado, "Building optionality: Balance sheet discipline is both timely and timeless", sublinho:
"The macroeconomic outlook might be even more uncertain now than it was a year ago, which is saying something. Geopolitical risks, strong labor markets, persistent inflation, yo-yoing consumer sentiment, and a host of other confused signals have left business leaders with little certainty about the future. [Moi ici: Mais incerteza significa mais riscos e mais oportunidades] As central banks lift rates, external financing is becoming more difficult for companies across sectors."

Segundo, também de Abril passado, este postal, "Understanding the growth opportunity presented by volatile times", sublinho:

"Today, many companies are experiencing a global economy that feels different to anything they have ever encountered before. It is not just that firms are cutting forecasts, cutting headcount and beset with uncertainty. It is that uncertainty has become the default.

"Businesses are facing all sorts of volatility," says Brad Soper, Partner and Head of Industrials at the commercial growth specialist Simon-Kucher. "There is geopolitical uncertainty, there is banking volatility, there is demand volatility. This is systemically different to what has gone on before, in terms of the frequency and the amplitude of the ups and downs. And there is no doubt that makes it very difficult to sit down and just run a business."

...

"When you have periods of great volatility, that's when a company should be looking at what made them competitive in the first place," says Prof. Kavadias. "Look at what has added value. You can't cut your way out of a downturn, you can only innovate your way out. Cutting without innovating only sets you up for bigger failures in the future.""

Terceiro, também de Abril passado, esta reflexão, "Why uncertainty is your friend if you're looking for big returns", sublinho:

"It's tempting to invest in areas that promise certain returns for a given investment. Unfortunately, by the time an opportunity has become so well understood that anyone could pursue it, it is well on the way to commoditization. To find big payoffs, you must be willing to explore high uncertainty bets.

...

So yes, the transformational space is where the big returns are to be made. But only if you manage them as options on a transformational outcome, not as tweaks to an existing process you understand well.

...

And if you don’t invest in transformation? The commodization monster awaits." 

Os que abraçam a mudança em vez de lhe resistir são os que ganham um lugar no futuro. 

Recuo a 2007 e a "Perceber o futuro" onde escrevi:

"A frase é conhecida "Uns cheiram, percebem o que vem aí e perguntam: "O que vai acontecer?". Outros perguntam: "O que está a acontecer?". Por fim, outros, admirados, confundidos, perguntam: "O que aconteceu?""

sábado, maio 06, 2023

Slowbalization (parte II)

E se for mais do que isso? 

"A.P. Moller-Maersk on Thursday posted a sharp drop in first-quarter net profit as inventory corrections in Western economies sent shipping demand falling, pushing freight rates and volumes lower.

The Danish shipping giant expects the destocking effort, the result of an enormous inventory buildup last vear that left retailers swamped with goods, to wind down by the end of the second quarter but that trade volumes are still contracting.

"So far we don't see a strong move towards normalization. Some customers are getting to the end of destocking, but it's not consistent," Chief Executive Vincent Clerc said."

Recordo os recentes:

Trecho retirado de "Maersk Hit by Drop In Freight Demand" publicado no WSJ de ontem.

sexta-feira, maio 05, 2023

De volta a alguma racionalidade ...

Julgo que tenho acertado numa série de previsões ao longo dos anos, mais do que as vezes que falho. Onde costumo falhar é quando se mete o custo do dinheiro. A manipulação do custo do dinheiro pelos políticos, leva a comportamentos irracionais, ou a exageros exuberantes.

Este artigo, "Why There May Never Be a Gen-Z Glossier or Warby Parker", por um lado, veio-me recordar estas falhas, por outro fez-me voltar a Mongo e aos seus nichos.

"Millennial brands kicked off a decade-long direct-to-consumer gold rush, only to watch their prospects collapse with rising interest rates and the end of the pandemic’s e-commerce boom. Now, Gen-Z brands are trying to avoid the same mistakes.

...

If millennial products were known for their sleek packaging in muted colours, their Gen-Z successors tend to go bold, with splashy fonts in vibrant hues and often an intentionally kitschy vibe. Brands like Everlane and Bonobos were for everyone; skincare brand Topicals, swimwear label Raq Apparel and other Gen-Z companies are all about owning their niche.

...

 Gen-Z brands are coming of age in a difficult economy where “free money” is an increasingly distant memory. Investment in apparel and beauty brands fell by 50 percent globally, to $2 billion last year, according to Pitchbook. That figure is on pace to fall another 40 percent this year. And that cash comes with more strings: a clear, and short, path to profitability matters as much as growth.

...

Whether it's by necessity or design, Gen-Z brands may be setting themselves up for a less-bumpy run than their predecessors. Going after niche audiences is a tried-andtrue way to build a business. It's also cheaper - hyper-local Instagram ads and payouts to micro-influencers are more realistic for brands whose backers have them on a tight leash. So is relying on a big retailer for exposure rather than going it alone. Owning a niche can mean better serving customers - such as providing skin care for textured skin prone to flare-ups (Topicals) or producing undergarments for a range of sizes and gender identities (Parade) - to connect with a generation of values-driven shoppers.

...

This young cohort of founders are going to have to do a lot more with less,” said Bill Detwiler, managing partner at Fernbrook Capital Management, which invests in e-commerce brands and software and services firms. “You’re going to see a more resilient class of companies come out of this.

...

Still, investors say Gen-Z brands as a group appear to be scaling at a slower pace, but achieving profitably faster.

...

"The real unicorn in the world today is one that is profitable.""

Volume is vanity, profit is sanity. 

quinta-feira, maio 04, 2023

Turn, turn, turn - versão de 2023

Recentemente escrevi, O choque chinês, não o euro. Agora, imaginem o impacte da reversão deste choque... por isso, tenho escrito esta série de postais - Tudo vai depender do tal jogo de forças (parte V).

Para reflexão:

"China’s days of being the Western world’s go-to manufacturing hub may be coming to an end. This has serious ramifications for China, and the world. Depending on where you focus, this is a good thing, or a bad thing. In fact, it’s probably both.

...

For those with contacts in China, stories of laid off young people struggling to afford their apartments, taking on two jobs in gig economies, or becoming escorts in karaoke bars is becoming commonplace. This is not the country that the CCP once held together with promise of opportunity and quick climbs up the Chinese social ladder. This is starting to turn into America of the late 1990s-2000s, reeling for China’s take over of American tooling and steel, textiles and furniture manufacturing. Many people here know what that feels like.

...

The problem is geopolitics. [Moi ici: Recordar Taiwan como espelho da Ucrânia - Cash, then value, then growth] That should scare China’s investors more. They know the drill already. Companies are slow walking out of China because of those tensions. This includes Chinese companies investing in Southeast Asia to avoid trade tariffs, sanctions, and growing political risk. [Moi ici: Recordar Lembram-se do "banhista gordo"?]

To keep its business with the Americans (and to a lesser extent, the Europeans) Chinese companies are moving off the mainland.

...

In a country with roughly 900 million workers, many of whom are blue collar and not about to “learn to code”, these job losses tear at the social contract between the CCP and its people. Roughly 17% of Chinese people have a college degree compared to around 36% in the U.S., according to Chinese and U.S. government stats.

...

Either China figures out a way to consume what it produces at home rather than relying on the U.S. consumer, [Moi ici: Eu pensei nisto em 2008. Recordo Especulação. No entanto, Peter Zaihan alerta-nos para o colapso demográfico chinês, O futuro da globalização. Só para ter uma ideia do impacte da coisa repito aqui o número tremendo "The Chinese are going to lose a greater percentage of their population in the next 20 years from aging than Europe did in the Black Plague, according to Peter Zeihan"] or Beijing makes it less attractive for companies to set up shop in Vietnam. If they cannot do those things, the bloodletting will continue. If this trend goes on, it should be seen as a harbinger of worse things to come.

...

China used to make almost all of our clothes. Not anymore. That’s job losses for China.

...

U.S. imports of China made apparel decreased from about $25 billion in 2018 to about $17 billion in 2021, according to a March 2023 report by the International Trade Commission (ITC).

Imports of these goods from China declined but imports from the rest of the world grew by 25.2%. The ITC estimated a sizable decline in apparel manufacturing imports from China of 40% between 2020 and 2021, while U.S. production increased by up to 6.3% in 2021 in response.

The ITC study looked at 10 different sectors. In all 10, China exports to the U.S. fell. Computer equipment from China fell around 7%; furniture imports fell 25%; electronics equipment imports fell by 40%. Automotive parts imports fell a whopping 50%, according to the ITC.

...

China and Hong Kong’s investment into Mexico rose six-fold from $117.1 million in 2015 to nearly $700 million in 2022, according to the Mexican government.

Chinese manufacturing growth might have peaked.

China’s future growth industries could pick up some of this labor, but very little. Robotics will be good for China blue collar labor, but biotech, pharma, and AI will not as making the shift from seamstress to scientist is quite the stretch. So is going from Chinese solar panel maker to AI coder. It is also unlikely that lower skilled office jobs can pick up the blue collar workforce losing out to outsourcing.

...

China is surely not a dying manufacturing power. Europe would be in worse shape, for sure. China can turn the ship around, but if it comes at America’s expense, that will be totally unsustainable.

But China’s days as manufacturer of nearly everything in your house and garden shed look to be pretty much over. That’s a lot of workers whose future is in question for the first time in a generation.

...

the bad news is that the erosion of China’s role as go-to manufacturer will likely become a matter of life and death — for industries, for businesses, for some people."

Trechos retirados de "China's Big Troubles: Its Days As Global Go-To Manufacturer May Be Coming To An End"

quarta-feira, maio 03, 2023

Optimizar processos!

Nos últimos meses várias empresas de vários países contactaram-me por causa de projectos na área da optimização de processos. 

Interessante este artigo, "The Boss Wants to Make You More Efficient", publicado no WSJ do passado Sábado:

"For years when AT&T Inc. threw a retirement party, employees had to enter the names of attendees in the telecom company's expense-reporting system. It was the kind of small annoyance that is an accepted part of office life for millions of whitecollar workers.

But a technology team at AT&T figured the requirement, plus a similar one for service-anniversary parties, was costing its workers 28,500 hours a year that they could be spending on more important tasks. So the company scrapped it, and in the past two years has made more than 160 similar moves it estimates are saving employees nearly 3 million hours a vear.

...

The threat of an economic contraction has put companies under growing pressure from investors to reduce waste and boost productivity. That has led to a wave of layoffs and other cost cutting. Many companies are also moving bevond broad austerity measures and homing in on the minutiae of everyday work. They are rethinking processes and how employees do their jobs, with the goal of getting workers to make better use of their time. The efforts are permeating U.S. companies to a degree that executives say they haven't seen in years.

...

Efficiency is about how work is done, and it is closely linked with productivity. If workers are more efficient -reducing the time and resources needed to complete a task-productivity should theoretically improve, too. Productivity, as narrowly defined by macroeconomists, measures the amount of output produced in one hour of labor.

How companies measure productivity varies. Some businesses consider the revenue or profit generated per employee. Others focus on projects delivered or new products shipped. Improved processes could also pave the way for companies to employ fewer people.

At some point, however, shaving time off workers' tasks in microdoses reaches a limit in terms of cost savings. Companies ultimately still need innovation and investment to fuel long-term growth, said Roger Martin, [Moi ici: Nunca esquecer esta achega de Roger Martin, aumentar a produtividade à custa da eficiência tem limites, são "peaners". Aumentar a produtividade a sério tem de passar pelo numerado da equação da produtividade] former dean of the Roman School of Management at the University of Toronto and now an author and adviser to executives.

Labor productivity has largely led by Toyota Motor Corp., which popularized an approach to manufacturing defined by an obsessive commitment to efficiency and constant self-assessment. Elements of that playbook are now being adopted in sectors well beyond manufacturing, from tech to finance to food service. [Moi ici: Costumo dizer isto muitas vezes, a abordagem por processos é muito mais eficaz a nível de serviços do que na fabricação. Na fabricação as coisas vêem-se, as coisas circulam. Nos serviços, é muito mais impactante e revelador transformar as coisas intangíveis em algo palpável. Mapear um processo é como levar uma organização a tomar consciência de como é, de como funciona e esse é o primeiro passo para a batota]"

Imagem retirada deste postal Uma saudade enorme ... 

terça-feira, maio 02, 2023

Como é que ninguém fala disto?

Recordo o postal recente O que será utilizar bem os fundos comunitários?

O que será preciso para aumentar a produtividade num sector tradicional como o têxtil?

Não é preciso inventar, basta olhar para o sector têxtil alemão, sim alemão.

Recuo a 2015 e ao artigo citado em Diferenciação permite coabitação:

"Estive há tempos num congresso da indústria em Dresden [Alemanha] e quase não se falou de roupa. Falou-se sim da indústria automóvel, da aeroespacial ou da construção", nota Braz Costa, administrador do Citeve e do Centi, um centro de investigação nas áreas da nanotecnologia e dos materiais inteligentes com sede em Famalicão. Não admira por isso que o maior produtor e exportador têxtil da Europa seja a Alemanha. Não de peúgas ou de t-shirts, mas de materiais com que se fazem os painéis dos automóveis, próteses médicas, peças de motores ou asas de aviões."

Qual o salário médio de um trabalhador têxtil alemão? Em 2020 foi de 2971 euros de acordo com dados do Statista. Qual o salário médio de um trabalhador têxtil português? Em 2020 foi de 939 euros de acordo com dados do INE.

Como é que ninguém fala disto?

Cada vez mais vou-me convencendo que os fundos comunitários funcionam como algo que torna esta evolução mais, muito mais lenta.

Mais uma vez, não se chega lá trabalhando no denominador da equação da produtividade, mas no numerador.

segunda-feira, maio 01, 2023

Slowbalization

 Imagem retirada daqui.


Slowbalization, uma palavra a entrar no nosso vocabulário.

Acerca de impostos

Da próxima vez que lhe vierem dizer que na Noruega, e sobretudo na Dinamarca, se pagam mais impostos do que em Portugal lembre-se deste gráfico:




domingo, abril 30, 2023

Modelos de negócio em transição - um exemplo

Já este ano, li algures que a fórmula mais certeira para ter uma pequena fortuna é: começar com uma grande fortuna e abrir um restaurante.

Julgo que tem a ver com o risco de abrir mais um restaurante numa paisagem já sobrepovoada, e com a dificuldade em obter ganho de escala. 

Daí que tenho achado interessante este artigo, "Why the future of restaurants runs through the grocery store":

"part of an ever-growing portfolio of restaurants that are producing frozen foods and pantry staples.

...

All are flocking to the promised land of consumer packaged goods (CPG). 

...

One obvious push factor for this headlong rush into the grocery store is that the business model of a restaurant is fundamentally, and perhaps fatally, flawed. Margins have always been slim, between 3% and 5%. But as the costs of labor, real estate, and food have continued their skyward jag, even the most successful restaurateurs have struggled to stay solvent. Many of lesser luminosity have packed it in.

“Restaurants have always needed to find new means of making ends meet,”"

Depois, o artigo ilustra com uma série de exemplos esta tendência.

sábado, abril 29, 2023

O que será utilizar bem os fundos comunitários?

Em julho passado escrevi aqui no blogue este postal: Por que é então uma das [regiões] mais pobres de toda a UE?

Nele voltei a usar esta imagem:

Muita gente usa indistintamente as palavras competitividade e produtividade. Fui recordado disso ao ler no semanário Vida Económica este texto "Empresas enfrentam obstáculos ao aumento da competitividade" sobre uma intervenção do presidente da AEP na Ordem dos Economistas. Confesso que não sei se a responsabilidade é do orador ou do jornalista.

Vejamos:
"A situação das empresas e da indústria, em especial no Norte do país, levanta preocupações. Há falta de competitividade e de produtividade e estamos ainda longe da convergência com as regiões mais desenvolvidas da União Europeia. As políticas públicas não têm ajudado a tornar o tecido empresarial mais competitivo
...
o PIB per capita é maior nas regiões mais competitivas, os jovens desempregados praticamente não existem e são regiões muito atraentes para os recém-formados. Portugal melhorou em termos de competitividade, mas a região Norte e Centro teve um crescimento anémico nas duas décadas antes da pandemia. [Moi ici: Ver na figura acima a imagem que ilustra a conjugação de competividade sem produtividade]
...
O problema continua a ser o mesmo, que é o da produtividade. O país está cada vez menos competitivo e atrativo, tem cada vez menos pessoas e terá dificuldade em atrair quadros de outros países."

Como se compara a produtividade entre países? Podemos acompanhar as estatísticas e analisar os resultados. E percebemos que em 25 anos a produtividade agregada do país não saiu da cepa torta.

Como se compara a competitividade entre países? O BdP usa um indicador compósito, eu prefiro comparar a evolução das taxas de crescimento das exportações.

Entre 2004 e 2019 as exportações portuguesas de bens e serviços cresceram 68%, as alemãs 60%, as italianas 45%, as francesas 38%.

Somos competitivos, mas não somos produtivos. O tal reparo que Reinert faz sobre o Uganda...

Vamos a uma segunda parte do artigo:

"Para Luis Miguel Ribeiro, as empresas são o fator principal para criarmos condições para sermos competitivos. "A criação de riqueza deve ser um desígnio nacional, não se pode continuar a viver num sistema de subsidiação. [Moi ici: Será do orador ou do jornalista? A criação de riqueza não tem sido facilitada pelo sistema de subsidiação de fundos comunitários? É isto que o orador está a dizer?]

...

Para o presidente da AEP, um outro problema é a falta de atratividade para captar mais investimento. [Moi ici: Não podia estar mais de acordo. E este é um factor mais importante, na minha opinião, para fazer aumentar a produtividade agregada do país. Não o peçam aos empresários portugueses. Recordar a lição irlandesa

...

Também se coloca a questão do que se anda a fazer, na indústria, em termos de formação e qualificação ao nível dos recursos domunitários. É preciso apostar na valorização dos recursos humanos. [Moi ici: Brincamos!!! Quantos milhões foram distribuídos ao longo dos anos para formação. Formação que acredito foi dada na esmagadora maioria dos casos. De pouco serve dar formação e esperar que a produtividade dê um salto. A formação pode contribuir para incrementos marginais de produtividade, mas não para ganhos "quânticos" como os que precisamos quando nos comparamos com a média europeia, por que isso requer outro tipo de empresas, com outro tipo de produtos e de preços] "Este problema coloca-se com maior impacto no Norte do país, ainda que contribua com 35% para as exportações. Esta é uma região que tem sido altamente penalizada. Temos agora mais uma oportunidade que é utilizar bem os fundos comunitários, [Moi ici: O que será utilizar bem os fundos comunitários? Usá-los de forma limpa e transparente? Claro, mas e usá-los de forma eficaz? Usá-los para chegar aos tais ganhos de produtividade desejados? Como dizer aos associados que distribuir os fundos tal como têm sido distribuídos até aqui não resulta? Eheheh seria apeado em três tempos. Qualquer coisa em torno de "It is difficult to get a man to understand something, when his salary depends upon his not understanding it". Fundos comunitários atribuidos e usados de forma limpa, transparente e honesta acabam por servir de apoio à competitividade como tão bem explicou Spender] no sentido de uma maior coesão territorial. São grandes desafios que se colocam. Ainda vai demorar algum tempo para a situação se altere, mesmo com algum otimismo", concluiu Luís Miguel Ribeiro."

Repito-me ... Zombies, produtividade e subsídios


sexta-feira, abril 28, 2023

O choque chinês, não o euro

Antes de mais, recuo neste blogue:

"The impact of international trade on labour markets is a classical question that is currently subject to greater interest.

...

In this paper, we approach this topic from a novel perspective. In contrast to earlier research, we study the indirect effects stemming from the increased competition that one country can generate in the export markets of other economies, focusing explicitly on the effects of China's exports. In other words, China may affect the labour market of country A not only because of its exports to that country; such effects can also emerge by reducing the exports of country A to country B when China increases its exports to country B. [Moi ici: A mensagem que abre It's not the euro, stupid! (parte I)] In our study, we propose different measures of this indirect effect and analyse their labour market effects.

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Our empirical evidence on both the direct and indirect labour market effects of China's emergence in international trade is based on the case of Portugal. As a (small) open economy with a comparative advantage profile more comparable to that of China than most other developed economies, Portugal is an interesting country not only to revisit the direct relationships examined in the literature but also to illustrate the largely undocumented indirect effects that we study here.

Portuguese imports from China grew strongly over the period 1993-2008, reaching a level in 2008 that was more than eleven times higher than that of 1993. A different direct impact, also examined as a robustness exercise, comes from the enhanced export opportunities to China. Over this period, Portuguese exports to China grew strongly, but are still around six times smaller than Portuguese imports from China in 2008, suggesting that the impact of the export channel should be smaller. At the same time, the share of total employment in manufacturing in the country nearly halved over the period that we consider (1993-2008). and economic growth during this period was low (except for 1996-2000). [Moi ici: Recordar os gráficos de It's not the euro, stupid! (parte IV) ou de O desassossego é bom!]

On top of the direct effects, stemming from much larger increases in exports from China to Portugal than the other way around, Figure 2 highlights the potentially intensified competition from China faced by Portuguese firms in terms of exports to the other 14 original member states of the European Union (EU14).

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The rise of the export share of China in the EU14 market was also much stronger than the increase of China's share in Portuguese goods imports. Hence such a strong increase in competition in a key destination market like the EU14 can have a big impact in the Portuguese manufacturing sector, possibly larger than the effect of direct import competition, [Moi ici: Só não estou de acordo com o "possibly"] unlike for other countries with different exporting profiles.

...

larger increases in the EU14 market shares of China’s exports tend to be associated with larger losses in the market shares of Portuguese exports."

By the way, ainda ontem escrevi em Por alma de quem? e em Novembro passado em A grande reconfiguração sobre o efeito do reshoring na inflação actual. Interessante ler neste artigo:

"study the effects of increased Chinese trade exposure on earnings and employment of US workers from 1992 to 2007. Their findings suggest that workers employed in industries that were subsequently exposed to greater Chinese import competition experienced lower cumulative earnings. [Moi ici: Bom momento para recordar as parvoíces políticas tugas, quando lhes tremem as pernas, Acham isto normal? Ou a inconsistência estratégica! Ou jogar bilhador como um amador! de Agosto de 2009. O artigo cita uma série de estudos nos Estados Unidos, Alemanha, Finlândia, Dinamarca e Reino Unido, todos concluindo acerca do forte impacte chinês no emprego, e sua qualidade, dos trabalhadores com menos habilitações]

...

for Portugal, we find that a rise, from the bottom to the top quartile, of an industry’s exposure to Chinese indirect import competition in a group of 14 EU countries is associated to a drop of 25% in workers' cumulative wages and a 17.4% reduction in employment years.

The negative labour market effects of increased trade exposure to China are robust to a number of tests but are also heterogeneous across individuals. The impact falls disproportionately on older workers, females and workers without tertiary education. Moreover, the negative effects are also stronger for individuals working in larger, older and domestic-owned firms." [Moi ici: Quanto maiores, menos flexíveis para um golpe de asa estratégico, com mudança de clientes-alvo, mudança de proposta de valor, subida na escala de valor. Perfeitamente alinhado com a minha experiência. Recordo o gráfico "Evolução do n° de trabalhadores nas empresas de calçado em Portugal" deste postal de 2010, O choque chinês num país de moeda forte (parte II). No entanto, julgo recordar que em alguns países (México?), quanto maiores as empresas, mais protegidas da concorrência chinesa

Trechos retirados de "Collateral Damage? Labour Market Effects of Competing with China--at Home and Abroad

quinta-feira, abril 27, 2023

Por alma de quem?

Ontem no JdN comecei por ler:
"A inflação está a diminuir e a principal razão é que é uma inflação estranha, causada pelos lucros. A inflação está elevada porque as margens estão a subir e isso não é sustentável. Mais cedo ou mais tarde há concorrentes a entrarem no mercado com preços mais baixos e no final, as margens acabam por comprimir. Já está a acontecer nos EUA."

Achei uma justificação estranha.

Depois, mais à frente o mesmo entrevistado afirma:

"Ignacio de la Torre, cconomista-chefe da Arcano Partners, espera um movimento de "reshoring" regresso da produção para o pais de origem ou para próximo, em oposição à deslocalização para outras geografias -, que poderá beneficiar paises como Portugal e Espanha. Em entrevista ao Negócios, explica que este processo terá implicações na evolução salarial. 

...

Por causa da demografia. Não há jovens suficientes a entrar no mercado de trabalho. Com o processo de "reshoring", os trabalhadores começam a exigir salários mais elevados. A implicação disso é que provavelmente as margens vão sofrer no futuro, porque hoje temos as margens mais elevadas de sempre e isso não é sustentável. Penso que a evolução salarial vai começar a melhorar."

E a inflação vai baixar? Por alma de quem?

A inflação veio para ficar. Durante mais de 20 anos a globalização reprimiu a inflação à custa do nível de vida dos trabalhadores. Agora, com o reshoring o ajuste vai ter de ser feito

— Carlos P da Cruz 🇺🇦🚜🇳🇱🇬🇪 (@ccz1) April 24, 2023


 

quarta-feira, abril 26, 2023

Cuidado com as modas (parte II)

Parte I.

"The maker of Post-It notes, automotive adhesives and roofing granules said on Tuesday that it would eliminate 6,000 jobs as Chief Executive Officer Mike Roman follows through on a pledge to take a “deeper look at everything we do” after a series of disappointing earnings updates and a more than $50 billion slide in 3M’s market value during his tenure."