Desta feita, com os dados da taxa de mortalidade infantil cheguei à mesma conclusão:
Estatisticamente não se pode dizer que 2018 foi pior que 2017, ou que 2010 foi melhor que 2012.
Daí que subscreva na íntegra:
"“Não se identificaram causas que justifiquem o aumento. [Moi ici: Em 2018] Não há uma relação causal,Procurar explicações para a variabilidade estatística normal é a base para a esquizofrenia analítica tola.
...
O recorde absoluto foi batido em 2010, com uma taxa de 2,5. Também aqui não foi possível apurar explicações. “Estudámos tudo, como estudamos sempre, e não encontrámos uma causa”, admite a médica."
O que no artigo verdadeiramente me chamou a atenção foi este trecho:
"Outra das conclusões é a falta de informação e o excesso de mortes inconclusivas. O estudo revelou registos omissos, com regiões do país onde nem sequer se sabe qual foi o tipo de acompanhamento que a mulher teve durante a gravidez. Na verdade, ironiza a diretora-geral da Saúde, “a única causa que aumentou nos certificados de óbito foi a ‘causa desconhecida’, que não devia constar” e que leva as autoridades de saúde a pensar em “tornar obrigatórios alguns campos para que outros não fiquem por preencher”."Interpreto-o como um sintoma de falta de profissionalismo, de venezuelização, de falta de liderança:
- É o profissional que não investiga e opta pelo mais fácil;
- É a chefia directa que não revê, que não controla, que não chama a atenção para a falta de informação;
- É toda uma cadeia de controlo da qualidade da recolha da informação que falha até chegar à directora-geral da Saúde.
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