terça-feira, agosto 10, 2010

How to Spot a Bad Strategy

Há mais de dez anos li o livro "Keeping Score" de Mark Graham Brown. Ainda hoje o cito, nomeadamente acerca dos três erros mais comuns que se cometem quando se monitoriza o desempenho.
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Por isso, estou sempre atento ao que escreve: "How to Spot a Bad Strategy"
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"Mistake # 1: Failure to Get External Opinions on Strategy"
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"Mistake # 2: Measuring Strategies With Activity Metrics" (Moi ici: esta é tão comum nas organizações portuguesas)
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"The big mistake all of these organizations (including my own) are making is to judge the success of a strategy by measuring milestones, activities, or behaviors associated with the chosen strategy. You can complete all the activities on time and in the right number and still not achieve the goal."
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"Mistake # 3: Measuring Strategy With Only Outcome Metrics
This is probably even more common than tracking activities as a way to tell if you’ve picked the right strategy. For many organizations, the only way to tell if a strategy worked is to look at lagging outcome metrics like revenue, profits, or market share. It’s true that often these things are the ultimate goal or reason for the strategy. However, by the time you find out if the strategy worked, it is too late if this is all you measure."
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"# 1 Best Practice for Spotting Bad Strategies – Logic!!
It’s amazing to me how little thought and logic go into many strategies I’ve seen in big organizations. Often the overall goals for growth, market share and profit are handed down from on high by the executives, board, or parent organization. We usually don’t have much say in these, regardless of how stupid they might be. For example, I remember talking with a well-known Fortune 100 technology firm right after the internet bubble burst in the mid 1990s and they still had a goal of 50 percent sales growth over the previous year! (Moi ici: Been there saw that) The best and easiest way of spotting a bad strategy is logic and reason. It’s hard for outsiders to understand how some big smart organizations can make such stupid decisions sometimes when coming up with strategies. Apparently some of these strategies are decided on without much in the way of a logical analysis. Some organizations rely on the nice diagrams with circles and arrows called “strategy maps” to think through their strategies. These diagrams are created in flipcharts with a team of experts and they look very scientific, but most are nothing more than a series of broad assumptions drawn on charts with arrows used to indicate causal relationships.
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"So the flaw here is that no one is asking for evidence or even a logic test to evaluate each of the assumptions or theories in this strategy map. ... The bottom line is that someone needs to evaluate your strategies with a critical eye and Mr. Spock logic to test all of the assumptions that have been made and ask for data/evidence to support them."
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"# 2 Best Practice for Spotting Bad Strategies – Lack of Knowledge/ Experience/Success
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The further you stray from your roots, or what you currently do, the greater your chances for failure.
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One of the simplest ways of spotting a bad strategy is to compare the strategy with the organization’s track record for success. This is what scares most people about a government-run healthcare system.
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Strategies should be selected based on the likelihood that the organization can make them work. The chances of any strategy being successful do include factors like luck and timing, but experience is probably the most important variable. This is where outsiders are sometimes valuable because they can ask the hard questions like: “What makes you think you can pull this off when you have never done anything like this before?” It’s hard to ask questions like this when you are inside the organization – you might be viewed as not being a “team player”.

# 3 Best Practice For Spotting Bad Strategies – Better Strategic Metrics"

A propósito do business model canvas

A propósito deste postal de Alex Osterwalder "Combining Business Model Prototyping, Customer Development, and Social Entrepreneurship", o autor, ao desenhar as figuras 2 e 3, revela uma deficiência no business model canvas: mistura numa mesma caixa mais do que uma entidade.
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Alex Osterwalder tem o grande mérito, imho, de tratar os temas da gestão de uma forma muito visual, procurando descomplicar a comunicação. No âmbito desse esforço Alex publicou um livro onde apresenta o business model canvas, ferramenta que não uso mas à qual reconheço valor:
Quero-me concentrar em quatro das caixas do business model canvas:
Quando facilito um processo de reflexão estratégica procuro trazer para o âmbito da discussão toda a cadeia de valor até aos utilizadores finais:
Neste postal vamos concentrar-nos na parte da cadeia que está a jusante da empresa (nós), ou seja, vamos tratar das caixas que dizem respeito à parte do business model canvas que está virada para o exterior:

  • porque é que os utilizadores-alvo hão-de preferir o nosso produto ou serviço? Qual a proposta de valor que temos de lhes oferecer?
  • porque é que os donos das prateleiras hão-de colocar o nosso produto ou serviço nas suas prateleiras? Qual a proposta de valor que temos de lhes oferecer?
  • porque é que os prescritores hão-de recomendar, de forma transparente, clara e honesta, o nosso produto ou serviço? Qual a proposta de valor que temos de lhes oferecer?
Não basta uma proposta de valor!!!!! Todos os intervenientes a jusante de nós precisam de ser seduzidos com uma proposta de valor desenhada à medida, sob pena de a cadeia entre nós e os utilizadores se romper.
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Não basta desenvolver uma relação com os utilizadores-alvo!!!!! Temos de desenvolver uma relação com todos os elos da cadeia... Por que é que um potencial prescritor haveria de indicar o nosso produto ou serviço sem que o subornemos para isso?
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Recorrendo ao uso do business model canvas será que a solução poderá passar por:
  • uma parte comum, a que diz respeito à organização interna, a que alinha, sintoniza a organização na produção sistemática dos momentos de verdade desejados a um custo controlado; e
  • uma parte externa dedicada a cada elo a jusante na cadeia de valor
Será que faz sentido?

segunda-feira, agosto 09, 2010

Macedónia


Afinal só muda a conversa e aumenta o saque impostado, para que tudo o resto continue na mesma

Ontem à tarde, ao ver pelo menos uma equipa de três homens a trabalhar, ao Domingo, na obra do teleférico no cais de Gaia, fiquei logo a pensar quanto é que aquele trabalho, em dia de folga, iria custar... daí migrei para a dívida da câmara de Gaia e das autarquias destes país.
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Por cá, pagava para ver isto a acontecer "Justiça ameaça penhorar bens pessoais de autarcas espanhóis"

Bottom-up vs Top-down

Consideremos um sector de actividade: o calçado, por exemplo.
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Já aqui expliquei que um sector de actividade não é um bloco homogéneo, por isso, olhemos para esse sector de actividade não como uma figura geomética sólida, massiça, com ângulos rectos e vértices a limitá-la, mas como uma prado na Primavera cheio de vida, um ecossistema pleno de biodiversidade, pleno de diferença.
Nesse ecossistema, em função do acesso aos nutrientes fundamentais, em função da exposição à luz solar, em função da exposição aos ventos, em função da proximidade com a água, encontramos diferentes espécies de plantas competindo por um lugar ao sol.
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Voltemos ao sector do calçado e procuremos vê-lo como um prado na Primavera, com empresas que se relacionam entre si e se complementam. Concentremo-nos especificamente nas empresas que fabricam sapatos (para facilitar a explanação do nosso argumento, esqueçamos as empresas que fabricam os acessórios, que vendem as peles, que produzem as solas, que …).
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Podemos encontrar empresas verticais, ou seja, empresas que têm capacidade produtiva em todas as fases do ciclo de fabrico de um par de sapatos, podemos encontrar empresas que são subcontratadas para realizar uma ou todas as operações de fabrico, podemos encontrar empresas que trabalham para as já quase inexistentes sapatarias independentes no mercado nacional, podemos encontrar empresas que trabalham para grandes ou pequenas marcas, podemos encontrar empresas que trabalham para a sua própria marca, podemos encontrar empresas que trabalham para clientes japoneses que pagam 2000 euros por um par de sapatos e podemos encontrar empresas que trabalham para quem vende sapatos ao consumidor na casa dos 20 ou 30 euros (há tempos, em São João da Madeira, vi uma montra com vários sapatos de senhora a 3 euros).
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Consideremos agora o valor acrescentado por cada uma dessas empresas… claro que vamos encontrar uma distribuição de valores acrescentados, cada tipo de empresa, em função das suas opções e posicionamento como abordamos aqui.
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A figura que se segue procura representar visualmente a variável valor acrescentado:
A título de exemplo, consideremos uma distribuição do valor acrescentado gerado por 7 empresas distintas com diferentes estratégias, diferentes ambições, diferentes opções:
A empresa A é a empresa que gera mais valor acrescentado, apesar de ter o nível de custos mais elevado. Já a empresa B tem um desempenho positivo mas inferior ao da A e da C. A empresa C consegue vender os seus sapatos ao mesmo valor que a empresa B, no entanto, tem menores custos.
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A empresa G é a rainha dos custos, consegue ter os custos mais baixos, no entanto, o valor acrescentado é também o mais baixo.
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Para efeitos deste exemplo até podemos considerar que todas as empresas em causa geram lucro.
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Quando falamos de calçado temos de separar as empresas que fabricam, apenas, das empresas que fabricam e controlam a cadeia até ao ponto de venda, ou das empresas que já nem fabricam e só têm controlo sobre os modelos, ou seja a concepção, ou das empresas que controlam a concepção e os pontos de venda… basta recordar a figura de Larreche e os números da Geox para perceber do tipo de disparidades que podemos encontrar dentro do sector. Também se podem apreciar os preços da Fly London, por exemplo, aqui.

Agora, imaginem estas empresas a operar em Portugal… como historicamente o sector, como todos os outros, era uma realidade homogénea, e como esse modelo mental ainda domina o mainestream, apesar de já estar morto e enterrado, estas diferentes empresas estão sujeitas às mesmas leis, operam no mesmo mercado de trabalho.
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Não se podem fazer… não se devem fazer leis à medida, para casos particulares, assim, fazem-se leis para uma realidade equilibrada e uniforme que não existe (estão a ver porque é importante seleccionar os clientes-alvo? São pessoas concretas, não fantasmas estatísticos), por isso, e não me interpretem mal, por vezes tenho saudades do medo do comunismo
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Leis e abordagens top-down nunca serão eficazes numa economia plena de biodiversidade bottom-up, cada empresa é um caso, e não é uma questão de honestidade, é uma questão de atender à história e personalidade de cada empresa… e a algo mais que a consciência de cada um dita… daí a pressão reactiva ao medo do comunismo, ou a pressão proactiva decorrente do personalismo.
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Claro que quando o Estado tudo quer fazer a tentação é grande para desistir e, esperar que obrigue alguém a fazer, por modos ínvios, o que a sua consciência em condições normais talvez lhe ditasse. Eu, por mim, confesso que já respondi a pedidos de esmola, sem graçola e sem sarcasmo com: "Pede ao Guterres!"
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Tudo isto por causa deste inteligente texto, como é habitual, de Camilo Lourenço no JdN “Falta mão-de-obra ou falta gestão?
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Será que o presidente da APICCAPS não podia pedir um estudo sobre as empresas do sector com melhores desempenho a nível do absentismo, para perceber o que fazem de diferente.
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Lista de artigos sobre o tema do absentismo no sector do calçado:
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ADENDA: "Why is the Journal Mystified that Some Employers Are Having Trouble Finding Workers?"

domingo, agosto 08, 2010

Para fechar e para abrir uma ponte

Para fechar a minha leitura de Matt Ridley e de "The Rational Optimist" a transcrição de alguns trechos sobre um futuro em que acredito e que devia influenciar os pais na preparação dos seus filhos para esse futuro. Muita coisa pode mudar, no entanto, quer num cenário futuro idílico quer num cenário futuro Mad Max, algo será constante: não serão necessários executantes que obedecem sem questionar, sem participar, sem fazerem a diferença:
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“we may soon be living in a post-capitalist, post-corporate world, where individuals are free to come together in temporary aggregations to share, collaborate and innovate, where websites enable people to find employers, employees, customers and clients anywhere in the world.

The world is turning bottom-up again; the top-down years are coming to an end.

I forecast that the twenty-first century will show a continuing expansion of catallaxy – Hayek’s word for spontaneous order created by exchange and specialization. Intelligence will become more and more collective; innovation and order will become more and more bottom-up; work will become more and more specialized, leisure more and more diversified. Large corporations, political parties and government bureaucracies will crumble and fragment as central planning agencies did before them.

The big firms that survive will do so by turning themselves into bottom-up evolvers.

The bottom-up world is to be the great theme of this century.

Natural and unnatural disasters will still happen. Governments will bail out big corporations and big bureaucracies, hand them special favours such as subsidies or carbon rations and regulate them in such a way as to create barriers to entry, slowing down creative destruction. Chiefs, priests, thieves, financiers, consultants and others will appear on all sides, feeding off the surplus generated by exchange and specialization, diverting the lifeblood of the catallaxy into their own reactionary lives. It happened in the past. Empires bought stability at the price of creating a parasitic court; monotheistic religions bought social cohesion at the price of a parasitic priestly class; nationalism bought power at the expense of a parasitic military; socialism bought efficiency at the price of parasitic financiers. The online world will attract parasites too: from regulators and cyber-criminals to hackers and plagiarists. Some of them may temporarily throttle their generous hosts.”
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Estes trechos servem também de ponte para uma nova leitura... "Linchpin" de Seth Godin.

Sobre a Liderança

"You need to be able to communicate. If you can't communicate well, you won't be able to inspire, motivate and attract the resources necessary for success.
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Prioritization is a really important skill. You've got to know what's more important than the other thing. It's amazing how many really smart people can't prioritize. Only a minority of people can effectively prioritize and focus.
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And you need to have effective interpersonal skills. That doesn't mean you need to be social and it doesn't mean you need to be outgoing. But it means that when you sit down in your office with somebody who's relying on you for leadership, you've got to be able to emphatically communicate with them around their challenges, figure out how to help them be more successful and resolve their conflicts so they can do their job better than they thought they could."
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"Speaking of bad advice, what's the worst advice about leadership you ever heard?
One of the most important lessons I learned is that people are not fungible. I've had bosses who said, "We're not going to pay well, incent, or develop our people because there's always somebody to take their place." The problem with that logic is, while it might be statistically true, it fundamentally indicates a culture that is not going to invest in anybody. Nobody is going to become very effective.
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The other piece of leadership that somebody tried to teach me, which I dismissed, is manage by the numbers--if you manage by the numbers everything else takes care of itself. Just get people to execute, measure, hold people accountable, and that's enough. That's not enough. Yes, it is important to instill accountability in organization, it's important to have good metrics, to discipline the process, reward people, and withdraw those rewards when they're not being effective. But that won't get you greatness.
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So what does get you greatness?
When I am most successful, it's because the people around me have made me successful. It comes down to the fact that success is created by a group of people and not by any single individual. How do you get people to come together around a goal and objective and be great? It's establishing a sense of common purpose. Greatness doesn't come from a tactical sense of execution. Greatness comes having a vision that goes beyond yourself and even beyond the organization."
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Trechos retirados de uma entrevista de Randy Komisar à Fast Company "What Breed Is Your CEO? Randy Komisar on Leadership and Management".
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Engraçada a comparação do tipo de liderança necessária, em função do ciclo de vida de uma empresa, com raças de cães.

Fazer escolhas

FYI "What collapsing empire looks like".
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Este trecho fez-me lembrar o BPP e o aumento de impostos:
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"Squeezing the oligarchs, though, is seldom the strategy of choice among emerging-market governments. Quite the contrary: at the outset of the crisis, the oligarchs are usually among the first to get extra help from the government, such as preferential access to foreign currency, or maybe a nice tax break, or -- here's a classic Kremlin bailout technique -- the assumption of private debt obligations by the government. Under duress, generosity toward old friends takes many innovative forms. Meanwhile, needing to squeeze someone, most emerging-market governments look first to ordinary working folk -- at least until the riots grow too large."

sábado, agosto 07, 2010

Gerês 2010

Impossível não apreciar o comportamento territorial e vocal dos gaios e não imaginar estarmos perante um réptil com asas.
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Uma semana no parque de campismo de Cerdeira no Gerês... Vilarinho da Furna, o rio Homem, trutas, natrix maura e muitos, muitos mergulhos.
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Um único grande senão... o Parque parece ter sido derrotado pela infestante acácia mimosa, sobretudo a caminho do Leonte e da Portela do Homem...
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Para deixar com inveja quem não conhece o Homem desconhecido e longe das multidões e postais de turismo, este conjunto de fotos:
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Acções correctivas, preventivas e não conformidades

Ontem, ao telefone, pediram-me para ampliar estas imagens, aqui vão neste formato já que o posterous está em baixo.
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Wishfull thinking

"País vai sofrer «viragem» após nota positiva nos testes de stress"
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Talvez mão amiga possa fazer chegar ao ministro este texto "Too Soon To Cry Victory?", talvez mão amiga lhe possa falar do termo recalibração ou oferecer-lhe o livro de Florida.
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Furlough

Será que isto "Estado deve quase 25 milhões de euros aos transportadores privados de passageiros" associado a isto "Dívida pública portuguesa deverá crescer 20 por cento até 2013" e a isto "Ministra acusada de má-fé devido a congelamentos de subsídios", tudo sintomas de um apodrecimento que nos levará, mais tarde ou mais cedo, a matizes desta descrição "Governments Go to Extremes as the Downturn Wears On"
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Ora aí está uma nova palavra que vai entrar no vocabulário português a seguir a lay-off, "Furlough".

Estarei a puxar a brasa à minha sardinha?

Ao ler este artigo "Why Britain's consumers and companies should ignore exhortations to borrow more" não pude deixar de recordar este postal de 2008 "Que futuro?"
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Ao ouvir este trecho na TSF "Ministra acusada de má-fé devido a congelamentos de subsídios" não pude deixar de recordar este postal "O paradoxo da estratégia (parte VIII: cenários, futurização e incerteza)" sobretudo esta porção:
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"Ainda podemos acrescentar a actuação dos governos, que pode decidir aplicar políticas que afectem a taxa de ocupação das escolas públicas e privadas." e a segunda figura.
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Na figura deste postal "Só a imagem" clicando duas vezes pode apreciar-se a figura em grande e constatar a previsão do que ia acontecer aos apoios às escolas privadas.
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Qualquer dos casos converge, na minha opinião, para uma mesma realidade, a necessidade de ser mais claro, de assumir prioridades e apostar na diferenciação...
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Ah!!! E claro, para a necessidade de apostar cada vez mais no desenho de cenários e reflexão sobre os mesmos. Imaginem a vantagem de uma escola que tenha começado a abordar este desafio à 2 anos sobre outra que acorda agora com as calças na mão para o problema.
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Já agora, o mesmo vai acontecer às escolas profissionais que, em vez de evoluírem para modelos de cooperação com as empresas (formação à medida) optaram pelo mais fácil e mergulharam nos CEFs que mais tarde ou mais cedo vão fechar por falta de verba.

Interpretar as mensagens das cartas de controlo

Já aqui falamos várias vezes sobre o uso do SPC.
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Constato que, por vezes, os utilizadores não tiram o máximo partido da interpretação das mensagens das cartas de controlo.
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Consideremos um processo monitorizado, recorrendo a cartas de controlo do comportamento de um parâmetro considerado relevante:
Existem, qualquer livro sobre o SPC as menciona, várias mensagens que uma carta (qualquer que ela seja, a das amplitudes ou a das médias) pode transmitir para comunicar que algo de anormal está a ocorrer no processo, seguem-se as mais utilizadas.
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Atenção, emboras as figuras que se seguem digam respeito à carta das médias, as mensagem também se aplicam à carta das amplitudes:
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1 ponto fora dos limites
Sequência de 7 pontos acima ou abaixo da linha da média das médias
Sequência de 7 pontos a subir ou a descer
2 em 3 pontos consectivos situados a mais de 2 sigma de distância da média
Periodicidade
Estratificação
Consideremos, a título de exemplo, a primeira mensagem da lista acima de que algo de anormal se passa. Quando numa carta de controlo nos aparece um ponto fora dos limtes de controlo:
O que fazemos a seguir? O que devemos investigar?
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Por que é que trabalhamos com uma carta das amplitudes e com uma carta das médias?
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Consideremos um processo do qual retiramos duas amostras de hora-a-hora:
Relativamente à carta das médias podemos dizer:
Relativamente à carta das amplitudes podemos dizer:
Consideremos um processo:
A figura ilustra um processo simples em que as matérias-primas provenientes de um fornecedor são processadas por uma máquina operada por um operador por turno.
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As cartas de controlo são colocadas a monitorizar um parâmetro no ponto beta.
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O que nos diz a carta das amplitudes e o que nos diz a cartas das médias:
Assim, se a mensagem é a de que existe um ponto que ultrapassou os limites de controlo, então, em função da carta onde ela aparece podemos canalizar a nossa investigação para tópicos deste tipo:
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Por exemplo, se a mensagem ocorre dentro de um subgrupo (carta das amplitudes) podemos pensar:
  • Há erro de medição?
  • Há diferentes lotes de matéria-prima misturados?
  • Há diferenças entre cavidades do molde?
Mas se a mensagem ocorre entre subgrupos (carta das médias) podemos pensar:
  • Houve mudança de lote?
  • Houve mudança de trabalhador?
  • O trabalhador está cansado?
  • Houve mudança de método?
  • A máquina avariou?
Para que isto funcione é importante não inflacionar a variabilidade dentro de um subgrupo, tal consegue-se evitando misturar na mesma amostra coisas que se sabem ser diferentes... se calhar este aviso também merecia um postal

sexta-feira, agosto 06, 2010

Paralelismos

Inovação

Enquanto lia "Economists React: ‘The Great Stall’ Takes Hold", ainda contaminado pela leitura recente de Matt Ridley, pensava:
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- Só a inovação... só a inovação poderá criar o crescimento que precisamos, através da aposta na originação de valor.
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Então, surge-me no twitter este postal de Moss Kanter "A Call for Innovation in Job Creation"

Reduzir o esforço dos clientes... e dos potenciais clientes

A revista Harvard Business Review deste mês traz um artigo ao qual voltarei ainda neste blogue"Zappos's CEO on Going to Extremes for Customers" pois o artigo é fenomenal, refiro agora o artigo por causa deste trecho:
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"For instance, most call centers measure their employees' performance on the basis of what's known in the industry as "average handle time," which focuses on how many phone call each rep can take in a day"
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Já em tempos Seth Godin escreveu sobre o tema desta forma:
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"most inbound customer service people are rewarded for on-phone efficiency. Calls per hour. Lack of escalations. Limited complaints. What's the best way to do that? Get people to go away.

If you're on this system and a long-time customer calls in with a complicated problem, one that's going to require supervisor intervention and follow up, what's your best plan? Is it to spend an hour with this person over three days, or is the system designed to have you politely get them to just give up?
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I'd focus on building a system that measures [sales rate before call] vs. [sales rate after call]. If the sales rate goes up, give the call center person a raise. It's that simple.
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Paypal seized the money in my account on Friday. After seven years as a user, they decided my new DVD project was suspiciously successful and it triggered all sorts of alarms. The first step was a call from them... a cheerful person asked me a few questions and all seemed fine. Then, with no warning, they escalated the process. The system they put me in treated me like a criminal and at every step they made it difficult for me to keep going. Phone calls were made, and I spoke with two incredibly friendly people who were clearly unable to do anything other than be friendly. Both people were happy to talk to me for as long as I wanted, but neither person was able to do anything at all. The system is clearly designed this way... to insulate the people who make decisions from the actual customers. The desired outcome (I go away) doesn't seem like it's aligned with the corporate goals (I stick around).

The question I'd be asking is, "Do people who go through process and manage to prove that they are not criminals end up doing more business with us as a result of the way we treated them?" If the answer is no, you're probably doing it wrong."
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Ainda na HBR deste mês num outro artigo "Stop Trying to Delight Your Customers" pode ler-se:
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"Two critical findings emerged that should affect every company’s customer service strategy. First, delighting customers doesn’t build loyalty; reducing their effort—the work they must do to get their problem solved—does. Second, acting deliberately on this insight can help improve customer service, reduce customer service costs, and decrease customer churn."
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Considerando tudo isto, o que pensar deste postal "Meo", chamo a atenção para a nota final positiva do postal e o que Seth Godin escreveu sobre o comportamento das pessoas.

O mundo afinal não é plano, não se esqueçam

Acredito que o futuro vai ser das pequenas e médias empresas e dos 'free-agents' (como lhes chamou Daniel Pink).
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À medida que se tomar consciência que o mundo não é mesmo plano e que as diferenças são culturais e pessoais, com tendência a acentuarem-se...
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À medida que a velocidade da mudança aumentar, a fazer fé na experiência vivida nos últimos 200 anos e na analogia de Matt Ridley de que o mundo progride quando diferentes ideias se encontram e fazem sexo entre si e, hoje, mais do nunca há formas fáceis e rápidas das ideias serem trocadas...
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As empresas grandes sucumbirão uma atrás da outra incapazes de lidarem com um mundo de terramotos sucessivos.
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A revista Harvard Business Review de Julho-Agosto inclui o artigo "The Secret to Job Growth: Think Small":
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"With job growth continuing to lag even as the economy picks up, local communities will be tempted to resume “smokestack chasing”—using tax breaks to attract big employers. That’s a misguided approach. (Moi ici: A abordagem de Pinho e da AICEP)
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Our research shows that regional economic growth is highly correlated with the presence of many small, entrepreneurial employers—not a few big ones."
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" We found that industries with smaller firms and more start-ups enjoyed faster employment growth than other industries in the same city and than the same industry in other cities.
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Politicians enjoy announcing a big company’s arrival because people tend to think that will mean lots of job openings. But in a rapidly evolving economy, politicians are all too likely to guess wrong about which industries are worth attracting. What’s more, large corporations often generate little employment growth even if they are doing well."
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"Instead of trying to buy their way out of the recession with one big break to one big employer, politicians should reduce costs for start-up companies and small businesses." (Moi ici: Há anos que não dizemos outra coisa neste blogue, em vez de favorecer uns (os grandes que frequentam os corredores e as alcatifas do poder) baixem-se as barreiras para todos. Claro que esta linguagem é mal-vista por alguns)

quinta-feira, agosto 05, 2010

Cuidado com os indicadores tornados bezerros de ouro

Este blog chama-se Balanced Scorecard, trabalho com o balanced scorecard, escrevi um livro sobre o uso do balanced scorecard.
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No entanto, sei que a eficácia é mais importante que a eficiência.
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No entanto, também aprendi com Deming a regra número 11: eliminar a gestão baseada em números (apenas, acrescento eu).
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Mas também sei que não há acasos (parte I e parte II)
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Vejo governos a trabalharem para as estatísticas, e vejo decisões serem tomadas com base em resultados de indicadores tornados obsoletos.
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Daí que entenda estas mensagens:
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Qualquer coisa levada ao exagero é prejudicial.

As pessoas não são parvas

As pessoas não são parvas, na sua generalidade, e agem de forma racional. Por vezes, nós é que não percebemos qual a racionalidade que suporta as acções, embora ela exista. Se as pessoas descobrem uma forma mais fácil de ganhar o sustento do que a trabalhar, de certeza que a vão preferir.
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Assim, apesar do desemprego estar a cerca de 14% nestas zonas do Minho:
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A situação é perfeitamente racional, basta recordar 2007:
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quarta-feira, agosto 04, 2010

O jogo do gato e do rato (parte VII)

"Autoeuropa: "Reforçar a produtividade é vital""
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Se o político sorridente da fotografia soubesse o que é que "reforçar a produtividade" quer dizer numa empresa que compete pelos custos mais baixos dentro do universo VW... talvez não ficasse tão contente.
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Vai ser bonito enunciar esta frase e lidar com este desafio "Autoeuropa: trabalhadores exigem aumento de 3,8%" é o jogo do gato e do rato, ou como disse TdS é a a fixação de salários.
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Estavam à espera de quê?

Freddy nunca me enganou.
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Mão amiga que faça chegar o artigo a Luís Delgado e Carlos Magno.

terça-feira, agosto 03, 2010

The market is a bottom-up world with nobody in charge

"Like biological evolution, the market is a bottom-up world with nobody in charge.
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'Nobody planned the global capitalist system, nobody runs it, and nobody really comprehends it. This particularly offends intellectuals, for capitalism renders them redundant. It gets on perfectly well without them.'
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As islands of top-down plamming in a bottom-up sea, big companies have less and less of a future.
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merchants make wealth; chiefs nationalise it.
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Merchants and craftsmen make prosperity; chiefs, priests and thieves fritter it away.
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The dirigiste mentality that dominated the second half of the twentieth century was always asking who is in charge, looking for who decided on a policy of trade. That is not how the world works. Trade emerged from the interactions of individuals. It evolved. Nobody was in charge.
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The effect of the Phoenicians must have been to create a burst of specialisation all around the Mediterranean. Villages, towns and regions would have discovered their comparative advantages in smelting metals, manufacturing pottery, tanning hides or growing grain. Mutual dependence and gains from trade would have emerged in unexpected places.
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But in truth, was there ever a more admirable people than the Phoenicians? They knitted together not only the entire Mediterranean, but bits of the Atlantic, the Red Sea and the overland routes to Asia, yet they never had an emperor...
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Trechos retirados de "The Rational Optimist" de Matt Ridley.
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Isto no dia em que leio "Função Pública, salários e competitividade" o que me faz voltar a Matt Ridley para acrescentar:
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"governments gradually employ more and more ambitious elites who capture a greater and greater share of the society's income by interfering more and more in people's lives as they give themselves more and more rules to enforce, until they kill the goose that lays the golden eggs.
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Because it is a monopoly, government brings ineficiency and stagnation to most things it runs; government agencies pursue the inflation of their budgets rather than the service of their customers; pressure groups form an unholy alliance with agencies to extract more money from taxpayers for their members."
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Recomendação...

O livro de Matt Ridley "The Rational Optmist" é um must read.
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Além de um hino permanente ao bottom-up apreende-se tanta informação sobre cultura geral que eu desconhecia...
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Em 1970 Norman Borlaug ganhou o Prémio Nobel da Paz...
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"Since 1900 the world has increased its population by 400 %; its cropland area by 30%; its average yields by 400% and its total crop harvest by 600%"
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Em 2005 a mesma área de cultivo produzia o dobro de 1968, graças, em grande parte, a Borlaug.
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Quem tem mais de 40 anos lembra-se das imagens da fome na Índia... acabou, graças, em grande parte, a Borlaug.
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Matt Ridley deve ser um proscrito dos caviares tal a defesa em contexto histórico que faz da liberdade comercial, do empreendedorismo não controlado pelo Estado. O homem chama a atenção para as cidades-estado fenícias e para as suas realizações, sem conquistas e sem reis ou imperadores.

Somos todos alemães (parte VII)

O meu velho desafio, a conclusão de 2 de Janeiro de 2009, desenvolvida no entretanto, tratada, de certa forma, em "Productivity Convergence Is Messy Process"

segunda-feira, agosto 02, 2010

Is Italy Too Italian?

O Carlos chamou-me a atenção para este artigo "Is Italy Too Italian?"
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No caso particular do negócio do sr. Luciano Barbera houve um tópico que me ficou a bailar na mente... será que os seus clientes não estão a migrar para outros gostos e modas?
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Uma empresa pode fazer tudo certo e, no entanto, falhar se os clientes que a suportam mudarem e desertarem.
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Quanto ao resto do artigo, sobre os corporativismos e o medo da concorrência:
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Matt Ridley no seu livro "The Rational Optimist" escreve:
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"business corporations in general are not defenders of free entreprise. On the contrary, they are one of the chief sources of danger. They are addicted to corporate welfare, they love regulations that erect barriers to entry to their small competitors in the modern world ... Most big firms are actually becoming fail, fragile and frightened - of the press, of pressure groups, of government, of their customers. So they should be. (Moi ici: uma corporação pode ser vista como uma grande empresa)
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The size of the average American company is down from 25 employees to 10 in just 25 years."
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"25 empregados em média... o que diriam os caviares?

domingo, agosto 01, 2010

Por que será?

Numa zona com o desemprego a uma taxa de 14% "Empresa portuguesa tem dificuldades em contratar trabalhadores"

Que inveja!

Se morasse próximo de Braga era para aqui que me mudava.


Mudança de paradigma e outras coisas

Não gosto de títulos deste tipo "Os sapatos vão ficar 10% mais caros":
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"O preço do calçado deverá aumentar 10% já no próximo ano, devido à subida brutal do custo das matérias-primas, em alguns casos superior a 30%, prevê a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado (Apicapps)."
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Não gosto porque estes aumentos anunciados de forma global e homogénea são válidos para uma realidade que não existe, a realidade não é homogénea.
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Será que todas as empresas têm a mesma estrutura de custos? Será que todas empresas têm as mesmas margens de negócio? Será que todas as empresas têm o mesmo poder negocial?
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Por exemplo, a marca Fly London do presidente da APICAPPS não faz o mesmo que a Geox?
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Aprecio no artigo é esta linguagem:
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"Ainda assim, o maior empresário português de calçado está convicto de que a conjuntura actual traz oportunidades ao sector. "Ouvimos vários importadores lamentarem as dificuldades que têm em fabricar na China; as empresas próximas do centro da Europa terão aqui a sua grande oportunidade", defende. O sucesso passa por "não colocar todos os ovos na produção", porque "o desenvolvimento do produto, a área comercial e do marketing e o serviço são cada vez mais determinantes para o êxito de uma empresa"."
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Reconhecer esta realidade de que a produção não é tudo, e é cada vez mais menos importante, é um sinónimo de mudança de paradigma tão, tão difícil!

Exemplo da diversidade intra-sectorial

aqui escrevi que não faz sentido olhar para um sector de actividade como um bloco homogéneo, quando se olha para os números constata-se que existe mais variação entre empresas do mesmo sector de actividade do que entre empresas de diferentes sectores de actividade.
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Na passada quinta-feira o semanário Vida Económica incluía este artigo "Sector têxtil dá sinal de recuperação".
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Na passada sexta-feira o semanário Sol incluía este artigo "Despedimentos voltam ao sector têxtil".
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O copo está meio-cheio ou meio-vazio, tudo depende da empresa com quem se fala, das opções que tomaram, das estratégias que conseguiram implementar e o seu grau de ajuste à realidade competitiva que a envolve.
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O artigo do semanário Sol refere que a Têxtil Manuel Gonçalves vai despedir 250 dos seus mil trabalhadores... realmente... fez-me pensar e recordar... o meu primeiro emprego foi nesta empresa e em Janeiro de 2007 escrevi sobre o seu modelo de negócio e sobre como estava obsoleto.

sábado, julho 31, 2010

Product Is The New Marketing

""Before if you were making a product, the right business strategy was to put 70% of your attention, energy, and dollars into shouting about a product, and 30% into making a great product. So you could win with a mediocre product, if you were a good enough marketer. That is getting harder to do. The balance of power is shifting toward consumers and away from companies...the individual is empowered... The right way to respond to this if you are a company is to put the vast majority of your energy, attention and dollars into building a great product or service and put a smaller amount into shouting about it, marketing it. If I build a great product or service, my customers will tell each other."

"The individual is empowered" is code for Social Media."
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Trecho retirado daqui, onde o autor do blogue termina perguntando "Bezos makes it sound like this is the end of Marketing? ... or is it just the beginning?"
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IMHO é simplesmente a lógica evolutiva em funcionamento, a realidade muda e os marketeiros interessados na eficácia do seu trabalho adaptam-se.
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A primeira vez que li a frase do título foi neste livro de Kumar.

sexta-feira, julho 30, 2010

Decidam-se, em que ficamos?

Jornal Público "Juros da dívida portuguesa disparam após aviso da Moody’s a Espanha
30.07.2010 - 12:27
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Por que é que o risco baixa e o juro sobe?
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Quadro às 13h29.
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Será porque o segundo artigo foi escrito pela Lusa?

Moving from Strategic Planning to Storytelling

"Think about a strategic options as being just a happy story about the future.
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It doesn't have to be right and it doesn't even have to be sensible. It just has to result in your organization being in a happy place in the future. In fact, if it were absolutely right and utterly sensible, your company would probably already be doing it.

It doesn't have to be constructed analytically. It is a holistic story — here is where we would find ourselves playing and how we would see ourselves winning. The only real requirement is that it be a happy, aspirational story. If it isn't happy, it isn't worth being an option in the first place." (Moi ici: viajar até ao futuro desejado e visualizar, e descrever o que vemos)
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"When you have assembled the happy stories/options, you can then begin to deploy the most important question in strategy: what would have to be true? For each individual story, what would have to be true for it to be a terrific choice? Work backward from an attractive possibility to see what would have to be true to make this a feasible and attractive option."
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Um tema difícil descrito de uma forma simples e poderosa por Roger Martin em "Moving from Strategic Planning to Storytelling"

Não me interpretem mal...

Ontem, Tom Peters twittou:
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"Cost control a must for all. But appears that cost control overdone, as "culture," may have been cause #1 for BP and Toyota implosions."
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Hoje, no semanário Vida Económica, encontro este artigo "Projecto Kaizen trouxe-nos um aumento de produtividade superior a 24%".
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Há tantas maneiras de medir a produtividade, de que indicador de produtividade se está a falar?
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"Fruto do emagrecimento proporcionado pelo projecto Kaizen, conseguimos gerir a empresa, com alguma dificuldade sim, mas com uma redução de custos proporcional ao decréscimo das vendas."
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""apoiamos as empresas, de forma integrada e completa, o processo de redução de custos, actuando na eliminação dos desperdícios, estando orientados para a criação de valor"" (Moi ici: Na terminologia de Larreche, a minha preferida, estão orientados para a extracção de valor, actuam dentro da empresa, o cliente da empresa não vai pagar mais pelo produto, a empresa é que consegue extrair mais valor do preço)
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Estamos a falar de aumentar a produtividade à custa da redução de custos, traduzida em fazer mais ciclos de algo com menos recursos, a concentração no denominador.
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Admitamos, que uma auditoria externa era realizada e comprovava mesmo que tinha havido um aumento da produtividade em 24%. Era interessante saber quanto é que isto vale em termos monetários...
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Realmente 24% é um resultado muito impressivo. Mas atentemos no discurso:
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"Os principais desafios que a Costa Verde enfrenta neste momento têm sobretudo a ver com a enorme crise que existe no mercado europeu, para onde se dirigem 90% das nossas exportações, na dificuldade em competir com produtos fabricados na China e outros países onde as regras relativamente ao ambiente, ao bem-estar dos colaboradores e aos apoios directos à exportação nos colocam neste momento de crise em que o mercado está mais aberto e vulnerável, à procura de produtos baratos, numa situação de competitividade extremamente difícil.
Obviamente que um euro numa relação de 1,30/1,40 para o dólar ainda mais dificulta a nossa penetração em mercados do dólar, favorecendo a oferta oriunda da zona desta moeda."
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Apesar de um aumento de 24% na produtividade... a empresa continua a debater-se com a competição dos Low Cost Manufacturing Countries (LCMC). Conclusão, por mais que a empresa aposte na melhoria do denominador vai ser sempre insuficiente para fazer face à concorrência no mercado do preço.
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Como é que uma empresa dá a volta a isto?
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"temos vindo a tomar várias iniciativas no sentido de sermos cada vez mais competitivos, através da melhoria do serviço, do design, da nossa flexibilidade e da nossa melhor capacidade de resposta às encomendas cada vez mais pequenas, mais frequentes e com timing de serviço manifestamente mais curtos."
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E isto não vos cheira a esturro?!!!
Por um lado redução de custos, optimização de fluxos, emagrecimento... por outro mais flexibilidade, encomendas mais pequenas, mais frequentes e com tempos de resposta mais curtos... Terry, Terry Hill. Pois bem, revisitemos Terry Hill neste endereço e, depois, voltamos aqui.
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Qual é a conclusão que tiro, se calhar abusivamente?
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BTW, sendo mauzinho, e recordando o jogo do gato e do rato, ou seja produtividade vs salários, era curioso saber que parte deste aumento da produtividade foi partilhado com os operários.
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Não é difícil, se o negócio é preço, sooner or later, todos os ganhos de produtividade passam para os clientes, nem trabalhadores nem accionistas ganham grande coisa... a menos que a empresa fosse a líder nos custos.
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Um aumento da produtividade em 24% e a empresa não saiu do sítio... emagreceu, a passadeira de corrida no ginásio está a correr mais depressa. Este sucesso na redução de custos apenas demonstra o quão fútil é estar nesse campeonato... apenas se atrasa o inevitável.

quinta-feira, julho 29, 2010

Taleb: Government Deficits Could Be the Next 'Black Swan'

Como neto de agricultores, conservador financeiramente e "contrarian" apreciei estas palavras de Nassim Taleb:
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"What should you do with your savings?

We have this culture of financialization. People think they need to make money with their savings rather with their own business. So you end up with dentists who are more traders than dentists. A dentist should drill teeth and use whatever he does in the stock market for entertainment.

People should have three sources of variation in their income. The first one is their own business that they understand rather well. Focus on that. The second one is their savings. Make sure you preserve them. The third portion is the speculative portion: Whatever you are willing to lose, you can invest in whatever you want.

In the second category—preservation of value—you should have the consciousness that there is something called inflation. You should avoid some classes of investments that are very fragile."
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"Governments that try to shoot for a surplus hardly ever reach it.

The problem is getting runaway. It's becoming a pure Ponzi scheme. It's very nonlinear: You need more and more debt just to stay where you are. And what broke [convicted financier Bernard] Madoff is going to break governments. They need to find new suckers all the time. And unfortunately the world has run out of suckers."
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Recortes daqui.

Outro crente...

Isto nunca vai passar da cepa torta... estamos cercados por socialistas crentes no Grande Planeador, no Grande Geometra que tudo sabe, que tudo vê, que sabe melhor do que nós o que é que é bom para nós.
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O já histórico "Espanha! Espanha! Espanha!" de 2005 não serve de lição?
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Não atrapalhem, deixem viver e sobretudo deixem morrer, não inventem!
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Mas Portugal exporta alguma coisa?
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E existe uma estratégia, ou existem várias? E sabem qual a mais adequada a cada empresa em particular.
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Será que esta gente realiza que as diferenças entre empresas do mesmo sector, em termos de desempenho, são superiores às diferenças entre empresas de diferentes sectores? (aqui)
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Estudem os resultados e as conclusões dos jogos evolutivos, please!

Exegése

Esta semana, a dias de férias, fiz a arrumação geral do escritório. No meio das movimentações passou-me pelas mãos o artigo "The Computerless Computer Company" de Andrew Rappaport e Shmuel Halevi que li há cerca de um ano.
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Resolvi pô-lo de lado para o reler.
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Ontem de manhã, na praia, tive oportunidade de reler o artigo com toda a atenção que ele merece.
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O artigo, escrito para o número de Julho-Agosto da Harvard Business Review, aborda o futuro da indústria de informática os Estados Unidos.
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Ao ler o artigo não pude deixar de fazer a sua exegése, de procurar ir ao fundo da mensagem e extrapolá-la para outras áreas de actividade. E está tanta coisa lá... e se no início dos anos 90 mais gente tivesse apreendido a mensagem principal do artigo e a tivesse posto em prática?
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"What matters is not who manufactures laptop computers but who creates utility for users.
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Controlling how laptops are used, not how they are manufactured, creates real value.
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Companies must find new sources of value - which means an external focus on business mission and markets rather than an internal focus on hardware and day-to-day operations.
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The computer companies that prosper into the next century will be those that focus on inventing new markets rather than on building new products."
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Produzir é o mais fácil... difícil, difícil é seduzir clientes-alvo.

O papel do número e da diversidade de contactos

Continuado daqui.
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Voltando ao livro de "The Rational Optimist" de Matt Ridley, é a partir da página 77 que encontro uma ideia verdadeiramente nova para mim:
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"human beings learn skills from each other by copying prestigious individuals, and they innovate by making mistakes that are very occasionally improvements - that is how culture evolves. The bigger the connected population, the more skilled the teacher, and the bigger the probability of a productive mistake. Conversely, the smaller the connected population, the greater the steady deterioration of the skill as it was passed on. Because they depended on wild resources, hunter-gatherers could rarely live in bands larger than a few hundred and could never achieve modern population densities. This had an important consequence. It meant that there was a limit to what they could invent.
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A band of a hundred people cannot sustain more than a certain number of tools, for the simple reason that both the production and the consumption of tools require a minimum size of market.
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People will only learn a limited set of skills and if there are not enough experts to learn one rare skill from, they will lose that skill. A good idea, manifest in bone, stone or string, needs to be kept alive by numbers. Progress can easily falter and turn into regress."
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"There was nothing special about the brains of the moderns; it was their trade networks that made the difference - their collective brains."
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"The lesson is stark. Self-sufficiency was dead tens of thousand years ago. Even the relatively simple lifestyle of a hunter-gatherer cannot exist without a large population exchanging ideas and skills. ... The success of human beings depends crucially, but precariously, on numbers and connections. A few hundred people cannot sustain a sophisticated technology: trade is a vital part of the story.
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Human cultural progress is a collective enterprise and it needs a dense collective brain."
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O papel do número e da diversidade de contactos para o progresso é algo que nunca tinha racionalizado.
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Daí que quando um país se fecha ...
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Daí comparar o que era o mundo há 20 anos e agora... há 20 anos eu recebia um catálogo pelo correio. Escolhia o livro, enviava um fax a pedir uma factura pro-forma. Recebia uma carta dos States com a factura pro-forma, ía ao banco e pedia um cheque. Recebia o cheque e enviava-o pelo correio para os States.... finalmente recebia o livro, ou a revista. Hoje, temos a internet, temos a Amazon, temos a biblioteca científica on-line em qualquer universidade, temos a Gigapedia, temos os blogues, temos o twitter... Lembro-me da surpresa que tive, ao folhear o primeiro número da HBR que subscrevi, em 1990 ou 1991, uma revista em que Peter Drucker respondia a cartas de leitores... Peter Drucker?! Hoje, Tom Peters faz retweets de comentários meus.
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Que aceleração espectacular da quantidade de contactos... e, a fazer fé na forma como Matt Ridley intitula o prólogo do livro, "When ideas have sex", que explosão Câmbrica de conhecimento, tecnologia, ... veremos a sair daqui?
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E isto é só o princípio:
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Futurização

"I saw a two-year old kid (in diapers, in a stroller), using an iPod Touch today. Not just looking at it, but browsing menus and interacting. This is a revolution, guys."
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Trecho de Seth Godin retirado daqui.

quarta-feira, julho 28, 2010

Cainesianismo abatido pela demografia?

Depois de Edward Hugh e Claus Vistesen abordarem e disseminarem o tema, eis Bill Gross de volta ao tema:
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"Demographics – or in this case population growth – is so long term in its influence that economists and observers are inclined to explain the functioning of economic society without ever factoring in the essential part that it plays in growth. Production depends upon people, not only in the actual process, but because of the final demand that justifies its existence. The more and more consumers, the more and more need for things to be produced. I will go so far as to say that not only growth but capitalism itself may be in part dependent on a growing population."
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"The danger today, as opposed to prior deleveraging cycles, is that the deleveraging is being attempted into the headwinds of a structural demographic downwave as opposed to a decade of substantial population growth. Japan is the modern-day example of what deleveraging in the face of a slowing and now negatively growing population can do."
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Anda na minha cabeça uma teoria mal amanhada que me impele a fazer o paralelismo com a queda do Império Romano e o colapso demográfico que se lhe sucedeu.