Este texto, "
Growth hinges on technology but the fruits must be shared", refere de certo modo uma realidade que já referi aqui no blogue há alguns anos.
Olhemos para a equação da produtividade:
E recordando o recente postal "
Uma das minhas missões". Quando no passado a melhoria da produtividade era conseguida sobretudo à custa do denominador, era conseguida em parte importante com a contribuição dos trabalhadores da linha de produção. Assim, era natural que essa contribuição fosse recompensada.
Hoje em dia, quando a produtividade aumenta sobretudo à custa do numerador, por via da criatividade de trabalhadores de colarinho branco, a distribuição dos ganhos da produtividade esquece os trabalhadores da linha de produção que pouco contribuíram para isso. A costureira do Vale do Ave tanto costura panos de cozinha como air-bags.
No limite, com a automatização, as empresas deixam de necessitar de trabalhadores da linha de produção. E é aqui que o resto do artigo se perde...
Perde-se porque faz um raciocínio linear, perde-se porque não prevê a hipótese Mongo. Ainda ontem repetia duas frases que li nos últimos dias:
- "we’re all laptop corporations if we want to be ... Everything a company can do, a person can do now too. Having a large corporate infrastructure is no longer an advantage"
- "If you make, you retail (big and small)"
A automatização não dará conta das necessidades de customização em Mongo. Em Mongo voltarão em força os artesãos do passado. A democratização da produção permitirá aos fazedores do futuro serem empresários individuais, verdadeiros artesãos, que viverão do seu empreendedorismo.
O emprego como criação da Revolução Industrial terá tendência a baixar drasticamente.
No limite, com a automatização, as empresas deixam de necessitar de trabalhadores da linha de produção. E os trabalhadores deixam de necessitar de serem empregados para terem um ganha-pão.