"É natural que os políticos prefiram tomar decisões que agradam aos eleitores e não aos mercados. No entanto, quando estamos endividados ao nível de Portugal, e por isso dependemos em larga medida da disponibilidade do mercado para financiar a nossa atividade, existem fortes restrições ao que podemos considerar. Este Governo, tendo convencido Bruxelas da bondade e viabilidade do seu plano e estratégia, parece-me que está longe de ter tido igual sucesso com os mercados."Trecho retirado de "As taxas de juro da dívida e o (des)governo de Portugal"
quinta-feira, janeiro 12, 2017
Curiosidade do dia
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2 comentários:
Primeiro reconhece-se que não há relação entre os indicadores económicos e políticos do país e as yields:
"se olharmos para a evolução do indicador de "yield", reparamos que ele tem vindo a subir de uma forma relativamente mais significativa desde o final do verão de 2016, precisamente o período durante o qual as notícias económicas do país foram mais positivas, e durante o qual várias incertezas políticas importantes desapareceram"
Depois conclui-se que havia que agradar aos mercados como antigamente se agradava aos deuses: com sacrifícios humanos. Escolhem-se as vítimas e depois diz-se-lhes que têm que ser sacrificadas pelo bem comum.
Nem uma palavra sobre a fiabilidade do procedimento (antes dizia-se que era o défice mas afinal já não conta; quem garante que mais cortes serviriam para alguma coisa?) e menos ainda sobre a justiça do procedimento ou sobre o impacto da fractura gerada na sociedade.
Lembrei-me dos bancários que ao balcão do BPN vendiam aos clientes produtos de riscos travestidos de produtos conservadores.
Eles acreditavam tanto naquilo que o banco dizia acerca dos produtos que eram dos primeiros a comprá-los.
Claro que também foram lesados.
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